segunda-feira, 23 de junho de 2008

UMA BREVE HISTÓRIA SOBRE O BLUES




O blues nasceu no sul dos Estados Unidos quando os escravos transformaram a sua dor em música e verso. É puramente americano e apesar de receber alguma influência da cultura européia e africana, não existem vínculos diretos, sendo fruto da mistura de ambas as culturas. Algo especial e completamente diferente de qualquer tradição que possa ser encontrada nesses continentes, embora o pesquisador americano Alan Lomax (1915 – 2002) tenha encontrado alguns exemplos de canções bem parecidas no Noroeste de África, particularmente entre o Wolof e Watusi. A palavra “blue” foi associada à idéia de melancolia ou depressão desde a era da rainha Elizabeth. O termo "blues", como está agora definido, foi creditado ao escritor americano, Washington Irving, em 1807.

A história da tradição musical do blues é narrada oralmente e quase que unicamente por negros, desde os 1860s. A música africana e européia se fundiram para criar o que eventualmente se tornou o primeiro blues, quando os escravos começaram cantar canções cujas palavras contavam o extremo sofrimento e privação em que viviam. Era o "field holler" (grito do campo), uma forma de resposta para aquele ambiente opressivo. O "field holler" deu origem ao espiritual e ao blues. Alan Lomax define assim este momento: "celebridade entre todas as obras de arte humanas para o desespero profundo... Eles deram voz ao sentimento de alienação, sem regras e normas, que prevalecia nos acampamentos de construção do Sul". Isto se deu no *Delta de Mississipi, onde freqüentemente os negros eram recrutados à força para trabalharem no campo sob maus tratos até serem descartados por invalidez ou morte.

Lomax declara que o blues, tradicionalmente, era considerado uma disciplina masculina. Apesar de alguns dos primeiros blues ouvidos por brancos serem cantados por "ladies blues singers" (cantoras) como o Mamie Smith e Bessie Smith, não se encontravam muitas mulheres negras cantando blues nos juke-joints (também conhecidas como barrelhouses, que eram casas noturnas onde se vendiam bebidas clandestinas e tinham um palco tosco para apresentação dos músicos locais.). As prisões Sulistas também contribuíram consideravelmente para a tradição do blues com canções que falavam do trabalho, da fila da morte, assassinato, prostitutas, o diretor, o sol quente, e centenas de outras privações. Entre os presidiários que trabalhavam nas estradas e os grupos de trabalhadores rurais encontraram-se muitos bluesmen, com suas canções, onde muitos outros negros simplesmente ficaram familiarizados com as mesmas canções.

Seguindo a guerra civil como uma pedra rolante, o blues surgia como um destilado da música africana trazida por escravos. Field hollers, baladas, música de igreja e melodias de dança rítmicas chamadas de jump-ups evoluíram em uma música repentista de um cantor e seu violão. Ele cantava uma linha, e o violão respondia em seguida. Convém lembrar que o violão não desfrutou popularidade difundida com músicos de blues até a virada para o século XX. Até então, o banjo era o instrumento do blues primário. Antes dos 1890s o blues fora cantado em muitas das áreas rurais do Sul. E por volta de 1910, a palavra “blues” como é aplicado à tradição musical, estava em uso e já era bastante comum.

Alguns “blueslogistas” reivindicam (duvidosamente), que o primeiro blues publicado foi “Dallas Blues”, em 1912, escrito por Hart Wand, um violinista branco da cidade de Oklahoma. Mas o formato do blues foi primeiramente popularizado por volta de 1911 - 14 pelo compositor negro W. C. Handy (William Christopher Handy 1873-1958). Porém, a forma poética e musical do blues se cristalizou inicialmente ao redor 1910 e ganhou popularidade pela publicação de “Memphis Blues” (1912) e “St. Louis Blues” (1914), ambas de autoria de Handy. Blues instrumentais tinham sido registrados já em 1913. Mamie Smith gravou a primeira canção de blues vocal, “Crazy Blues” em 1920.





Durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) esse tipo de música foi segregado dentro das tropas americanas através de soldados sulistas que tinham sido expostos a ela. E já nos anos vinte, o blues se tornou uma moda nacional. Foi quando surgiram as primeiras gravações que imortalizaram artistas como Robert Jonhson, Charley Patton e Blind Lemmon Jéferson, Mas por uma ironia do destino, dentro de um meio predominantemente masculino, quem fez sucesso mesmo foram as "ladies blues singers". Os discos gravados por divas como Bessie Smith e, pouco depois, Billie Holiday venderam aos milhões. Ainda neste período, o blues ganhou uma popularidade maior também entre os músicos de jazz.



Na passagem das décadas de 30 e 40 ele se esparramou em direção ao norte com a migração de negros sulistas e acabou sendo introduzido no repertório das big bands. Foi por aí que começou também a eletrificação do blues com a introdução da guitarra elétrica. Em algumas cidades do norte como em Chicago e Detroit, ao final dos anos 40 e início dos 50, guitarristas como Muddy Waters, Willie Dixon (este era baixista), John Lee Hooker, Howlin' Wolf, Elmore James e outros tantos cantavam o que ficou conhecido como Mississippi Delta Blues, acompanhados por baixo, bateria, piano e, ocasionalmente gaita, começando a emplacar hits nacionais com canções de blues. Ao mesmo tempo T-Bone Walker, em Houston, e B.B. King, em Memphis, eram os pioneiros de um estilo de tocar guitarra que combinava as técnicas do jazz com as tonalidades do blues em seus repertórios.

No início da década de 60 o bluesmen urbano foi “descoberto” por jovens músicos brancos americanos e europeus. Muitas dessas bandas baseadas em blues como Paul Butterfield Blues Band, The Rolling Stones, The Yardbirds, John Mayall's Bluesbreakers, Cream, Canned Heat, and Fleetwood Mac levaram esse som para uma audiência de jovens brancos, coisa que os artistas negros de blues não puderam fazer na América, a não ser através de covers dos ritmos negros furtados pelos brancos. Desde aquela época até hoje, o rock tem assistido a vários revivals. Alguns dos grandes guitarristas de rock como Eric Clapton, Jimmy Page, Jimi Hendrix, e Eddie Van Halen usaram o blues como base no aperfeiçoamento de seus estilos.
Tradução do texto original de Robert M. Baker encontrado no site The Blue Highway




Agora eu gostaria de acrescentar aqui algo que Robert Baker tentou dizer, mas não conseguiu com muita propriedade: é que essa apropriação branca da música negra acabou sendo de certa forma benéfica aos negros que depois acabaram ganhando o crédito devido. Não sou nenhum Dr. ou Prof., mas acompanhei bem os anos sessenta, sou bom observador e na minha impressão, o preconceito americano foi uma forte barreira para que a música negra chegasse aos brancos, em especial ao público jovem. No entanto, na Europa, embora também houvesse o preconceito racial, isso não foi empecilho para que Chuck Berry, Robert Johnson, Leadbelly, Sonny Boy Williamson e tantos outros fossem reconhecidos como grandes talentos e influenciassem músicos como Eric Burdon, Rory Gallagher, Brian Jones, Ian Anderson, Alvin Lee, Ritchie Blamoore e outros nomes aqui citados. A bem da verdade, o blues precisou cruzar o Atlântico para revolucionar a música, tornando-se popular entre o público branco e só então, retornou consagrado aos Estados Unidos, para desta vez, ter reconhecido seus verdadeiros heróis!

