O Clutch não é uma banda nova, mas inexplicavelmente nunca
decolou, digo isso porque os caras fazem uma sonzeira da hora, superior a muita
coisa que rola por aí. Eles brotaram em Germantown, Maryland nos Estados Unidos,
em 1990, fazem um som qualificado como Stoner Rock com certa pegada de Blues. O
engraçado é que se você for procurar por aí vai encontrar uma série de
definições para este som, tais como: Funk Metal, Blues Rock, Southern Rock,
Hardcore Punk. Isso porque cada álbum
deles é marcado por um som distinto passando por várias tendências e estilos,
mas sempre próximo ao blues, que ficou mais evidente nos lançamentos dos
últimos anos como o vocalista Neil Fallon observa: "Temos sido muito inspirados
pelo Blues ao longo dos últimos dois anos, e você tem que admitir que o Blues é
realmente o fonte de todo o Rock ‘n’Roll. Eu acho que é importante ir à fonte
para encontrar a inspiração ".
Ainda na ativa, durante todos esses anos o grupo manteve a
formação original, o que é meio raro hoje em dia, com Neil Fallon (vocal,
guitarra e teclados), Tim Sult (guitarra),
Dan Maines (baixo) e Jean-Paul Gaster (bateria). No período entre 2005 e 2008 o
tecladista Mick Schauer esteve com eles.
A banda é conhecida por inventar letras engraçadas, irônicas e sarcásticas,
fazendo referências à história, a mitologia e a cultura popular americana.
Apesar de ter assinado com grandes gravadoras nos anos 90, a banda jamais fez muito sucesso nas rádios americanas e nunca vendeu milhões de cópias. O
grande trunfo do Clutch são os fãs devotos que a banda acumulou em seus shows,
dando-lhe o status de cult. Mesmo não sendo um grupo de destaque, o Clutch
chega a fazer cerca de cem apresentações por ano.
Strange Cousins From The West é o nono álbum de estúdio do
Clutch. Foi lançado em 14 de julho de 2009, estreando em 38º na Billboard 200
na semana após seu lançamento, com vendas de 13.000 cópias, sendo este o melhor
resultado de estreia para um álbum do Clutch. Na minha modesta opinião, um dos
melhores discos do grupo e espero que vocês apreciem sem moderação.
Clutch - Strange Cousins From The West
Clutch combined elements of funk, Led Zeppelin, and metal with vocals inspired by Faith No More. Formed in 1991 in Germantown, MD, the group included Neil Fallon (vocals), Tim Sult (guitar), Dan Maines (bass), and Jean-Paul Gaster (drums). They built a local following through constant gigging, and after just one 7" single (the classic Earache release "Passive Restraints") Clutch was signed by EastWest Records. Their debut LP, Transnational Speedway League, followed in 1993. A self-titled album appeared two years later and afforded Clutch some mainstream exposure. They jumped to the larger Columbia label for 1998's Elephant Riders, and many thought the group might join their sonic cousins Korn and Deftones in the alternative metal winner's circle. That didn't quite happen. But it didn't matter, because a quality fan base continued to thrive for Clutch.
Pure Rock Fury appeared in 2001, and the similarly uncompromising Blast Tyrant came three years later as their first for DRT Records. Their seventh full-length, Robot Hive/Exodus, followed in 2005 and featured the first lineup change since the early '90s, the addition of organist Mick Schauer. Among Clutch's numerous side releases were a groove-based album (2000's Jam Room), as well as Live at the Googolplex and the rarities record Slow Hole to China, both issued in 2003. Also issued in 2005, Pitchfork & Lost Needles combined Clutch's 1991 Pitchfork 7" with unreleased demos and early tracks. In the fall of 2006, the band hit the studio with producer Joe Barresi (Kyuss, Melvins) to record their next album; the resulting From Beale Street to Oblivion appeared in March 2007. In 2008, the band released a CD/DVD compilation of live tracks from shows in New Jersey, Pittsburgh, and Sydney titled Full Fathom Five: Audio Field Recordings 2007-2008 on their own label, Weathermaker Music.
