quarta-feira, 30 de maio de 2007

The Rolling Stones - Let It Bleed Sessions [1969]

Let It Bleed Sessions é um documento que registra os ensaios para aquele que se tornaria um dos mais importantes discos da história do rock. Foi o último disco em que Brian Jones participou (na verdade quase nada, o cara já estava pra lá de Bagdá) e, também, o primeiro com Mick Taylor. Brian morreria logo após o lançamento desse álbum. Aqui podemos ter uma boa noção de como os Stones trabalhavam suas músicas, as vezes Jagger só cantarolava para encontrar os arranjos, como ocorre em All Down the Line, lançada em somente em 1972, no disco Exile On Main St. Outra curiosidade, é Gimme Shelter com Keith Richards no vocal, além de canções que nunca foram lançadas como I Ain't Lying e as instrumentais Aladdin Story e Dancing in the Light. Este disco foi postado atendendo ao pedido do meu grande amigo Carlão, que solicitou um Stones no blog, mas certamente agradará a muita gente, fãs incontestes do “vom e belho” Rolling Stones. Que as pedras continuem rolando por muitos anos ainda!



The Rolling Stones - Let It Bleed Sessions cd1
The Rolling Stones - Let It Bleed Sessions cd2

Genesis - Centre Sportif Montreal [1974]

Eu estava com vontade de postar um progressivo e havia pensado no Pink Floyd, foi então que me toquei que já tem muito deles por aí, até mesmo bootlegs, então me lembrei deste Genesis. Ele é especial porque é um bootleg de áudio cristalino, o que não é muito comum e, também, porque é de 1974, época da turnê do Selling England by the Pound (1973), com o Gênesis em sua formação clássica: Perte Gabriel, Steve Hackett, Tony Banks, Mike Rutherford e Phil Collins. Ou seja, no melhor momento da banda. Este show aconteceu no University Sports Arena de Quebec, no Canadá, e foi gravado em 21 de Abril, o dia da inconfidência mineira (tá bom assim Miguelito?). Além disso, conta com a participação de Peter Hammill, do Van Der Graaf Generator. Então, fãs do rock progressivo, este disco foi especialmente postado para vocês. Pode ser apreciado sem moderação que não será prejudicial a sua saúde e nem tem contra indicações!


Genesis - Centre Sportif Montreal cd 1
Genesis - Centre Sportif Montreal cd 2

David Bowie - Pin Ups [1973]

David Bowie dispensa apresentações, considerado o camaleão do rock, ele criou, inventou e reinventou a sua música no compasso da passagem do tempo. Ainda hoje o seu som soa como algo moderno e atual. Em Pin Ups, ele presta uma homenagem aos músicos do começo de sua carreira, que junto com ele batalhavam por um lugar ao sol. Aqui, pela primeira vez, ele ecoava como retro, no entanto, estávamos em 73, época em que o rock retrocedia às origens através do punk. Adoro este disco, em especial sua versão do clássico See Emily Play, de Syd and his Pink Floyd (está assim creditado no disco) e de I Wish You Would, de Billy Arnold, imortalizada na interpretação dos Yardbirds, de quem Bowie ainda canta Shapes of Thing. Ah! Já ia me esquecendo de duas pérolas do The Who que caíram muito bem na voz de Bowie: Can't Explain e Anyway, Anyhow, Anywhere. Eu não conheço o trabalho dos Merseys’, mas com certeza, Sorrow fez mais sucesso com Bowie do que com eles, pois lembro que esta música era uma das poucas deste disco que rolava nas rádios, e de fato ela é bem legal. Temos ainda Rosalyn, uma versão do Pretty Things da música de Bo Diddley; Here Comes the Night, do Them's (Van Morrison); Where Have All the Good Times Gone, do Kinks (putz, essa é ótima!) e outros sons dos anos 60.




David Bowie - Pin Ups

Ana Popovic - Comfort To The Soul [2006]