*Muitos sabem que o Blues teve como berço o Delta do Mississipi, no entanto, a grande maioria pensa que foi nas vizinhanças de Nova Orleans. Errado: este foi o berço do jazz. O Delta que os bluesmen se referem, como uma espécie de país místico, é o delta lamacento do rio Yazoo, que junta sua águas às do rio Mississipi nas proximidades de Vicksburg, região de inundações aonde camadas de lama vão se depositando a cada primavera. Esta região possuía terras ricas para o plantio de algodão, e por isso, ali vivia uma densa população afro-americana, que servia como mão-de-obra escrava das lavouras. (Fred Cardoso e Lucas Scarascia - A História do Blues)



A BRIEF HISTORY OF THE BLUESby Robert M. Baker





Joseph Machlis says that the blues is a native American musical and verse form, with no direct European and African antecedents of which we know. (p. 578) In other words, it is a blending of both traditions. Something special and entirely different from either of its parent traditions. (Although Alan Lomax cites some examples of very similar songs having been found in Northwest Africa, particularly among the Wolof and Watusi. p. 233)

The word 'blue' has been associated with the idea of melancholia or depression since the Elizabethan era. The American writer, Washington Irving is credited with coining the term 'the blues,' as it is now defined, in 1807. (Tanner 40) The earlier (almost entirely Negro) history of the blues musical tradition is traced through oral tradition as far back as the 1860s. (Kennedy 79)

When African and European music first began to merge to create what eventually became the blues, the slaves sang songs filled with words telling of their extreme suffering and privation. (Tanner 36) One of the many responses to their oppressive environment resulted in the field holler. The field holler gave rise to the spiritual, and the blues, "notable among all human works of art for their profound despair . . . They gave voice to the mood of alienation and anomie that prevailed in the construction camps of the South," for it was in the Mississippi Delta that blacks were often forcibly conscripted to work on the levee and land-clearing crews, where they were often abused and then tossed aside or worked to death. (Lomax 233)

Alan Lomax states that the blues tradition was considered to be a masculine discipline (although some of the first blues songs heard by whites were sung by 'lady' blues singers like Mamie Smith and Bessie Smith) and not many black women were to be found singing the blues in the juke-joints. The Southern prisons also contributed considerably to the blues tradition through work songs and the songs of death row and murder, prostitutes, the warden, the hot sun, and a hundred other privations. (Lomax) The prison road crews and work gangs where were many bluesmen found their songs, and where many other blacks simply became familiar with the same songs.

Following the Civil War (according to Rolling Stone), the blues arose as "a distillate of the African music brought over by slaves. Field hollers, ballads, church music and rhythmic dance tunes called jump-ups evolved into a music for a singer who would engage in call-and-response with his guitar. He would sing a line, and the guitar would answer it." (RSR&RE 53) (author's note: I've seen somewhere, that the guitar did not enjoy widespread popularity with blues musicians until about the turn of the century. Until then, the banjo was the primary blues instrument.) By the 1890s the blues were sung in many of the rural areas of the South. (Kamien 518) And by 1910, the word 'blues' as applied to the musical tradition was in fairly common use. (Tanner 40)

Rosetta Patton Brown, the only daughter lives of Charlie Patton, in front of the back yard of his/her house in Duncan, MississipiSome 'bluesologists' claim (rather dubiously), that the first blues song that was ever written down was 'Dallas Blues,' published in 1912 by Hart Wand, a white violinist from Oklahoma City. (Tanner 40) The blues form was first popularized about 1911-14 by the black composer W.C. Handy (1873-1958). However, the poetic and musical form of the blues first crystallized around 1910 and gained popularity through the publication of Handy's "Memphis Blues" (1912) and "St. Louis Blues" (1914). (Kamien 518) Instrumental blues had been recorded as early as 1913. Mamie Smith recorded the first vocal blues song, 'Crazy Blues' in 1920. (Priestly 9) Priestly claims that while the widespread popularity of the blues had a vital influence on subsequent jazz, it was the "initial popularity of jazz which had made possible the recording of blues in the first place, and thus made possible the absorption of blues into both jazz as well as the mainstream of pop music." (Priestly 10)

American troops brought the blues home with them following the First World War. They did not, of course, learn them from Europeans, but from Southern whites who had been exposed to the blues. At this time, the U.S. Army was still segregated. During the twenties, the blues became a national craze. Records by leading blues singers like Bessie Smith and later, in the thirties, Billie Holiday, sold in the millions. The twenties also saw the blues become a musical form more widely used by jazz instrumentalists as well as blues singers. (Kamien 518)

Lovely Billie Holiday in 1949During the decades of the thirties and forties, the blues spread northward with the migration of many blacks from the South and entered into the repertoire of big-band jazz. The blues also became electrified with the introduction of the amplified guitar. In some Northern cities like Chicago and Detroit, during the later forties and early fifties, Muddy Waters, Willie Dixon, John Lee Hooker, Howlin' Wolf, and Elmore James among others, played what was basically Mississippi Delta blues, backed by bass, drums, piano and occasionally harmonica, and began scoring national hits with blues songs. At about the same time, T-Bone Walker in Houston and B.B. King in Memphis were pioneering a style of guitar playing that combined jazz technique with the blues tonality and repertoire. (RSR&RE 53)

In the early nineteen-sixties, the urban bluesmen were "discovered" by young white American and European musicians. Many of these blues-based bands like the Paul Butterfield Blues Band, the Rolling Stones, the Yardbirds, John Mayall's Bluesbreakers, Cream, Canned Heat, and Fleetwood Mac, brought the blues to young white audiences, something the black blues artists had been unable to do in America except through the purloined white cross-over covers of black rhythm and blues songs. Since the sixties, rock has undergone several blues revivals. Some rock guitarists, such as Eric Clapton, Jimmy Page, Jimi Hendrix, and Eddie Van Halen have used the blues as a foundation for offshoot styles. While the originators like John Lee Hooker, Albert Collins and B.B. King--and their heirs Buddy Guy, Otis Rush, and later Eric Clapton and the late Roy Buchanan, among many others, continued to make fantastic music in the blues tradition. (RSR&RE 53) The latest generation of blues players like Robert Cray and the late Stevie Ray Vaughan, among others, as well as gracing the blues tradition with their incredible technicality, have drawn a new generation listeners to the blues.
Works Cited:
Kamien, Michael. _Music: An Appreciation_. 3d Ed. N.Y.: McGraw Hill, 1984.; Kennedy, Michael. _The Concise Oxford Dictionary of Music_. N.Y.: 1980.; Lomax, Alan. _The Land Where the Blues Began_. N.Y.: Pantheon Books, 1993.; Pareles, Jon and Patricia Romanowski, eds. _The Rolling Stone Encyclopedia of Rock and Roll_.N.Y.: Rolling Stone Press, 1983.; Priestly, Brian. _Jazz On Record: A History_. N.Y.: Billboard Books, 1991.; Salzman, Eric and Michael Sahl. _Making Changes_. N.Y.: G. Schirmer, 1977.; Shapiro, Harry. _Eric Clapton: Lost in the Blues_. N.Y.: Da Capo Press, 1992.; Tanner, Paul and Maurice Gerow. _A Study of Jazz_. Dubuque, IA: William C. Brown Publishers, 1984.


Alan Lomax - Prison Songs [1997]
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Interessante trabalho do historiador Alan Lomax sobre as canções dos prisioneiros negros nas fazendas de trabalhos forçados, aonde nasceram os primeiros blues.



Martin Scorsese Presents The Blues [2003]
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Eis aqui um abrangente trabalho de documentação do blues através dos tempos, realizado pelo cineasta Martin Scorsese, essa maravilhosa seleção foi trilha de um documentário que eu ainda não tive o prazer de assistir, mas gostaria muito.



The Encyclopedia of Early Blues Classics [2001]
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Coletânea que reúne os principais intérpretes do blues nos seus primeiros anos através de uma ótima seleção de músicas.



R. Crumb's Heroes Of Blues, Jazz & Count [1980]
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Já essa seleção é um trabalho feito pelo famoso cartunista Robert Crumb e foi uma espécie de brinde para quem comprou um calendário com arte de blues que ele lançou este ano. A proposta é similar ao disco a cima, mas trazendo nomes não tão manjados entre os mestres do estilo.


terça-feira, 17 de junho de 2008

Cosmosquad - Live at The Baked Potato [1997]



Esta foi uma das muitas bandas que conheci aqui na internet. O trio é natural de Phoenix, Arizona-USA, no entanto, atualmente vive na Califórnia. O som deles é um fusion pesado, que tende muito mais ao rock do que pro jazz, recebendo a minha mais alta recomendação para quem curte esse tipo de música. O Cosmosquad está na ativa desde 1997, mas lançou poucos discos, uns quatro ou três, creio eu, e se não me falha a memória, Live At The Baked Potato é o segundo disco deles, gravado em Los Angelis, no dia 28 de fevereiro de 2001. O grupo formado por Jeff Kollman (guitarra), Barry Sparks (baixo), Shane Gaalaas (bateria), teve uma atuação memorável apresentando um repertório que traz composições do auto-intitulado álbum de estréia (1997), do futuro disco Squadrophenia (2002), e do CD solo de Kollman, Shedding Skin (1999). Neste primeiro (e único, até o momento) registro oficial ao vivo, a banda demonstra que funciona tão bem no palco, quanto nos trabalhos em estúdio, detonando em músicas como “Fat, Mean & Nasty”, “My Guitar Gently Screams”, “Funk N’ Eh” e também na homenagem a Jason Becker, “Jam For Jason”. O disco só não é perfeito porque peca na masterizasão e finalização da edição. Seria um excelente bootleg, mas para um lançamento oficial deixa um pouco a desejar. Parece que eles simplesmente gravaram, deram um tapinha no estúdio (se é que fizeram isso) e pronto. Faltou um acabamento melhor, uma edição mais esmerada e uma filtragem dos ruídos externos, mas a performance é do caralho!
Fonte -> texto de Thiago Sarkis publicado em 04/11/04 no site Whiplash!







