Depois de passar um bom tempo usando esse blog para promover e lembrar da música alheia, resolvi aproveitar o espaço para me promover também, afinal, somos todos filhos de Deus! Mês passado foi o blues do MudWolf Groove na XVI Brooklinfest, agora vou atacar com meu grupo de música instrumental, o Periscópio, que mistura jazz, com bossa, funk e outras coisas mais dependendo da inspiração do momento.
Próxima quinta (10 de novembro) iniciamos uma temporada de apresentações no cabaré do espaço N.eX.T. (Núcleo Experimental de Teatro), R. Rego Freitas, 454 - Vila Buarque - São Paulo/SP. O Periscópio é formado por:
Caio Ferrari Martins - Guitarra
Sergio Basbaum - Guitarra
Carlos "Peri" Figueiredo - Bateria
Alberto "woody" Woodward - Baixo
Vou estrear uma nova banda de blues, o MudWolf Groove, será neste fim de semana, 22 e 23 de outubro, na XVI Brooklinfest. O horário é meio ingrato 11hs da manhã, mas se alguém estiver de bobeira neste sábado ou domingo, pinta lá que vai ser legal!
Rua Barão do Triunfo 427, bairro: Brookin. São Paulo-SP.
Uns dois meses atrás eu andei comprando uns DVDs do velho Frank. Me entusiasmei e resolvi buscar na internet mais informações sobre a filmografia do mestre, aproveitando para baixar umas coisinhas que descobri aqui e ali. Ao final da jornada constatei que já tinha comprado, praticamente, todos os lançamentos oficias disponíveis e baixados os principais bootlegs da praça, exceto um: John, Dam and Me. Um DVD pirata que trás as duas aparições do guitarrista no programa de TV “Saturday Night Live”, em 1976 e 78, e ainda um pedaço de uma apresentação em Estocolmo em 1973. Pronto! Fiquei meio que obcecado para ter o tal vídeo e saí buscando em tudo que é canto, de Amazon, até umas lojinhas na galeria do rock aqui em São Paulo. Para não dizer que não encontrei, achei numa loja na internet de um site japonês onde, no final das contas, a importação sairia cara demais para um tipo pouco afortunado como eu. Desesperado, adentrei nos mais suspeitos becos da grande teia, arriscando contrair algum vírus infernal, mas na esperança de que alguma alma tenha postado essa pérola. Foi em vão! Minha obsessão não era apenas por não possuir este DVD (afinal não se pode ter tudo), mas porque a década de 70, em especial esse período entre 1973 e 1978 é o meu favorito em toda carreira do mestre, 2envolve lançamentos de discos fantásticos como The Grand Wazoo (1973), Over-Nite Sensation (1973), Apostrophe (') (1974), One Size Fits All (1975), Bongo Fury (1975), Zoot Allures (1976), Zappa in New York (1978) e Studio Tan (1978). Fala sério!!
Bueno, já tinha desistido da bagaça quando num belo dia, absolutamente sem querer, me deparo com um sítio onde estava uma coleção de programas Saturday Night Life disponível para download, inclusive dos anos 76 e 78 com as aparições do velho Frank em performances magistrais. Fiquei tão feliz da vida que resolvi montar e postar uma versão do “John, Dam and Me” feita por mim, já que tinha a apresentação em Estocolmo de 1973. No entanto, quando estava editando me dei conta que nunca assisti o tal do “John, Dam and Me” para poder recriá-lo. Por isso optei por trocar o nome original para ”I Am The Slime From Your Video”, fazendo uma capa própria para esta versão totalmente editada por “Me, Myself and I”. Então tá! Fora isso, é isso aí! Espero que vocês gostem.
I Am The Slime From Your Video
This DVD is similar to “John, Dam and Me”, a bootleg that brings the two appearances of the guitarist in the "Saturday Night Live" TV show, respectively, in 1976 and 78, and still a bit of a gig in Stockholm in 1973.
O som desse grupo me agrada muito, existe desde 2000 e até acho estranho que não tenha um espaço maior na mídia. O curioso é que seus integrantes vêm de bandas renomadas, mais curioso ainda, é que eu não gosto dessas bandas, mas curto o Jelly Jam. O guitarrista e vocalista Ty Tabor vem do King's X; o baterista Rod Morgenstein, do The Dixie Dregs; e o baixista John Myung, do Dream Theater. No entanto, o som dos três juntos é bastante diferente dos seus grupos de origem. Embora rotulado de progressivo, eu não consigo enxergar dessa forma, nem como neo-prog, ou qualquer outra coisa associada com isso. O som é marcado por uma guitarra pulsante, meio hard, meio stoner e com influências psicodélicas, mas não o bastante para caracterizá-lo com progressivo, afinal, uma coisa não é, necessariamente, sinônimo da outra, portanto, prefiro classificá-lo simplesmente como rock, sem frescuras ou complicações.
