Mostrando postagens com marcador Jazz Fusion. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jazz Fusion. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Martinez - Martinez [2009]



Esta é uma banda fundada pelo meu amigo guitarrista Rafael Martinez em 2008 e por isso alguém pode até pensar: só está aqui porque é um camarada dando uma força para outro. O que não deixa de ser verdade. Afinal, se a gente não puder contar com a ajuda dos amigos, vai contar com ajuda de quem? Dos inimigos?  Mas engana-se quem acha que este é o principal motivo. Estão postados aqui porque fazem um som de primeiríssima qualidade deixando muita bandinha gringa no chinelo. Infelizmente na “terra brasilis” as coisas não são nada fáceis para quem escolhe trilhar pelos caminhos da música instrumental.







Rafael iniciou o projeto em 2003, juntamente com Nandinho Thomaz na bateria e Daniel Xingu no baixo. Em 2007, incorporou a cozinha original, e no mesmo ano formou o atual quarteto, com o vibrafonista Beto Montag. O som é definido por eles como uma fusão de jazz, funk, gipsy, boogaloo e rock. As referências são variadas e vão desde Wes Montgomery, Grant Green, John Scofield, Herbie Hancock, Eumir Deodato, Miles Davis, Kenny Burrell, Jimi Hendrix, Frank Zappa, Jeff Beck até o rock experimental dos grupos Radiohead, Can e Tortoise.






A primeira faixa do disco, “Emanuelle” tem uma pegada mood extremamente agradável com fraseados de guitarra a la Wes Montgomery. Já “50 Reais”, a segunda faixa, mantém essa maciota, mas numa levada mais funk, uma característica marcante do grupo. Depois vem “Chinês de Bicicleta” e o clima mood, dá lugar a um animado boogaloo daqueles de fazer a gente ficar batendo o pezinho.  Enfim, é disco para se ouvir de cabo a rabo sem cair no marasmo, a única coisa ruim é ser curto, apenas 37 minutos, deixando um gostinho de quero mais. O álbum é a consolidação de seis anos de entrosamento e experimentações musicais. O novo disco, intitulado 2012, está sendo lançado este ano.






Para assistir uma apresentação do Martinez é só ficar antenado nos espaços de música alternativa de São Paulo, eles costumam tocar no SESC, em alguns projetos da Trama, e bares como Tapas e Bar B. O repertório dos shows, além das músicas que estão nos CDs, é completado com releituras jazzísticas de clássicos do cancioneiro nacional e internacional.  Apesar dos registros em CD, a apresentação ao vivo continua sendo única, graças à maestria e liberdade de improvisação de cada músico integrante do conjunto e de seus convidados especiais. Um exemplo disso é a releitura que a banda faz da obra clássica de Richard Strauss “Also Sprach Zarathustra”.


Martinez - Martinez [2009]


Founded by guitarist Rafael Martinez in 2008, the band features Bob Montag, on vibraphone, marimba and percussion, Daniel Xingu, on bass, and Nandinho Thomas on drums. The quartet's sound is a fusion of jazz, funk, gypsy, rock and boogaloo. The show's repertoire brings issues by Rafael Martinez, complete with classic jazz reinterpretations and Brazilian music. This album is the consolidation of six years of experience and the references are varied from Wes Montgomery, Grant Green, John Scofield, HerbieHancock, Eumir Deodato, Miles Davis, Kenny Burrell, Jimi Hendrix, Frank Zappa, JeffBeck to the experimental rock group Radiohead, Can and Tortoise.




[ * ]

terça-feira, 1 de junho de 2010

Meretrio - Meretrio [2008]




É engraçado como as vezes é preciso que alguém de fora nos apresente uma música nossa para tomarmos conhecimento da sua existência. Mas foi exatamente assim que conheci o Meretrio. Eu tenho um amigo inglês apaixonado pelo Brasil, tanto que vêm para cá a cada dois anos e até comprou uma casa em Boiçucanga no litoral norte paulista. Seu nome é Pete Turner, o cara é guitarrista e um amante fervoroso da música brasileira, em especial a instrumental. A última vez em que esteve aqui, no início deste ano, após fazer sua habitual peregrinação pelas lojas de CDs garimpando raridades e novidades, voltou com uma pacoteira de uns 40 ou mais discos. Aliás, ele faz isso toda vez em que põe os pés na “Terra Brasilis”, sua coleção particular tem bem mais de 1000 títulos e, entre todas as pessoas que conheço, este inglês é o cara que mais aprecia música brasileira, sempre me apresentando músicos que eu ignorava, sejam da velha guarda ou da nova geração. Pois bem, como eu dizia, ele voltou das compras com uma sacola de discos e, como sempre faz, me mostrou suas descobertas me deixando gravar as do meu interesse, entre as quais estava o Meretrio, primeiro lançamento do grupo com uma capa modesta, sem chamar muita atenção, mas não sei por que, instinto talvez, aquele CD me despertou o interesse. “O que é isso?” Perguntei. Pete disse que não conhecia muito bem e que fora recomendado pelo lojista, que já o conhece “de outros carnavais” e abre um sorriso de orelha a orelha toda vez que vê esse simpático cidadão britânico entrar em sua loja, pois sabe que ele não vai sair dali sem levar, pelo menos, uma dúzia de bolachinhas digitais. Comecei a ler os dizeres do encarte e encontrei a seguinte recomendação: “Música consciente, plena de surpresas, meio Kurt Weill, meio Mingus, tentando se libertar da tirania "jazzística ", sem deixar a criatividade. É isto que nos mostram Emiliano e seus companheiros. Maestro Roberto Sion”. Apresentado pelo meu amigo Pete, recomendado pelo maestro Sion, me pus a ouvir mais do que depressa e já na primeira orelhada virei fã desse surpreendente trio, que não recorre a clichês, ousando combinações inusitadas de ritmos e sons. Fiquei muito bem impressionado com este trabalho, sem desmerecer uma faixa se quer, portanto, disponibilizo aqui com alta recomendação aos amantes da música instrumental. Mais tarde, no MySpace, ainda encontrei esta frase do guitarrista Ulisses Rocha sobre o trio: ““O Meretrio é um daqueles grupos que não se contentam com o lugar comum, sempre em busca de novidade, da linguagem, da identidade. Por isso soa tão diferente e tão interessante, muito além da inegável competência.”. É meus amigos, no quesito simpatizantes, os caras estão muito bem na fita!

Depois deste disco eles ainda lançaram mais dois trabalhos: Projeto Meretrio (2010) adicionando ao grupo seis instrumentistas de sopro; e o novíssimo Na Cozinha, lançado este mês, trabalho em parceria com o tecladista Pedro Assad (outro músico da minha mais elevada indicação). Então fiquem atentos na próxima compra de CDs, se encontrarem qualquer um desses discos, não deixem de comprar, pois são produções independentes, vendidas a preços módicos, mas com belos encartes, trazendo informações relevantes e, o mais importante, música de primeiríssima qualidade.






Com a proposta de tocar arranjos e composições para a formação de power trio, o Meretrio, formado em 2003 por Emilaino Sampaio, Gustavo Boni e Luís André “Gigante”, vem desenvolvendo um trabalho consistente nos últimos anos, explorando a capacidade individual e coletiva na produção de música instrumental. Em seus shows o grupo apresenta um repertório dividido entre composições originais (algumas delas lançadas no primeiro disco do grupo em 2008) além de releituras de standards da música insturmental e canções de conhecidos compositores brasileiros como Chico Buarque, Edu Lobo, Pixinguinha, Dori Caymmi entre outros. A mescla do repertório se dá através de arranjos bem elaborados que utilizam diversas linguagens musicais para produzir uma música moderna e interessante, ao mesmo tempo em que se preocupa em satisfazer tanto o público leigo quanto o especializado em música. Pelo modo criativo que são tratados a improvisação e as diferentes combinações da aparentemente reduzida formação de trio, o trabalho desenvolvido tem grande aceitação pelo público que desconhece a linguagem da música instrumental, trazendo uma música rica em detalhes e diálogo explorando estilos bem característicos da nossa música como o baião, frevo, samba e choro sem deixar de lado a influência do jazz, funk, rock, música eletrônica e afins. E é justamente nessa mistura de diferentes elementos, tão distante para alguns, que se encontra a abordagem estilística do Meretrio.
Fonte: MySpace




Meretrio - Meretrio [2008]