Cosmosquad - Live at The Baked Potato


Live At The Baked Potato features the Cosmosquad trio in a club setting on one February evening in 2001, delivering dynamic material from their CDs "Cosmosquad", "Squadrophenia" and guitarist Jeff Kollman's solo CD "Shedding Skin". An all-instrumental set awaits fans of the galactic band, with funky outbursts giving way to dark, hypnotic grooves, spastic madness meeting ethereal beauty, and African tribal flavors intersecting with melodic flurries. If you are unfamiliar with the guitar work of Jeff Kollman, this live set is a great introduction - over 78 minutes of superb musicianship - and you'll definitely be juiced enough to get the other 9 or 10 titles in Kollman's ever expanding discography. Instrumental Guitar (Electric (Heavy)/Fusion), total running time, 59:42
Review -> by Guitar Nine






Cosmosquad - Live at The Baked Potato


Hiromi Uehara on Piano Jazz [2008]


Eu não ia postar esse disco, na verdade passei o link para o Bruno lá do blog Eu Ovo que é bem mais entusiasta da Hiromi do que eu. Pensei que ele iria postar, mas ele não fez isso e uma vez que subi o arquivo para o Shareonall creio que é um desperdício deixá-lo lá sem compartilhá-lo. Sendo assim, o que não era para ser acabou sendo! Então aqui está Hiromi Uehara participando do programa Piano Jazz, da National Public Radio, tradicionalmente apresentado pela pianista inglesa Marian McPartland. A audição foi gravada no Manhattan Beach Studios de Nova York, em 17 de fevereiro de 2004, mas só foi ao ar no dia 2 de fevereiro de 2008. Hiromi dispensa maiores apresentações, mas para quem não conhece Marian McPartland, saiba que ela é inglesa, mas já mora a muitos anos nos Estados Unidos aonde apresenta este programa desde 1978. Além de pianista de jazz ela é compositora, escritora e, assim como Hiromi, foi uma prodígio musical quando criança, pois já tocava aos três anos de idade. Pelo Piano Jazz, já passou grandes nomes da música internacional como Henry Mancini, Bill Evans, Oscar Peterson, Dizzy Gillespie, Carmen McRae, Lionel Hampton, Benny Carter, Kenny Burrell, Chick Corea, Artie Shaw, Steely Dan, Eliane Elias, Herbie Hancock, Frank Zappa e muita, mas muita gente boa mesmo!
Fonte -> Wikipedia

Em tempo -> Depois de colocar o disco aqui, recebi notícias do Bruno dizendo que pretendia postá-lo, mas esqueceu de me avisar. Para não perder a viagem, ele me mandou o texto que tinha preparado. Como na natureza nada se perde, tudo se transforma, aqui vai o texto dele transformando este post num trabalho a quatro mãos:

O programa de rádio, Piano Jazz, é apresentado pela pianista Marian McPartland desde 1978, e recebeu Hiromi Uehara em 2004. Nesse programa, a pianista, Marian McPartland, conversou com Hiromi que arrasou tocando seu piano solo e mostrando canções delicadas como 'Blue and green' ou improvisos geniais como o que foi baseado no 'Tom and Jerry show', escrito pela própria Hiromi.

Entre as perguntas que McPartland faz para Hiromi estão como ela harmoniza os improvisos que faz, a resposta é simples, "vou pela intuição", e a maestra agradece e reconhece que é exatamente isso que faz o jazz ser simplesmente jazz. Hiromi ainda confidenciou sobre seu encontro com ninguém menos que Oscar Peterson, e que tocou no seu piano, deixando-o embasbacado, é lógico. Não é qualquer um que tem a oportunidade de tocar para Oscar Peterson e ainda por cima deixa-lo pasmo com a atuação. Pois Hiromi é capaz de tudo isso.

No programa você pode ouvir versões solo de peças que entraram no novo disco de Hiromi's Sonicbloom, como 'Caravan', 'I got rythm' e 'Softly, as in a morning sunrise' em dueto com Marian McPartland, e ainda outra versão da dupla, Hiromi e McPartland, para 'Lullaby of Birdland', de Gershiwn. A própria McPartland admitiu que não poderia tocar como Hiromi e ainda ressaltou a técnica assombrosa da mão esquerda da japonesa. Hiromi apenas respondeu que "adora tocar o piano, e por isso pratica muito". Marian McPartland também dá mostras de seu talento com 'With you in my mind' e no belo improviso em homenagem a Hiromi, 'Portrait of Hiromi'. A conversa das duas evolui para outros duetos, com Hiromi e McPartland tocando 'Straight no chaser' de Thelonious Monk e 'There will never be another you' de Harry Warren.

O disco é uma pérola e quem quiser mais discos da Hiromi é só ver lá no Eu Ovo.





Hiromi Uehara on Piano Jazz

This is a soundboard broadcast bootleg recorded from Marian McPartland’s Piano Jazz featuring Hiromi Uehara. The Piano Jazz is a traditional American jazz radio show from the National Public Radio that happens in New York. Marian McPartland, born (March 20, 1918) Margaret Marian Turner in Slough-UK, she is a jazz pianist, composer, writer and was a musical prodigy from the time she could sit at the piano, about the age of three. Marian studied classical music, and the violin, in addition to the piano. Hiromi Uehara was born in Shizuoka, Japan, in 1979. She began studying classical piano at age 5 at the Yamaha School of Music. Her teacher was a jazz fan, and she shared her love of the music with Hiromi, encouraging improvisation even on the classical pieces of Mozart, Hayden, and exercises from the Hannon Book. Hiromi achieved a high level of playing at an early age, and was performing publicly before reaching her teenage years. At 14, she got the opportunity to take her talents abroad, traveling to Czechoslovakia for a performance with the Czech Philharmonic. In addition to her continued classical studies and performances, Hiromi became increasingly interested in jazz. She even had the opportunity to sit in with Chick Corea during one of his concerts in Tokyo. After high school, Hiromi worked performing jingles for television commercials. The work piqued her interest in orchestration and arranging, and she felt the need for more study. The Berklee College of Music in Boston provided the perfect setting for her budding interest in arranging, as well as her lifelong love of jazz.
Fonte -> Wikipedia


Hiromi Uehara & Marian McPartland
Manhattan Beach Studios
NY, NY USA - FM SBD
Broadcast date: 2008-02-09
Performance date: 2004-02-17