Toda essa confusão está ligada à origem do grupo. Entre 1997 e 2000, esses mesmos caras, mais o tecladista Derek Sherinian (Dream Theater, Planet X, Yngwie Malmsteen... Atualmente no Black Country Communion) integravam o Platypus, este sim nitidamente neo-prog. Com a saída de Sherinian o som mudou, perdeu toda aquela sofisticação e lirismo proporcionados pelo teclado, ficando mais rude e pulsante. Nascia o Jelly Jam que, apesar de compartilhar com a banda que o gerou, ao mesmo tempo é um muito diferente. Já no primeiro disco homônimo, lançado em 2001, ficou claro que aquela sonoridade progressiva do Platypus era apenas uma alusão. Também não há mais os elementos de orientação jazzística que, ocasionalmente, se apresentam no Platypus. Mas eles ainda continuam na vertente dos anos 70, só que agora a música tende para o hard rock. Ao ouvir o disco você vai encontrar citações a Led Zeppelin, Whitesnake e, provavelmente, irá notar reflexos dos Beatles, Jimi Hendrix e até Rush dos anos 80. Também estão presentes tendências espaciais de coisas como Hawkwind, Ozric Tentacles, etc. O que não significa que o Jelly Jam não seja original. Porque são sim! Eles conseguem combinar todas as suas influências em uma “geléia” de sabor acentuado e bastante divertida.
Em 2002 o Jelly Jam, lançou seu segundo álbum, intitulado 2 (dois), pura e simplesmente. Apesar da singularidade do nome, podemos notar no disco que há uma preocupação maior com o lado comercial, com arranjos mais trabalhados e um certo polimento nas mixagens, felizmente, sem comprometer a qualidade. Ano passado eles voltaram ao estúdio para gravar um novo álbum, que deve sair este ano. Será que agora engrena?
Fonte: All Music Guide, Progarchives.com e The Jelly Jam web site
The Jelly Jam
The Jelly Jam is a three-piece rock band, consisting of Ty Tabor of King’s X on guitar and vocals, Rod Morgenstein of The Dixie Dregs and Winger on drums, and John Myung of Dream Theater on bass. Along with keyboardist Derek Sherinian, Tabor, Morgenstein, and Myung previously collaborated under the name Platypus. Their self-titled debut album, The Jelly Jam, was released by InsideOut Music in 2002. Their second album, 2, followed in 2004. In 2010 the band returned to the studio to record Shall We Descend. This full length recording is slated for a 2011 release. Also in 2010 the band released the special bonus package, Additives.
Gente, é foda e ninguém se incomoda! Nos últimos dias ando sem tempo até para soltar pum e com uma preguiça danada de pesquisar e escrever. Como não gosto de postar discos sem comentar, fiquei devendo umas postagens, aí para não deixar uma lacuna muito grande, resolvi postar o Chad Wackerman na esperança de encontrar alguma informação pronta que eu pudesse anexar (dando o devido crédito é claro!), imaginando que seria fácil já que se trata de um “monstro” das baquetas. Mas ô paísinho de merda este nosso, no que se refere à informação musical!! Deve ser por isso que ficamos sujeitos ao lixo vomitado pela indústria musical, pois vivemos em total ignorância e a mercê do que nos é imposto pela mídia manipuladora. Porque não achei uma vírgula significativa escrita sobre o cara em nosso idioma, você encontra uma porrada de coisas em inglês, além de espanhol, francês, italiano, alemão e, se vacilar, até em grego, mas em português, necas! Por isso mesmo alguns devem estar se perguntando: mas quem é esse tal de Chad Wackerman, afinal? Pois é meus amigos, trata-se apenas de um dos melhores bateristas vivos do planeta, infelizmente, não muito conhecido por essas paragens. Numa recente lista dos 100 melhores do mundo, publicada pela revista Rollins Stones, ele aparece na vigésima primeira colocação, a frente de muita gente boa como Mitch Mitchell (Jimi Hendrix Experience), Virgil Donati (Planet X), Ansley Dunbar (Jeff Beck, Whitesnake), Mike Shrieve (Santana), Billy Cobham (Mahavishnu Orchestra) e outros. No entanto, para os fãs de Frank Zappa, Chad não é assim tão desconhecido, pois tocou com o mestre do início anos oitenta até as últimas turnês, antes de falecer em novembro de 1993. Em 1984, quando Zappa resolveu relançar em CD os discos Absolutely Free (1967), Cruising with Ruben & the Jets (1968), We're Only In It For The Money (1967) e Sleep Dirt (1979), insatisfeito com a qualidade sonora das primeiras gravações, chamou Chad para regravar as linhas de bateria. Aliás, convém lembrar para quem tem esses LPs, que os guardem a sete chaves, pois a versão original nunca foi relançada oficialmente em CD.
