Mostrando postagens com marcador Jazz. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jazz. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Martinez - Martinez [2009]



Esta é uma banda fundada pelo meu amigo guitarrista Rafael Martinez em 2008 e por isso alguém pode até pensar: só está aqui porque é um camarada dando uma força para outro. O que não deixa de ser verdade. Afinal, se a gente não puder contar com a ajuda dos amigos, vai contar com ajuda de quem? Dos inimigos?  Mas engana-se quem acha que este é o principal motivo. Estão postados aqui porque fazem um som de primeiríssima qualidade deixando muita bandinha gringa no chinelo. Infelizmente na “terra brasilis” as coisas não são nada fáceis para quem escolhe trilhar pelos caminhos da música instrumental.







Rafael iniciou o projeto em 2003, juntamente com Nandinho Thomaz na bateria e Daniel Xingu no baixo. Em 2007, incorporou a cozinha original, e no mesmo ano formou o atual quarteto, com o vibrafonista Beto Montag. O som é definido por eles como uma fusão de jazz, funk, gipsy, boogaloo e rock. As referências são variadas e vão desde Wes Montgomery, Grant Green, John Scofield, Herbie Hancock, Eumir Deodato, Miles Davis, Kenny Burrell, Jimi Hendrix, Frank Zappa, Jeff Beck até o rock experimental dos grupos Radiohead, Can e Tortoise.






A primeira faixa do disco, “Emanuelle” tem uma pegada mood extremamente agradável com fraseados de guitarra a la Wes Montgomery. Já “50 Reais”, a segunda faixa, mantém essa maciota, mas numa levada mais funk, uma característica marcante do grupo. Depois vem “Chinês de Bicicleta” e o clima mood, dá lugar a um animado boogaloo daqueles de fazer a gente ficar batendo o pezinho.  Enfim, é disco para se ouvir de cabo a rabo sem cair no marasmo, a única coisa ruim é ser curto, apenas 37 minutos, deixando um gostinho de quero mais. O álbum é a consolidação de seis anos de entrosamento e experimentações musicais. O novo disco, intitulado 2012, está sendo lançado este ano.






Para assistir uma apresentação do Martinez é só ficar antenado nos espaços de música alternativa de São Paulo, eles costumam tocar no SESC, em alguns projetos da Trama, e bares como Tapas e Bar B. O repertório dos shows, além das músicas que estão nos CDs, é completado com releituras jazzísticas de clássicos do cancioneiro nacional e internacional.  Apesar dos registros em CD, a apresentação ao vivo continua sendo única, graças à maestria e liberdade de improvisação de cada músico integrante do conjunto e de seus convidados especiais. Um exemplo disso é a releitura que a banda faz da obra clássica de Richard Strauss “Also Sprach Zarathustra”.


Martinez - Martinez [2009]


Founded by guitarist Rafael Martinez in 2008, the band features Bob Montag, on vibraphone, marimba and percussion, Daniel Xingu, on bass, and Nandinho Thomas on drums. The quartet's sound is a fusion of jazz, funk, gypsy, rock and boogaloo. The show's repertoire brings issues by Rafael Martinez, complete with classic jazz reinterpretations and Brazilian music. This album is the consolidation of six years of experience and the references are varied from Wes Montgomery, Grant Green, John Scofield, HerbieHancock, Eumir Deodato, Miles Davis, Kenny Burrell, Jimi Hendrix, Frank Zappa, JeffBeck to the experimental rock group Radiohead, Can and Tortoise.




[ * ]

Esta Sexta Tem Periscópio no Next!






Jazz - Bossa - Funk
Música Instruental

terça-feira, 10 de abril de 2012

Sexta 13 com o Jazz do Periscópio no Next

Em vez de ficar numa de horror nesta sexta-feira 13, vai lá no Next, Rua Rego Freitas 454 (São Paulo-SP) e se liga no jazz, funk e bossa do grupo Periscópio. No repertório clássicos de Thelonious Monk, Miles Davis, Tom Jobim, Weather Report, The Meters, Herbie Hancock...




 Só 10 Reais de couvert artístico com direto a uma cerveja!


sexta-feira, 6 de abril de 2012

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Just Friends by Periscópio


Apresentação do Periscópio em 10 de dezembro do ano passado. Para quem ficou curioso sobre.
By the way, eu sou o baixista.





Esp p dir - Caio Martins guitarra, Alberto Woodward baixo, Carlos "Peri" Figueiredo bateria, Sergio Basbaum, guitarra.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Periscópio no N.eX.T.



Depois de passar um bom tempo usando esse blog para promover e lembrar da música alheia, resolvi aproveitar o espaço para me promover também, afinal, somos todos filhos de Deus! Mês passado foi o blues do MudWolf Groove na XVI Brooklinfest, agora vou atacar com meu grupo de música instrumental, o Periscópio, que mistura jazz, com bossa, funk e outras coisas mais dependendo da inspiração do momento. 


Próxima quinta (10 de novembro) iniciamos uma temporada de apresentações no cabaré do espaço N.eX.T. (Núcleo Experimental de Teatro), R. Rego Freitas, 454 - Vila Buarque - São Paulo/SP. O Periscópio é formado por: Caio Ferrari Martins - Guitarra Sergio Basbaum - Guitarra Carlos "Peri" Figueiredo - Bateria Alberto "woody" Woodward - Baixo




terça-feira, 9 de novembro de 2010

Dave Brubeck at the Kennedy Center Honors 2009



Uauu! Vejam só essa homenagem ao grande Dave Brubeck!
Esqueçam os Obamas, prestem atenção no baixista Christian McBride, fodão, é um dos meus favoritos! Jon Faddis tambem está arrebentando no trompete.

Na platéia dá para notar entre outros Ben Harper e Eddie Vedder e ao lado do mestre vemos Robert De Niro. Público seleto! Agora, o ápice é quando apresentam o Brubeck Brothers: Darius (piano), Chris (trombone), Matthew (cello) em grande performance, e Dan (bateria). A expressão de Dave é nitidamente de emoção e surpresa. Um momento mágico da música universal!!