With the proposal to play arrangements and compositions for the formation of power trio, the Meretrio, born in 2003, from Campinas (São Paulo - Brazil), with Emilaino Sampaio (guitar), Gustavo Boni (bass) and André Luís "Gigante". They has been developing a consistent work in next years, exploring the individual and collective capacity in production of instrumental music. In their concerts the group presents a repertoire divided between original compositions (some of them released on the group's this first album in 2008) also re-examined standards jazz and songs from well known Brazilian composers like Chico Buarque, Edu Lobo, Pixinguinha, Dori Caymmi and others. The mixture of the repertoire occurs through well-designed arrangements using different musical languages to produce a modern and interesting music, while also worrying to satisfy both the lay public as the skilled in music. By the way they are treated to creative improvisation and different combinations of apparently reduced formation of the trio, the work has great acceptance by the public who don't knows the language of instrumental music, bringing a rich music in detail and dialogue, exploring styles and characteristic of Brazilian music as Baião, Frevo, Samba, and Chorinho without leaving aside the influence of jazz, funk, rock, electronic music and others. It’s exactly in this mixture of different elements, so far for some, that is the stylistic approach of Meretrio.
From: MySpace




[*]









terça-feira, 11 de maio de 2010

JCBのホールでジェフベック [2010]



Bem meus amigos, assim como uma mão lava a outra, muitas vezes um post acaba levando a outro, que é o caso aqui. Na postagem anterior J.B. fala muito bem das apresentações no Japão, realizadas para promover o lançamento do seu novo trabalho. Por experiência própria, afirmo que shows do guitarrista na terra dos olhos puxados geralmente são memoráveis, por isso resolvi garimpar por aí para ver se achava alguma coisa. Nessa busca descobri alguns fatos que eu desconhecia até então: primeiro é que a nova banda já havia feito algumas apresentações nos EUA e Europa por ocasião de uma série de shows que o nosso amigo andou fazendo junto com Eric Clapton, coisa que pode até gerar outra postagem na área, mas quem não tiver saco para esperar e quiser conferir antes, é só fazer uma busca por aí que vai encontrar sem muita dificuldade. Também descobri que a voz misteriosa que canta “How High The Moon” na apresentação do Grammy Museum é da cantora irlandesa Imelda May, a mesma que aparece no novo disco do J.B. cantando “Lilac Wine”. Imelda tem um grupo de rockabilly onde, de vez em quando, Jeff aparece como convidado especial em alguns shows, em contra partida, ela também faz aparições nas apresentações do guitarrista como aconteceu no Grammy Museum e no Japão. Caramba! Será que ela foi até lá só para cantar uma música, ou fez as aberturas? Sei lá, mas não há informações sobre isso na net. Vai ver ele está só dando uma "força" para a mocinha. Outra coisa importante é que desse tour pelo Japão, os pirateiros locais lançaram uma série de CDs e DVDs conhecida como Beck's Aria in Japan. Meu irmão como eu gostaria de botar as mãos nesse material!!! Andei até digitando textos em grafia japonesa (com ajuda de um tradutor é claro!) para ver se achava algum blog ou coisa assim que tivesse postado o material, mas nécas! O fato é que é muito difícil encontrar essas coisas gratuitamente em sites japoneses, agora para comprar é “facim, facim”, basta ter cartão de crédito. No entanto, porém e contudo o “velho deitado” já dizia: “perseveres e triunfarás”. De tanto fuçar acabei achando uma gravação da apresentação em Tóquio que, embora feita da platéia, é de uma qualidade sonora impressionante e o show é realmente incrível. Não podia deixar de partilhar isso com vocês, ouçam e vejam como o danado do J.B. estava com a macaca no dia. Aliás, ultimamente ele anda muito inspirado!







JCBのホールでジェフベック [2010]


This is a bootleg of the show made in Tokyo in the beginning of this year. Although the recordings have been made from the audience, the sound quality is impressive and the show incredible. The self J.B. recognizes this and wrote on his web site: “Tokyo was good fun as always. The people are so friendly and helpful and the shows went down really well”. Well, I hope you enjoy this record as I do!



[*] [*]

terça-feira, 4 de maio de 2010

J. B. at the Grammy Museum [2010]





O guitarrista foco deste post dispensa maiores comentários e apresentações desde os idos tempos dos Yardbirds, quando ainda era um jovem em ascensão, porém já aclamado como um dos melhores da sua geração. Hoje Geofrey (nome de batismo) não é só um dos melhores da sua época, como também de todos os tempos, apontado por críticos e entusiastas do jazz, do rock e da música de maneira geral. Depois de sete anos sem um single sequer, ele finalmente lançou um novo trabalho este ano. Eu não diria que o disco é um dos melhores da sua carreira, mas está longe de ser ruim e tem grandes momentos.

O lançamento se deu primeiramente no Japão. "Talvez todas as coisas boas vêm para quem espera e sobrevive", J.B. publicou em seu site: “Tóquio foi muito divertido, como sempre. As pessoas são tão simpáticas, prestativas e o show rolou muito bem. Eu fiquei sabendo (quando ainda estava por lá) que meu novo trabalho estreou em 1º no Japão na International Weekly Album Sales Chart, bem como 1º no Amazon E.U. Chart e 10º na parada de álbuns do Reino Unido no meio da semana. Nada mau para alguém que não lançava nada há 7 anos! Estou muito contente que as pessoas gostaram do álbum."

Voltando aos EUA o guitarrista tratou de promover o lançamento e um dos shows aconteceu em 22 de abril, quando fez uma curta, mas memorável, apresentação no Grammy Museum em Los Angeles, de onde tiramos o bootleg postado aqui. A ocasião serviu também para apresentar a banda que o acompanhará nas turnês que, em relação ao ano passado, trás duas mudanças significativas. Na bateria saiu o grande Vinnie Colaiuta (Frank Zappa), para dar lugar a Narada Michael Walden (Mahavishnu Orchestra), outro monstro das baquetas. No baixo já não temos mais a angelical Tal Wilkenfield, mas calma seus sacanas, não há motivos para choradeiras, pois a beldade deu lugar à outra belezura, a sexy e igualmente virtuosa, creio que toca até mais que Wilkenfield, Rhonda Smith (Prince). O tecladista e parceiro de composição Jason Rebello continua na banda. Nesta apresentação o grupo tocou todas as faixas instrumentais do novo álbum, exceto “Never Alone”, no entanto não tocou nenhuma das faixas cantadas, no lugar delas incluiu “A Day In The Life”, cover dos Beatles que já vinha tocando regularmente nos shows, “People Get Ready” e a surpresa ficou por conta de “How High The Moon” um standard de jazz acompanhado por um coro (única música com vocais) que não faço idéia de onde tenha saído, talvez seja playback ou então o Grammy Museum tem coralzinho de plantão. Mas quem liga? O que importa mesmo é a guitarra de J.B.

Se acaso alguém estranhou que eu não citei o nome artístico do nosso guitar hero nem uma vez, foi porque os xiitas e talibãs continuam de plantão aterrorizando os blogs por aí. Então achei por bem não arriscar!



J. B. at the Grammy Museum [2010]

On April 22, J. B. did a short but very enjoyable set at the Grammy Museum in Los Angeles to promote his new album, This bootleg bring the presentations broadcast made by KLOS 95.5 FM.



[*]

quinta-feira, 9 de julho de 2009

JACO PASTORIUS






Acredito que Jaco Pastorius foi um divisor de eras na história do baixo elétrico (ele não tocava acústico) que passou a ser considerada como antes e depois dele, aliás, não sou o único a pensar assim, muita gente boa, inclusive músicos e críticos renomados também sustentam esta tese. A principal razão para tal conclusão é que Pastorius foi o cara que tirou o contra baixo da cozinha e o colocou na sala de estar fazendo linha de frente para os demais instrumentos. Para quem não está acostumado com os jargões musicais, explico que por cozinha entende-se a marcação rítmica como a realizada por instrumentos como a bateria, contra baixo, tuba, percussão, etc. Caras como Jack Bruce e Stanley Clarck até fizeram algo assim antes dele, mas não com a mesma competência, dinamismo e principalmente harmonia de Pastorius. Ele não se limitava a marcar o ritmo e solar virtuosamente, mas também tirava do seu instrumento incríveis timbres e melodias como se pode notar em músicas como “Portrait of Tracy”, “A Remark You Made”, e tantas outras. O baixo Fender Jazz Bass ano 1962 era sua marca registrada e quando ele mandou retirar os trastes, não inventou o fretless (sem trastes) que já existia, mas mostrou ao mundo como se usa com maestria um instrumento desses. Fui pesquisar para descobrir quem foi o inventor do primeiro baixo elétrico fretless e tive uma grande surpresa ao descobrir que dizem ser William George Perks, popularmente conhecido como Bill Wyman, ninguém menos que o baixista original dos Rolling Stones. Isso lá em meados dos anos 50 quando tocava no Sul de Londres com uma banda chamada The Cliftons. Caramba, essa eu nunca imaginei!!! Mas talvez por isso mesmo, pelo fato de ter sido criado por baixista de rock sem grande virtuosismo, embora fosse um bom músico, é que nunca ninguém se deu conta das possibilidades do fretless até Jaco resolver adotá-lo. Quando se tira os trastes de um instrumento, fica muito mais difícil de tocá-lo, pois é só colocar o dedo um pouquinho fora do lugar que a coisa dá errada. Por outro lado, as possibilidades musicais crescem com a utilização de quartos de tons, há maior amplitude no vibrato e, também, na realização do glissando. Pastorius passou a utilizar tudo isso de maneira soberba, criando sons e timbres nunca ouvidos antes, dando grande popularidade ao fretless, principalmente no meio jazzístico.Woody