A primeira vez que vi Chad em ação foi no VHS (hoje disponível em DVD) Does Humor Belong In Music que trás imagens da apresentação de Frank Zappa no The Pier, de Nova Iorque, em 26 de agosto de 1984. Confesso que fiquei impressionado com aquele magrelo com cara de nerd, extremamente discreto no meio de um bando de malucos, tocando bateria com uma incrível leveza, flexibilidade e versatilidade, um estilo muito diferente do seu antecessor, Terry Bozzio, mas igualmente virtuoso. Quem tiver a oportunidade de assistir esse DVD, preste atenção no desempenho de Chad e vejam se não tenho razão.
Chad em ação no show "Does Humor Belong In Music", de Frank Zappa. Destaque para a brilhante interpretação de Bobby Martin para o clássico "Whipping Post" do Allman Brothers Band.
Americano de Long Beach, Califórnia, Chad nasceu em 25 de março de 1960 numa família de músicos onde a bateria era o instrumento da casa, pois seu pai é baterista e um premiado professor de música, lecionando tanto no ensino médio como no superior, com especialização em jazz. Ele e seus irmãos, John e Brooks Wackerman são todos bateristas proficientes e multi-instrumentistas. Sendo assim, não poderia dar outra, Chad se transformou em um fenomenal baterista de rock, jazz e, obviamente, jazz fusion. Sua trajetória como profissional se inicia em 1978 quando se uniu à banda do trombonista de jazz Bill Watrous, três anos depois, já estava no grupo de Frank Zappa onde ganhou notoriedade.
O começo da sua história com Zappa, segue contada pelo próprio baterista:
Em 1981 Kevin Brandon, um baixista amigo meu, me ligou dizendo: “estive ontem numa audição na casa de Frank Zappa, ele está procurando por um baixista e um baterista. Aqui está o número dele”. Em princípio pensei que seria inútil, ele não iria me escolher. Até que, comentei com outro amigo que me disse que eu deveria ir à audição, pelo menos eu teria uma história engraçada para contar. Pensei a respeito e percebi que não tinha nada a perder. Liguei para Frank dizendo que era baterista, morava em Los Angeles e estava interessado em fazer a audição para a banda. Ele perguntou: “você lê partitura?” Eu disse que sim, então ele retrucou: “você é um bom leitor ou um leitor fenomenal?” Sem saber muito o quê dizer, eu lhe respondi que tinha alguma experiência com música de percussão para orquestra, big band e sessões de estúdio, não havia lido as suas partituras, mas conhecia a reputação da música dele e que o material deveria ser complicado. Ele me passou o endereço e perguntou se eu poderia está lá em uma hora. Catei minhas coisas e me dirigi à casa de Frank. Ao chegar em frente ao local, a primeira pessoa que vi e reconheci foi Steve Vai, ele me apresentou dois outros músicos da banda – Ed Mann e Tommy Mars.
Ouvi um par de audições rápidas de bateria, então foi a minha vez. As peças escolhidas foram Alien Orifice (gravada em Make a Jazz Noise Here – 1991); uma parte de interlúdio em estilo clássico de Drowning Witch (Ship Arriving Too Late to Save a Drowning Witch – 1982), e Mo 'n Herb's Vacation (London Symphony Orchestra, Vol. 1 – 1983), sem dúvida uma das suas composições mais difíceis para bateria. A próxima etapa do teste foi tocar em compassos ímpares. Nós tocamos em 21/16 e 19/8. Os outros caras da banda eram extremamente seguros nisso e ficamos nesses grooves por um tempão. Na seqüência, Frank me fez tocar em todos os estilos imagináveis: heavy metal, swing, funk, rock estilo New Orleans (ele chamava isso de Delta groove), umas coisas meio Weather Report, latino, swing reggae, straight reggae, ska, punk... Depois, Frank pegou sua guitarra e executou várias levada de rock, com solos, riffs e começamos a improvisar. Terminada a minha audição, Frank me deu algumas músicas para estudar em casa e pediu para que eu voltasse nos próximos dois dias.