Dave Brubeck at the Kennedy Center Honors 2009
By Michael J. West (JazzTimes 12/07/09)


It’s only once in a blue moon that the Kennedy Center Honors, the Washington institution’s annual lifetime achievement awards for American performing arts, salutes a jazz musician. The last instance was in 1996, when Benny Carter was honored—and that, allegedly, took President Clinton’s intervention, since the revered-in-jazz Carter was unknown to most of America. This year, however, the Kennedy Center found that rare overlap of genuine innovation and popular acclaim in Dave Brubeck. The pianist and composer was feted in Washington on Dec. 6, his 89th birthday, at a ceremony (taped by CBS for broadcast) attended by a cross-section of Hollywood royalty and D.C. power players including President and Mrs. Obama, Vice President Biden and House Speaker Pelosi.

Brubeck was part of a five-person honor roll that also included rocker Bruce Springsteen, opera diva Grace Bumbry, comedian and film director Mel Brooks and actor Robert De Niro. The tribute to Brubeck was the evening’s second (after De Niro’s), with a presentation anchored by fellow pianist Herbie Hancock... ...After a short film celebrating Brubeck’s life and work, from his father’s California ranch to his quartet with Paul Desmond to his elder statesmanship, mistress of ceremonies Caroline Kennedy Schlossberg took the stage to announce an all-star musical tribute: a quintet featuring trumpeter Jon Faddis, altoist Miguel Zenón, pianist Bill Charlap, bassist Christian McBride and drummer Bill Stewart. They played a few of Brubeck’s best-known tunes, beginning with “Unsquare Dance” and “Kathy’s Waltz.” Faddis stood out from the group on these, playing shining virtuosic lines at breakneck speed against Zenón peppery bebop phrases. On the CBS monitors, Michelle Obama could be seen gently swinging in her seat.

When it came to Brubeck’s biggest hit, “Take Five,” the ensemble grew considerably. A curtain rose to reveal the U.S. Army Field Band’s Jazz Ambassadors, a group of 13 horn and reed players, who joined the quintet in an impressive arrangement of the tune. Then, on a sliding stage, came a piano with Hancock in the driver’s seat, soloing in a typically complicated and breathtaking harmony. (McBride later confessed that he was lost within one bar.)

The ranks swelled yet again for “Blue Rondo à la Turk.” This time the new arrivals were Brubeck’s four sons—Darius (piano), Chris (trombone), Matthew (cello), and Dan (drums). With 22 musicians onstage, it sounded like a full (and sublime) symphony orchestra was soaring through the 9/8 groove, particularly with McBride and Matthew Brubeck (who played a splendid arco solo) now forming a string section. Just before the song closed, the whole group segued seamlessly into a chipper rendition of “Happy Birthday” that led right back to the “Blue Rondo” coda.

“He’s 89 years old today,” Hancock had said of Brubeck in his intro, “But when he sits down to play, he turns on that smile and loses 40 to 50 years just like that.” Though Brubeck wasn’t playing, the smile he flashed as his tribute ended was at full blast. Its rejuvenating powers weren’t an exaggeration.




sexta-feira, 28 de maio de 2010

The Quintet - Jazz At Massey Hall [1953]


Charlie Parker está para o saxofone assim como Jimi Hendrix para a guitarra. O que? Naaaaão meu irmão!! Ele nunca botou fogo no instrumento, nem o destruiu no palco, tão pouco tocava com os dentes ou nas costas. Até porque, tocar saxofone pelas costas só se for assoprando pelo... Poupe-me dos detalhes sórdidos! O que estou querendo dizer é que ele era, e ainda é, considerado o maior mestre do sax em todos os tempos, respeitado e estudado pelos os grandes nomes do instrumento, gente como Wayne Shorter, Branford Marsalis, John Coltrane, Cannonball Adderley, Stanley Turrentine, Joe Lovano, Joshua Redman, Dexter Gordon, Michael Brecker, Gerry Mulligan, Grover Washington Jr., enfim, uma unanimidade mesmo entre os mestres da coisa. Teve um final triste consumido pelo vício da heroína, mas em seus melhores dias era espetacular, fosse no palco ou no estúdio. Não bastasse tudo isso, o cara tinha como seu parceiro mais constante o trompetista Dizzy Gillespie, igualmente genial em seu instrumento e dono de uma técnica para deixar muita gente de queixo caído.

Agora, imagine a emoção de ver esses dois ao vivo. Eu nem tinha nascido para poder presenciar tal coisa, mas Miles Davis tinha e não só desfrutou desse prazer, como também tocou com eles, fato anotado no prólogo da sua autobiografia: “A maior sensação da minha vida (vestido) foi quando ouvi pela primeira vez Diz e Bird juntos em St. Louis, no Missouri, em 1944, eu tinha 18 anos e acabara de me formar no Ginásio Lincoln... ...Quando ouvi Diz e Bird na orquestra de B (Billy Eckstine), disse: Que, que é isso!? Cara, aquela coisa era tão sensacional que metia medo... ...Do caralho. Cara, aquilo me tomou o corpo todo, e era aquilo que eu queria ouvir. Um barato! E eu lá em cima tocando com eles.

Miles Davis não está na gravação de The Quintet – Jazz at Massey Hall, gravado ao vivo no Canadá, em 1953, mas em compensação estão Bud Powell, um dos mais significantes pianistas do Bebop, sua virtuosidade levou muitos a o chamarem de "o Charlie Parker do piano". É mole ou quer mais? Ahhh, quer mais! Então saiba que o homem das baquetas era Max Roach, um dos primeiros bateristas a receber o prêmio de "Gênio" pela Fundação MacArthur, eleito para o Hall da Fama da Sociedade Percussiva Internacinal e também para o da revista Downbeat, premiado como "Jazz Master" (Mestre do Jazz) em Harvard e ainda ganhou oito doutorados honoris causa, incluindo pela Universidade de Bologna, na Itália, e pela Universidade de Columbia, nos EUA. E se você ainda está achando pouco, o baixista da banda era ninguém menos que Charles Mingus, além ser um assombro no contrabaixo é também considerado, ao lado de Thelonious Monk e Duke Ellington, um dos três maiores compositores da história do Jazz. Eeeeeh compadre, o time não era fraco não! Por isso que essa gravação está sempre no topo das listas dos melhores discos de jazz da história do mundo, se vacilar do universo, do universo só não, da Bahia!!