A história de Jaco segue no texto abaixo, de autoria do baixista Ney Neto que encontrei na Wikipédia:

Nascido em 1 de dezembro de 1951, John Francis Anthony Pastorius III, foi o primeiro dos três filhos do casal John Francis Pastorius II, que era baterista, e Stephanie Katherine Haapala. Ao contrário do que se divulga por aí, ele não era natural de Fort Lauderdale, na Florida, mas sim do estado da Pensilvânia, no entanto, ainda muito jovem, se mudou para lá e por isso muitos fazem essa confusão. Entre outras curiosidades não muito conhecidas sobre ele, é que Pastorius foi coroinha no Colégio Católico St. Clement, em Wilton Manors, cidade próxima de Fort Lauderdale, dentro do condado de Broward. O apelido "Jaco" tem origem em sua ligação com o esporte. Como o apelido de seu pai era Jack, começaram a chamá-lo de Jacko, em referência ao lendário jogador de beisebol, Jocko Colon. Um dia desses o pianista francês Alex Darqui escreveu um recado para Pastorius, utilizando a grafia JACO. Pastorius gostou e então passou a usar essa grafia.

Além de seguir os passos de seu pai como baterista, ele era fã de esportes, e jogava beisebol, basquete e futebol americano desde jovem. Em uma partida de futebol americano, sofreu um acidente quebrando seu pulso esquerdo o que comprometeu sua mobilidade como baterista, então, ele mudou para o contra baixo. Segundo ele mesmo, suas principais influências musicais foram: "James Brown, The Beatles, Miles Davis e Stravinsky." Além desses, Jaco cita outros nomes como Jerry Jemmott, James Jamerson, Paul Chambers, Harvey Brooks, Tony Bennett, Sinatra, Duke Ellington, Charlie Parker, com especial atenção ao nome de Lucas Cottle, um desconhecido baixista neo-zelandês que tem algumas gravações ao lado de Pastorius.

Em 1974, começou a tocar com Pat Metheny, hoje uma lenda viva da guitarra, com quem gravou seu primeiro álbum, Jaco (1974). Dois anos depois, ele lança seu segundo trabalho chamado apenas de Jaco Pastorius, que foi instantaneamente reconhecido como um clássico no cenário jazzístico da época. Foi então convidado a fazer parte do Weather Report, onde gravou em 1977 o álbum Heavy Weather, indicado ao Grammy e um dos álbuns de fusion mais famosos de todos os tempos. Ainda em 1976, Jaco gravou o álbum Bright Size Life, disco de estréia de Pat Metheny, considerado "marco zero" na história do jazz fusion. De 1976 é também o álbum Hejira, da cantora e compositora Joni Mitchell, com Jaco numa excepcional performance. No início da década de 80, Jaco aprofundou-se em um projeto solo, acompanhado de metais, e o desejo de conduzir uma big band com as linhas de baixo deu origem a banda Word of Mouth, que lançou em 1981 um disco homônimo, distribuído pela Warner. O disco explodiu de costa a costa nos Estados Unidos, com performances virtuosas de Herbie Hancock, Wayne Shorter e Peter Erskine. O ano de 1984 marca o início do declínio desse gênio dos graves, e após a dissolução da Word of Mouth, cortado da Warner, Jaco produz o material de Holiday for Pans, juntamente com Othelo Molineaux (steel drums), disco que não chegou a ser lançado, pois Jaco não conseguira um contrato com nenhuma distribuidora. Os originais foram roubados e recuperados posteriormente, mas o material já não poderia ser totalmente aproveitado. Um recorte de Holiday for Pans, renomeado de Good Morning Anya, foi incorporado à coletânea Jaco Anthology Punk Jazz, lançada pela Rhino Records, em 2003. Na metade da década de 80, Pastorius começou a apresentar problemas mentais, e sintomas do chamado distúrbio bipolar, síndrome de pânico e depressão, relacionados ao uso excessivo de drogas e álcool. Esse distúrbio tornou-o mundialmente famoso por seu comportamento exagerado e excêntrico, para não dizer bizarro. Certa vez, quando se apresentava em Tóquio, foi visto completamente nu e aos gritos sobre uma moto em alta velocidade. Suas performances como instrumentista também mudaram, seu gosto pelo excêntrico e pelas dissonâncias se tornou exagerado e de certa forma incompreensível. Jaco passa a tocar em clubes de jazz em Nova York e na Flórida, tendo caído no conceito popular e transformado-se na "ovelha negra" do meio musical-jazzístico da época.

O trágico fim de John Francis Anthony Pastorius III inicia-se em 11 de Setembro de 1987. Após um show de Carlos Santana, se dirige ao Midnight Bottle Club, em Wilton Manors, Florida. Após ter um comportamento exibicionista e arrogante, entra em uma briga com o gerente do clube, chamado Luc Havan. Como resultado da briga, sofre traumatismo craniano e entra em coma por dez dias. Depois que os aparelhos foram retirados, seu coração ainda bateu por três horas. A morte do mais ilustre contrabaixista de todos os tempos data de 21 de setembro de 1987, aos 36 anos e dez semanas. Foi enterrado no cemitério Queen of Heaven, em North Lauderdale. Mas o legado de Jaco perdura por gerações, e será assim para sempre. Uma das maiores homenagens prestadas a ele, foi registrada pelo lendário trompetista Miles Davis, que gravou a música Mr. Pastorius, composição do baixista Marcus Miller, lançada no álbum Amandla.

Fonte: Wikepédia




JACO PASTORIUS






Jaco's Life and Music by Pat Metheny Note: This is Pat Metheny's liner notes to the 2000 reissue of Jaco's debut album, "Jaco Pastorius", a piece we feel captures what Jaco and his music is all about.

Jaco Pastorius may well have been the last jazz musician of the 20th century to have made a major impact on the musical world at large. Everywhere you go, sometimes it seems like a dozen times a day, in the most unlikely places you hear Jaco's sound; from the latest TV commercial to bass players of all stripes copping his licks on recordings of all styles, from news broadcasts to famous rock and roll bands, from hip hop samples to personal tribute records, you hear the echoes of that unmistakable sound everywhere (it may even be more imitated at this point than the previously most pervasive jazz sound to escape into the broader culture beyond the local borders of jazz, the moody harmon mute stylings of Miles Davis). For all the caterwauling that has gone on about new musicians that have shown up in recent years being toted as the "next Miles", or the "Duke Ellington of their generation", or whatever, Jaco outranks all of them and all of that by being the one and the only of his kind, without predecessor; the only post 1970 jazz musician known on a first name basis with all music fans of all varieties everywhere in the world. From the depths of Africa where he is revered in almost god-like status to the halls of most every music university on the planet. To this day, and maybe more than ever, he remains the one and the only JACO.

And how odd it is to see this era of historical revisionism in jazz how this accomplishment is often relegated by people who should know better as being "not jazz" or as "fusion" (possibly the single most ignorant and damaging term ever invented to describe (discount) an important and vital branch of the jazz music tree). Jaco at his best, as on this record, defines what the word jazz really means. Jaco used his own experiences filtered through an almost unbelievable originality informed by a musicianship as audacious as it was expansive, to manifest into sound through improvisation a musical reality that illuminated his individuality. And besides all that, he simply played his ass off - in a way that was totally unprecedented on his instrument, or on ANY instrument for that matter. Because Jaco's thing has been so fully assimilated into the culture and the musical vocabulary of our time, i notice that it is difficult for people who weren't around at the time of his emergence to fully weigh the impact of his contribution. As a young musician who met Jaco in his prime when we were both just starting out, i can only say that my reaction upon hearing him for the first time (with Ira Sullivan in Miami, Florida in 1972) was simply one of shock - i had literally never heard anything remotely like it, nor had anyone else around at the time. And yes, as is so often noted in his case, the way he was playing was unprecedented in technical terms, but that wasn't what made it so stunningly appealing to me. There was a humanity to Jaco's thing, built into those relentless grooves was that rare quality that only the most advanced jazz musicians seem to be able to conjure up - with Jaco, you were hearing the sound of a time, of an entire generation at work, on the move.