Hiromi Uehara on Piano Jazz

segunda-feira, 16 de junho de 2008

A SAGA CONTINUA



Então! Este é o primeiro post depois do aniversário de um ano do blog, que aconteceu em 27 de maio. Para a ocasião eu havia planejado uma série de coisas, post especiais, comemorativos e tal... Mas a medida que a data foi se aproximando comecei a matutar sobre tudo o que eu imaginava do blog antes e o que rolou até agora, chegando à conclusão que me sentia um tanto quanto frustrado e decepcionado, ao ponto de cancelar toda a festividade e até colocar em cheque se deveria ou não continuar. Alguns posts levaram dias para serem concluídos, porque eu ficava levantando dados biográficos, discografia, traduzindo textos, até fazendo capas e no final o feedback era praticamente nenhum. Pô, isso é mesmo broxante! Fica uma sensação de que ninguém liga, não estão nem aí e você está jogando pérolas aos porcos... Talvez, se eu enchesse a página de discos sem me dar ao trabalho de dizer nada, este espaço fosse mais popular, no entanto, me recuso terminantemente a fazer tal coisa, porque a minha intenção é fomentar e não distribuir música. Mas quer saber? Foda-se! Já saquei que o lance é assim mesmo, não se pode esperar nada mais do que a própria satisfação ao fazer algo que amamos, independente dos outros gostarem ou não. Afinal, eu curto muito tudo isso aqui, música para mim é tudo e mais um pouco! Gosto de tocar, falar, ouvir, debater, assistir, sentir... É claro que a intenção do blog é compartilhar e trocar idéias e, embora eu não conseguisse isso na escala imaginada, a coisa rolou entre poucos e bons, não citarei nomes para não cometer nenhuma injustiça por esquecimento, mas vocês sabem quem são vocês. Há também aqueles que curtem o blog sem nunca ter deixado um comentário sequer, mas são amantes da boa música e apreciam a informação aqui disponível. Em consideração a esse seleto, mas distinto grupo, e também a mim mesmo, resolvi continuar. Vou em frente consciente, agora mais do que nunca, de que este blog não é para todo mundo mesmo, é apenas para vocês: os poucos e bons!


segunda-feira, 26 de maio de 2008

Hiromi's Sonicbloom - Live at The Piazzale Alla Valle 2007



Há muito que eu queria postar algo da jovem tecladista japonesa Hiromi Uehara, sua técnica e feeling no piano são impressionantes, além do seu carisma e jovialidade. Ela tem um domínio de arrepiar sobre os teclados, sejam eles elétricos ou acústicos. Mas o Bruno, do blog Eu Ovo chegou primeiro e já mandou ver logo todos os quatro discos lançados por ela até o momento, faltou apenas o Hiromi Uehara & Chick Corea - Duet (2006), mas esse é bem raro e só saiu em edição limitada no Japão. Restou-me apenas a opção de esperar para encontrar uma boa gravação que me desse a oportunidade de um post, o que acabou acontecendo ontem. Encontrei uma apresentação maravilhosa que se deu durante a realização do festival de jazz de Piazzale Alla Valle, em Mendrisio, Suíça, no dia 30 de junho de 2007, destacando o repertório do seu recente lançamento Hiromi's Sonicbloom – Time Control (2007). Mais do que depressa já tratei de levantar o arquivo aqui para o Boogie Woody, pegando emprestado o texto do Bruno referente à biografia dessa pequena grande pianista. Espero que vocês desfrutem com o mesmo gosto que eu esse show e se acaso gostarem e ainda não tiveram a oportunidade de ouvir os discos dela, aproveitem para passar lá no Eu Ovo e conferir os álbuns. Se eventualmente alguém tiver a oportunidade de adquirir alguns dos CDs dela, pode comprar sem medo de errar, pois vai valer cada centavo. Seu próximo lançamento Beyond Standard está previsto para chegar às lojas no dia 10 de junho. Aproveite que é música da melhor qualidade!


Biografia por Bruno Freitas:

Hiromi Uehara começou a tocar piano clássico com seis anos de idade, e aos 15 anos ela já havia tocado com a Orquestra Filarmônica da República Tcheca. Com oito anos, Hiromi conheceu o jazz e se apaixonou pelo estilo musical. Quando tinha 17 anos, Chick Corea conheceu o som dessa jovem japonesa em Tókio, e chegou a convidá-la para tocar com ele no mesmo dia. Hiromi foi estudar música nos Estados Unidos com Ahmad Jamal, o pianista favorito de Miles Davis. Antes mesmo de se formar, ela já tinha assinado contrato com o selo independente norte-americano, Telarc.

O primeiro disco em 2003, Another Mind, contava com um trio afinadíssimo, Hiromi no piano, Mitch Cohn no baixo e Dave DiCenso na bateria. Já no segundo trabalho em 2004, Brain, Tony Grey assumiu o baixo e Martin Valihora a bateria. Com essa mesma formação, Hiromi lançou o terceiro disco em 2005, Spiral. Em 2006 o trio adicionou o guitarrista David Fiuczynski e transformou-se em Hiromi’s Sonicbloom. Com esta nova formação, o quarteto lançou o disco Time Control em 2007.



Se quiserem conferir a atuação dessa japonesinha de 28 aninhos, que já é um monstro no piano, podem conferir Kung-Fu World Champion ou If, ambas do disco Brain de 2004. Mas vejam os vídeos até o final para dar tempo da Hiromi solar no piano. Ela usa um piano Yamaha C3 e teclado Nord Lead 2.
Texto retirado do blog Eu Ovo.




Hiromi's Sonicbloom - Live at The Piazzale Alla Valle 2007

Hiromi Uehara (上原ひろみ, born 26 March 1979) is a jazz composer and pianist born in Hamamatsu, Japan. She is known for her virtuosic technique, energetic live performances and blend of musical genres such as jazz, progressive rock, classical and fusion in her compositions. Hiromi started learning classical piano at age 6. She was introduced to jazz by her piano teacher Noriko Hakita when she was 8. At age 14, she played with the Czech Philharmonic Orchestra. When she was 17, she met Chick Corea by chance in Tokyo, and was invited to play with him at his concert the very next day. After being a jingle writer for a few years for Japanese companies such as Nissan, she enrolled to study at Berklee College of Music in Boston, Massachusetts. There, she was mentored by Ahmad Jamal and had already signed with jazz label Telarc before her graduation. Since her debut in 2003, Hiromi has toured the world and appeared in numerous jazz festivals.

Hiromi's trio initially consisted of bassist Mitch Cohn and drummer Dave DiCenso. In 2004, she recorded her second album Brain with fellow Berklee alums bassist Tony Grey and drummer Martin Valihora and has been recording and touring with them ever since. Hiromi's Sonicbloom: On October 19, 2006, the trio added guitarist David Fiuczynski in a performance at the Jazz Factory in Louisville KY. He is also featured in the albums Time Control and "Beyond Standard", and is currently touring with the group. Hiromi plays the Yamaha C3 grand piano and the Nord Lead 2 keyboard.
From -> Wikipedia






Hiromi's Sonicbloom - Live at The Piazzale Alla Valle 2007 p1
Hiromi's Sonicbloom - Live at The Piazzale Alla Valle 2007 p2

quinta-feira, 22 de maio de 2008

The Doors - First Demos [1965]



A história deste disco é praticamente o princípio do The Doors, uma das maiores e mais importantes bandas da geração flower power. Não seria nenhuma bobagem dizer que este trabalho foi a pedra fundamental do Doors. Tudo aconteceu mais ou menos assim: Ray tinha uma banda com seus irmãos Rick e Jim Manzarek chamada Rick and the Ravens, eles haviam conseguido junto a Aura Records um acordo para o lançamento de dois singles. O local escolhido para as gravações foi o Trans World Pacific Studios, localizado na Third Street de Los Angelis, Califórnia-EUA. Depois do fiasco do primeiro lançamento, ao invés de investir na prensagem do outro single, vislumbrando mais um fracasso a gravadora decidiu dar ao grupo as horas livres de estúdio e deixou por isso mesmo. Parece que a banda não tinha mesmo futuro, tanto que eles resolveram queimar essas horas investindo em um novo projeto. Ray estudava cinema na UCLA (University of California, Los Angeles) e lá ele tinha um colega chamado Jim Morrison que nunca havia cantado, mas escrevia uns poemas malucos e eles formaram um grupo batizado por Morrison como The Doors (as portas), nome inspirado no verso do poeta inglês William Blake: "Quando as portas da percepção forem abertas, o homem verá as coisas como elas realmente são: infinitas." O baterista John Densmore, que segundo a lenda, Ray conheceu em uma palestra do guru indiano Maharishi Maheshi Yogi (“carinhosamente” apelidado por John Lennon de Sexy Sadie), já fazia parte do grupo, mas o guitarrista Robby Krieger só entraria depois.

