segunda-feira, 23 de junho de 2008

UMA BREVE HISTÓRIA SOBRE O BLUES




O blues nasceu no sul dos Estados Unidos quando os escravos transformaram a sua dor em música e verso. É puramente americano e apesar de receber alguma influência da cultura européia e africana, não existem vínculos diretos, sendo fruto da mistura de ambas as culturas. Algo especial e completamente diferente de qualquer tradição que possa ser encontrada nesses continentes, embora o pesquisador americano Alan Lomax (1915 – 2002) tenha encontrado alguns exemplos de canções bem parecidas no Noroeste de África, particularmente entre o Wolof e Watusi. A palavra “blue” foi associada à idéia de melancolia ou depressão desde a era da rainha Elizabeth. O termo "blues", como está agora definido, foi creditado ao escritor americano, Washington Irving, em 1807.

A história da tradição musical do blues é narrada oralmente e quase que unicamente por negros, desde os 1860s. A música africana e européia se fundiram para criar o que eventualmente se tornou o primeiro blues, quando os escravos começaram cantar canções cujas palavras contavam o extremo sofrimento e privação em que viviam. Era o "field holler" (grito do campo), uma forma de resposta para aquele ambiente opressivo. O "field holler" deu origem ao espiritual e ao blues. Alan Lomax define assim este momento: "celebridade entre todas as obras de arte humanas para o desespero profundo... Eles deram voz ao sentimento de alienação, sem regras e normas, que prevalecia nos acampamentos de construção do Sul". Isto se deu no *Delta de Mississipi, onde freqüentemente os negros eram recrutados à força para trabalharem no campo sob maus tratos até serem descartados por invalidez ou morte.

Lomax declara que o blues, tradicionalmente, era considerado uma disciplina masculina. Apesar de alguns dos primeiros blues ouvidos por brancos serem cantados por "ladies blues singers" (cantoras) como o Mamie Smith e Bessie Smith, não se encontravam muitas mulheres negras cantando blues nos juke-joints (também conhecidas como barrelhouses, que eram casas noturnas onde se vendiam bebidas clandestinas e tinham um palco tosco para apresentação dos músicos locais.). As prisões Sulistas também contribuíram consideravelmente para a tradição do blues com canções que falavam do trabalho, da fila da morte, assassinato, prostitutas, o diretor, o sol quente, e centenas de outras privações. Entre os presidiários que trabalhavam nas estradas e os grupos de trabalhadores rurais encontraram-se muitos bluesmen, com suas canções, onde muitos outros negros simplesmente ficaram familiarizados com as mesmas canções.

Seguindo a guerra civil como uma pedra rolante, o blues surgia como um destilado da música africana trazida por escravos. Field hollers, baladas, música de igreja e melodias de dança rítmicas chamadas de jump-ups evoluíram em uma música repentista de um cantor e seu violão. Ele cantava uma linha, e o violão respondia em seguida. Convém lembrar que o violão não desfrutou popularidade difundida com músicos de blues até a virada para o século XX. Até então, o banjo era o instrumento do blues primário. Antes dos 1890s o blues fora cantado em muitas das áreas rurais do Sul. E por volta de 1910, a palavra “blues” como é aplicado à tradição musical, estava em uso e já era bastante comum.

Alguns “blueslogistas” reivindicam (duvidosamente), que o primeiro blues publicado foi “Dallas Blues”, em 1912, escrito por Hart Wand, um violinista branco da cidade de Oklahoma. Mas o formato do blues foi primeiramente popularizado por volta de 1911 - 14 pelo compositor negro W. C. Handy (William Christopher Handy 1873-1958). Porém, a forma poética e musical do blues se cristalizou inicialmente ao redor 1910 e ganhou popularidade pela publicação de “Memphis Blues” (1912) e “St. Louis Blues” (1914), ambas de autoria de Handy. Blues instrumentais tinham sido registrados já em 1913. Mamie Smith gravou a primeira canção de blues vocal, “Crazy Blues” em 1920.





Durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) esse tipo de música foi segregado dentro das tropas americanas através de soldados sulistas que tinham sido expostos a ela. E já nos anos vinte, o blues se tornou uma moda nacional. Foi quando surgiram as primeiras gravações que imortalizaram artistas como Robert Jonhson, Charley Patton e Blind Lemmon Jéferson, Mas por uma ironia do destino, dentro de um meio predominantemente masculino, quem fez sucesso mesmo foram as "ladies blues singers". Os discos gravados por divas como Bessie Smith e, pouco depois, Billie Holiday venderam aos milhões. Ainda neste período, o blues ganhou uma popularidade maior também entre os músicos de jazz.