Essa inglesinha de olhar meigo, formas arredondadas, segurando uma guitarra e fazendo carinha na capa do disco é a prova cabal de que as aparências enganam. Pois a julgar por esse “look”, eu jamais me arriscaria a comprar um CD desse, imaginando ser mais uma das milhares de garotinhas fazendo pose, não catando e nem tocando porra nenhuma, mas caiu nas graças de algum produtor que vai jogá-la na MTV, ganhando a simpatia de um bando de adolescentes sem porra nenhuma na cabeça, se transformando em uma daquelas que, depois de uns dois ou três anos, ninguém se lembrará do nome. Ledo engano meu caro! Essa coisinha fofa aí toca guitarra para caralho, alho!! E eu só a descobri, por acidente quando pesquisava sobre o guitarrista Robin Trower. Então fui dar numa página web que dizia o seguinte:
”Imagine o tom de Robin Trower, a inspiração de Hendrix, a influência de Stevie Ray Vaughan, a energia de Bonamassa, a intensidade de Walter Trout e o vocal assustador de Stevie Nicks, tudo em uma só pessoa... Então, deixe-me apresentar Chantel McGregor, uma das guitarristas mais excitantes do rock e do blues que o Reino Unido já produziu!”
É claro que eu tinha que conferir isso. O primeiro lugar a procurar foi no You Tube. O que, de certa forma, me ajudou muito acreditar um pouco nos exagerados (“pero no mucho”) dizeres acima, porque, depois, quando baixei o disco, me decepcionei um pouco com as primeiras faixas e só insisti em ouvir as outras porque sabia que a mocinha era capaz de muito mais. Pois lá no “You Tóba” me deparei com ela tocando Red House e Voodoo Chile (Jimi Hendrix), Lenny (Stevie Ray Vaughan), Nothing Else Matters (Metalica), Daydream (Robin Trower) e outras pérolas.
Já no disco a coisa começa meio devagar, a faixa de abertura, “Fabulous”, embora tenha certa pegada, parece que foi produzida mais com intento mercadológico do que artístico. Em “I'm No Good For You” e coisa melhora um pouco passando para uma interessante levada blussy. Ai vem duas músicas meio chatinhas chamadas “Like No Other!” e “Freefalling”. Começa a melhorar com a clássica “Rhiannon”, do Fleetwood Mac, a qual ela interpreta muito bem; esquenta nas três músicas que se seguem: “Caught Out”, “Daydream” do Robin Trower e “Like No Other”. Mas a calor da chama some na balada melosa “Screams Everlasting”. Uoahhh que sono! “Happy Song” e “Not Here With Me” não ajudam muito a levantar o astral, mas para auxiliar no grand finale, vem “Help Me”, de Sonny Boy Williamson, em bela interpretação. Enfim, o disco podia ser melhor, no entanto não deixa de ser uma boa amostragem do talento dessa excelente guitarrista. A expectativa que fica é: para qual das vertestes apresentadas neste álbum ela ira tender; o lado baladinha pop, ou o lado blues rock virtuoso? Vamos aguardar o próximo álbum para saber.
Atualmente com 25 anos, aos oito Chantel se tornou a pessoa mais jovem da Inglaterra a ser aprovada num exame para ingressar numa escola de rock; aos 12 ela já se apresentava em Bradford, sua cidade natal, se destacando como uma guitarrista promissora. Descrita como prodígio, aos 14 Chantel ouviu do chefe de uma grande gravadora (A & R): "grande voz, mas as meninas não tocam guitarra desse jeito!" Seu conselho: "alterar os estilos porque os meninos seriam intimidados". Sabiamente ignorando o conselho, ela se matriculou na mundialmente renomada Leeds College of Music e tornou-se a primeira aluna da história da faculdade a conseguir uma passagem com 100% de aprovação, se formando como a primeira da classe e ganhando 18 distinções.