De modo que, na quinta-feira do dia 2 de setembro de 1965, lá foram os três acompanhados pelos irmãos de Ray, Rick na guitarra, Jim na gaita e uma garota da qual ninguém lembra o nome, no baixo, para fazerem esta épica gravação no Trans World Pacific Studios. Assistidos por Dick Bock, proprietário do estúdio, os Doors gravaram seis músicas em três horas, todas elas composições de Morrison (a sétima faixa “Hyacinth House” não é dele, mas essa música, incluída depois, não foi gravada lá). Imediatamente após a sessão de gravação, o grupo já começou a divulgar a demo pela região e Jim se admirava ao ouvir a sua voz gravada pela primeira vez. Para os fãs menos fervorosos do The Doors, a maior curiosidade aqui são “Hello, I Love You” e “Summer's Almost Gone” que estão entre as composições mais antigas do grupo. A impressão que nos dá ao ouvir este bootleg é a de que estamos diante de uma banda de garagem, o que The Doors realmente foi um dia.

Para completar esse post, eu resolvi incluir mais um bootleg histórico, Keeping The Fire Alive, gravado em janeiro de 1993 por ocasião da apresentação do The Doors no Rock & Roll Hall of Fame. Naquela oportunidade, o cantor do Pearl Jam, Eddie Vedder fez as vezes de Jim Morrison (falecido em Paris, no dia 3 de Julho de 1971). Esse bootleg foi gravado em duas partes. A primeira traz os ensaios (faixas de 1 a 10) realizados no dia 11 no Power Plant Studios e a segunda, o show do dia 12 no Rock & Roll Hall of Fame que aconteceu no Century Plaza Hotel, de Los Angeles, apresentando as clássicas “Light My Fire”, “Roadhouse Blues” e Break On Through.
Fonte -> Bootlegzone




The Doors - First Demos

Trans World Pacific Studios was located on Third Street and it was here for the first time that The Doors had ever recorded in a studio. Aura Records had seen that the previous single that Rick & The Ravens had released was not doing so well, so rather than going to the expense of pressing another single and watching it most likely fail, the record company had decided to give The Doors free studio time. The Doors spent three hours in the studio and recorded six demos. The owner for Trans World Pacific Studios was Dick Bock who also produced the demo tapes for The Doors.

The demo tapes were recorded before Robby Krieger joined the band. At that time, the group included Jim Morrison on vocals, Ray Manzarek on vocals/piano, John Densmore on drums, Rick Manzarek on guitar, Jim Manzarek on harmonica and an unknown girl that was hired from a local group to play bass. The only copies of these demo recordings were originally owned by World Pacific Studios, John Densmore and Billy James who at the time was a representative for Columbia Records.

From -> Bootlegzone

This stuff it's here just as a curiousity, and also to give us the opportunity to dedicate a little space to The Doors avoiding the usual things you can find anywhere in Blogland. The September 2nd,1965 The Doors - as a trio without Robby Krieger - recorded a demo at the World Pacific Jazz Studios of Los Angeles. This is probably their first recorded document ever, or at least the oldest available one we have found (except for track 7, that is of later and different origin). For non hard-die Doors fans it is curious to notice that two songs like Hello, I Love You and Summer's Almost Gone (a sort of blues, here) were among the earliest group's compositions. The more curious impression is to be in front of a garage-band, as The Doors really were at the time

To complete this post, I’m including another historical bootleg, Keeping The Fire Alive, made in January 1993 for occasion of The Doors show in the Rock & Roll Hall of Fame. At that time, the Pearl Jam singer Eddie Vedder was Jim Morrison´s (died in Paris, 1971) substitute. This bootleg was recorded in two parts: the first one is the rehearsals in the Power Plant Studios on January 11th and the second one, is the Rock & Roll Hall of Fame show at the Century Plaza Hotel, Los Angeles on January 12, featuring the songs “Light My Fire”, “Roadhouse Blues” and “Break On Through”.




The Doors - First Demos





Bonus Post

The Doors - Keeping The Fire Alive [1994]

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Santana Caravanserai Studio Demos & Outtakes 1972


Aviso aos navegantes: Esse não um disco para fãs esporádicos do guitarrista mexicano, apesar de serem gravações em estúdio o clima é praticamente de jam session, as faixas sequer tem nomes e a impressão que se tem é que ainda estavam estudando os temas e os arranjos antes de finalizarem as músicas, a gente pode até ouvir umas conversas de fundo durante a execução de alguns temas. Então, embora o áudio seja de boa qualidade, se alguém espera encontrar aqui takes limpos e bem acabados, pode esquecer. Agora aos admiradores mais fanáticos, que adoram viajar ao som da guitarra latina de Carlos Santana, em especial daquela fase do início dos anos 70 aonde psicodelia, rock e jazz se fundiam em viagens transcendentais, para esses, este bootleg é um prato cheio de preciosidades sonoras com mais de duas horas de duração. Um disco raro e difícil de encontrar por aí. Es para usted cabrón!








Santana Caravanserai Studio Demos & Outtakes 1972

This is not a clean record. Oh no, the audio quality is ok! But the takes are something like a jam session, as if they were looking for a tune and a way to follow. There is no name for the tracks. It’s not for beginners, but the fans will find two precious hours of fantastic experimentation by Mr. Carlos Santana and his group. This is a rare record, difficult to find


Santana - Caravanserai

Soon signed to Columbia Records, the band released a largely instrumental, self-titled album, Santana in 1969. The group at this point consisting of Carlos Santana (guitar), Gregg Rolie (keyboards and vocals), David Brown (bass guitar), Michael Shrieve (drums), José "Chepito" Areas (percussion) and Michael Carabello (percussion). On the tour to support the album, the band played at Woodstock Music and Art Festival. They were one of the surprises of the festival; their set was legendary, and later the exposure of their eight-minute instrumental "Soul Sacrifice" in the Woodstock film and soundtrack albums vastly increased Santana's popularity. Santana became a huge hit, reaching number four on the U.S. album chart, and the catchy single "Evil Ways" reached number nine on the Billboard Hot 100. In 1970 the group reached its early commercial peak with their second album, Abraxas, which reached number one on the album charts and went on to sell over four million copies. The innovative Santana musical blend made a number-four hit out of English blues-rockers Fleetwood Mac's "Black Magic Woman", and a number-thirteen hit out of salsa champion Tito Puente's "Oye Como Va". Abraxas has since been placed on several "best albums of all time" lists. The classic Santana lineup of their first two albums was inducted into the Rock and Roll Hall of Fame in 1998.

However, Woodstock and the success of the first two albums began to put pressure on the group, and highlighted the different musical directions that Rolie and Santana were starting to go in. Rolie was more influenced by the progressive rock movement; he wanted to highlight keyboards in the music, play long instrumentals, thematically link music across all of the songs on an album, and use characteristics of classical music. Carlos on the other hand wanted shorter songs and to bring forward the influence of the music of Mexico and his family heritage, with a heavier emphasis on percussion. The band had started to disintegrate. A teenage San Francisco Bay Area guitar prodigy, Neal Schon, was asked to join the band in 1971; he was also asked by Eric Clapton to join Derek and the Dominoes. Choosing Santana, he was brought into the studio to help clean up the "success mess", brought on by the band's new-found fame, and to help complete the third album, Santana 3. Schon, with a classical music background, was also more inclined to lean toward progressive rock (and at the same time he was helping Santana, he formed the band Azteca with Larry Graham, which eventually after further changes became Graham Central Station). In any case, Santana 3 was another success, reaching number one on the album chart, selling two million copies, and spawning the hit singles "Everybody's Everything" and "No One to Depend On".

After Santana came back from a South American tour, which was cut short in Peru when all their gear was confiscated, they started working on a new, fourth, album, Caravanserai. During the studio sessions in December 1971, Rolie decided that it was time to go. He left and went home to Seattle, opening a restaurant with his father, and later became a founding member of Journey (which Schon would join as well). When Caravanserai did emerge in 1972, it was with individual credits on each track, and marked the end of Santana as a band with a fixed membership. It also marked a strong change in musical direction towards jazz fusion. As such it earned considerable critical praise.