Mas não é só isso, este álbum apresenta ainda uma série de peculiaridades que o tornam ainda mais interessante. Para interá-los da coisa, deixo vocês com o texto de um especialista no assunto: Emerson Marques Lopes, editor do Guia do Jazz na Internet. Antes, gostaria de esclarecer que o CD postado aqui eu comprei há uns cinco anos atrás e trata-se de uma edição remasterizada, importada da Alemanha, utilizando processos tecnológicos que conseguiram sanar as falhas mencionadas no texto abaixo, agora, o baixo de Mingus é perfeitamente audível em todas as faixas.


O que falar de um quinteto com Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Bud Powell, Charles Mingus e Max Roach? A resposta é óbvia: mágica. E se a gravação deste quinteto for registrada ao vivo e sem cortes? Temos mais um resposta óbvia: imprevisibilidade. Pois bem, é isto que você vai encontrar no disco Jazz At Massey Hall, gravado ao vivo em 15 de maio de 1953, em Toronto, no Canadá.

Considerado um dos mais importantes registros ao vivo da história do jazz, o disco reúne cinco dos mais influentes e geniais músicos do jazz. Se isto não bastasse, há deliciosas histórias sobre esta gravação que vale a pena ser contada. Em plena era do be bop, a New Jazz Society of Toronto teve a idéia de promover um concerto de jazz. O primeiro nome lembrado foi o do pianista Bud Powell, mas o músico estava internado em um hospital e não foi encontrado. Em seguida tentaram o trompetista Dizzy Gillespie, mas também não conseguiram. A última tentativa foi o baixista Charles Mingus, que felizmente resolveu o impasse e contatou seus camaradas, Gillespie, Parker, Roach, e o empresário de Powell, Oscar Goodstein. Enfim o grupo estava completo.

Na hora de embarcar para o Canadá, a trupe descobriu que só havia cinco passagens de aviação, mas o grupo estava em sete, incluindo Goodstein e Célia, mulher de Mingus. Para evitar atrasos, Parker e Gillespie decidiram ficar e partir no dia seguinte. Ao chegarem ao local do show, o quinteto descobriu que o número de ingressos vendidos não cobriria as despesas e que o pagamento do cachê estava comprometido. Para tentar resolver o impasse, a New Jazz Society of Toronto disse que gravaria o concerto e que a fita seria dada ao grupo para tentarem comercializar no futuro.

Sem opção, o acordo foi fechado e o concerto gravado. Mas a qualidade da gravação, na época, ficou abaixo do esperado e o quinteto teve dificuldade para lançá-la. Na ocasião, o saxofonista Charlie Parker ofereceu a gravação para Norman Granz, do selo Verve, que não aceitou. Com a recusa, Mingus resolveu lançá-la por sua gravadora, mas um artifício curioso teve que ser usado no lançamento do disco. Para não ter problemas com a Verve, gravadora de Parker, o nome do saxofonista foi mudado para Charlie Chan. Outro detalhe interessante, mas triste, é que a baixa qualidade de gravação acabou escondendo parcialmente o som do baixo de Mingus.

Dito isto, vamos falar do repertório. O disco começa com a deliciosa “Perdido”, destaque para os solos de Gillespie e Powell. Em seguida um clássico do be bop “Salt Peanuts”, que traz solos de tirar o fôlego de todos os instrumentistas. Para acalmar um pouco os ânimos, o quinteto ataca de “All The Things You Are”, com Gillespie variando o som de seu trompete com e sem surdina. O be bop volta com força total em outra composição do trompetista, “Wee”, com um solo de arrepiar do baterista Max Roach. Para fechar, “Hot House”, uma das poucas músicas em que é possível ouvir com clareza o baixo de Mingus, e “A Night In Tunísia”.
Fontes: Wikepédia, Miles Davis A Autobiografia (©1991, Editora Campus Ltda.), Guia do Jazz.






The Quintet - Jazz At Massey Hall [1953]


Jazz at Massey Hall is a reknowned jazz album featuring a live performance by "The Quintet" on 15 May 1953 at Massey Hall in Toronto. The quintet was composed of some of the time's biggest names in jazz: Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Bud Powell, Charles Mingus, and Max Roach. It was the only time that the five men recorded together as a unit, and it was the last recorded meeting of Parker and Gillespie. Parker played a Grafton saxophone on this date; he could not be listed on the original album cover for contractual reasons, so was billed as "Charlie Chan" (an allusion to the fictional detective and to Parker's wife Chan). The record was originally issued on Mingus's label Debut, from a recording made by the Toronto New Jazz Society. Mingus took the recording to New York where he and Max Roach dubbed in the bass lines, which were under-recorded on most of the tunes, and exchanged Mingus soloing on "All the Things You Are."

The original plan was for the Jazz Society and the musicians to share the profits from the recording. However the audience was so small that the Society was unable to pay the musicians' fees. The musicians were all given NSF checks, and only Parker was able to actually cash his; Gillespie complained that he did not receive his fee "for years and years".

A 2004 re-issue contains the full concert, without the over-dubbing which was added by Charles Mingus on the original recording. The new version was titled "Complete Jazz at Massey Hall". Jazz at Massey Hall was inducted into the Grammy Hall of Fame in 1995. It is included in National Public Radio's "Basic Jazz Library". The concert was issued in some territories under the tag "the greatest jazz concert ever".