Our musical relationship was immediate. We recognized in each other a kind of impatience with the status quo of our respective instruments and jazz in general and found an instantaneous rapport from the first notes we played together. We also became really good friends. During the short time that i lived in Miami (near Jaco's hometown of Ft. Lauderdale), we played show gigs together and occasionally played at his house (he was living on top of a Laundromat at the time) and spent a lot of time just talking about music, much of it about how intensely we both disliked the so-called jazz/rock of the time [how ironic that we are both now associated (inaccurately) with that movement]. Shortly after we met, i wound up moving to Boston to join Gary Burton's Quartet. During this period, Jaco and i spent time working together in New York with pianist Paul Bley and began a trio that lasted for several years with drummer Bob Moses (that group later went on to record what became my first record "Bright Size Life".) In the middle of this period Jaco recorded this album. When Jaco got word that Herbie Hancock (a major hero of both of ours) had agreed to participate, I think his already inspired vision of what he could be as a musician and what he could do with this record in particular went to a whole other level. Listening again to this record, and the way that he and Herbie hook up on the original and the alternate takes of "Used to Be a Cha-Cha" we are hearing improvised music at it's highest level - but with a difference. Jaco restructured the function of the bass in music in a way that has affected the outcome of countless musical projects to follow in his wake - an innovation that is still being absorbed by rhythm section players to this day - he showed the world that there was an entirely different way to think of the bass function, and what it meant. For this alone, Jaco would earn a major place in the pantheon of jazz history. But, of course, there was so much more.

His solo on 'Donna Lee', beyond being astounding for just the fact that it was played with a hornlike phrasing that was previously unknown to the bass guitar is even more notable for being one of the freshest looks at how to play on a well traveled set of chord changes in recent jazz history - not to mention that it's just about the hippest start to a debut album in the history of recorded music. That solo, along with his best compositions like "continuum" reveal a melodic ingenuity (that rarest and hardest to quantify of musical qualities amongst improvisers) that comes along only a few times in each generation. And then there is just his basic relationship to sound and touch; refined to a degree that some would have thought impossible on an "electric" instrument. Jaco's legacy has had a rough go of it - a horribly inaccurate, botched biography, endless cassette bootlegs of late-life gigs that do nothing but devalue the importance of his message through greed and overkill, and a mythology that seems to thrive on the stories that surrounded the lesser aspects of his lifestyle over the triumphs of his early musical vision and wisdom.

But you know what? you put this record on, and none of that matters. It is all here, in the grooves; everything you need to know about the guy. Jaco Pastorius was one of the most important musicians of our time - the fact that this was his first record is simply astonishing, there is no other way to put it. That this is without question the most auspicious debut album of the past quarter century is inarguable. As with all great recordings, the force of it's value becomes more evident as time passes.
From: Official Jaco Pastorius web site.




Jaco Pastorius Trio Live Station [1986]

[*]


Pastorius, Dennard & Bullock - P.D.B. [1986]

[*]


Pastorius, Metheny, Ditmas & Bley - Jaco [1974]

[*]


segunda-feira, 4 de maio de 2009

Andy Summers - Earth + Sky [2003]




Andrew James Summers, popularmente conhecido como Andy Summers ganhou fama nos anos 80 como guitarrista do trio de rock The Police, mas não espere encontrar em Earth + Sky nada parecido com o trabalho que ele fazia em seu antigo grupo. As coisas aqui estão muito mais para uma fusão musical de estilos diversos, embora um pouco mais centrada em jazz, com alguns momentos acústicos e outros mais elétricos, na verdade é um disco que trás toda a bagagem de influências de Summers, mistura rock, jazz, experimental e até clássico. Porque apesar dele ser mais conhecido como um roqueiro, nem sempre foi assim, pois ele começou a tocar guitarra influenciado por jazzistas como Wes Montgomery, Jimmy Raney and Tal Farlow, seus primeiros trabalhos como músico foram nos clubes de jazz ingleses. Ele aprendeu tocar de forma autoditada, porém mais tarde foi estudar violão clássico por quatro anos na California State University at Northridge (CSUN) tornando-se fã de Villa Lobos. Suas primeiras gravações aconteceram com um grupo de R&B chamado Zoot Money's Big Roll Band e ele também teve uma passagem psicodélica com o Dantalian's Chariot, tocou blues com o Eric Burdon and The Animals e ainda trabalhou com uma pá de gente de estilos diferentes como Neil Sedaka, Joan Armatrading, Kevin Ayers, Kevin Coyne, Tim Rose, Jon Lord, até chegar ao Police. Depois, ainda tocou com mais uma cacetada de figuras distintas como John Etheridge, Robert Fripp, Herbie Hancock, Brian Auger, Eliane Elias, Tony Levin, Ginger Baker, Deborah Harry e Vinnie Colaiuta, que por sinal toca com ele em Earth + Sky. Não podemos esquecer também dos trabalhos com o guitarrista Victor Biglione, argentino de nascimento, mas carioca de coração com quem ele gravou dois discos Strings of Desire (1998) e Splendid Brasil (2005). Pretendo abordar mais amplamente o trabalho de Summers num post futuro, mas creio que isso já serve para se ter uma boa idéia da gama de influências e estilos que fazem parte do universo musical deste excepcional guitarrista e do tipo de música que encontramos em Earth + Sky.
Fontes: Wikipedia e AndySummers.com







Andy Summers - Earth + Sky

While guitarist for the Police, one of the most popular rock bands of all time, andy Summers never felt he had the professional oportunity to properly express his chops. Casual fans of the Police may be surprised to learn that Summers’ career did not begin with them. Born on New Years Eve, 1942 in wartime Lancashire, England. Summers recorded in the late 1960s with Eric Burdon ans the Animals and later with Joan Armatrading and Kevin Ayers. Then came the Police, where his keenly sharp sense of time and rhythm, full of reggae, ska, South African and world music ambiance made him a household name. But Summers was antsy and started recording his own in 1982, even before the Police disbanded in 1985. Over the next decade he released a string of well received, mostly art-rock recordings before he veered into the jazz arena and put out two pivotal albums: Green Chimneys – The Music Of Thelonious Monk and a recording of Charles Mingus compositions called Peggy’s Blue Skylight. Both established Summers as a bona fide jazz cat with a serious fusion jones. While Summers’ post-Police recordings head off in headier directions, he does bring his pop-y Police guitar style to bear, here and there, on his new recording. Overall, Earth & Sky effectively draws and efficiently walks a very fine line between Adult Contemporary jazz and fusion. For example, “The Diva Station” and “Parallels” will appeal to fussiest Boney James and Bill Frisell fans at the same time. On the other edge of the spectrum Summers produces an acid fusion on “Above The World” and a title cut that recalls the guitar-drumming pyrotechnics experienced on jazz improviser Jonas Hellborg’s late ‘90s Bardo recordings. Drummer Vinnie Colaiuta propels this recording powerfully. Andy Summers, for his part performs deftly both electrically and, on the organic “Roseville” and “Parallels” acoustically. Nixed at Summers’ Divine Mother Studio, the album has a warm and full sound spread fairly even over the sonic landscape. As such, along with the intelligent mix of the contemporary and fusion elements of jazz, Earth & Sky serves as a good introduction to both Summers (independent of the Police) and to jazz itself.
From: Grapevine Culture extracted from the Andy Summers official site.