Na passagem das décadas de 30 e 40 ele se esparramou em direção ao norte com a migração de negros sulistas e acabou sendo introduzido no repertório das big bands. Foi por aí que começou também a eletrificação do blues com a introdução da guitarra elétrica. Em algumas cidades do norte como em Chicago e Detroit, ao final dos anos 40 e início dos 50, guitarristas como Muddy Waters, Willie Dixon (este era baixista), John Lee Hooker, Howlin' Wolf, Elmore James e outros tantos cantavam o que ficou conhecido como Mississippi Delta Blues, acompanhados por baixo, bateria, piano e, ocasionalmente gaita, começando a emplacar hits nacionais com canções de blues. Ao mesmo tempo T-Bone Walker, em Houston, e B.B. King, em Memphis, eram os pioneiros de um estilo de tocar guitarra que combinava as técnicas do jazz com as tonalidades do blues em seus repertórios.

No início da década de 60 o bluesmen urbano foi “descoberto” por jovens músicos brancos americanos e europeus. Muitas dessas bandas baseadas em blues como Paul Butterfield Blues Band, The Rolling Stones, The Yardbirds, John Mayall's Bluesbreakers, Cream, Canned Heat, and Fleetwood Mac levaram esse som para uma audiência de jovens brancos, coisa que os artistas negros de blues não puderam fazer na América, a não ser através de covers dos ritmos negros furtados pelos brancos. Desde aquela época até hoje, o rock tem assistido a vários revivals. Alguns dos grandes guitarristas de rock como Eric Clapton, Jimmy Page, Jimi Hendrix, e Eddie Van Halen usaram o blues como base no aperfeiçoamento de seus estilos.
Tradução do texto original de Robert M. Baker encontrado no site The Blue Highway




Agora eu gostaria de acrescentar aqui algo que Robert Baker tentou dizer, mas não conseguiu com muita propriedade: é que essa apropriação branca da música negra acabou sendo de certa forma benéfica aos negros que depois acabaram ganhando o crédito devido. Não sou nenhum Dr. ou Prof., mas acompanhei bem os anos sessenta, sou bom observador e na minha impressão, o preconceito americano foi uma forte barreira para que a música negra chegasse aos brancos, em especial ao público jovem. No entanto, na Europa, embora também houvesse o preconceito racial, isso não foi empecilho para que Chuck Berry, Robert Johnson, Leadbelly, Sonny Boy Williamson e tantos outros fossem reconhecidos como grandes talentos e influenciassem músicos como Eric Burdon, Rory Gallagher, Brian Jones, Ian Anderson, Alvin Lee, Ritchie Blamoore e outros nomes aqui citados. A bem da verdade, o blues precisou cruzar o Atlântico para revolucionar a música, tornando-se popular entre o público branco e só então, retornou consagrado aos Estados Unidos, para desta vez, ter reconhecido seus verdadeiros heróis!

*Muitos sabem que o Blues teve como berço o Delta do Mississipi, no entanto, a grande maioria pensa que foi nas vizinhanças de Nova Orleans. Errado: este foi o berço do jazz. O Delta que os bluesmen se referem, como uma espécie de país místico, é o delta lamacento do rio Yazoo, que junta sua águas às do rio Mississipi nas proximidades de Vicksburg, região de inundações aonde camadas de lama vão se depositando a cada primavera. Esta região possuía terras ricas para o plantio de algodão, e por isso, ali vivia uma densa população afro-americana, que servia como mão-de-obra escrava das lavouras. (Fred Cardoso e Lucas Scarascia - A História do Blues)



A BRIEF HISTORY OF THE BLUESby Robert M. Baker





Joseph Machlis says that the blues is a native American musical and verse form, with no direct European and African antecedents of which we know. (p. 578) In other words, it is a blending of both traditions. Something special and entirely different from either of its parent traditions. (Although Alan Lomax cites some examples of very similar songs having been found in Northwest Africa, particularly among the Wolof and Watusi. p. 233)