[*]




segunda-feira, 26 de abril de 2010

Jeff Massanari - Goovework [2006]






Hahah! Quando todos pensavam que a pá de cal jaz sobre minha carcaça, aqui estou eu de volta. Prova cabal de que coisa ruim não morre fácil. O estopim desse retorno foi o disco Groovework, de um guitarrista praticamente desconhecido chamado Jeff Massanari. Curti tanto o disco que deu uma vontade enorme de postar e mostrar para a galera o som legal que esse músico faz. Vocês precisam ouvir isso.

Cara, não é todo dia que se vê um guitarrista de jazz saindo de uma comunidade Amish. Como!?!? O que foi meu amigo? Naaaaão meu irmão! Amish não são amigos em italiano. Isso seria amici. Lembra daquele filme? Amici Miei do Mario Monicelli, aliás um filmaço pra lá de hilário, que por aqui passou como Meus Caros Amigos? Pois é! Amish é um grupo religioso cristão anabatista (protestante que defende o batismo somente na idade adulta) baseado principalmente nos Estados Unidos e Canadá. São conhecidos por seus costumes conservadores, como o uso restrito de equipamentos eletrônicos, inclusive telefones e automóveis. Guitarra elétrica então, nem pensar! Foi por isso que eu disse ser difícil ver um guitarrista de jazz numa comunidade dessas. Mas foi justamente no seio dessa sociedade que saiu o nosso amigo Massanari, um cara com amplo domínio do seu instrumento, que ao invés de seguir os passos de seus pais e irmãos, acabou trilhando por um caminho muito diferente, quando aos 9 anos de idade um capricho do destino acabou levando-o para Washington DC. Exposto a cena musical daquela cidade, Jeff se apaixonou por música, arranjou uma guitarra e aos 13 começou a tocar. Primeiramente focado em rock e blues, mas tudo mudou depois que um amigo o apresentou a uma gravação de “Inner Mounting Flame” da Mahavishnu Orchestra. Desde as primeiras notas Jeff ficou contaminado pelo jazz, e aos 17 anos já tocava e ensinava jazz e blues pela cidade.

Sua paixão pelo jazz o levou de Washington para Boston, onde ele se matriculou na renomada Berklee School of Music e depois de estudar técnica e composição, Jeff se mudou para a área da baia de San Francisco, rapidamente se tornando um guitarrista popular no pedaço, sendo solicitado por músicos como, Paula West, Brenda Boykin, Nicholas Beard, Kenny Washington, Pamela Rose, Wally Schnalle, Jeff Pittson, Charles McNeil e Jeff Chambers. Gente não muito conhecida por aqui, mas lá nas paragens de San Francisco esses nomes são do primeiro time. Além de tocar com esse povo todo Jeff montou seus próprios grupos e toca regularmente com o Nocturne Johnny Band, The Ensemble Murasaki, Swing Fever e com outros músicos de jazz, blues e gêneros variados. O cara tem passagem por eventos e locais importantes como: Yoshi’s International Jazz House, Pearl’s, Davies Symphony Hall, San Jose Jazz Festival, Fillmore Jazz Festival, North Beach Jazz Festival, The Sausalito Arts Festival. Internacionalmente falando já esteve na Finlândia, Japão, Suécia, Itália e outros picos.

Os quatro primeiros CDs de Jeff foram muito bem recebidos pela crítica especializada e elogiados por guitarristas respeitados como Mike Stern e Eric Johnson. São trabalhos que seguem uma linha mais tradicional, tipo standards e essas coisas. Mas o disco postado aqui, Groovework, quinto lançamento do guitarrista, foi o que me ganhou. Como se pode notar pelo nome, a linha seguida é um pouco diferente dos trabalhos anteriores, tendendo para o groove. Para quem não sabe, groove é uma pulsação rítmica cheia de swing e muito comum na funk music, aquela do James Brown e Cia. e não da baixaria carioca. Na verdade, o groove pode estar presente em diferentes estilos musicais, mas no meio jazzístico o termo se refere a música e músicos que ao invés de seguirem pelo improviso, preferem tocar algo menos complicado e mais swingado do tipo que da vontade de dançar. Alguns jazzistas famosos nesse estilo são: o guitarrista Grant Green, o organista Jimmy Smith e o saxofonista King Curtis. Se nenhum desses nomes foi suficiente para te dar uma boa idéia do tipo de música que estou falando, lembre então da clássica “Cantaloupe Island” de Herbie Hanckock, que ganhou uma versão hip-hop do grupo US3 e tocou nas rádios até enjoar. Lembrou? Pois então, isso é groove! Não Lembrou? Bueno... Nesse caso o melhor a fazer é baixar o Groovework e ouvir atentamente, é uma verdadeira aula de groove e boa música, um jazz funkeado daqueles que fazem a gente bater o pé e estalar os dedos!
Fonte: MySpace



Jeff Massanari - Goovework [2006]






When you think of the Amish countryside, jazz guitar rarely comes to mind. But thats where you'll find San Francisco Bay Area based jazz guitarist Jeff Massanari's roots firmly placed! Jeff was born in the town of Goshen, Indiana and could have easily followed in the footsteps of his father and brothers with a career in academia, but an unexpected move to Washington DC at age 9 led Jeff down a very different path. Exposed to the vibrant music scene of Washington, DC, Jeff sought out the guitar and began playing at age 13. First focusing on blues and rock that was all to change when a friend brought over a recording of John McLaughlin's "Inner Mounting Flame". From the first note Jeff was hooked on jazz. By the time he was 17 he was performing and teaching jazz and blues in the Washington DC area. Jeff's love of jazz took him from DC to Boston's Berklee School of Music. After studying performance and composition, Jeff moved to the San Francisco Bay Area and quickly became one of the most in-demand guitarists.