From -> Wikepedia





Santana Caravanserai Studio Demos & Outtakes 1972 p1
Santana Caravanserai Studio Demos & Outtakes 1972 p2

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Marc Ford




Marc Ford foi o guitarrista do Black Crowes entre o período de 1992 e 1997 participando dos álbuns Three Snakes and One Charm (1996), Amorica (1994) e The Southern Harmony and Musical Companion (1992), estes dois últimos, os melhores discos do grupo na minha modesta opinião. Houve ainda dois trabalhos não lançados, sabe lá Deus por que: Tall (1993) e The Band (1997). Na verdade, em 2006 foi lançada uma coletânea chamada The Lost Crowes, que segundo o release traz os dois discos juntos, mais algumas faixas perdidas, porém não é bem assim, pois eu tenho o bootleg do Tall e há uma série de músicas que não foram incluídas no The Lost Crowes.

Ford nasceu em 13 de abril de 1966 na cidade de Los Angelis, Califórnia-EUA. Antes de voar com os “Corvos Negros”, ele (e a esposa Kirsten Ford, vocais) fez parte de uma banda chamada The Scarecrows que gravou um disco em 1988, mas só foi lançado em 2006 sob o título de The Scarecrows Featuring Marc Ford, ou seja, é o tipo de coisa que só colocaram no mercado anos mais tarde porque um dos integrantes ficou famoso, e o pior é que o som não era nada mal, nada mal mesmo! Clique aí em cima no nome da banda e confira pessoalmente. Depois, ele formou o power trio Burning Tree, com Mark Dutton no baixo e Doni Gray na batera e a banda lançou um álbum homônimo em 1990 que ganhou a simpatia da crítica, mas foi um fracasso de venda. Eu não tenho nenhum destes dois discos, portanto se alguém tiver para partilhar, aceito de bom grado! O Burning Tree abriu um show dos Crowes em 90 e a postura e destreza do guitarrista chamaram a atenção de Chris Robinson. “Tudo que eu sabia sobre eles, é que tocavam alto, estavam no movimento e que o vocalista era mal humorado,” comenta Ford sobre os Crowes. Robinson começou a convidá-lo para umas jam sessions. “Olhando para trás, foi um longo cortejo,” lembra Ford. “Éramos fãs um do disco do outro”. Ele recorda a primeira vez em que ouviu o álbum Shake Your Money Maker: “eu estava dirigindo, coloquei o CD para tocar e de repente, parei o carro! Meu Deus, ouça o canto desse cara! Ele canta como eu toco guitarra!” Disse ele. Não demorou muito, Ford foi convidado a se juntar à banda, causando impacto imediato.




A primeira passagem de Marc Ford no Black Crowes terminou em agosto de 1997, logo após a participação no Furthur Festival em Camden, New Jersey, quando, segundo a versão da banda, ele foi despedido devido a problemas de abuso com as drogas, mas o guitarrista tem uma outra versão e alega que não foi bem esse o motivo. Toda aquela alta atmosfera que rola no estrelato do rock n’ roll começou a criar uma neblina de indiferença durante os últimos dois anos com a banda. “Eu não estava mais lá, espiritual e mentalmente,” diz Ford. “Estava meio óbvio que eu não me importava mais. Eu nem tinha mais vontade de tocar guitarra,” conclui. Durante esse período com os Crowes em 1994, ele ainda participou tocando slide guitar, na gravação do disco The Very Crystal Speed Machine, do grupo Thee Hypnotics, que foi produzido por Chris Robinson.

Depois do rompimento, dizem que ele foi passar uns tempos em uma clínica de reabilitação, mas não estou bem certo se isso é verdadeiro ou lenda. O certo mesmo é que ele formou sua própria banda, Marc Ford and the Uninvited, (o nome me pareceu bem apropriado para o momento) e continuou a fazer apresentações ao vivo pelos Estados Unidos até o final do ano. Em 1998, Ford se apresentou diversas vezes com o Gov’t Mule antes de se juntar à Chris Stills Band para a turnê de verão e ao final desse giro ele deixa a Chris Stills Band, para fundar com Luther Russell (The Freewheelers) o Federale. Essa banda ganhou o interesse de um pequeno selo, a Interscope Records com a qual eles fizeram um contrato de gravação e imediatamente começaram os trabalhos. Ficou até acertado que o Federale abriria as apresentações do Gov’t Mule, mas acabou indo tudo por água abaixo depois que a Interscope Records foi comprada pela Universal Music que não sentiu viabilidade comercial no projeto. “Eles disseram que o nosso som era ótimo, mas que precisavam de um novo Limp Bizkit! Aquilo foi o fim!!” Recorda o guitarrista.

Felizmente os amigos do Gov’t Mule sempre tinham as portas abertas para ele e em 1999 lá está Ford participando do álbum Live...with a Little Help From Our Friends, Vol. 1. “Em 96 nós (os Crowes) fizemos uma turnê com o Gov’t Mule e fiquei muito amigo do baixista Allen Woody,” lembra. No ano seguinte, junto com os “mules”, Woody e Matt Abts (bateria), mais o tecladista Johnny Neel e o baixista Berry Oakley Jr, Ford se envolve num projeto tributo ao Pink Floyd chamado Blue Floyd. “Woody gostava de tocar guitarra comigo, então nós juntamos umas músicas do Floyd e as colocamos em situações de blues, montando a banda mais por diversão do que qualquer outra pretensão.” Começaram a fazer algumas apresentações e a brincadeira acabou virando um grande sucesso, ajudando Ford a se manter nos olhos do público enquanto ele estudava quais seriam seus próximos passos. Essas apresentações do Blue Floyd ficaram muito famosas pela espontaneidade, jams psicodélicas, e pela longa duração dos shows que chegavam a ter três horas. Muitas dessas apresentações foram gravadas e algumas até chegaram a ser disponibilizadas no site do Gov’t Mule, mas nenhum disco fora lançado até março deste ano quando saiu o álbum Begins com o registro de algumas performances (postado no blog Zinhof, para quem quiser conferir).

O guitarrista deixou o Blue Floyd ao final de 2001, mas enquanto estavam juntos, aproveitou para gravar as canções que compôs nos cinco anos subseqüentes à sua saída do Black Crows, e chegara o momento de investir naquele material que eventualmente se tornaria o seu primeiro álbum solo intitulado It’s About Time. Mas, ao que parece, segundo a biografia publicada no site oficial dele, o cara se pôs numa encruzilhada, ao tentar, pela primeira vez em sua carreira, atenuar sua consagrada imagem como guitarrista. “Naquela época calculei que todo mundo soubesse quem eu era e que eu seria capaz de tocar guitarra,” diz ele. “Já o havia feito durante seis anos (no Black Crows), então, quando saí eu tinha estas canções em que estava trabalhando, e tudo que eu queria fazer era dedicar-me inteiramente a elas.” O resultado foi um corajoso, porém ainda tímido esforço que demonstrou tanto uma surpreendente profundidade como a sua diversidade como um orgânico compositor, permitindo transparecer influências de pioneiros de country rock como Neil Young e The Band. O disco foi lançado em pequena escala em 2002, mas não chamou muita atenção na época, tanto que muita gente acha que ele só saiu em 2006, quando foi relançado. Esse trabalho contou com a participação de todos os membros dos Gov’t Mule e ainda teve Gary Louris guitarrista do Jayhawks, Craig Ross guitarrista do Lenny Kravitz e Ben Harper. Certamente foi uma das últimas gravações de Allen Woody, antes de falecer em agosto de 2000. “Woody era um grande cara!” Recorda Ford.

Em janeiro de 2002 durante uma de suas apresentações costumeiras no Malibu Inn, na Califórnia, Ford deu boas vindas para Chris Robinson no palco e eles executaram uma série de canções em desempenho memorável. Essa performance, marcou a primeira vez em que os dois tocaram juntos desde que Ford foi “demitido” do Black Crowes há quase cinco anos atrás. Ambos se apresentariam juntos novamente no Malibu Inn duas semanas depois, confirmando que eles fizeram as pazes e Ford até foi co-autor de “Sunday Sound”, uma das músicas presentes no New Earth Mud, primeiro álbum solo de Robinson, lançado em outubro daquele ano. Essas apresentações no Malibu Inn incentivaram Ford a investir naquele grupo, chamado The Sinners, que ele formou com seu ex-companheiro do Blue Floyd, o baixista Berry Oakley Jr., juntamente com Gootch na bateria e Chris Joyner nos teclados (Robinson não fazia parte). A cantora country Lucinda Williams, até deu uma força para eles atuando como uma espécie de embaixadora do grupo e iniciou uma aproximação com a Lost Highway Records. Ford começou a finalizar o material para iniciar as sessões de gravação, mas o acordo com a gravadora não vingou e Marc Ford and The Sinners ainda sobreviveram por uns tempos abrindo os shows de Lucinda Williams. Porém, sem o apoio de um selo, foi ficando financeiramente difícil para eles se manterem na estrada até que Ford acabou aceitando o convite de Ben Harper para se juntar ao Innocent Criminals, relegando o Sinners a um hiato indefinido.