The word 'blue' has been associated with the idea of melancholia or depression since the Elizabethan era. The American writer, Washington Irving is credited with coining the term 'the blues,' as it is now defined, in 1807. (Tanner 40) The earlier (almost entirely Negro) history of the blues musical tradition is traced through oral tradition as far back as the 1860s. (Kennedy 79)

When African and European music first began to merge to create what eventually became the blues, the slaves sang songs filled with words telling of their extreme suffering and privation. (Tanner 36) One of the many responses to their oppressive environment resulted in the field holler. The field holler gave rise to the spiritual, and the blues, "notable among all human works of art for their profound despair . . . They gave voice to the mood of alienation and anomie that prevailed in the construction camps of the South," for it was in the Mississippi Delta that blacks were often forcibly conscripted to work on the levee and land-clearing crews, where they were often abused and then tossed aside or worked to death. (Lomax 233)

Alan Lomax states that the blues tradition was considered to be a masculine discipline (although some of the first blues songs heard by whites were sung by 'lady' blues singers like Mamie Smith and Bessie Smith) and not many black women were to be found singing the blues in the juke-joints. The Southern prisons also contributed considerably to the blues tradition through work songs and the songs of death row and murder, prostitutes, the warden, the hot sun, and a hundred other privations. (Lomax) The prison road crews and work gangs where were many bluesmen found their songs, and where many other blacks simply became familiar with the same songs.

Following the Civil War (according to Rolling Stone), the blues arose as "a distillate of the African music brought over by slaves. Field hollers, ballads, church music and rhythmic dance tunes called jump-ups evolved into a music for a singer who would engage in call-and-response with his guitar. He would sing a line, and the guitar would answer it." (RSR&RE 53) (author's note: I've seen somewhere, that the guitar did not enjoy widespread popularity with blues musicians until about the turn of the century. Until then, the banjo was the primary blues instrument.) By the 1890s the blues were sung in many of the rural areas of the South. (Kamien 518) And by 1910, the word 'blues' as applied to the musical tradition was in fairly common use. (Tanner 40)

Rosetta Patton Brown, the only daughter lives of Charlie Patton, in front of the back yard of his/her house in Duncan, MississipiSome 'bluesologists' claim (rather dubiously), that the first blues song that was ever written down was 'Dallas Blues,' published in 1912 by Hart Wand, a white violinist from Oklahoma City. (Tanner 40) The blues form was first popularized about 1911-14 by the black composer W.C. Handy (1873-1958). However, the poetic and musical form of the blues first crystallized around 1910 and gained popularity through the publication of Handy's "Memphis Blues" (1912) and "St. Louis Blues" (1914). (Kamien 518) Instrumental blues had been recorded as early as 1913. Mamie Smith recorded the first vocal blues song, 'Crazy Blues' in 1920. (Priestly 9) Priestly claims that while the widespread popularity of the blues had a vital influence on subsequent jazz, it was the "initial popularity of jazz which had made possible the recording of blues in the first place, and thus made possible the absorption of blues into both jazz as well as the mainstream of pop music." (Priestly 10)

American troops brought the blues home with them following the First World War. They did not, of course, learn them from Europeans, but from Southern whites who had been exposed to the blues. At this time, the U.S. Army was still segregated. During the twenties, the blues became a national craze. Records by leading blues singers like Bessie Smith and later, in the thirties, Billie Holiday, sold in the millions. The twenties also saw the blues become a musical form more widely used by jazz instrumentalists as well as blues singers. (Kamien 518)

Lovely Billie Holiday in 1949During the decades of the thirties and forties, the blues spread northward with the migration of many blacks from the South and entered into the repertoire of big-band jazz. The blues also became electrified with the introduction of the amplified guitar. In some Northern cities like Chicago and Detroit, during the later forties and early fifties, Muddy Waters, Willie Dixon, John Lee Hooker, Howlin' Wolf, and Elmore James among others, played what was basically Mississippi Delta blues, backed by bass, drums, piano and occasionally harmonica, and began scoring national hits with blues songs. At about the same time, T-Bone Walker in Houston and B.B. King in Memphis were pioneering a style of guitar playing that combined jazz technique with the blues tonality and repertoire. (RSR&RE 53)