[*]

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Steps Ahead - Steps Ahead [1983]



Para completar a trilogia Eliane Elias aqui vai o Steps Ahead, grupo que tem haver com o primeiro marido dela, embora não diretamente. Antes de ir morar em Nova York, em agosto de 1981, Eliane conheceu o ambiente musical de Paris. Lá encontrou o baixista Eddie Gomez, que conheceu o seu trabalho e a incentivou tentar a sorte nos States. Alguns meses depois, convidada pelo próprio Gomes, a pianista ingressava no Steps Ahead substituindo Don Grolnick, foi lá que ela conheceu seu futuro cunhado, o saxofonista Michael Brecker (1949-2007), irmão no trompetista Randy Brecker (Brecker Brothers, ambos integrantes do naipe de metais do antológico álbum Frank Zappa in New York - 1978). A aventura durou pouco mais de um ano e gerou esse maravilhoso álbum que para mim é um dos melhores trabalhos do Steps Ahead. Depois disso, Eliane gravou um disco em parceria com Randy, o álbum Amanda (1985 – nome da filha do casal) e partiu para uma carreira solo. De modo que este é o único disco da banda em que a brasileira participa, o que não era novidade no Steps Ahead, pois mudava de formação a cada lançamento e também variou bastante a sua sonoridade jazzística ora tendendo para o R&B, ora para um estilo mais standard, passando pelo funk, fusion e por aí vai...

Michael foi um dos músicos que mais tempo tocou no Steps Ahead, mas o líder da banda era Mike Mainieri, que manteve o grupo de 1979 até 1986, com direito a uns revivals nos anos 90. Novaiorquino nato (4 de julho, 1938), Mike é um talentoso vibrafonista com uma respeitável carreira musical. Começou a tocar profissionalmente aos 14 anos excursionando com Paul Whiteman. Depois, passou um bom tempo na banda do baterista Buddy Rich (1956-1963), tornando-se um músico de estúdio muito requisitado, aparecendo em diversas gravações pop. No meio jazzístico ele ainda trabalhou com Benny Goodman, Coleman Hawkins, Wes Montgomery e muitos outros, sendo um dos pioneiros do jazz-fusion através do grupo Jeremy & the Satyrs (1968). Entre 1969 até 1972 liderou uma banda chamada White Elephant que incluía os irmãos Brecker em sua formação. Finalmente, em 1979, ele forma o Steps (logo depois passaria a se chamar Steps Ahead), que durante seus anos de atividade reuniu músicos renomados como Michael Brecker, Don Grolnick, Eddie Gomez, Steve Gadd, Bendik, Warren Bernhardt, Eliane Elias, Rachel Z, Mike Stern, Tony Levin, Victor Bailey, Peter Erskine, Darryl Jones, Richard Bona, Steve Smith e outros. Mainieri ainda continua na ativa e é dono do selo NYC, fundado em 1992.

Steps Ahead é mesmo um belíssimo exemplo do trabalho deste versátil grupo e um disco que merece ser ouvido por todos apreciadores da boa música.
Fonte: All Music Guide, Wikipedia








Steps Ahead - Steps Ahead

Steps Ahead (originally known as Steps) is a jazz fusion group and the brainchild of vibraphonist Mike Mainieri. According to the liner notes of the group's 1983 debut album (for worldwide release), entitled Steps Ahead, "Steps began as a part-time venture in 1979 at Seventh Avenue South, a New York City nightclub." The group began releasing recordings in Japan as far back as 1980.

The first line up of Steps in the period 1979-1981, as can be read on the live album Smokin' in the Pit, consisted of Michael Brecker (tenor sax), Steve Gadd (drums), Eddie Gomez (bass), Don Grolnick (piano), Mike Mainieri (vibraphone), and special guest Kazumi Watanabe (guitar). This double live album was recorded on the 15th and 16th of December 1979 at The Pitt Inn Tokyo. A second studio recording was made on the 17th December 1979, called Step by Step. Smokin' in the Pit was released in 1980 and awarded a gold record and is considered their best album. The studio album Step by Step was released shortly after, followed by another live recording in the summer of 1980 called Paradox. These three albums (see Mike Manieri's notes in the booklet of the 1999 cd release of Smokin' in the Pit) were the only albums released by the group under the name of Steps. In 1982 they learned that the name Steps had been trademarked by a band in North Carolina, and therefore changed their name to Steps Ahead.

The line-up for the Steps Ahead album consisted of Mainieri, the late Michael Brecker (tenor sax), Eliane Elias (piano), Peter Erskine (drums), and Eddie Gomez (bass). The group's members has also included Dennis Chambers, Steve Gadd, Warren Bernhardt, Rachel Z, Chuck Loeb, Victor Bailey, Tony Levin, Bob Berg, Darryl Jones, Mike Stern, Richard Bona, and many others.

Brecker and Mainieri are featured on the Dire Straits album Brothers in Arms. For rock listeners, the albums Steps Ahead and Modern Times (1984, with Bernhardt replacing Elias in the main line-up, and other guest musicians appearing in limited roles) are a great bridge into a kind of jazz that is energetic and powerful. Reflecting the cooperative, ensemble nature of the band, the Modern Times album included compositions by Mainieri, Brecker, Erskine, and Bernhardt.

According to the website NYC Records, which include's Mainieri's biographical sketch and touring schedule with Steps Ahead, the 2007 instantiation of Steps Ahead includes: Mainieri (vibes), Bill Evans (sax; not to be confused with the late jazz pianist also named Bill Evans), Bryan Baker (guitar), Anthony Jackson (bass), and Steve Smith (drums), a former member of the rock group Journey. On some stops of the tour, Etienne Mbappe is listed as filling in for Jackson.
from: Wikipedia



[*]


terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Compost - Life Is Round [1973]




Excelente banda do início dos anos 70 que reúne dois grandes bateristas em seu elenco: Jack DeJohnette e Bob Moses. O primeiro ganhou notoriedade tocando com Bill Evans e Miles Davis, e Moses quando tocou com Rolnad Kirk e no Gary Burton's Quartet. Depois disso, ambos já acompanharam meio mundo do jazz e são nomes respeitadíssimos nessa esfera. Além dos tambores, os dois também tocam teclados e dividiam essa função no Compost. O grupo ainda conta com a percussão de Jumma Santos, mais um que tocou com Miles Davis, o que deixa evidente que a sessão rítmica da banda é realmente poderosa. O som é uma mistura de jazz, funk e soul com uma pitada latina vinda percussão de Jumma. O escrete ainda reunia Harold Vick (Grant Green, Jack McDuff, Nat Adderley, Dizzy Gillespie...) e o baixista Jack Gregg. O Compost não teve uma vida longa, durou uns três anos (1971 – 1973) e gravou três disco. Life Is Round foi o terceiro álbum e é o meu favorito. Um disco que agrada não somente aos jazzistas, mas também quem curte funk e soul music dos anos 70.






Compost - Life Is Round

This album was released in 1973 on Columbia Records, this all-star band consists of Bob Moses, Harold Vick, Jumma Santos, Jack Gregg and Jack De Johnette, plus friends Roland Prince, Ed Finney, Jeanne Lee and Lou Courntey. The Compost ensemble was formed, to quote Jack DeJohnette, as a co-operative band comprised of a group of people who are all versatile and whose egos are directed into positive channels, thereby overcoming the old leadership-versus-sidemen problem. This mission produced only three albums. While the self-titled debut never achieves much of a trajectory, some of the grooves on Life Is Round are nicely refracted esp. the Harold Vick cuts, “Seventh Period” and “The Ripper”. Lou Courtney even makes an appearance, adding vocals to a tidy song about outer space.
From curved-air.com



[*]


segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

BACK DOOR





Minha consciência começou a reclamar: “para um baixista seu blog está devendo algo além de Jack Bruce”. Puxa! Até que o pensamento tem lógica, embora eu veja o instrumento como um caminho para a música, ou seja, não encaro a coisa como música de guitarrista, de baixista, pianista e assim por diante, exceto em casos de solos é claro. Mas está faltando som de baixista por aqui e para corrigir essa ausência sentida resolvi fazer esse post do Back Door, um dos melhores grupos ingleses da década de 70, que poucos tiveram o prazer de conhecer e que teve a ousadia de tirar a “cozinha” do fundo, colocando o baixo a frente como um instrumento de solo, magistralmente executado pelo canhoto Colin Hodgkinson.

O grupo foi um trio que nasceu em 1971 na cidade de Blakey, em Yorkshire, e além de Hodgkinson, tinha Ron Aspery nos teclados e sax, e Tony Hicks na Bateria. Eles faziam uma inusitada mistura de jazz, blues e funk, com uma pitada de rock. Creio que esta singular fusão liderada pelo contrabaixo, foi responsável pelo grande prestígio deles entre a crítica especializada e também o motivo de chamarem muito pouco a atenção do grande público, cujos ouvidos estavam mais voltados para o hard rock do Led Zeppelin, Black Sabbath, Uriah Heep e progressivos como Genesis, Yes e Pink Floyd. Por isso o Back Door teve uma vida curta (1971 – 1976), mas suficiente para deixar a sua marca na história da música, influenciado gerações e gerando grupos como o Morfine, treze anos depois.