O guitarrista continuou com o Ben Harper & The Innocent Criminals por toda a temporada de 2003 e sua atuação pode ser conferida no DVD Live at the Hollywood Bawl. Ele também esteve com Harper e os Five Blind Boys of Alabama no projeto gospel-blues There Will Be a Light. Álbum que ganhou o Grammy em 2005 como Best Traditional Soul Gospel Album (melhor disco de soul gospel tradiconal) e também um prêmio da NAACP (American National Association for the Advancement of Colored People). Uma ironia que Ford não deixou escapar: “Não são muitos os caras brancos que têm um desses”! Declara rindo orgulhosamente.

O que aconteceu a seguir foi surpreendente não só para os fãs, mas também para o próprio Marc. “Isso seria a última coisa, verdadeiramente a última coisa que passaria pela minha cabeça”, disse Ford ao final de 2004, quando deixou o Innocent Criminals para se juntar mais uma vez ao The Black Crowes. “Tivemos um encontro onde nos desculpamos e falamos tudo o que deviria ser dito,” disse ele. “A música sempre foi fantástica, então eu pensei por que não? Se não for bom, então não será bom, mas se for bom, então será GRANDE!” E com isso The Black Crowes estava de volta. Ford e os Crowes se conectaram no palco como num sonho e imediatamente embarcaram numa turnê na primavera de 2005. Os shows foram universalmente celebrados como um retorno triunfal. Cinco noites eletrizantes no Fillmore de São Francisco, foram gravadas naquele verão resultando no primeiro DVD de um concerto ao vivo deles: Freak ‘n’ Roll... Into the Fog, também lançado em CD. Infelizmente o retorno não foi duradouro. Como a banda viajou quase continuamente pelo ano seguinte, Ford imaginou que sua recente adquirida sobriedade, uma conquista importante na sua carreira como guitarrista, estava aos poucos sendo colocada em risco pelas incessantes viagens, e como quem está sonhando, uma hora é preciso acordar, assim Ford tocou pela última vez com os Crowes no imponente Red Rocks Amphitheater, no verão de 2006. Segundo algumas fontes, a comunicação da separação foi no mínimo fria, para não dizer grosseira: dias antes do programado para o Black Crowes cair na estrada a fim cumprir a perna de outono da turnê de reencontro, o empresário do grupo é notificado, via fax, pelo advogado de Ford que ele estava se desligando da banda. Pelo resto do ano o guitarrista voltou a trabalhar com Harper e acabou fazendo parte da gravação do DC duplo Both Sides of the Gun (2006) e participou de alguns shows também.


Depois de tantas tentativas frustradas de deslanchar em definitivo na carreira solo, ele resolveu tentar mais uma vez e desta, recorreu ao passado recrutando os ex-coloegas do Burning Tree, Mark "Muddy" Dutton e Doni Gray, para começarem os trabalhos de um novo álbum: Weary and Wired, lançado em Março de 2007. A obra que contou também com a participação especial de alguns músicos convidados, entres os quais seu filho Elijah Ford, tocando baixo na faixa de abertura “Featherweight Dreamland” e fazendo a segunda guitarra em “1000 Ways”. Enquanto em seu primeiro lançamento, dedicou-se mais à pessoal emergência como compositor, Weary and Wired solidifica o status de Ford como um dos mais importantes guitarristas de rock’n’roll, caso alguém tenha esquecido. “Tem um quê do swing dos Crows” diz ele, mas os riffs ásperos que apimentam o álbum como um estampido de uma arma de fogo, são a assinatura de Marc Ford. “Com certeza tem força,” ele admite. “Parece uma banda tocando ao vivo em uma sala,” que é exatamente como a maior parte do álbum foi gravado, aponta ele.

Durante praticamente todo o ano, Marc Ford se manteve na estrada para promover o novo álbum, juntamente com Elijah, Dutton e Dennis Morehouse que assumiu a bateria no lugar de Gray. Sob o nome de Marc Ford & Fuzz Machine, eles cruzaram os Estados Unidos e ainda fizeram algumas apresentações na Espanha, Itália, Alemanha, Rússia e em alguns festivais pela Europa. “Estou sóbrio já há algum tempo e tocando para caralho, totalmente focado, e mais forte que nunca.” Nesse ínterim, Ford ainda encontrou tempo para produzir e tocar no disco Mescalito (2007), do jovem cantor e compositor texano Ryan Bingham, um talento promissor da nova geração da música country. “Finalmente percebi que nem tenho de tocar guitarra se eu não quiser, pois, desta forma, isto não me prende mais, não sou mais escravo disso – é tão somente o que eu faço. Posso pegar esta energia que ponho na música e colocá-la onde eu quiser.”

Como se pôde notar, a carreira de Marc Ford é cheia de altos, baixos e projetos frustrados. Ele nunca chegou à condição de superstar, apesar de possuir potencial e talento para tanto. Redigindo esta biografia, senti que ele deve ser uma cara um tanto quanto impulsivo e impaciente, imaginando que isso, somado a tal dependência química, tenha sido um agravante em suas tentativas de alçar vôos mais altos. Ele comentou em seu site: “cheguei à conclusão, há pouco, que cada pedaço da minha identidade estava concentrado em ser um guitarrista, então minha identidade foi para cima e para baixo conforme os trabalhos que conseguia.” Isso reforça a minha teoria sobre a sua alma inquieta, além de abrir uma desconfiança de que ele é suscetível ao meio. Vejam o caso do Burning Tree, por exemplo: o disco não vendeu, mas teve aceitação da crítica, provavelmente foi mal promovido, acredito que se ele tivesse um pouco de paciência e insistisse, o grupo poderia deslanchar e, quem sabe, chegar a ser tão famoso quanto o Black Crowes. Eu não tive a oportunidade de ouvir o Burning Tree, mas Weary and Wired, gravado 17 anos depois com o mesmo time, é um disco muito bom, rock de primeiríssima qualidade, indicando que existia certa química na banda. Espero que Weary and Wired ajude Marc Ford a encontrar o caminho das pedras colocando-o em um lugar mais ao sol, porque embora ele já seja um nome respeitado dentro do planeta rock, merecia muito mais destaque do que recebeu até hoje.
Fontes -> Marc Ford web site - Wikipedia.
Agradecimentos a Bernardo Gregori pela ajuda na tradução dos comentários de Marc Ford.



Marc Ford




Guitarist Marc Ford began his career with the blues-rock outfit Burning Tree in the late 1980s. A power trio featuring Ford on guitars and vocals, Mark Dutton on bass and Doni Gray on drums, Burning Tree released their self-titled debut album on Epic Records in 1990. A commercial failure but a critical success, Burning Tree allowed Ford and Co. to tour extensively throughout most of 1990 and 1991. Despite opening slots for such notable acts as The Black Crowes, the band failed to gain the attention Epic Records was looking for and was dropped from the media giant soon after. In late 1991, Marc Ford sat in several times with The Black Crowes in-concert, performing The Allman Brothers Band's classic hit, "Dreams." When The Black Crowes severed their relationship with their original guitarist Jeff Cease, Ford was asked to fill the vacancy. Ford agreed and he was quickly tossed into the mix for the band's 1992 second album, The Southern Harmony and Musical Companion, which hit Number 1 on the Billboard charts and earned a double platinum certificate for sales. Ford would go on to perform on the next two Black Crowes releases (1994's amorica. and 1996's Three Snakes and One Charm), two unreleased albums (1993's Tall and 1997's The Band) and a slew of concert tours. His addition to the Black Crowes sound, which features a healthy dose of slide guitar and southern twang, helped define the band as one of rock music's premiere acts. His fluid and soulful technique connected with Black Crowes fans worldwide, and his lead playing resonated up and down the Black Crowes song catalog. Ford's ability to adapt to core songwriter Rich Robinson's music and crunchy rhythm guitar sound, solidified him and Robinson as a preeminent guitar duo of the 1990s.