In the early nineteen-sixties, the urban bluesmen were "discovered" by young white American and European musicians. Many of these blues-based bands like the Paul Butterfield Blues Band, the Rolling Stones, the Yardbirds, John Mayall's Bluesbreakers, Cream, Canned Heat, and Fleetwood Mac, brought the blues to young white audiences, something the black blues artists had been unable to do in America except through the purloined white cross-over covers of black rhythm and blues songs. Since the sixties, rock has undergone several blues revivals. Some rock guitarists, such as Eric Clapton, Jimmy Page, Jimi Hendrix, and Eddie Van Halen have used the blues as a foundation for offshoot styles. While the originators like John Lee Hooker, Albert Collins and B.B. King--and their heirs Buddy Guy, Otis Rush, and later Eric Clapton and the late Roy Buchanan, among many others, continued to make fantastic music in the blues tradition. (RSR&RE 53) The latest generation of blues players like Robert Cray and the late Stevie Ray Vaughan, among others, as well as gracing the blues tradition with their incredible technicality, have drawn a new generation listeners to the blues.
Works Cited:
Kamien, Michael. _Music: An Appreciation_. 3d Ed. N.Y.: McGraw Hill, 1984.; Kennedy, Michael. _The Concise Oxford Dictionary of Music_. N.Y.: 1980.; Lomax, Alan. _The Land Where the Blues Began_. N.Y.: Pantheon Books, 1993.; Pareles, Jon and Patricia Romanowski, eds. _The Rolling Stone Encyclopedia of Rock and Roll_.N.Y.: Rolling Stone Press, 1983.; Priestly, Brian. _Jazz On Record: A History_. N.Y.: Billboard Books, 1991.; Salzman, Eric and Michael Sahl. _Making Changes_. N.Y.: G. Schirmer, 1977.; Shapiro, Harry. _Eric Clapton: Lost in the Blues_. N.Y.: Da Capo Press, 1992.; Tanner, Paul and Maurice Gerow. _A Study of Jazz_. Dubuque, IA: William C. Brown Publishers, 1984.


Alan Lomax - Prison Songs [1997]
* *
Interessante trabalho do historiador Alan Lomax sobre as canções dos prisioneiros negros nas fazendas de trabalhos forçados, aonde nasceram os primeiros blues.



Martin Scorsese Presents The Blues [2003]
* * * * * *
Eis aqui um abrangente trabalho de documentação do blues através dos tempos, realizado pelo cineasta Martin Scorsese, essa maravilhosa seleção foi trilha de um documentário que eu ainda não tive o prazer de assistir, mas gostaria muito.



The Encyclopedia of Early Blues Classics [2001]
* *
Coletânea que reúne os principais intérpretes do blues nos seus primeiros anos através de uma ótima seleção de músicas.



R. Crumb's Heroes Of Blues, Jazz & Count [1980]
*
Já essa seleção é um trabalho feito pelo famoso cartunista Robert Crumb e foi uma espécie de brinde para quem comprou um calendário com arte de blues que ele lançou este ano. A proposta é similar ao disco a cima, mas trazendo nomes não tão manjados entre os mestres do estilo.


28 comentários:

Anônimo disse...

Legal, mui legal, buddy Woody a história sobre o blues, só q naum li porra nenhuma pois naum tenho paciência.hehehe
Abraços, Miguel

woody disse...

Só mesmo vc para um comentário desse! Hahahahaha!

Abraço,
WOODY

Eu Ovo disse...

sensacional o doc.blues do scorcese.
dá só uma olhada nesse site.
http://arapongasrockmotor.blogspot.com/search/label/Filmes%20de%20Blues

abs

Fusion_Brasil disse...

Parabéns, woody. Muito boa essa breve história do blues.

Como disse Mr. Egg, o documentário/show do Scorcese é fenomenal e deve estar na prateleira de todo tarado musical.

Abraços

woody disse...

Valeu Bruno!
vou conferir o The Soul Of A Man, mas acho que o documentário a que me referi é outro, pelo menos a capa é diferente. É que o Scorsese andou fazendo vários trabalhos assim, inclusive sobre jazz. Duvido que tenha algum que seja ruim.

Abraço,
WOODY

woody disse...

Olá Mr Fusion!
Quer dizer que vc também curte o bom e velho blues! De fato esses trabalhos do Scorsese são sensacionais. Mas confira também o disco do Crumb, a seleção que ele fez é realmente boa e inclui nomes que a gente não ouve a toda hora.

Abraço,
WOODY

Voltarol disse...