Chantel McGregor - Like No Other [2011]
Realising at an early age that if I picked up a guitar I got attention, especially from my dad whose guitar it was, it was inevitable that I’d get one of my own. So at the ripe old age of three, I got my first guitar, a half size acoustic. At seven, I started lessons but soon noticed that not only did dad’s electric guitars have smaller necks, making them ideal for little hands, but they could also make a lot more noise. After more lessons and a lot more noise, aged eight, I became the youngest person in the country to pass a Rockschool grade. More lessons followed,and with them came the realisation that if you want people to listen, you need to sing! So, aged 12, I started playing and singing at local jam sessions, and two years later, the head of A&R from a major label sat in our lounge and told me "great voice, but girls don't play guitar like that!" His advice, “change styles because boys would be intimidated”. Singing and playing on national television and radio soon followed.
Then came a change of direction, I wanted to become an English teacher, so I went away from live performance and concentrated on my studies. Having got the qualifications to enrol to do an English degree, I changed my mind, and went back to the music. Now qualified at Rockschool Grade Eight, and with the qualifications to do an English degree rather than a music degree, I enrolled at the world renowned Leeds College of Music to do a Btec in Popular Music, where I became the first student in the college’s history to achieve a 100% pass mark, with 18 distinctions. Progressing onto the degree course, I became the holder of the College’s prize for outstanding musicianship for 2006/7, on the way to achieving a First Class Honours Degree in Popular Music in July 2009 and at the same time the award for guitar.
Random bits? I hold the record for the longest song ever to be played on BBC Radio 2, have played with Joe Bonamassa, met up with Eric Clapton, Steve Vai, Joe Satriani and Bonnie Raitt (a lovely lady, we talked about how to roll your sleeves up!) amongst others, featured on a Universal Records compilation celebrating 100 years of the blues, and did a dvd with Jeff Beck, Keith Richards and Albert Lee celebrating 60 years of the Fender Telecaster. In September 2011, I was voted 'Young Artist Of The Year' at the British Blues Awards.
Esta é uma banda fundada pelo meu amigo guitarrista Rafael
Martinez em 2008 e por isso alguém pode até pensar: só está aqui porque é um camarada
dando uma força para outro. O que não deixa de ser verdade. Afinal, se a gente
não puder contar com a ajuda dos amigos, vai contar com ajuda de quem? Dos
inimigos? Mas engana-se quem acha que
este é o principal motivo. Estão postados aqui porque fazem um som de
primeiríssima qualidade deixando muita bandinha gringa no chinelo. Infelizmente
na “terra brasilis” as coisas não são nada fáceis para quem escolhe trilhar
pelos caminhos da música instrumental.
Rafael iniciou o projeto em 2003, juntamente com Nandinho
Thomaz na bateria e Daniel Xingu no baixo. Em 2007, incorporou a cozinha
original, e no mesmo ano formou o atual quarteto, com o vibrafonista Beto
Montag. O som é definido por eles como uma fusão de jazz, funk, gipsy, boogaloo
e rock. As referências são variadas e vão desde Wes Montgomery, Grant Green,
John Scofield, Herbie Hancock, Eumir Deodato, Miles Davis, Kenny Burrell, Jimi
Hendrix, Frank Zappa, Jeff Beck até o rock experimental dos grupos Radiohead,
Can e Tortoise.
A primeira faixa do disco, “Emanuelle” tem uma pegada mood
extremamente agradável com fraseados de guitarra a la Wes Montgomery. Já “50
Reais”, a segunda faixa, mantém essa maciota, mas numa levada mais funk, uma
característica marcante do grupo. Depois vem “Chinês de Bicicleta” e o clima
mood, dá lugar a um animado boogaloo daqueles de fazer a gente ficar batendo o
pezinho. Enfim, é disco para se ouvir de
cabo a rabo sem cair no marasmo, a única coisa ruim é ser curto, apenas 37
minutos, deixando um gostinho de quero mais. O álbum é a consolidação de seis
anos de entrosamento e experimentações musicais. O novo disco, intitulado 2012,
está sendo lançado este ano.