Depois do fim, o Back Door andou fazendo alguns revivals, o primeiro deles aconteceu em 1986 e foi registrado no bootleg A Live Decade. Se juntaram outra vez em 2003, quando gravaram o álbum Askin' The Way, que mescla alguns velhos sucessos com novas músicas. Esse trabalho ficou marcado como o último da formação original, pois Ron Aspery faleceu em dezembro daquele ano. Mas o trio voltou a tocar em 2005, com Rod Mason no saxophone. No entanto, outra baixa aconteceria em agosto de 2006, quando Tony Hicks morreu em Sidney, na Austrália. O baixista então formou um novo trio em 2007, chamado Colin Hodgkinson Group, novamente com Rod Mason no sax, e Paul Robinson na bateria. Em outubro de 2008 lançou o CD Backdoor Too! Uma espécie de continuidade do lendário Back Door. Para contar um pouco mais da história desse jazz fusion power trio, deixo vocês com o texto de Cláudio Vigo, publicado no site Whiplash em 2002.

A primeira vez que ouvi falar de Colin Hodgkinson foi nos anos 70 numa Melody Maker (via Revista Rock) onde havia uma crítica a um show do Deep Purple e o sujeito desancava sem dó nem piedade suas majestades púrpuras (chamava de decadente pra baixo) colocando nas maiores alturas uma banda de abertura que eu nunca havia escutado falar. Na época, como fã incondicional do Purple, fiquei mais que passado e já estava chamando o inglês de anta, quando a descrição do tal show despertou minha atenção. Tratava-se de um inusitado trio de sax, baixo e bateria chamado Back Door, que fazia uma mistura de Blues Rock e Jazz, onde o baixista fazia acordes e solava tresloucadamente em todas as músicas o tempo todo, como se fosse um guitar hero. Fiquei com dezoito pulgas atrás de todas as orelhas por anos a fio procurando ouvir qualquer coisa desta tão fantástica banda, que com apenas um baixo havia reduzido meus ídolos de então ao vexame total.

Colin "Bomber" Hodgkinson nasceu em Peterborough em 1945 e se tornou profissional em 1966 no jazz rock trio chamado Eric Delaney's Showband, e em 1969 fazia parte da lendária New Church de Alexis Korner, com quem abriu o famoso concerto dos Stones no Hide Park e em que Mick Taylor fez sua estréia em um dos melhores empregos do rock. Tenho uma gravação desta banda onde o homem arrasa num blues solado, conduzido unicamente no baixo.

Em 1971 forma o Back Door com Ron Aspery (sax) e Tony Hicks (bateria). Numa época onde predominavam guitarras e hammonds na linha de frente, os caras apareciam com um saxofonista muitas vezes fazendo base para o baixista alucinar enquanto o baterista mandava ver. Ninguém entendeu nada, mas obtiveram um relativo sucesso naqueles pubs enfumaçados e circuitos alternativos em geral. Em 1972 gravaram seu primeiro disco por um selo local e depois catapultados por uma grande gravadora (Warner) se tornaram referência cult pra toda a imprensa musical inglesa. Com a produção de Felix Pappalardi foram para Nova Iorque gravar o fantástico segundo disco chamado "8th Street Blues". Em 1975 mudaram o baterista (Adrian Tilbrook assumiu as baquetas) e o som em seu último disco gravado (produzido por Carl Palmer) chamado "Activate" que cá entre nós, é bem inferior aos anteriores. Não sei o que foi, mas que a receita desandou, desandou. Em 1977 a banda acabou depois de quatro discos de pouca vendagem, muito sucesso de crítica e pouco público, uma daquelas bandas lendárias que muita gente ouviu falar, mas poucos conheceram de fato.
Fonte: Whiplash.net.





BACK DOOR



Colin Hodgkinson first met Ron Aspery whilst the two were playing in the jazz-rock trio "Eric Delaney's Showband". The two began to talk about forming their own band around 1969, and eventually Back Door came to fruition in 1971, with Tony Hicks joining on drums. Hodgkinson made an innovative use of the electric bass, making it a lead instrument rather than a part of a rhythm section. Their unique brand of jazz-rock and Hodgkinson's original playing was a hit at their regular venue; the Lion Inn on Blakey Ridge, Yorkshire. However, record labels were not keen and the band were repeatedly told "No singer, no contract". Ever the innovators, the band decided to record their first album themselves. It was recorded on a 4-track Ampex mixing console in eight hours, and mixed in four hours the next day. Around 1,000 copies were first printed by RCA. The album was sold over the bar at The Lion Inn, and at a few record shops in the local area.

A copy of the record somehow made its way to the NME headquarters in London, and a superb review by Charles Shaar Murray was printed. After a few more reviews, the band passed an interview, and began playing a regular slot at The Senate in Peterlee, despite Aspery snapping a key off his saxophone moments before the audition. The band's popularity increased when they were asked to play a two week stint at Ronnie Scott's club in London, opening for Chick Corea. The run was eventually lengthened to three weeks. The record companies changed their tune, and after receiving many offers, the trio decided to sign with Warner Brothers. The band rejected an offer from Richard Branson (who was just starting up Virgin Records at the time) because, according to Hodgkinson: "they were successful - this other guy seemed really nice, but he had no track record". Warner Brothers then re-released their debut album.

In 1974, the trio went to New York to record their second album, 8th Street Nites. The album was produced by former Cream producer, Felix Pappalardi. This was the first album to feature vocals, provided by Hodgkinson because "we needed a singer, and I was the least bad out of us." Papallardi himself also played on a few tracks. Warner Brothers duly released the record, and a tour of the United States supporting Emerson, Lake & Palmer followed. Subsequent tours (usually as the support act) included one with Alexis Korner in Germany, which led to a long-lasting collaboration between Korner and Hodgkinson, and The J. Geils Band in the U.S., as well as a few headlining tours of the university circuit in the UK.

By the time they recorded their third LP, Another Fine Mess, Dave MacRae had joined the band on piano. He was a friend of Hicks' that he met whilst in Australia. The band shifted style slightly on this album, and more effects, processing and electronic sounds were used, although they were still defined as jazz-rock. McRae's stint in the band only lasted about a year however, and by the time they recorded Activate in 1976 he had departed the band, as had long-time drummer, Tony Hicks. The band hired Adrian Tilbrook as a replacement on drums, claiming they needed "a more hard-hitting drummer". The album was produced by Carl Palmer. After the release of Activate, the band played less and less together, and eventually broke up around 1977. Aspery went on to do work as a session musician, and Hodgkinson joined a string of bands, including the The Spencer Davis Group and a few outfits alongside Jan Hammer, then of The Mahavishnu Orchestra.

The original line-up briefly reunited for what was initially one night at the Ronnie Scott's 1986, although this was subsequently followed by a short tour of the UK. In 2003, the original line-up reunited once again to record a new album. Askin' The Way consists of 6 re-workings of favourite old songs, and 13 new recordings. Hicks also played accordion on this album on a couple of tracks. The official launch took place in The Lion at Blakey Ridge, where the band had first started out back in 1971. The band then played a few more shows but Aspery had been suffering from an illness for quite some time, and decided that the rigours of the road were no longer for him. On the 10 December that year, Ron Aspery died at his home in Saltdean, Sussex. The band played a few more concerts in 2005 with Rod Mason on saxophone, including the Guildhall venue at the Brecon Jazz Festival, Hull Jazz Festival, and further sold - out Blakey concerts in 2005. Tony Hicks died in Sydney, Australia on 13 August 2006.In 2007 Colin Hodgkinson formed a new trio under the name Colin Hodgkinson Group with Rod Mason (sax) and Paul Robinson (drums). In 2008 they released Back Door Too!, a mixture of old Back Door numbers and new material
.
From: Wikipedia





8th Street Nites [1973]

[*]



A Live Decade 1976-1985

[*]