Muito pouco conhecida por essas paragens, Ana Popovic é uma das novas e boas revelações do blues guitar feminino, ao lado de Bonnie Raitt, Alice Stuarte e Sue Foley. Natural de Belgrado, Yoguslávia, Ana conheceu o blues dentro de casa. Seu pai era apreciador do gênero e possuía uma grande coleção de discos. Músico também, ele tocava baixo, guitarra e costumava reunir os amigos em casa para umas jam sessions, de modo que ela cresceu nesta atmosfera e se apaixonou pelo blues desde cedo. No final dos anos 90, optou pela música ao invés da carreira de gráfico designer, indo para Holanda completar seus estudos. Em 2000, ruma para Menphis (USA) e sob a produção de Jim Gaines (Santana e Stevie Ray Vaughan) gravou seu primeiro disco Hush!, nome da sua primeira banda em Belgrado. Nesta época, também participou de um tributo a Jimi Hendrix ao lado de Bernard Allison, Eric Burdon, Walter Trout, Popa Chubby, Jimmy Thackery, Taj Mahal e Buddy Miles, onde ela contribuiu com uma versão de Belly Button Window. A gravação lhe valeu um convite para se apresentar como convidada especial na turnê de Bernard (guitarrista e filho de Luther Allison). Em 2002, ela retorna para Europa junto com Walter Trout para a turnê do Jimi Hendrix Tribute e, nesta época, recebe três indicações para o Blues Awards na França: Melhor Cantora, Melhor Guitarrista e Melhor Álbum. No ano seguinte está de volta à Memphis para a gravação de Comfort To The Soul, que além de contar com Jim Gaines, também tem a produção de David Z (Buddy Guy e Jonny Lang). Voltando à Europa para participar do Rhythm & Blues Fest, em Peer, na Belgica, sendo convidada para dividir o palco com Solomon Burke, que imediatamente a convidou para se juntar a ele em sua turnê. Em 2004 recebe em Juan Le Pins, na França, o prêmio ‘Jazz a Juan-Revelation 2004’. Depois de lançar o seu terceiro disco (DVD/CD), chamado Ana! Live in Amsterdam, mais uma vez ela segue para a Europa onde participou do Ruf’s ‘Blues Caravan - Ladies Night’, em Dubai, ao lado de Sue Foley e Candy Cane. 2006 foi o ano da sua consagração, ela é convidada a participar do legendário Blues Cruise (se você é fã de blues, confira: http://www.bluescruise.com/), se tornando a primeira artista da Europa a se apresentar na cruzada. Em fevereiro ela é apontada pela BluesWax Magazine como 'Blues Artist of the Year' junto com Tab Beniot e Joe Bonamassa. Em Julho, mais seis indicações para o 'Living blues awards 2006': 'Best blues DVD of 2005', 'Best Live Performer', 'Best Female Blues Artist' e 'Most Outstanding Musician (Guitar)'. Bom, já deu para perceber que a mocinha aí não é fraca não! Sua pegada mistura as influências de Stevie Ray Vaughan e Jimi Hendrix com um leve toque feminino, mas falar não da a impressão exata do que é isto, o negócio é ouvir!



Este disco foi uma cortesia do amigo Fernando Mesquita, gráfico designer como a Ana em seus tempos de Belgrado.

Ana Popovic - Comfort To The Soul

Herbie Hancock - Empyrean Isles [1964]

Considerado um dos mestres do jazz, o pianista Herbie Hancock sempre tocou ao lado de grandes músicos, em especial quando fez parte do mítico Miles Davis Quintet, no qual gravou alguns dos grandes discos da história do Jazz. Empyrean Isles foi gravado um ano antes de Hancock entrar para o quinteto. Com exceção do trompetista Freddie Hubbard, aqui ele toca junto com os mesmos músicos que o acompanharia junto a Miles Davis, o baixista Ron Carter e o baterista Anthony Wiiliams. É bem provável que Miles tenha ouvido este disco antes de pensar em reunir estes músicos ao seu lado. Afinal temos aqui uma música que marcou sua época no jazz, Cantaloupe Island, e que voltaria a moda com a gravação hip-hop de US3, que inteligentemente convidou, para esta versão moderna, o próprio Freddie Hubbard, um trompetista que, se não foi tão brilhante quanto Miles, não lhe devia nada. Aliás, este line-up de Empyrean Isles se repetiria anos mais tarde em um tributo a Miles Davis, mas isso é história para outro post.


Herbie Hancock - Empyrean Isles

Larry Carlton & Steve Lukather - No Substitutions: Live in Osaka 98 [2001]

Larry Carlton nasceu em 1948, na California. Extremamente técnico, é um guitarrista de timbre limpo e fraseado altamente característico, sendo muito requisitado como músico de estúdio nas décadas de 70 e 80, participando de mais de 500 gravações. Seu estilo é o jazz e suas derivações como o smoothjazz e o fusion, tendo como fundo o blues. No Substitutions, foi gravado no Japão, em novembro, de 1988, em uma apresentação ao lado de Steve Lukater, também guitarrista, que fez parte de uma banda meio pop chamada TOTO, cujo som nunca me agradou, mas isso não me impede de reconhecer nele um bom instrumentista. O disco foi lançado em 2001 e é para mim o melhor trabalho de Carlton, que abre com uma versão matadora de Pump, do Jeff Beck. Aliás não foi só eu que achou este disco excelente, pois no ano seguinte ao seu lançamento, ele foi agraciado com o Grammy 2002, como Melhor Álbum Pop Instrumental. Quem dera todo pop fosse assim!