No final do terceiro dia, fui para casa e, de noite, recebi um telefonema dele dizendo que fez uma reunião com a banda e decidiram me dar a vaga. Isso significava três meses de ensaios, cinco a seis dias por semana, oito horas por dia. Frank tinha cerca de 80 canções que eu teria de memorizar e os arranjos eram alterados regularmente. A turnê duraria cerca de três meses, passando pelos EUA e pela Europa. Então ele me perguntou se eu estava interessado. Respondi que sim, claro! Na manhã seguinte fui para casa dele pegar uma pilha de músicas e álbuns para iniciar a memorização, os ensaios começariam em duas semanas. No final das contas, ele disse que resolveu me dar a oportunidade, porque gostou do meu feeling.
Chad e Terry Bozzio em apresentação conjunta, dois estilos distintos: o primeiro é super discreto, enquanto Bozzio é mais espalhafatoso. Dois gigantes da bateria.
Assim, Chad pegou a vaga e permaneceu na banda por sete anos, de 1981 a 1988. Ganhar e manter um lugar no grupo de Zappa não era fácil; ele exigia altos padrões musicais e impunha uma rigorosa disciplina nos ensaios e nas turnês. Chad foi o último baterista a trabalhar com Frank Zappa em turnês, pois depois de 88 ele não fez mais nenhuma, embora continuasse a lançar discos. Segundo Steve Vai ele, também, foi um dos três únicos bateristas que, ao longo da carreira de Zappa, conseguiu reproduzir com êxito as músicas "Mo 'n Herb's Vacation " e "The Black Page", consideradas excepcionalmente difíceis. Os outros dois foram: Terry Bozzio e Vinnie Colaiuta.
De lá para cá, Wackerman passou a tocar com o guitarrista Allan Holdsworth com quem gravou uma série de álbuns, além de trabalhar em estúdio com vários outros artistas, gente como Steve Vai, Andy Summers, Men at Work, Ed Mann, Albert Lee, Colin Hay, Dweezil Zappa, Tom Grant, e até mesmo Barbra Streisand. É mole! Viajou pelo mundo acompanhando James Taylor, John Patitucci, Joe Sample, e outro ex- cupincha de Frank Zappa, o grande Terry Bozzio. Chad ainda encontrou tempo em sua agenda lotada para lançar, esporadicamente, alguns álbuns solo - Forty Reasons (1991), The View (1993), Scream (2000) e Legs Eleven (2004). Todos eles bons discos, com momentos brilhantes e outros nem tanto assim, deixando evidente que o negócio dele é muito mais acompanhar outros músicos, do que a carreira solo. Quando sobra um tempinho, costuma ministrar algumas clínicas de bateria mundo afora, chegando a publicar um livro de estudos chamado “Double Hi Hat Exercises for the Contemporary Drummer”. Chad viveu na Austrália por dez anos, entre 1995 e 2005. Devido às mudanças no cenário musical australiano e um aumento de shows nos Estados Unidos, Ele decidiu voltar para a Califórnia em julho de 2005.
Fonte: Wikepedia, All Music Guide e Site oficial de Chad Wakerman.
Chad se apresentado com Allan Holdsworth em 2007, no Yoshi's, um misto de jazz club e restaurante japonês, localizado em Oakland, Califórnia.
CHAD WACKERMAN
Chad Wackerman born March 25, 1960 in Long Beach, California, is a jazz, jazz fusion and rock drummer; raised in Seal Beach, California, in a family immersed in music. His father, a drummer, is an award-winning music teacher who has taught at both high school and middle school levels with a specialization in jazz. Chad and his brothers, John, and Brooks Wackerman are all proficient drummers and multi-instrumentalists. Wackerman joined the Bill Watrous band in 1978 and later went on to work with Frank Zappa for seven years, from 1981 to 1988. Gaining and keeping a place in Zappa's band was not easy; Zappa demanded high musical standards and imposed exacting discipline in rehearsal and on tour.
Get a spot in Frank Zappa's band was very hard, the auditions were grueling, as Wackerman wrote in your web site:
"In 1981 a bass player friend of mine, Kevin Brandon, called me and said, "I just spent yesterday at Frank Zappa's house auditioning for his band. Here's his number, Frank's looking for a bass player and drummer". I first thought that it would be pointless, that I wouldn't get the gig. It wasn't until I spoke with Jim Cox who said I had to go and audition, because I'd get a funny story out of it. I thought it over and realized that I had nothing to lose. I called Frank and spoke to him, telling him that I was a drummer who lived in L.A. and was interested in auditioning for the band. He said "Do you read"? I told him I did, then he said "Are you a good reader or are you a phenomenal reader?". Not knowing quite what to say, I told him I had experience in percussion ensemble music, big band, session work etc, but I hadn't seen his notation, although the reputation of his music was that it was complicated stuff. He gave me his address and asked if could I be there in an hour. I packed up my drums and drove up to Frank's house. I was let in the gate and the first person I saw and met was Steve Vai. Steve introduced me to the other core members of that tour - Ed Mann and Tommy Mars.