Para assistir uma apresentação do Martinez é só ficar
antenado nos espaços de música alternativa de São Paulo, eles costumam tocar no
SESC, em alguns projetos da Trama, e bares como Tapas e Bar B. O repertório dos
shows, além das músicas que estão nos CDs, é completado com releituras
jazzísticas de clássicos do cancioneiro nacional e internacional. Apesar dos registros em CD, a apresentação ao
vivo continua sendo única, graças à maestria e liberdade de improvisação de
cada músico integrante do conjunto e de seus convidados especiais. Um exemplo
disso é a releitura que a banda faz da obra clássica de Richard Strauss “Also
Sprach Zarathustra”.
Martinez - Martinez [2009]
Founded by
guitarist Rafael Martinez in 2008, the band features Bob Montag, on vibraphone,
marimba and percussion, Daniel Xingu, on bass, and Nandinho Thomas on drums.
The quartet's sound is a fusion of jazz, funk, gypsy, rock and boogaloo. The
show's repertoire brings issues by Rafael Martinez, complete with classic jazz
reinterpretations and Brazilian music. This album is the consolidation of six
years of experience and the references are varied from Wes Montgomery, Grant
Green, John Scofield, HerbieHancock, Eumir Deodato, Miles Davis, Kenny Burrell,
Jimi Hendrix, Frank Zappa, JeffBeck to the experimental rock group Radiohead,
Can and Tortoise.
Acompanho este grupo canadense desde o primeiro lançamento homônimo em 2005, não sei dizer o seu impacto no mainstream, mas aqui na blogesfera e outros meios alternativos é uma banda com certa admiração, sabendo dosar muito bem toda sua bagagem de influências sem soar como cópia barata. O segundo álbum, In the Future, saiu em 2008 confirmando que as expectativas em cima do grupo não eram fogo de palha, ganhando o respeito da crítica especializada, apesar de que, hoje em dia, é difícil dizer se isso é bom ou ruim. Na minha modesta opinião Wilderness Heart é o melhor trabalho deles até o momento. Toda a psicodelia folk, característica marcante do grupo, está mais amadurecida e com um peso maior. Imagino que essa sonoridade mais heavy se deva a mudança de ares, pois pela primeira vez eles deixaram os estúdios de Vancouver para gravar em Los Angeles. O disco abre com uma pérola chamada “The Hair Song”, que lembra Led Zeppelin, não exatamente o Houses of the Holly, que tem uma faixa com nome parecido “The Rain Song”, mas o Physical Graffiti pelo seus timbres acústicos e a postura vocal da dupla Amber Webber e Stephen McBean, muuuito bacana! Toda essa sutileza vai a baixo na segunda faixa, a pulsante “Old Fangs”, e volta em “Radiant Hearts”, onde mais uma vez o duo vocal funciona soberbamente.
Depois vem Rollercoaster, meio arrastada, psicodélica, com certo peso, onde o vocal melancólico de Amber funcionando muito bem. Mais uma vez a dinâmica lenta é quebrada, dessa vez com uma porrada a la Black Sabbath “Let Spirits Ride”, para deixar qualquer headbanger tonto. Bom gente, o disco segue assim, com as música variando em dinâmica e peso, não gosto muito desse negócio de descrever faixa por faixa, mas acho que já deu para percebem que estamos falando de um bom disco do bom e velho rock, rico em vocais, texturas, interlúdios instrumentais, bem cadenciado, com características setentista, mas sem cheiro de mofo! Não seria nenhum exagero dizer que Wilderness Heart absolutamente encantador e expressivo.
Black Mountain - Wilderness Heart [2010]
Black Mountain's third album represents the finest yield so far from the Vancouver band’s relentless harvesting of rock and folk's 70s heyday. Wilderness Heart refuses to dive into unfamiliar territory, instead expertly blending heavy rock, smoky blues and finger-picked acoustic guitars across an album of tantalisingly layered songs. There are still some frenetic surprises, especially Let Spirits Ride which leaps from buildings with its punkoid drive and galloping pace. But the heart of this album is the stark, jet-black core built around riffs carved from obsidian pillars. Bellowing organ drenches these brooding songs, giving them a cobwebbed and ominous air. Opening track The Hair Song sets the agenda with a slithering acoustic riff, steel slide backing, male and female harmonies, and a brief tangled psychedelic jam. It's all disarmingly upbeat though when compared to the haze that hangs over the following songs. Even the elegant Radiant Hearts, with its tender, teasing organ, has a melancholy march. The grinding bass of Roller Coaster works hesitant space into the grimy refrains and, as Amber Webber sings "I'll cradle you beneath my wings", the axis of distortion and fragile clarity spins freely, even if it veers close to soft rock cliché.