Jeff has performed with many of the San Francisco Bay Area’s premier artists including vocalists, Paula West, Brenda Boykin, Denise Perrier, Nicholas Beard, Kenny Washington and Pamela Rose. Instrumentalists Wally Schnalle, Jeff Pittson, Charles McNeil, Vince Lateano ,and Jeff Chambers. In addition to performing with his own groups, Jeff regularly plays with The Johnny Nocturne Band, The Murasaki Ensemble, Swing Fever and countless other musicians in the Jazz, Blues, and World music genres. Jeff has performed at Yoshi’s international Jazz House, Pearl’s, Davies Symphony Hall, national festivals including, San Jose Jazz Festival, Fillmore Jazz Festival, North Beach Jazz Festival, The Sausalito Arts Festival. internationally Jeff has performed in Japan, Sweden, Finland, Guam, and Italy at the Umbria Jazz Festival. Jeff's original compositions have been featured on network television with the Patagonia “Save the Oceans” campaign and on a “Key Bell” commercial playing on Lifetime and BET. Jeff was also featured on an Apple video at a Macworld convention.

Jeff’s first four CD’s received excellent reviews in Guitar Player Magazine, Cadence, and kudo's from such respected players as Mike Stern and Eric Johnson. He has just finished recording his fifth CD ”Groovework” an all original Jazz-Funk project featuring Wally Schnalle on drums, Jeff Pittson on keys, with Brad Russell and Jason Muscat on bass. “groovework” is available on CDBABY.com!Jeff has taught at U.C. Berkeley, The Jazz School, Jazz Camp West, Bruce Forman’s Jazzmaster series, and Blue Bear Music School.
From: MySpace




[*]

quinta-feira, 9 de julho de 2009

JACO PASTORIUS






Acredito que Jaco Pastorius foi um divisor de eras na história do baixo elétrico (ele não tocava acústico) que passou a ser considerada como antes e depois dele, aliás, não sou o único a pensar assim, muita gente boa, inclusive músicos e críticos renomados também sustentam esta tese. A principal razão para tal conclusão é que Pastorius foi o cara que tirou o contra baixo da cozinha e o colocou na sala de estar fazendo linha de frente para os demais instrumentos. Para quem não está acostumado com os jargões musicais, explico que por cozinha entende-se a marcação rítmica como a realizada por instrumentos como a bateria, contra baixo, tuba, percussão, etc. Caras como Jack Bruce e Stanley Clarck até fizeram algo assim antes dele, mas não com a mesma competência, dinamismo e principalmente harmonia de Pastorius. Ele não se limitava a marcar o ritmo e solar virtuosamente, mas também tirava do seu instrumento incríveis timbres e melodias como se pode notar em músicas como “Portrait of Tracy”, “A Remark You Made”, e tantas outras. O baixo Fender Jazz Bass ano 1962 era sua marca registrada e quando ele mandou retirar os trastes, não inventou o fretless (sem trastes) que já existia, mas mostrou ao mundo como se usa com maestria um instrumento desses. Fui pesquisar para descobrir quem foi o inventor do primeiro baixo elétrico fretless e tive uma grande surpresa ao descobrir que dizem ser William George Perks, popularmente conhecido como Bill Wyman, ninguém menos que o baixista original dos Rolling Stones. Isso lá em meados dos anos 50 quando tocava no Sul de Londres com uma banda chamada The Cliftons. Caramba, essa eu nunca imaginei!!! Mas talvez por isso mesmo, pelo fato de ter sido criado por baixista de rock sem grande virtuosismo, embora fosse um bom músico, é que nunca ninguém se deu conta das possibilidades do fretless até Jaco resolver adotá-lo. Quando se tira os trastes de um instrumento, fica muito mais difícil de tocá-lo, pois é só colocar o dedo um pouquinho fora do lugar que a coisa dá errada. Por outro lado, as possibilidades musicais crescem com a utilização de quartos de tons, há maior amplitude no vibrato e, também, na realização do glissando. Pastorius passou a utilizar tudo isso de maneira soberba, criando sons e timbres nunca ouvidos antes, dando grande popularidade ao fretless, principalmente no meio jazzístico.Woody

A história de Jaco segue no texto abaixo, de autoria do baixista Ney Neto que encontrei na Wikipédia:

Nascido em 1 de dezembro de 1951, John Francis Anthony Pastorius III, foi o primeiro dos três filhos do casal John Francis Pastorius II, que era baterista, e Stephanie Katherine Haapala. Ao contrário do que se divulga por aí, ele não era natural de Fort Lauderdale, na Florida, mas sim do estado da Pensilvânia, no entanto, ainda muito jovem, se mudou para lá e por isso muitos fazem essa confusão. Entre outras curiosidades não muito conhecidas sobre ele, é que Pastorius foi coroinha no Colégio Católico St. Clement, em Wilton Manors, cidade próxima de Fort Lauderdale, dentro do condado de Broward. O apelido "Jaco" tem origem em sua ligação com o esporte. Como o apelido de seu pai era Jack, começaram a chamá-lo de Jacko, em referência ao lendário jogador de beisebol, Jocko Colon. Um dia desses o pianista francês Alex Darqui escreveu um recado para Pastorius, utilizando a grafia JACO. Pastorius gostou e então passou a usar essa grafia.

Além de seguir os passos de seu pai como baterista, ele era fã de esportes, e jogava beisebol, basquete e futebol americano desde jovem. Em uma partida de futebol americano, sofreu um acidente quebrando seu pulso esquerdo o que comprometeu sua mobilidade como baterista, então, ele mudou para o contra baixo. Segundo ele mesmo, suas principais influências musicais foram: "James Brown, The Beatles, Miles Davis e Stravinsky." Além desses, Jaco cita outros nomes como Jerry Jemmott, James Jamerson, Paul Chambers, Harvey Brooks, Tony Bennett, Sinatra, Duke Ellington, Charlie Parker, com especial atenção ao nome de Lucas Cottle, um desconhecido baixista neo-zelandês que tem algumas gravações ao lado de Pastorius.