I heard a couple of quick drum auditions, then it was my turn. The pieces he auditioned on were Alien Orifice, Drowning Witch (the classical interlude part). Mo and Herb's Vacation- (which is arguably the most difficult drum part of his compositions). After somehow getting through the music - (all of the drums were written classical style, bass drum, snare, 4 toms, ride, crash, hi hat, china cymbal, 3 roto toms castanets, cowbell). All of the drums had their own respective lines written on the staff. Some rhythms were comprised of polyrhythms nested in other polyrhythms, and all of the music was beautifully copied. The next stage of the audition was playing in odd time signatures. We played in 21/16 and 19/8. The other guys in the band were extremely solid on this stuff, and we played these grooves for a long period of time. Frank then had me play in just about every style imaginable; heavy metal, swing, funk, New Orleans style rock (he called it a Delta groove), a Weather Report type feel, Latin styles, Swing Reggae, Straight Reggae, Ska, punk...Then it was combining an odd time and a Ska feel or a Reggae feel... After this Frank put on his guitar and played various rock feels, solos, riffs and we began to improvise off of certain feels. This ended day one of my audition. Frank had me return for the next two days for more playing - I got to take home some of the music and we basically just did lots and lots of playing.
At the end of the third day, I went home and got a call that night from Frank saying that he just had a meeting with the band , and they had decided to offer me the gig. This meant 3 months of rehearsal 5 to 6 days a week, 8 hours a day. Frank had about 80 songs that we were to memorize, and arrangements changed regularly. The tour was 3 months in the US and Europe. He then asked me if I was interested in the gig! (I answered yes of course). I was to go to his house the next morning to pick up a stack of music and entire albums to start memorizing, as rehearsals started in 2 weeks. He then said that I got the gig because he liked my feel."
In 1983, he toured, but did not record, with Australian rock act Men at Work. Wackerman played on the One Voice album and video with Barbra Streisand. He has also recorded albums and toured with artists such as Allan Holdsworth, Steve Vai, Andy Summers, Ed Mann, Albert Lee, Colin Hay, Dweezil Zappa and Tom Grant. Chad was also the drummer for the house band on the first Dennis Miller late night talk show. Chad has also toured with James Taylor, best friends Mark Linn-Baker and Larry Sweeney, John Patitucci and Joe Sample, as well as fellow Zappa drummer Terry Bozzio in a series of all-percussion concerts. Chad lived in Australia for ten years between 1995 and 2005. Due to changes in the music scene in Australia and an increase in gigs in the United States, Chad decided to move back to California in July, 2005.
Sempre gostei de música ambiente, um gosto que remonta a minha infância, eu estudava semi-interno no Colégio de São Bento, lá no centro de São Paulo e saindo da escola eu ia para a rua XV de Novembro onde ficava o escritório do meu pai, esperar o dia dele terminar para irmos juntos para casa. O escritório era de uma importante corretora da Bolsa de Valores e tudo era muito chique por ali, móveis bacanas, quadros caros nas paredes e um sistema de som interno que tocava música até nos elevadores. O som era tipo jazz ou música brasileira instrumental, tocada de forma calma e descontraída, mais tarde isso passaria a se chamar de Smooth Jazz ou coisa assim, mas na época, diziam que o nome daquilo era Muzak, no popular: música de elevador, por referir-se a um estilo com arranjos instrumentais bem suaves, destinados para tocar em escritórios, lojas de departamento, aeroportos, salas de espera e, obviamente, elevadores e afins. Algumas legais e outras eram, realmente, o que os ingleses costumam chamar de “pain in the ass”, em português seria “um pé no saco”, mas prefiro usar o termo britânico, porque, a meu ver, uma dor no cu incomoda muuuito mais que um pé no saco, é claro que há controvérsias, mas não vamos entrar nessa ceara! Na verdade, não era um som envolvente, somente algo para servir de pano de fundo ao invés do silêncio. Mas isso mudaria a partir do final dos anos 70, quando um maluco genial chamado Brian Eno desenvolveu um projeto experimental voltado para a música ambiental, convenientemente chamado de Ambient. O primeiro dele foi justamente Ambient 1: Music for Airports (1978), seguido por Ambient 2: Plateaux of Mirror (com Harold Budd - 1980); Ambient 3: Day of Radiance (com Laraaji - 1980); Ambient 4: On Land (1982). Creio que, a partir de então, ficou estipulando o nome Ambient para esse tipo de música, embora o próprio Eno já tivesse feito um trabalho neste estilo anteriormente chamado Discreet Music, em 1975. Então, deduzimos que Ambient é a evolução do Muzak, no entanto, contudo e porém, a origem de tudo é bem mais antiga do que isso. Não sou nenhum doutor, professor ou expert da história da música, mas a coisa mais ancestral que ouvi, similar a isso, está na obra de Frédéric Chopin (1810-1849), seus 12 noturnos para piano. Que, por sua vez, devem ter influenciado o grande Erik Satie (1866-1925) na criação de “Gymnopédies” e “Gnossiennes”, duas obras primas da música universal, que arrisco chamar de raízes da Ambient Music. Daí, até chegarmos a Eno, passamos por John Cage (não confundir com John Cale do Velvet Underground), Karlheinz Stockhausen, György Ligeti, John Chowning, o trio Cluster (Hans-Joachim Roedelius, Dieter Moebius a Conny Plank) e outros que me fogem a memória, mas creio que esses são os principais nomes envolvidos no processo de criação deste modo musical. Esses caras, embora de bagagem erudita, foram pioneiros da música eletrônica e tiveram forte influência em Brian Eno, que, para quem ainda não se tocou, ou não sabe, é aquele mesmo Brian Eno do Roxy Music, produtor do Talking Heads, David Bowie, U2 e um dos profissionais mais respeitados e solicitado da atualidade.