Oi Woody, Good stuff! I especially recommend 'Blues Fell This Morning' by Paul Oliver. It's a book and also a record, first published in about 1960 and full of great stuff. See 'Woke up this morning' on my blog for further details. See? I do read your blog!

Marcello 'Maddy Lee' disse...

Graaaaande Woody!
Cultura, História e Arte - que bela combinação, hein, meu camarada? Texto e links perfeitos, sensacional. Tô doido pra ouvir essa coletânea do Crumb, só falta baixar.
Agora, essa coisa dos americanos serem os racistas que são, não tem jeito; provavelmente o McCain ganhará as eleições só por que o Obama é negro; Jimi Hendrix também teve que ir pra Inglaterra pra ser devidamente reconhecido e respeitado e por aí vai. O pior de tudo é o efeito colateral, o reverso da medalha: os negros americanos, apoiados em anos e anos de racismo e opressão, hoje em dia são tanto ou quanto (ou provavelmente mais) racistas em relação aos brancos, e por conta disso cometem os mesmos erros que já sofreram - vai se tornando um círculo vicioso e infinito; uma tristeza... Daqui a pouco teremos brancos americanos cantando uns yellows, ou greens rsrsrsrs
O mundo não é justo, o tal Deus não é justo e a gente tem é que conviver com essas merdas, fazer o quê? rsrs
Sensacional post!
Abração.
Valeu!
ML

woody disse...

Hello my old friend!
What kind of name is this: Voltarol!?!
Was a big and good suprise for me see you here. I miss you.
A kiss in Mrs. Voltarol!

Cheers
Woody

Sergio disse...

Tsc, tsc, tsc... Quando o responsável não é o síndico, é o prefeito, quando não o prefeito, o governador e quando este não dá jeito, o presidente - que no nosso caso é 'previdente' língua-e-rabo-presos (pq não ele inteiro na cadeia?). Enfim, e quando não é o presidente, o culpado é Deus. Isso sim é que é delegar (culpa aos) poderes. E em sendo a culpa cristã, a culpa volta ao colo dos fiéis! Esse círculo vicioso é mais abrangente, Maddy. Pelo menos não nos inclui fora dele.

woody disse...

E aê meu caro Maddy!
Quer dizer que além dos progs tu tb é chegado num bluesinho. Bem, na verdade eu já notei que teu gosto é tão eclético quanto o meu só pelas coisas que flutuam no teu Pântano!
Pois é, essa coisa de segregação racial, de uns se acharem melhor que os outros é a maior idiotice do ser humano, mesmo sabendo que entre milhares de combinações possíveis de DNA, a única diferença entre nós e um chimpanzé é de apenas dois pares. Mas assim é só ter uma corzinha diferente, um credo diferente, gostar de algo diferente e pronto, já vai logo segregando. Ahhhh esse ser humano, enquanto não destruir a si mesmo, assassinando uns aos outros ou detonando o planeta não vai sossegar!

Abraço,
WOODY

Marcello 'Maddy Lee' disse...

Véi Woody,
pois é, a raça humana já está no caminho certo para a auto-destruição, e não podemos dizer que a culpa não é nossa, porque é de todo mundo; mas apontar culpados é fácil, complicado é tentar reverter essa situação; aqui, do meu jeito, com meu trabalho e com meu lazer, procuro fazer a minha parte, tentando trazer boas almas para compartilhar, sem fanatismos, nem radicalismos, tranquilamente, na paz. Enquanto isso, vou ouvindo meus sonzinhos, seja prog, rock, metal, blues, post-vanguarda-experimental-étnico-pop-jazz, o que vier, tá valendo, contanto que tenha qualidade e me emocione de alguma forma, e assim vou levando.
Agora, você viu o que nosso amigo Serjão, El Gran Sônico, escreveu? A eterna e incrível arte de rodear, rodear, rodear e não dizer nada? rsrsrsrs Sempre rio com os textos desse malucaço/gente boníssima.
Grande abraço.
Valeu!
ML

Sergio disse...

"e não podemos dizer que a culpa não é nossa, porque é de todo mundo; mas apontar culpados é fácil, complicado é tentar reverter essa situação"...

E sou q 'arrudio' e não digo nada... Ledo engano, amigo. Vc entendeu exatamente o que eu disse. Com o upgrade de rir. A idéia era essa: sem perder la ternura jamais.

Danilo Biondi disse...