Live in London 1973

[*]


sábado, 13 de dezembro de 2008

LARRY CORYELL








Foi em setembro de 1978 que conheci Larry Coryell, me lembro bem da data porque foi nessa época que aconteceu o maior e melhor evento jazzístico realizado no país até hoje, o São Paulo-Montreux Jazz Festival (obra de Maluf – não gosto do cara, mas nessa, ele me agradou muito). Entre os dias 11 e 18, sessenta mil pessoas foram ao Palácio das Convenções no Anhembi para conferir de perto uma constelação de estrelas internacionais como John McLaughlin, Tony Smith, Dizzy Gillespie, Taj Mahal, Patrick Moraz, Chick Corea, Joel Farrel, Stan Getz, Peter Tosh, Al Jarreau, Benny Carter, George Duke, Etta James, Ray Brown e outros, além dos brasileiros Helio Delmiro, Hermeto Paschoal, Milton Nascimento, Nivaldo Ornellas, Raul de Souza, Djalma Correa, Egberto Gismonti, Zimbo Trio, Wagner Tiso, Victor Assis Brasil, Luiz Eça, Márcio Montarroyos e mais outros tantos. No meio desse monte de feras, estava uma dupla de guitarristas, até então desconhecida por mim: Larry Coryell & Philip Catherine (que mais tarde substituiria Jan Akkerman no Focus). Me desculpem a expressão, mas PUTA QUE O PARIU! Os caras fizeram um show para não dever nada a nenhum dos nomes citados aí em cima, na verdade fizeram uma das melhores apresentações do festival, não só na minha modesta opinião, como também da tal crítica especializada. Saca só o que foi publicado na extinta Revista POP nº 73, de novembro de 1978:




Quem conhece o LP Twin House (1976), primeiro disco da dupla Larry Coryell/Philip Catherine, sabe que poucas vezes o mundo do jazz assistiu a um "casamento" artísticotão perfeito. E, se o dito popular "os opostos se atraem" também é válidopara os casamentos artísticos, eis aí a explicação para o brilhante trabalho que esses dois garotões guitarristas vêm desenvolvendo nos últimos tempos. Larry Coryell é texano mas sempre morou em Nova Iorque. Philip Catherine é inglês, de família e educação belgas. Larry é um representante típico do jazz urbano da east coast dos EUA. Philip faz o modelo jazz de vanguarda europeu, ultimamente com grande influência dos experimentalistas alemães. Larry é observador, atento e faz o gênero superstar. Philip é contemplativo, bon vivant e faz o gênero diplomata.




Do encontro dessas duas personagens antagônicas, no festival de Montreux de 1975, surgiu uma das duplas mais vigorosas do jazz atual. Tão grande foi o sucesso de Twin House - e tamanha a satisfação que ele trouxe a Coryell e Catherine - que a dupla logo tratou de continuar o trabalho através de dois novos LPs. O primeiro chama-se Splendid, é gravado em estúdio e representa uma continuação natural do trabalho iniciado em Twin House. O "segundo novo LP" da dupla foi gravado ao vivo na Alemanha, num concerto já considerado "clássico" pelos fãs da dupla. Segundo declarações de Larry Coryell, foi de longe a melhor apresentação que ambos já fizeram, e ela por sorte foi gravada na íntegra.

Nos bastidores do Festival de Jazz de São Paulo, Coryell explicou aos repórteres os motivos do sucesso de seu casamento artístico: "Eu e Philip entendemos a música de maneira completamente diferente um do outro. Nossas visões e interpretações são sempre opostas. Por isso mesmo, acho, estamos sempre ensinando alguma coisa um ao outro. O Philip colabora com toda aquela complicação cerebral do jazz europeu, e eu mostro a ele como é o blues das grandes cidades americanas. Assim, depois de brigar muito, sempre armados de violões e guitarras, acabamos criando boa música. E o público, que não é tolo nem nada, está compreendendo nosso trabalho. De minha parte, confesso que nem o Eleventh House nem o grupo de Miles Davis me trouxeram tanta satisfação pessoal e profissional quanto esses três LPs com Philip Catherine. Se foi amor à primeira vista? Bem, prefiro dizer que foi uma paixão fulminante ao primeiro acorde..."
(Por: Okky de Souza)




Na dupla, o quem mais me chamou atenção foi Larry Coryell, principalmente pela sua vertente “bluesística”. Dias depois lá estava eu percorrendo as lojas em busca de LPs do cara. Comprei dois discos Twin House e o Spaces. O primeiro com as músicas apresentadas no festival e é sem dúvida um ótimo disco, mas o segundo também é incrível a começar pela categoria dos instrumentistas reunidos, Coryell divide a guitarra com John McLaughlin e eles são acompanhados por Miroslav Vitous no baixo, Chick Corea nos teclados e Billy Cobham na bateria. O som é uma fusão incomum (pelo menos para época) de jazz e rock, pois tinha uma pegada um pouco diferente do que vinha fazendo Miles Davis e outros artistas daquele tempo. Esse álbum foi gravado em 1969, mas só lançado em 1974, é um daqueles trabalhos que precisa ser ouvido várias vezes para ser totalmente compreendido. Esse LP foi responsável por uma mudança radical nos meus estudos musicais (que nunca foram tão profundos assim, diga-se de passagem): eu estudava violão clássico com um bom professor cujo nome me foge agora. Ele vivia me fazendo estudar uma série de valsas (é, eu estava bem no começo) até que um dia levei o Spaces para ele ouvir. Na aula seguinte, o professor disse que ouviu, achou interessante, mas afirmou que aquilo não era música. Depois dessa, abandonei o curso e no dia seguinte estava me matriculando em guitarra na escola do Zimbo Trio. Atraído não exatamente por ser do renomado trio, mas principalmente pela proposta contida no nome do conservatório: Centro LIVRE de Aprendizado Musical – CLAM.






Com o passar dos anos fui descobrindo que Coryell é um músico extremamente eclético, mesclando em suas fusões musicais diferentes tendências, inclusive a música brasileira, chegando a gravar um ótimo álbum no Brasil, Live from Bahia 1991, juntamente com Marcio Montarroyos, Nico Assumpção e Dori Caymmi, trabalho produzido pelo lendário produtor de jazz Creed Taylor. Outro importante registro em parceria com instrumentistas brasileiros aconteceu em 2002, quando lançou o disco Three Guitars (também em DVD) junto com seu compatriota John Abercrombie e a paulista Badi Assad. Tive a oportunidade de ver Coryell e Badi juntos em 26 de novembro de 2005, quando ele esteve aqui para apresentações do disco Tricycles, lançado um ano antes (puts que discaço!!!). Não me lembro se foi antes ou durante a apresentação, mas Badi veio ao palco e eles tocaram sons do Three Guitars, pena que Abercrombie não estava lá. Agora, meu irmão, essa apresentação do Tricycles que ele fez com o baixista Mark Egan e o baterista Paul Wertico, foi um dos shows mais incríveis que eu já tive o prazer de assistir, eu e pouca gente, porque no mesmo dia, aconteceu o Free Jazz, ou coisa assim, com Chick Corea e isso dividiu os públicos deixando a casa meio vazia, mas posso garantir que quem foi ao Tom Brasil ver Coryell naquela noite, saiu em estado de graça. O som foi tão bom, que eu quase ignorei a apresentação do Billy Cobham Culturemix, que rolou logo em seguida. O guitarrista voltou a São Paulo este ano com Egan e Wertico para se apresentar do Bourbon Street e é claro que eu estava lá. Mais uma vez foi um grande desempenho, mesmo assim não chegou nem perto do que rolou no Tom Brasil. Bem amigos, muitos foram os discos de Coryell que me impressionaram, por isso foi difícil escolher os posts nessa extensa discografia, procurei colocar os mais significativos e mesmo assim alguns ficaram de fora, deixo aqui a minha seleção e um pouco da história desse músico incrível na esperança que vocês apreciem tanto quanto eu.





Larry Coryell nasceu em 2 de abril, na cidade texana de Galveston nos EUA. Quando criança começou a estudar piano, mudando para o violão e depois para guitarra na adolescência. Após estudar jornalismo na Universidade de Washington, ele se mudou para Nova York em 1965, onde fez a segunda guitarra para Gabor Szabo no quinteto do baterista Chico Hamilton. Todavia, em 66, ele assumiu o lugar de Szabo e logo depois gravou o seu primeiro vinil com a banda de Hamilton. Ainda em 66, ao lado de Bob Moses e Jim Pepper, ele se tornaria co-fundador de uma das primeiras bandas de jazz rock, o Free Spirits, gravando o álbum Out Of Sight And Sound, um LP raro e muito disputado por colecionadores e que não foi lançado em CD. No ano seguinte, Coryell se uniu ao grupo do vibrafonista Gary Burton, lançando três discos seminais do jazz-fusion: Duster, Lofty Fake Anagram e A Genuine Tong Funeral, todos em 1967. Em 1969 ele participou do disco Memphis Underground do flautista Herbie Mann ao lado de Roy Ayers e do influente guitarrista de free-jazz Sonny Sharrock. Naquele mesmo ano, produziu seu primeiro álbum solo batizado apenas de Coryell e depois saiu em turnê com o Jack Bruce and Friends ao lado de Mitch Mitchell e do tecladista Mike Mandel que mais tarde fundaria com ele o grupo Eleventh House, famoso na década de 70 como uma das principais bandas de jazz rock, consagrando Coryell como um mestre do estilo.