Ford was dismissed from the Black Crowes in the fall of 1997, following the band's stint on the summer-long Further Festival tour, leaving fans wondering what direction the Crowes might be headed. Black Crowes leaders Chris and Rich Robinson cited Ford's excessive drug use as the reason for his firing, but Ford himself was quick to note that he was not the only one with a drug problem. His absence from the Black Crowes was noticed with the band's 1999 release By Your Side, which lacked his guitar flourishes that defined a large part of their overall sound. After his departure from The Black Crowes, Ford formed a solo band, Marc Ford and the Uninvited, and continued to make live appearances in the United States for the rest of the year. In 1998, Ford sat in numerous times with renowned jam band Gov't Mule before joining the Chris Stills Band for a summer tour. Upon the conclusion of that tour, Ford quit the Chris Stills Band to form Federale, a joint venture between himself and Luther Russell. The band gained attention from minor label Interscope Records, and a record deal was almost immediately in the works. Federale toured briefly, opening for acts like Gov't Mule, but disbanded after Interscope Records was bought out by Universal Music Group and their commercial viability was called into question. During 2000, Ford joined the Pink Floyd blues tribute band Blue Floyd, which originally featured Allen Woody (guitar, bass), Matt Abts (drums), Johnny Neel (keyboards) and Berry Oakley Jr. (bass). Providing their own bluesy take on Pink Floyd standards, Blue Floyd was a great success and allowed Ford to remain the public eye while he contemplated his next move.

Ford left Blue Floyd at the close of 2001, opting to again to go solo. In January of 2002, during one of his many regular appearances at the Malibu Inn in Malibu, CA, Ford welcomed Chris Robinson to the stage for a set of obscure-yet-memorable covers. This performance marked the first time Ford and Robinson had performed with one another since Ford's dismissal from The Black Crowes nearly five years prior. Robinson again joined Ford at the Malibu Inn two weeks later, confirming that they had made amends. Ford even co-wrote "Sunday Sound," a track featured on Robinson's solo debut, New Earth Mud.

Following his acoustic-based stint at the Malibu Inn, Ford decided to form a full-fledged electric band. Featuring fellow Blue Floyd member Berry Oakley Jr. (bass) and newcomers Gootch (drums) and Chris Joyner (keys), Marc Ford and The Sinners hit the road in early 2002. During the tour, Ford would often take time out (with and without The Sinners) to record tracks for his then-unnamed solo debut. In 2003, Marc Ford and The Sinners gained some helpful attention from country/rock singer Lucinda Williams, who became somewhat of an ambassador for the group. She secured the band a deal with Lost Highway Records and Ford began finalizing his material for the sessions. The Lost Highway deal did not come to be, however, as the band's representative at the label was fired and things subsequently fell through. The Sinners still had an opening slot on Lucinda Williams' ongoing tour, a slot that was fairly open-ended. Without a label backing them up, however, it was almost financially impossible for The Sinners to hit the road. Instead, Ford accepted an invitation to join Ben Harper and the Innocent Criminals, relegating The Sinners to an indefinite hiatus.

Ford toured with Ben Harper and the Innocent Criminals for the majority of 2003, from which their live EP Live at the Hollywood Bowl was drawn from. Ford continued his association with Ben Harper and his band through the close of 2004, when he was called to rejoin The Black Crowes for their "All Join Hands" reunion run. This reunion would serve as the platform for one of the greatest rock and roll comebacks in recent years. It would be the first time Ford would take the stage again with the band and Black Crowes fans were beyond ecstatic when the news broke in March 2005. Ford never severed his ties with Harper, however, appearing on his 2006 album Both Sides of the Gun and performing a handful of shows in support. On Sept. 5, 2006, two days before he was due to hit the road for the fall leg of the ongoing Black Crowes reunion tour, Ford's lawyer notified the Black Crowes management via fax that, effective immediately, the guitarist would no longer be a member of the band.[2] The following day, Ford put out a press release announcing that he had left the Crowes in order to protect his hard-fought sobriety and that he had recently produced albums for emerging artists The Pawnshop Kings and Ryan Bingham.




Shortly after his sudden departure from The Black Crowes, Ford reunited with his Burning Tree bandmates for three gigs at The King King in Hollywood, CA. Following the impromptu dates, Ford enlisted Doni Gray to be his bandmate, along with Muddy and his son Elijah Ford, for a new studio album he had begun preproduction on. Touted by the guitarist as a more guitar-based recording, Weary and Wired was released March 13, 2007 on Shrapnel Records subdivision Blues Bureau. Coinciding with the release of Weary and Wired was Ford's feature interview on the cover of jam-band oriented music magazine Hittin' the Note (Issue #52). Throughout 2007 Marc Ford hit the road in support of his new album, with bandmates Mark "Muddy" Dutton, Elijah Ford and new drummer Dennis Morehouse in tow. The tour found the band performing across the United States, as well as select dates in Spain, Germany, Russia and at a handful of European festivals. During later dates on the tour, Ford unveiled as many as six new songs, hinting at another album on the way. The tour continued through the end of 2007, upon which Ford took a short break.

Early in 2008, Ford played sporadic shows on the West Coast, some with his Fuzz Machine band and some with a new venture, Jefferson Steelflex. In addition, Ford and son Elijah joined Ryan Bingham for several dates on his tour, performing songs from the Ford-produced album Mescalito. Ford is currently producing The Steepwater Band's next studio effort, an LP tentatively titled "Grace & Melody" slated for release in late summer or early fall 2008, at Compound Studios in Sugar Hill, CA (recording began the first week of May 2008). Marc first met the Chicago-based power trio when their bands shared a festival bill in Bilbao, Spain (summer 2007). Ford joined the band on stage to jam on a pair of songs including a cover of Neil Young's "Cortez the Killer", following a sit-in by his bandmate/son Elijah. The Steepwater Band subsequently provided support for Ford's headlining gig at the Double Door in Chicago on July 26th 2007; this time Jeff Massey and Tod Bowers (of Steepwater) joined Ford's band for their encore. Soon after Ford approached the trio about producing their next effort.

From -> Wikipedia




Marc Ford - Weary and Wired [2005] p1
Marc Ford - Weary and Wired [2005] p2

O mais recente lançamento, imperdível em especial aos fãs do Black Crowes. Rock de primeiríssima qualidade.





Federale – The Ventura Sessions [1999]

Este é o disco que Ford começou a gravar com Luther Russell para a Interscope Records. Um bootleg raro gravado em estúdio.




Thee Hypnotics - The Very Crystal Speed Machine [1994]

Produzido por Chris Robinson, com participação de Ford tocando slide guitar. O Thee Hypnotics faz um rock garagem meio debochado bem ao estilo Stooges.




Marc Ford and The Sinners with Chris Robinson
Live at the Malibu Inn 2002 p1

Marc Ford and The Sinners with Chris Robinson
Live at the Malibu Inn 2002 p2

Registro histórico do reencontro de Chris e Marc que não tocavam juntos desde agosto de 1997. Boa gravação, desempenho memorável.




The Black Crowes - Tall [1993]

Este seria o terceiro disco da banda que acabou não sendo lançado. Em 2006 fizeram uma coletânea chamada The Lost Crowes, que teoricamente teria este disco na íntegra, mas não é bem assim. Confira!




Marc Ford - Its About Time [2002] p1
Marc Ford - Its About Time [2002] p2

Prineiro disco solo de Marc Ford, conta com participação do Gov’t Mule e Ben Harper, bem diferente do trabalho no Black Crowes, com uma pegada mais country rock e influências de Neil Young e The Band.




Ben Harper & The Blind Boys Of Alabama
There Will Be A Light [2004]

O premiado disco que Ford gravou com Bem Harper e os Five Blind Boys of Alabama. Aplaudido pelo público e aclamado pela crítica é o famoso: altamente recomendável!




Ryan Bingham - Mescalito [2007]

Esse cara é uma das novas promessas da música country. O disco foi produzido por Ford que também toca guitarra, baixo, Hammond, slide guitar, steel guitar, hi hat, papoose, chuleia, caseia, prega botão...