Wilderness Heart seems to represent the point where Black Mountain refine the melodic possibilities of their vocal performances upon the dominating, oppressive sound they've fused from familiar elements. Frankly, these songs are more memorable than some of the jam-orientated material of the past, though this is done without abandoning the captivating gravity of these roots by any means. There's ecstatic guitar screeching, pounding drums and a lot of shade within the light. There's far less meandering around themes when there is a point to be made, too. The argument against this is that there is less of the atmosphere that billowed through 2008's In the Future. But the title-track and the delicate yet eerie folk numbers such as Buried by the Blues and The Space of Your Mind suggest otherwise. Rather than adhering to type, Black Mountain now have a catalogue of songs that respect and rival their influences. By Brad Barrett from BBC
Este maravilhoso bootleg eu encontrei no blog do meu amigo Mike Patrick, a.k.a. SilentWay. O disco traz gravações dos primeiros anos da carreira solo de Robin Trower, período em que ele gravou três ótimos discos: Twice Removed from Yesterday (1973), Bridge of Sighs (1974) e For Earth Below (1975), álbuns que formariam o set list do disco Live! (1976). Para muitos, inclusive eu, o melhor disco deste espetacular guitarrista inglês. São gravações soundboard de excelente qualidade retiradas das transmissões de dois renomados programas musicais da BBC: o Bob Harris Show e John Peel Radio Show.
Maiores detalhes sobre a vida e obra de Robin Trower, vocês encontrarão aqui mesmo neste blog na postagem de Robin Trower - Neptune Rising (1995), de 26 de junho de 2010.
ENJOY!
Complete BBC Sessions 1973-1975
This wonderful bootleg I found the blog of my friend Mike Patrick, aka SilentWay. The album features recordings of early Robin Trower solo career, during which he recorded three great albums: Twice Removed from Yesterday (1973), Bridge of Sighs (1974) and For Earth Below (1975), albums that would form the set list of Live! (1976). For many, including me, the best record of this spectacular English guitarist. Excellent quality soundboard recordings, taken from broadcasts of two renowned musical programs of the BBC: Bob Harris Show and John Peel Radio Show.
NOTES: Received these from a trader in the UK around 1992 that was affiliated with the BBC. He claims all were from his masters that he recorded himself, making them 1st gen. copies. Gklainer transferred these from the original cassettes to .wav files in 1998. Note that the set list from 1/28/75 is from the day before he recorded the BBC 1 Radio Live In Concert CD.
Em vez de ficar numa de horror nesta sexta-feira 13, vai lá no Next, Rua Rego Freitas 454 (São Paulo-SP) e se liga no jazz, funk e bossa do grupo Periscópio. No repertório clássicos de Thelonious Monk, Miles Davis, Tom Jobim, Weather Report, The Meters, Herbie Hancock...
Só 10 Reais de couvert artístico com direto a uma cerveja!
No início do mês passado faleceu o guitarrista Ronald Douglas Montrose (29 de novembro de 1947 – 3 de março de 2012), mais conhecido como Ronnie Montrose, um dos caras que mais tocava guitarra neste planeta, embora não fosse tão popular quanto Eric Clapton, Jeff Beck, Jimmy Page e outros da sua geração. Sem dúvida um injustiçado pela mídia. Tocava muito, ou melhor, tocava guitarra para caralho! Dividiu o palco com gente do naipe de Herbie Hancock, Van Morrison, Gary Wright, Tony Williams, os irmãos Johnny e Edgar Winter, entre outros. O fato me deixou um tanto chateado e confesso que até eu tinhas esquecido o quanto esse cara era bom. Não ouvia seus discos há muito tempo e a notícia da sua morte me fez limpar a poeira de antigas gravações para recordar sua música, hard rock de muita qualidade. A primeira vez que ouvi falar dessa cara foi no disco They Only Come Out at Night (1972), terceiro álbum de estúdio do Edgar Winter Group, aquele que tem um dos maiores hits da história do rock: "Frankenstein". Antes, acho que ele tocava com o Van Morrison e Boz Scaggs, não sei ao certo porque nunca me liguei muito no som desses dois aí.