Os trabalhos realizados por Coryell na segunda metade dos anos 60, deram a ele alguma notoriedade e, durante a década seguinte ele gravou uma série de álbuns, mais de 25, trabalhando com alguns dos melhores músicos da época, nomes pesos-pesados que incluíam os guitarristas John McLaughlin, Eric Clapton, Jimi Hendrix, Paco De Lucia, Pat Metheny, Al Di Meola, John Abercrombie, Larry Carlton, John Scofield, Kazumi Watanabe, Ralph Towner, e Steve Kahn; os bateristas Billy Cobham, Elvin Jones, Steve Gadd, Lenny White, Mitch Mitchell e Tony Williams; os saxofonistas David Sanborn, Pharoah Sanders, Michael Brecker; Sonny Rollins e Steve Lacy; os trompetistas Don Cherry, Maynard Ferguson e Randy Brecker; o violinista Stephane Grappelli; os tecladistas Chick Corea, Larry Young, David Sancious e Lyle Mays; e os baixistas Charles Mingus, Miroslav Vitous, Ron Carter, Eddie Gomez, Jack Bruce, Jimmy Garrison, Charlie Haden, Steve Swallow e Tony Levin. No período entre 1979 e 1980, ele esteve em turnê pela Europa com Paco De Lucia e John McLaughlin como integrante do Guitar Super-Trio. Uma dessas apresentações, realizada no Royal Albert Hall, em Londres, foi gravada em vídeo e celebrada como “Meeting of the Spirits” (encontro dos espíritos). No entanto, o trio não teve uma vida longa e Coryell cedeu seu lugar para Al Di Meola no início de 80.





Apesar de passar os 80 se dedicando quase que exclusivamente à guitarra acústica, Coryell continuou abrindo novos caminhos. Criou um ambicioso projeto interpretando clássicos de Stravinsky e Ravel. Complicado? Talvez, mas por ocasião do lançamento de Sketches of Coryell (1996), ele comentou: "A idéia desse disco foi um 'Shut Up' N 'Play Yer Guitar (cala a boca e toca a sua guitarra), como diria o imortal Frank Zappa. Mas eu escolhi não entrar em um monte de coisas rapidamente. Em vez disso, apenas me concentrei na melodia, independente da composição.” No entanto, qualquer que seja o gênero, seja qual for a abordagem, com mais sessenta gravações sob a sua cintura, Coryell pode ser considerado um verdadeiro "Guitar Legend".

Atualmente, Mr. Coryell vive em Duchess Country, Nova York, mas continua a lecionar guitarra em tempo parcial e a fazer turnês regularmente.
Biografia traduzida do texto de Christiaan Strange encontrada no site Kiosek



Nota: eu não quis fazer alterações no texto Christiaan Strange, mas o final está meio estranho porque ele fala do disco Sketches of Coryell, fazendo parecer que este trabalho faz parte do “ambicioso projeto interpretando clássicos de Stravinsky e Ravel”. No entanto, a única música próxima de um clássico neste disco é o famoso Concierto De Aranjuez (aka A Sketch Of Spain), todas as outras são jazz. Os trabalhos relacionados à música clássica são: Bolero (1981), Bolero/Scheherazade (1982) A Quiet Day in Spring (1983, um disco de inspiração erudita, mas não é música clássica), L' Oiseau de Feu/Petrouchka (1984) e Le Sacre du Printemps (1986). A impressão que se tem é que alguém resolveu resumir o final da biografia e acabou fazendo m...






LARRY CORYELL








Larry Coryell was born 2 April, 1943 in Galveston, Texas. As a child he studied and played piano, switching to guitar (acoustic, and then electric) in his teens. After studying journalism at the University of Washington, he moved to New York City in 1965, where he played behind guitarist Gabor Szabo in drummer Chico Hamilton's jazz quintet. However, by 1966, he had replaced Szabo and later that same year went on to record his vinyl debut with Hamilton's band. Also in 1966 he co-founded an early jazz-rock band, the Free Spirits, with whom he recorded one album, 1966's rare, Free Spirit: Out Of Sight And Sound. Soon after his stint with the Free Spirits he joined vibra-harpist Gary Burton's band, recording with him three seminal albums, all of which are now long out of print. In 1969 he recorded Memphis Underground with flautist Herbie Mann whose band, at that time, included Roy Ayers and the influential free-jazz guitarist Sonny Sharrock. Also in 1969, before recording his first solo LP, he toured Europe and the U.S. with ex-Cream bassist Jack Bruce, ex-Jimi Hendrix Experience drummer Mitch Mitchell, as well as keyboardist and future Coryell side-man Mike Mandel.

Throughout the seventies he released album after album, often playing alongside the very best jazz had to offer. Some of the heavy-weights include: guitarists John McLaughlin, Eric Clapton, Jimi Hendrix, Paco De Lucia, Pat Metheny, Al Di Meola, John Abercrombie, Larry Carlton, John Scofield, Kazumi Watanabe, Ralph Towner, and Steve Kahn; drummers Billy Cobham, Elvin Jones, Steve Gadd, Lenny White, Mitch Mitchell and Tony Williams; alto sax player David Sanborn, tenor sax players Pharoah Sanders and Michael Brecker; soprano sax players Sonny Rollins and Steve Lacy, cornet player Don Cherry, trumpet players Maynard Ferguson and Randy Brecker; violinist Stephane Grappelli, keyboardists Chick Corea, Larry Young, David Sancious and Lyle Mays; and bassists Charles Mingus, Miroslav Vitous, Ron Carter, Eddie Gomez, Jack Bruce, Jimmy Garrison, Charlie Haden, Steve Swallow and Tony Levin.

In 1979 and 1980 he toured Europe with Paco De Lucia and John McLaughlin as part of a guitar super-trio, eventually releasing a video recorded at the Royal Albert Hall, London, which commemorated this "meeting of the spirits". This trio was short lived however, and he was replaced by Al Di Meola in early 1980. Throughout the 80's, although playing almost exclusively acoustic guitar, Larry Coryell continued to break new ground. And if his ambitious avant-garde interpretations of Stravinsky and Ravel are any indication, it seems clear that there is much more to this guitar-slinging virtuoso from Texas than jazz/rock fusion.

Complicated? Perhaps, but his newest album, Sketches of Coryell, should simplify things. To quote Coryell himself, "The idea of this album was to 'Shut Up 'N' Play Yer Guitar' in the immortal words of the dearly missed Frank Zappa. But I chose not to indulge in a lot of fast stuff. Instead we just concentrated on melody and whatever the composition called for." But whatever genre, whatever approach, with sixty recordings under his belt, Coryell can be considered a true "Guitar Legend". Case in point: he recently took part in a concert in Spain, spotlighting 32 of the world's finest guitarists, including B.B. King, Keith Richards, Robbie Robertson, Bob Dylan, and Les Paul. And guess what? He felt right at home.

Mr. Coryell now lives in Duchess County, New York, but continues to teach guitar part-time, and tours regularly.

For Christiaan Strange's Larry Coryell Website







Larry Coryell - Inner Urge [2001]

[*]



Larry Coryell - Live At The Village Gate [1971]

[*]



Larry Coryell - Live from Bahia [1991]

[*]



Larry Coryell - Monk, 'Trane, Miles & Me [1999]

[*]



Larry Coryell - Spaces [1974]

[*]



Larry Coryell - Toku Do [1988]

[*]



Larry Coryell - Tricycles [2004]

[*]



Larry Coryell & Alphonse Mouzon - Back Together Again [1977]

[*]
link fixed



Larry Coryell & Emily Remler - Together [1985]

[*]



Larry Coryell & Philip Catherine - Twin House [1976]

[*]



Larry Coryell & The Brubeck Bros [1978]

[*]



Larry Coryell, Victor Bailey, Lenny White - Electric [2005]

[*]



Stu Goldberg - Solos-Duos-Trio [1980]

[*]



Gary Burton - A Genuine Tong Funeral [1967]

[*]



Charles Mingus - Three Or Four Shades Of Blue [1977]

[*]



Jack Walrath - Out Of The Tradition [1990]

[*]



John Abercrombie, Badi Assad & Larry Coryell - Three Guitars [2002]

[*]


Larry Coryell & the Eleventh House - Live at Montreux [1974]

[*]