Atmosphères de György Ligeti, serviu de trilha para o filme "2001: Uma Odisseia no Espaço", de Stanley Kubrick, e de inspiração para Brian Eno no desenvolvimento do seu trabalho de música ambiental
O uso da eletrônica foi importante na evolução da Música Ambiental, ao ampliar o espaço sonoro para além dos atributos musicais clássicos (ritmo, melodia e harmonia), destacando o timbre, sobre o qual poderia atuar de forma mais abrangente, graças à possibilidade de multiplicar os sons produzidos pelos instrumentos tradicionais. Por outro lado, esse recurso também foi meio responsável pela banalização da coisa. Praticamente ao mesmo tempo em que surgiu o termo Ambient Music, apareceu o rótulo New Age. O que distingue uma coisa da outra? Eu não saberia dizer ao certo, pois muitas vezes um artista de Ambient é caracterizado como New Age e vice-versa. Mas tenho uma forte teoria: o brega. New Age parece estar ligado mais à meditação, mantras, fadas, cristais e ao mundo espiritual. E muitas vezes, graças aos recursos eletrônicos, a gente chega a duvidar da capacidade musical do intérprete, que parece estar mais apertando botões do que tocando música. Sem falar no ambíguo gosto das capas dos álbuns que, de maneira geral, são sempre as mesmas (cosmos, paisagens surreais, gnomos...) onde só mudam o título. Eu diria que New Age é uma forma comercial de Ambient Music. Pois venhamos e convenhamos que este não é um tipo de música fácil de se vender. Aí, muita gente tende para o lado de fadas, cristais, mantras e naturebas, como apelo comercial, acabam banalizado a coisa e abrindo brechas para um monte de charlatões, ofuscando, pelo preconceito, trabalhos sérios como Ambient 1: Music for Airports, praticamente todo construído com recursos eletrônicos.
Felizmente há quem saiba separar o joio do trigo, o grupo Bang On A Can é um desses. De fato, é muito mais que um grupo, trata-se de uma organização multi-facetada de música clássica, baseada em Nova York. Foi fundada em 1987 por três compositores americanos que continuam como seus diretores artísticos: Julia Wolfe, David Lang e Michael Gordon. É uma força importante na apresentação da nova música de concerto, e apresentou centenas de eventos musicais em todo o mundo. Reconhecendo o valor da Ambient Music, eles resolveram fazer uma homenagem a Brian Eno, em celebração ao vigésimo aniversário de Ambient 1: Music for Airports, recriando a obra e tomando o cuidado para reproduzir os originais de Eno exatamente como são, de forma que cada peça está, precisamente, do mesmo tamanho que a original. Para dar mais peso a este tributo, saíram numa turnê mundial que encantou auditivamente fãs e artistas da música ambiental em todo planeta.
A matéria publicada por André Gomes, no Bodyspace.net, em fevereiro de 2007, por ocasião da apresentação do Bang On A Can, no Porto, em Portugal, ilustra muito bem o efeito causado pela execução da obra.
Quando em 1978 publicou Ambient 1 – Music for Airports, Brian Eno afirmou no booklet do disco que a música ambiental deveria ser capaz de acomodar muitos níveis de atenção auditiva sem forçar nenhum em particular. Disse também que a música ambiental deve ser tão ignorável quanto interessante. De facto, Ambient 1 – Music for Airports, que chegou a ser apresentado como instalação no Marine Air Terminal do aeroporto de LaGuardia, em Nova Iorque, cumpre todos esses requisitos; é cativante mas não aprisiona; é ao mesmo tempo um disco desafiante e de fácil e rápida fruição; belo e inserido numa realidade concreta, num ambiente especifico.