Em 1974, começou a tocar com Pat Metheny, hoje uma lenda viva da guitarra, com quem gravou seu primeiro álbum, Jaco (1974). Dois anos depois, ele lança seu segundo trabalho chamado apenas de Jaco Pastorius, que foi instantaneamente reconhecido como um clássico no cenário jazzístico da época. Foi então convidado a fazer parte do Weather Report, onde gravou em 1977 o álbum Heavy Weather, indicado ao Grammy e um dos álbuns de fusion mais famosos de todos os tempos. Ainda em 1976, Jaco gravou o álbum Bright Size Life, disco de estréia de Pat Metheny, considerado "marco zero" na história do jazz fusion. De 1976 é também o álbum Hejira, da cantora e compositora Joni Mitchell, com Jaco numa excepcional performance. No início da década de 80, Jaco aprofundou-se em um projeto solo, acompanhado de metais, e o desejo de conduzir uma big band com as linhas de baixo deu origem a banda Word of Mouth, que lançou em 1981 um disco homônimo, distribuído pela Warner. O disco explodiu de costa a costa nos Estados Unidos, com performances virtuosas de Herbie Hancock, Wayne Shorter e Peter Erskine. O ano de 1984 marca o início do declínio desse gênio dos graves, e após a dissolução da Word of Mouth, cortado da Warner, Jaco produz o material de Holiday for Pans, juntamente com Othelo Molineaux (steel drums), disco que não chegou a ser lançado, pois Jaco não conseguira um contrato com nenhuma distribuidora. Os originais foram roubados e recuperados posteriormente, mas o material já não poderia ser totalmente aproveitado. Um recorte de Holiday for Pans, renomeado de Good Morning Anya, foi incorporado à coletânea Jaco Anthology Punk Jazz, lançada pela Rhino Records, em 2003. Na metade da década de 80, Pastorius começou a apresentar problemas mentais, e sintomas do chamado distúrbio bipolar, síndrome de pânico e depressão, relacionados ao uso excessivo de drogas e álcool. Esse distúrbio tornou-o mundialmente famoso por seu comportamento exagerado e excêntrico, para não dizer bizarro. Certa vez, quando se apresentava em Tóquio, foi visto completamente nu e aos gritos sobre uma moto em alta velocidade. Suas performances como instrumentista também mudaram, seu gosto pelo excêntrico e pelas dissonâncias se tornou exagerado e de certa forma incompreensível. Jaco passa a tocar em clubes de jazz em Nova York e na Flórida, tendo caído no conceito popular e transformado-se na "ovelha negra" do meio musical-jazzístico da época.

O trágico fim de John Francis Anthony Pastorius III inicia-se em 11 de Setembro de 1987. Após um show de Carlos Santana, se dirige ao Midnight Bottle Club, em Wilton Manors, Florida. Após ter um comportamento exibicionista e arrogante, entra em uma briga com o gerente do clube, chamado Luc Havan. Como resultado da briga, sofre traumatismo craniano e entra em coma por dez dias. Depois que os aparelhos foram retirados, seu coração ainda bateu por três horas. A morte do mais ilustre contrabaixista de todos os tempos data de 21 de setembro de 1987, aos 36 anos e dez semanas. Foi enterrado no cemitério Queen of Heaven, em North Lauderdale. Mas o legado de Jaco perdura por gerações, e será assim para sempre. Uma das maiores homenagens prestadas a ele, foi registrada pelo lendário trompetista Miles Davis, que gravou a música Mr. Pastorius, composição do baixista Marcus Miller, lançada no álbum Amandla.

Fonte: Wikepédia




JACO PASTORIUS






Jaco's Life and Music by Pat Metheny Note: This is Pat Metheny's liner notes to the 2000 reissue of Jaco's debut album, "Jaco Pastorius", a piece we feel captures what Jaco and his music is all about.

Jaco Pastorius may well have been the last jazz musician of the 20th century to have made a major impact on the musical world at large. Everywhere you go, sometimes it seems like a dozen times a day, in the most unlikely places you hear Jaco's sound; from the latest TV commercial to bass players of all stripes copping his licks on recordings of all styles, from news broadcasts to famous rock and roll bands, from hip hop samples to personal tribute records, you hear the echoes of that unmistakable sound everywhere (it may even be more imitated at this point than the previously most pervasive jazz sound to escape into the broader culture beyond the local borders of jazz, the moody harmon mute stylings of Miles Davis). For all the caterwauling that has gone on about new musicians that have shown up in recent years being toted as the "next Miles", or the "Duke Ellington of their generation", or whatever, Jaco outranks all of them and all of that by being the one and the only of his kind, without predecessor; the only post 1970 jazz musician known on a first name basis with all music fans of all varieties everywhere in the world. From the depths of Africa where he is revered in almost god-like status to the halls of most every music university on the planet. To this day, and maybe more than ever, he remains the one and the only JACO.

And how odd it is to see this era of historical revisionism in jazz how this accomplishment is often relegated by people who should know better as being "not jazz" or as "fusion" (possibly the single most ignorant and damaging term ever invented to describe (discount) an important and vital branch of the jazz music tree). Jaco at his best, as on this record, defines what the word jazz really means. Jaco used his own experiences filtered through an almost unbelievable originality informed by a musicianship as audacious as it was expansive, to manifest into sound through improvisation a musical reality that illuminated his individuality. And besides all that, he simply played his ass off - in a way that was totally unprecedented on his instrument, or on ANY instrument for that matter. Because Jaco's thing has been so fully assimilated into the culture and the musical vocabulary of our time, i notice that it is difficult for people who weren't around at the time of his emergence to fully weigh the impact of his contribution. As a young musician who met Jaco in his prime when we were both just starting out, i can only say that my reaction upon hearing him for the first time (with Ira Sullivan in Miami, Florida in 1972) was simply one of shock - i had literally never heard anything remotely like it, nor had anyone else around at the time. And yes, as is so often noted in his case, the way he was playing was unprecedented in technical terms, but that wasn't what made it so stunningly appealing to me. There was a humanity to Jaco's thing, built into those relentless grooves was that rare quality that only the most advanced jazz musicians seem to be able to conjure up - with Jaco, you were hearing the sound of a time, of an entire generation at work, on the move.