Fala ai Woody;
Blz, valeu, o Link do "Boogie Woody" já está lá no "Forgotten Sons" tb; então já devo estar com os dias contados, primeiro mandaram retirar dois links, agora os links estão sendo deletados pelo Rapidshare e zSHARE, ainda bem que o Badongo e Megaupload ainda estão ativos, vamos ver até qdo, mas já to vacinado com isso, afinal esse é meu terceiro Blog, rs; estou com outro prontinho caso fechar este.
Valeu , abração !!!!

"DESISTIR JAMAIS"

Danilo

Anônimo disse...

Thanks Mr Woody for this great share

of Martin Scorsese Presents .

Great Blog .

Regards , Martin

Anônimo disse...

Boa Tarde WOODY,hoje resolvi dar uma volta ao passado,ao invés de olhar novos post,fui atrás dos antigos,sabia q alguma coisa tinha ficado para tras e não é q dou de cara com o tal Green Bullfrog com aquele time,logo depois Litle Walker e sua harmonica e para finalizar Vanila Fudge cara escolacho haja coração e houvindo sad hours de LITTLE WALKER termino esta narrativa valeu obrigado.AYRES RIO.

Fusion_Brasil disse...

Sim, sim, grande woody.

Não tem como não gostar dela... (sim, dela! George Duke colocou o seguinte título em um dos seus discos: I Love the Blues... SHE heard my cry).

Tá aí a raiz daquilo que "ouvo".

Abraços.

PS. Obrigado pela dica do Stanton Moore. Muito bom!!!!

Anônimo disse...

Greetings from Amerika!

Excellent post about the greatest of American musical styles.

Thanks!
snowmonkey

Marcello 'Maddy Lee' disse...

Véi Woody,
achei um 'pobrema' no CD1 da trilha do doc. do M Scorsese:
a faixa 8, 'Ma' Rainey's Black Bottom na verdade parece ser a faixa 9, Dark Was The Night..., então está faltando a faixa 8, ou será a 9?
Tem como você conferir isso?
Aproveitando... Os desenhos dos bluesmen feitos pelo R. Crumb são simplesmente sensacionais! Excelente!
Valeu, meu camarada!
Abração.
ML

woody disse...

Maddy,
eu baixei isso da net, para ser honesto nunca tinha ouvido por inteiro, mas vou tentar encontrar as faixa no Torrent, se eu achar te aviso.

Abraço,
WOODY

Sergio disse...

Woody, vc conhece um guitarrista de ascendência vietnamita de nome Nguyên Lê e um de seus discos "Celebrating Jimi Hendrix Purple" 2002? Uma pancada, amigo. Será minha próxima postagem. Se não conheces deixe-me te apresentar. Ficarei curioso pra saber o q vais dizer.

Appetite for downloads! disse...

Ola boogie estou procurando parcerias. Se caso vc se interesse passe no http://appetitefordownloads.blogspot.com
para dar uma olhandinha e deixar um recado. Vlw

P disse...

Dear,

I'm collecting numbers from various languages.

I politely ask you send me numbers from 1-10 in your language.

Thank you.Än tilt wofeni woka
weq arälemba hesta
hellasano sellä hest
demoka rwiqelso än.

woody disse...

No problem! But I don't understand!?!? Numbers of what?
What kind of numbers you are talking about? Blues history? Robert Crumb Calendar? Blues CDs?
What kind numbers you are talking about?
Numbers in potuguese: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez. Is this!?!?!

WESLEI disse...

DEPOIS DESSAS INFORMAÇÕES FIQUEI MAIS APAIXONADO PELO BLUES. VALEU!

Anônimo disse...

E pensar que qualquer bandinha de neófitos sae batendo no peito dizendo que é ãuma banda de blues... Creio que ficou claro que o que faz uma banda de blues são seus bluesmen e não um marketing agressivo apenas. De lavada !, grande woody: enorme é o Blues. Valeu !

Thania Remus disse...

o blues só é blues graças a Mr. Robert Johnson..
Simplesmente Pai do blues =)

Tinha uma lenda que ele havia trocado a alma dele com o diabo pela proeza de tocar o violao...



PS. Sensacional o doc...
PARABÉNS!

Cruz das Almas - Notícias disse...

Muito Legal o blog ainda mais falando de BLUES.

Blues é amor, abandono, solidão e supertção

visite meu blog: www.zemorais.blogspot.com