Movido pela admiração ao trabalho de Brian Eno, há alguns anos atrás, o grupo nova-iorquino, Bang on a Can, ligado por cordão umbilical a um festival com o mesmo nome, tratou de transpor Ambient 1 – Music for Airports para ser tocado ao vivo por uma orquestra. O resultado foi uma digressão e um disco lançado em 1997 pela Point Music. O trabalho dos nova-iorquinos levou a o próprio Brian Eno a afirmar que Ambient 1 – Music for Airports tinha crescido e se tornado num ser completo – apesar das vozes que acham que a intervenção do Bang on a Can vai contra a própria idéia da música ambiental.
A apresentação de Ambient 1 – Music for Airports ... ...começou por volta das 23:00 com a execuçãor “1/1”, tema composto por Brian Eno, por Robert Wyatt e Rhett Davies. Na peça dominam os sons do piano (que se repetem) e toda uma ambiência que é criada respeitando sempre o silêncio e as pausas. A interpretação dos Bang on a Can mostrou-se desde logo respeitosa e sublime. Os seis músicos em palco tinham a matéria bem estudada – não é à toa que o San Francisco Chronicle lhes chamou “o veículo de música contemporânea mais importante do país”... ...A representação dos Bang on a Can da obra fundamental de Brian Eno nunca se limitou a imitações; antes, partiu dela para, como disse e reconheceu Brian Eno, lhe dar uma outra vida, uma outra dimensão, distinta mas não necessariamente contraditória. Mais do que no bis (que não impressionou especialmente), a primeira parte de interpretação de Ambient 1 – Music for Airports teve momentos verdadeiramente sublimes. Por André Gomes, no Bodyspace.net
Está aí, meus caros, tudo que podia ser dito sobre a obra, seu estilo e sua criação, agora ouçam as duas interpretações e confirmem que a música, diz muito mais por si só, do que mil palavras. Agora, apertem os cintos e boa viagem!
Ambient 1, Music For Airports
Bang On A Can - Brian Eno's Music For Airports [2009]
When the innovative classical ensemble Bang on a Can All-Stars released its version of Ambient music forefather Brian Eno's seminal Music for Airports (Virgin/Astralwerks, 1978) on POINT Music in 1998, it demonstrated how a composition seemingly far removed from the classical sphere could be absorbed into the legitimate canon. And although the studio version is already ten years old, the suite has remained an active part of the group's repertoire, performed as recently as last year at the Bang on a Can Marathon in New York City. With Music for Airports (Live) this unconventional chamber group has delivered a concert rendition of Eno's masterwork to pair with their studio performance; in doing so, clarinetist Evan Ziporyn and BoaC artistic directors Michael Gordon, David Lang and Julia Wolfe have turned Eno's premeditated artistry into something more interpretive and interactive, albeit in decidedly subtle ways. That Eno created much of this experimental music with loops of varying lengths—the end result being a happy blend of coincidence and confluence—make BoaC's live arrangements all the more intriguing.
Eno's original intent with Music for Airports—and subsequent ambient recordings—was to create music of an almost subliminal nature. It offered listeners a relaxing sonic backdrop, a serene alternative to the stimulating music often played in airports, where stress levels already run high and stimulation is the last thing people need. It was music to be felt, more than heard.
While it's easy to lay back and get lost in BoaC's live performance of the piece's four sections, the group has made the listening experience more actively engaging, especially on Ziporyn's arrangement of "2/2," where there's an improvisational component and a gradual, dramatic build-up that's in understated contrast to Eno's less invasive original. Gordon's painstaking arrangement of the suite's most well-known section, "1/1," combines the ensemble's unorthodox instrumentation—cello, clarinet, guitar, percussion, piano/keyboards and bass—with sampled voices, creating a more expansive (but equally calming) soundscape.
Sampled voices also drive "1/2," but Lang's arrangement introduces the other instruments so gradually that its unhurried unfolding and slowly shifting textures offer surprises without losing the piece's inherently tranquil stasis. Wolfe's reworking of "2/1" make guitar and a variety of chime-like sounds behave in an almost call-and-response fashion.
The differences between BoaC's studio version and this live recording are certainly unobtrusive. With the exception of the improvisatory "2/2," it's more about nuance and delicate interpretation of phrase than vivid, definitive re-creation. But if the studio album proved that Eno's ambient music can could be scored as contemporary chamber music, then Music for Airports (Live) reveals it to be no different than any classical piece that receives multiple readings. The differences in interpretation across the versions may be rarified, but they're genuine differences nonetheless, and make Music for Airports (Live) a worthwhile adjunct to Bang on a Can's fine studio recording.