Our musical relationship was immediate. We recognized in each other a kind of impatience with the status quo of our respective instruments and jazz in general and found an instantaneous rapport from the first notes we played together. We also became really good friends. During the short time that i lived in Miami (near Jaco's hometown of Ft. Lauderdale), we played show gigs together and occasionally played at his house (he was living on top of a Laundromat at the time) and spent a lot of time just talking about music, much of it about how intensely we both disliked the so-called jazz/rock of the time [how ironic that we are both now associated (inaccurately) with that movement]. Shortly after we met, i wound up moving to Boston to join Gary Burton's Quartet. During this period, Jaco and i spent time working together in New York with pianist Paul Bley and began a trio that lasted for several years with drummer Bob Moses (that group later went on to record what became my first record "Bright Size Life".) In the middle of this period Jaco recorded this album. When Jaco got word that Herbie Hancock (a major hero of both of ours) had agreed to participate, I think his already inspired vision of what he could be as a musician and what he could do with this record in particular went to a whole other level. Listening again to this record, and the way that he and Herbie hook up on the original and the alternate takes of "Used to Be a Cha-Cha" we are hearing improvised music at it's highest level - but with a difference. Jaco restructured the function of the bass in music in a way that has affected the outcome of countless musical projects to follow in his wake - an innovation that is still being absorbed by rhythm section players to this day - he showed the world that there was an entirely different way to think of the bass function, and what it meant. For this alone, Jaco would earn a major place in the pantheon of jazz history. But, of course, there was so much more.

His solo on 'Donna Lee', beyond being astounding for just the fact that it was played with a hornlike phrasing that was previously unknown to the bass guitar is even more notable for being one of the freshest looks at how to play on a well traveled set of chord changes in recent jazz history - not to mention that it's just about the hippest start to a debut album in the history of recorded music. That solo, along with his best compositions like "continuum" reveal a melodic ingenuity (that rarest and hardest to quantify of musical qualities amongst improvisers) that comes along only a few times in each generation. And then there is just his basic relationship to sound and touch; refined to a degree that some would have thought impossible on an "electric" instrument. Jaco's legacy has had a rough go of it - a horribly inaccurate, botched biography, endless cassette bootlegs of late-life gigs that do nothing but devalue the importance of his message through greed and overkill, and a mythology that seems to thrive on the stories that surrounded the lesser aspects of his lifestyle over the triumphs of his early musical vision and wisdom.

But you know what? you put this record on, and none of that matters. It is all here, in the grooves; everything you need to know about the guy. Jaco Pastorius was one of the most important musicians of our time - the fact that this was his first record is simply astonishing, there is no other way to put it. That this is without question the most auspicious debut album of the past quarter century is inarguable. As with all great recordings, the force of it's value becomes more evident as time passes.
From: Official Jaco Pastorius web site.




Jaco Pastorius Trio Live Station [1986]

[*]


Pastorius, Dennard & Bullock - P.D.B. [1986]

[*]


Pastorius, Metheny, Ditmas & Bley - Jaco [1974]

[*]


domingo, 1 de fevereiro de 2009

Marc Johnson - Shades of Jade [2005]







Puxando um gancho do post anterior, estou postando esse disco do Marc Jonhson que eu considero uma verdadeira obra prima. O baixista tem um feliz casamento com a pianista brasileira Eliane Elias. Na verdade, não faço idéia da relação social, pessoal ou mesmo afetiva entre eles, mas no que diz respeito à música, eles se combinam tão bem quanto feijão e arroz. Em Shades of Jade tem muito de Eliane, ela participou dos arranjos e ainda contribuiu com três composições próprias, além de mais duas em parceria com o marido. De fato, desde que casaram que ela participa dos trabalhos dele e vice-versa. Marc Johnson nasceu em Omaha, Nebrasca - EUA, em 21 de outubro, estudou na University of North Texas (UNT) aonde se tornou membro da conhecida One O'Clock Lab Band junto com Lyle Mays (Pat Metheny). Excursionou com Woody Herman no final dos anos 70 e depois de um ano, quando ele estava com 25 anos, se juntou ao Bill Evans Trio, permanecendo até a morte do pianista em 1980. Em sua carreira, não lançou muitos discos, uns dez, até o momento, mas podemos dizer que é um homem de poucos e bons. Seu primeiro trabalho solo*, foi Bass Desires (1985), gravado pelo selo europeu ECM, um belíssimo álbum que contou com a participação dos guitarristas Bill Frisell, John Scofield e o baterista Peter Erskine. Jonhson também tocou com Stan Getz (1981-1982) e volta e meia apareceu ao lado feras como John Abercrombie, Pat Metheny, Joey Baron, Charles Lloyd, Lee Konitz, Paul Motian, Ralph Towner, John Taylor (o pianista de jazz, não o baixista do Duran Duran) e outros. Em Shades of Jade o baixista trabalha com o saxofonista Joe Lovano, John Scofield, o baterista Joey Baron, e o organista Alain Mallet, além de sua esposa, para fazer um álbum inspirado em Scott La Faro, baixista do Bill Evans Trio no início dos anos 60. Veja bem, não se trata de um tributo, pois as composições não são de La Faro, mas é que o nome Shades of Jade vem de uma música dele chamada "Jade Visions" que o Bill Evans Trio gravou no disco Sunday at the Village Vanguard (1961). O crítico da revista Time, Romesh Ratnesar, fez uma avaliação positiva do álbum notando que: “Johnson desempenha descontraidamente ao fundo, permitindo que os outros membros da banda se sobressaiam... ...dirigindo o ouvinte através de dez complexas melodias nebulosas (moody). O tempo raramente passa de um shuffle moderado, dando a Lovano e Scofield espaços para exuberantes e ritimados solos, enquanto Johnson, Elias e Baron conjugam uma evolução de hipnótico ambiente acústico” Como eu disse no começo do texto, Shades of Jade é mesmo uma obra prima e da minha mais alta recomendação!
Fontes: Musicianguide.com, Wikipedia, All Music Guide

* Há um disco anterior chamado Years (1972), gravado em LP pela Vanguard, mas é meio desconhecido só foi lançado em CD no Japão. Por isso, muitos consideram Bass Desires seu primeiro trabalho solo.