Um ano depois ele já montou sua própria banda, Montrose, e lançou um disco homônimo matador, que só vim a conhecer anos depois do lançamento. O primeiro LP que eu comprei dele foi Open Fire (1978), o primeiro que ele lançou depois do fim do Montrose, um trabalho que estava super bem recomendado na época, mas confesso que não me agradou muito, era sofisticado demais para os ouvidos de um pré-adolescente como eu, ligado em Led Zeppelin e outros figurões do hard rock. Mas foi por causa do Open Fire que eu descobri o Montrose, onde ouvi a voz de Sammy Hagar (que mais tarde brilharia no Van Halen) pela primeira vez e me amarrei no disco, agora, o que eu curti mais ainda foram os discos piratas dessa época, gravados de duas sessões realizadas no famoso estúdio Record Plant, de São Francisco, em abril de 1973 e dezembro de 1974. É com eles que faço a minha homenagem a esse guitarrista monstruoso!
"Ronnnie me deu a primeira chance como compositor,
vocalista
e artista, sou eternamente grato a ele".
Sammy Hagar
RONNIE MONTROSE
Guitarist
Ronnie Montrose began his career as a backing musician, playing with Van
Morrison, Boz Scaggs, and Edgar Winter. He finally formed his own band in 1973.
Named after the guitarist, Montrose also featured vocalist Sammy Hagar, bassist
Bill Church, and drummer Denny Carmassi; they released their debut album in
1974, and Church was replaced by Alan Fitzgerald shortly after its release.
Released the following year, Paper Money confirmed the band's status as one of
the more popular hard rock acts of their era. However, Hagar was fired after
completing the Paper Money tour. Bob James replaced him and keyboardist Jim
Alcivar joined the band, yet Montrose's next two albums -- 1975's Warner
Brothers Presents Montrose and 1976's Jump on It -- were commercial failures.
Ronnie Montrose broke up the band after the release of Jump on It and began his
own solo career with the all-instrumental Open Fire (1978). Montrose then
formed another hard rock group, Gamma, which recorded three albums between 1979
and 1982. After they broke up in 1982, Montrose picked his solo career once
again. He released a rather low-key album, Territory, in 1983, following it
four years later in 1987 with the hard-rocking and impressive Mean (attributing
it to Gamma). The Speed of Sound appeared in 1988, with The Diva Station, a
semi-instrumental mesh of soul, pop, metal, and jazz, arriving in 1990.
Montrose began putting more of his time into production work, but continued to
release solo albums, including Mutatis Mutandis (1991), Music from Here (1994),
Mr. Bones (1996), Roll Over and Play Live (1999), and Bearings (1999), before
reuniting Gamma for a fourth Gamma album in 2000. Montrose continued his
production and session work, and would tour regularly over the last dozen years
of his life before finally losing his long battle with prostate cancer and
passing on March 3, 2012.
Muitas vezes penso em deixar o blog para lá, pois já não disponho do tempo necessário para me dedicar a ele, mas aí me lembro de algo legal que gostaria de compartilhar com os amigos e me animo a postar algo. A bola da vez é um show do mestre Frank realizado no Armadillo World Headquarters, em Austin, Texas; em 26 de outubro, de 1973. Para quem conhece a matéria sabe que a safra é excelente, na verdade os anos 70 é o meu período favorito. Vai de Burnt Weeny Sandwich (1970) a Joe's Garage: Acts II & III (1979) englobando uma série de lançamentos maravilhosos. Neste show eles arrebentam e, embora seja um bootleg, a qualidade sonora é excelente, sendo gravado diretamente da mesa de som.