By John Kelman (All About Jazz - published: February 10, 2008)
Atendendo a minha súplica no post anterior, o blog Only Good Song gentilmente enviou um link para o mais recente trabalho de Jeff Babko, lançado em maio de 2007. Talvez, por gravar tão poucos discos e espaçados por um longo período, um disco de Babko nunca soa parecido com o outro, como se o artista quisesse sempre mostrar um lado diferente da sua faceta musical a cada trabalho. Em Mondo Trio, tudo está muito mais solto e experimental do que em Broject, em alguns momentos chega até a me lembrar um pouco do rock progressivo do Emerson Lake & Palmer. A resenha de Milkowski Bill que encontrei no site da gravadora AbstractLogix ilustra bem a situação:
Mondo Trio é essencialmente, um veículo experimental que permite a Jeff Babko mergulhar em alguns dos aspectos mais subversivos da sua musicalidade multifacetada, este trio renegado é também uma boa vitrine para o baterista Vinnie Colaiuta, que, como numa vingança, está totalmente solto sobre as nove faixas, e, ao mesmo tempo, uma audaciosa aventura para o saxofonista Jeff Coffin, do Bela Fleck and the Flecktones. Juntas, essas três forças musicais altamente criativas, conduzem um pacote musical de fusion, funk e jazz organ trio como num processo de purificação, obtendo resultados cintilantes.
"Esta banda representa uma libertação para mim ", diz o tecladista talentoso que aprendeu a tocar com formação clássica aos cinco anos de idade, para mais se formar em jazz pela Universidade de Miami. "É muito diferente para nós. Não temos a oportunidade tocar esse tipo de música em nossos contidianos profissionais, mas realmente nos divertimos fazendo isso. "
O som da bateria de Vinnie está muito presente na mistura musical ao longo do Mondo Trio, aterrando a sessão com uma autoridade retumbante. Como Babko explica: "Isso é coisa do engenheiro Niko Bolas. Ele trabalha gravando, principalmente, artistas de rock como Neil Young e Keith Richards. Ao ponto de poder ser considerado um produtor de rock, Niko conhece muito bem o Vinnie e tem trabalhado com ele há anos. Então eu sabia que obteria um bom som da sua bateria neste projeto. Antes de começarmos, dissemos a ele: Nós não queremos que isso seja uma gravação segura. Não queremos uma viajem muito jazzística, conduzida ao som do prato. Vamos deixar que seja bruto e capturar a energia ao vivo da sessão. E eu sabia que, dada a atitude de Niko e de onde ele vem sonoramente, que seria capaz de conseguir isso. Um monte de gente pode querer ter a bateria desempenhando um papel mais de apoio, mas aqui são realmente três vozes iguais. "
Essas três vozes, combinam uma explosão retumbante de energia cinética, causada por músicos inspirados dentro de uma volátil jam orientada a La Mondo Trio.
Essentially an experimental vehicle allowing Jeff Babko to delve into some of the more subversive aspects of his multi-faceted musicality, this renegade trio offering is also a brilliant showcase for all-world drummer Vinnie Colaiuta, who is turned loose on these nine tracks with a vengeance, and also for the audaciously adventurous saxophonist Jeff Coffin [Bela Fleck and the Flecktones]. Together these three highly creative musical forces push the envelope on funk, fusion and organ trio jazz originals with some cathartic, scintillating results.
This band represents a release for me," says gifted keyboardist who began classical training at age five and later studied jazz at the University of Miami. "It's so different for us. We don't get a chance to play this kind of music in each of our commercial situations but we really had fun doing it."
The sound of Vinnie's drums is very present in the mix throughout Mondo Trio, grounding the session with resounding authority. As Babko explains, "That comes from the engineer, Niko Bolas. He works on mostly rock records by people like Neil Young and Keith Richards. He would be considered a rock producer but he knows Vinnie real well and has worked with Vinnie for years. And so I knew he would get a great sound on his drums for this project. Initially we told him, 'We don't want this to be a safe recording. We don't want a pretty sounding jazz ride cymbal sound. Let's get it to be raw and let's capture the live energy of the session.' And I knew that given Niko's attitude and where he comes from sonically, he would be able to get that. And a lot of guys might want to have the drums play a more supportive role, but here it's really three equal voices."
Those three voices combine for one resounding burst of kinetic energy and inspired playing on the volatile jam-oriented Mondo Trio By Milkowski Bill, from AbstractLogix