Larry Carlton & Steve Lukather - No Substitutions

terça-feira, 29 de maio de 2007

The Allman Brothers Band – Eat a Peach [1972]

Na estrada desde 1969, The Allman Brothers Band é apontada pelo Hall da Fama do Rock and Roll como os principais arquitetos do rock sulista nos Estados Unidos. Eat a Peach foi lançado no ano seguinte a morte de Duane Allman, falecido em um acidente de motocicleta. Aliás o grupo ainda perdeu naquele ano (do lançamento do disco) o baixista, Berry Oakley, que também morreu num acidente de moto. Ambos estão presentes neste disco que segundo, Gregg Allman, é uma espécie de tributo ao irmão. Sendo assim poderia se pensar em um disco meio para baixo, mas não é. Na verdade é um dos melhores. Todos os seis primeiros discos do grupo são muito bons. Eat a Peach tem algumas faixas ao vivo, sobras do clássico Live at Fillmore East (1971), como One Way Out e outras de estúdio, como Melissa, ambas clássicos maiores do rock americano.




The Allman Brothers Band – Eat a Peach

Jeff Beck's Guitar Shop [1989]

Jeff Beck é um dos meus guitar heros, ele simplesmente me ajudou a enxergar que rock não só apenas a conjugação das notas ré, lá, mi, em bordões de 4 por 4. Quando lançou o clássico Blow by Blow (1975), aquilo me pegou de jeito. No ano seguinte outra pedrada: Wired. Os discos que se seguiram, não eram tão bons, mas seguiam esta linha fusion. Foi então que, depois de cinco anos sem gravar, ele me lança Flash (1985), com as músicas seguindo uma linha meio pop, colocando até um hit na parada de sucesso, People Get Ready, cantado por Rod Stewart, seu velho parceiro de banda. Putz! Parecia que ele tinha caído no esquemão. Mais quatro anos de silêncio e minhas preces foram ouvidas. Guitar Shop traz o velho Jeff Beck que me impressionara de volta, e dessa fez com parcerias peso pesado: Terry Bozzio, ex baterista de Frank Zappa e Tony Hymas tecladista de jazz, pouco conhecido, mas que viria a gravar dois discos altamente recomendáveis, A Winter's Tale (1993) e Hope Street MN (2002). Guitar Shop não só trouxe o velho Beck de volta, como mostraria também uma evolução musical de tudo que ele fizera antes. É só ouvir atentamente Behind the Veil Hymas e Big Block, para se ter certeza disso. Detalhe importante: este disco foi agraciado com o Grammy, em 1989, como "Best Rock Instrumental Performance" (Melhor Performace de Rock Intrumental) . Fato muito bem lembrado pelo amigo José Renato, aqui nos comentários.


Jeff Beck's Guitar Shop

sábado, 26 de maio de 2007

Jimi Hendrix - Multicolored Blues [????]

Prefiro considerar este lançamento da Luna Records como um disco não oficial ao invés de um bootleg. Muticolored Blues é um disco que trás algumas demos e outtakes de estúdio, da fase final da vida de Hendrix. Algumas dessas músicas fizeram parte do Cry Of Love, álbum em que Jimi estava trabalhando quando morreu. Outras foram lançadas em discos póstumos como Drifter's Escape, de Bob Dylan, que aparece no Loose Ends (um álbum pouco conhecido, mas muito bom) e outras tantas permaneceram inéditas por muito tempo até serem relançadas em edições especiais. Há ainda faixas como Night Bird Flying, Pride Of Man Last e Thursday Morning que não me lembro de ter ouvindo em nenhum outro disco oficial. “Mosca branca” da minha coleção pessoal que disponibilizo aqui no blog!



Jimi Hendrix – Multicolored vol.1
Jimi Hendrix – Multicolored vol.2

Betty Davis - Betty Davis [1971]

Apresento-lhes Betty Davis, que nasceu Mabry e virou Davis após seu casamento com o gênio inconteste do jazz Miles Davis. Bom, de cara muita gente já deve estar pensando que é mais uma que adotou o nome do marido na tentativa de conseguir alguma coisa no mundo do show business. Pode até ser que ela tivesse esse intento, mas não precisava. Primeiro por que nesta história de show business ela era muito bem relacionada, tanto que foi ela quem apresentou Jimi Hendrix e Sly Stone para Miles. Além disso, o seu rol de amizades incluía nomes do naipe de Michael Carabello (percussionista do Santana), Eric Clapton, Robert Palmer, e Marc “T-Rex” Bolan. E segundo porque esta mulher faz um dos melhores funk que se pode ouvir em voz feminina no mundo da black music. Tá duvidando? Então baixa aí para ver se não tenho razão!


No auge de seus vinte e poucos anos Betty era uma mulher de beleza e charme contagiantes. Miles era obcecado por ela chegou a estampar seu rosto na capa do disco Filles de Kilimanjaro (1969), onde dedicou para ela a música “Mademoiselle Mabry”. Dez anos depois ele voltaria a fazer para ela outra canção “Back Seat Betty”, no álbum The Man with the Horn (1981). O casamento deles durou uns dois anos (de 1968 até 1970), segundo Betty, terminou por causa da obsessão de Miles por ela, o trompetista era extremamente possessivo e muito ciumento. Já Miles, em sua autobiografia acusa-a de ter tido um caso com Hendrix, uma reivindicação que os amigos de Betty negam até hoje. Curiosidades a parte, o mais importante é que temos em Betty Davis um funk de primeira linha, sem dever nada para ninguém!


sexta-feira, 25 de maio de 2007

Led Zeppelin -Texas International Pop Festival [1969]

Eis aqui um belíssimo exemplar entre os muitos bootlegs do Led Zeppelin que existe por aí. Bons motivos fazem deste disco especial. Primeiro, porque mostra toda a energia da banda ainda em começo de carreira. Segundo, porque está muito bem gravado, levando-se em consideração que é um pirata e que se trata de uma gravação de 1969. E tem ainda o detalhe da capa, um desenho do grande Rick Griffin que entre tantos trabalhos importantes como os quadrinhos underground Zap, foi também autor da bela capa do Aoxomoxoa (1969), clássico disco do Grateful Dead, e de um incrível pôster do Jimi Hendrix live at Fillmore. Peça de colecionador!



John McLaughlin & Carlos Santana - Love Devotion Surrender Outtakes [1973]

Certamente uns dos sons mais incríveis que já ouvi na minha vida, e olha que já ouvi coisa para “cascalho”, foi o álbum Love Devotion Surrender, disco que une dois dos maiores guitarristas do planeta, John McLaughlin & Carlos Santana, em uma homenagem á um dos maiores saxofonistas do jazz, o incomparável John Coltrane. Tanto McLaughlin como Santana, estavam vivendo um grande momento de espiritualidade e isto pode ser percebido em cada nota que ressona neste disco. O que apresento aqui são os outtakes das sessões de gravação que resultaram neste mítico disco, que além dos dois grandes guitarrista conta, também, com a poderosa bateria Billy Cobham e os teclados ritmados de Jan Hammer.



J. McLaughlin & C. Santana - Love Devotion Surrender Outtakes cd1
J. McLaughlin & C. Santana - Love Devotion Surrender Outtakes cd2
Capas + Info

Frank Zappa - The Sheik's Rehearsals [2001]

Zappa foi um mestre absoluto da guitarra e das harmonias malucas, um crítico voraz do American Way of Life e, na minha modesta opinião, um dos maiores gênios da música em todos os tempos. Este bootleg foi gravado em 1978, sendo das faixas 1 a 10, em 16 de agosto (Rehearsal Concert) e as demais em 25 de Fevereiro (Neunkirchen Am Brand Concert) na mesma época em Zappa estava gravando o Sheik Yerbouti, um dos melhores álbuns de sua extensa discografia. Lamentavelmente a cópia aqui apresentada não trás o The Sheik's Rehearsals completo, pois o disco é um duplo. O que temos são 14 das 25 músicas do bootleg lançado pelo selo The Swingin' Pig. Nunca consegui encontrar o disco completo, se alguém se habilitar a postar me avise. Mesmo assim, ainda vale a pena por se um disco que não se acha fácil por aí. Depois, foi um pedido do meu virtual, não menos querido por isso, amigo Edson do blog Gravetos & Berlotas, um guitarrista das antigas. Então Edson, agora é assim, pediu levou!







Frank Zappa - The Sheik's Rehearsals

Sound quality: Soundboard BLabel: The Swingin' Pig TSP-CD-260-1

Hermeto Pascoal – Hermeto (AKAYogurt) [1972]

Monstro sagrado da música brasileira, um dos meus grandes ídolos este raríssimo disco (o LP é claro) chegou a ser lançado no Brasil em cd, lamentavelmente com uma capa horrorosa e um nome que não me lembro agora. A obra foi gravada nos EUA e contou com a produção do casal Airto Moreira e Flora Purim, pela gravadora Buddah Recordes e a participação de feras como o baixista Ron Carter e os sopros de Joe Farrell e Hubert Laws.

Humble Pie – On Stage [1970]

Este Humble Pie, foi gravado em 9 de setembro, 1970 no famoso John Peel's Sunday Show da BBC Radio One, por isso mesmo tem boa qualidade sonora apesar de ser um bootleg.




Humble Pie – On Stage

Gov't Mule - Live at the House of Blues [2001]

Bootleg do Gov't Mule, gravado no House of Blues de New Orleans, em Outubro, de 2001. Excelente qualidade de som, registrando um momento de grande inspiração da banda.



Gov't Mule - Live at the House of Blues