Marc Johnson e Eliane Elias



Marc Johnson - Shades of Jade

For his 2005 release Shades of Jade, Johnson teamed with saxophonist Joe Lovano, guitarist John Scofield, drummer Joey Baron, organist Alain Mallet, and pianist and composer Eliane Elias. According to an ECM press release, the album title was inspired by Scott La Faro, a bassist for the Bill Evans Trio in the early 1960s. La Faro composed "Jade Visions," which appeared on the trio's 1961 album Sunday at the Village Vanguard. It was described in the press release as "an object lesson in how intensity could be focused in inward-looking music, of enduring beauty." Time magazine jazz critic Romesh Ratnesar positively assessed the album, noting that "Johnson slides contentedly into the backseat, allowing the other members of a distingtuished ensemble ... to steer the listener through ten intricate, moody melodies. The tempo rarely rises above a moderate shuffle, giving Lovano and Scofield space for lush, lilting solos, while Johnson, pianist Eliane Elias and drummer Joey Baron conjure a swirling, hypnotic soundscape--- the perfect backdrop for a rainy autumn afternoon."
By Bruce Walker (Musicianguide.com).

Marc Johnson has two things going for him; he's a wonderful bass player, and he's got some big names in his address book. That much is obvious from this assured, beautiful record. Pianist Eliane Elias is Johnson's key collaborator here, both as a writer and a soloist of immense delicacy. The album centres around the trio of Johnson, Elias and Joey Baron, with strong contributions from Joe Lovano and John Scofield. It's mostly hushed, delicate stuff, though around half an hour in things shift up a gearwith the Monkish "Blue Nefertiti". But it's the ballads (and especially Elias's poised, emotionally charged soloing) that stay in the memory long after the CD's finished. While this music might not change your world, it'll feel likea better place while you're listening to it. That can't be bad.
By Peter Marsh (BBC), 09 November 2005.


John Scofield e Joey Baron


[*]


quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Eliane Elias - Something For You (Eliane Elias Sings and Plays Bill Evans) [2008]



Entre as novas musas do jazz, falam muito da canadence Diana Krall, uma beldade que curiosamente foi se casar com um roqueiro com cara de nerd, Elvis Costello, e também de Norah Jones, a filha do lendário virtuoso da cítara Ravi Shankar que não pode nem ouvir falar no nome do pai que já fecha a cara. Gosto das duas, a primeira com seu estilo sóbrio e a outra com um jeitinho mais doce e delicado, embora eu não veja Norah exatamente como uma jazzista, acho que ela tem uma pegada meio folk, assim meio baladeira, mesclada, obviamente, com influências jazzísticas. Mas se eu fosse escolher uma musa do jazz pela beleza eu não ficaria com nenhuma delas, meu voto iria para Jane Monheit. Uauuu! Eu a acho linda de rosto, corpo e voz. No entanto, se for para escolher uma jazzista, não só pela beleza e sim pelos seus dotes musicais, aí meus caros, não tem para ninguém, eu fico com a brasileira Eliane Elias. Ela põe todas as outras no chinelo, principalmente na hora de tocar piano. Chegou, inclusive, a gravar o álbum Solos & Duets (Blue Note 1994) somente com dois pianos tendo ao lado, Herbie Hancock, o que não é para qualquer um não! Curiosamente, seu nome não é muito lembrado por seus compatriotas. Muita gente conhece a Diana e a Norah, mas quando você pergunta sobre Eliane ouve um: quem!? Bom, para quem não sabe, ela é paulistana, filha de uma pianista clássica e começou a tocar piano aos 6 anos de idade. "Quando eu tinha 12 anos, já sabia tocar qualquer standard que você possa imaginar", ela relembra. "Costumava comprar discos de Wynton Kelly, Bill Evans, Red Garland, Art Tatum, Bud Powell e muitos outros. Primeiro, estudava as gravações, depois, partia para a transcrição dos solos e analisava-os repetidamente". Aos dezessete anos já se apresentava tocando suas próprias composições. Após uma turnê pelos EUA, em 1981 com Eddie Gomez (baixista do Bill Evans Trio), ela foi incentivada a se mudar para Nova Iorque e acabou se casando com o trompetista Randy Brecker. Depois de algum tempo e vários discos gravados, ela se separou de Brecker, mas se casou novamente, desta vez com um dos meus baixistas favoritos, Marc Johnson, integrante da última formação do Bill Evans trio (1978-1980). Futuramente pretendo falar mais e postar outros discos da Eliane, mas agora todo esse blá, blá, blá, foi só para apresentá-la e traçar esse paralelo com Evans, pois assim como eu, ela é grande fã do lendário pianista. Além disso, ainda teve a oportunidade de tocar ao lado de dois grandes baixistas que o acompanharam, tornando-se esposa de um deles (Johnson), com quem lançou esse magnífico tributo: Something For You (Eliane Elias Sings and Plays Bill Evans). Um disco maravilhoso, que merece não só uma postagem, mas tenho certeza que muita gente depois de ouvir, vai querer ter o CD original. Então, se alguém aí não conhecia o trabalho de Eliane Elias, está aqui uma excelente e pequena amostra do grande talento dessa maravilhosa pianista.
Fontes: Clube do Jazz, Wikepédia.






Eliane Elias - Something For You

Eliane Elias’ return to the Blue Note label after a decade working elsewhere is a triumph. This salute to the late pianist Bill Evans, one of her favorite players, explores a number of songs he recorded, including both standards and originals. Evans’ bassist from his final trio, Marc Johnson, is not only a long-time collaborator with Elias but also her husband; drummer Joey Baron rounds out the band. While Elias is influenced by Evans’ playing style, his arrangements are only a launching pad for her approach to each tune; never does she sound like an obvious Evans clone. Her lush take of “My Foolish Heart” features Johnson on the late Scott LaFaro’s bass (the talented Evans sideman who died in a 1961 car wreck just ten days after recording the landmark sets with the pianist at the Village Vanguard). “Evanesque” is a newly discovered work that came from a cassette given to Johnson by Evans, so Elias adjusted the work by incorporating new material with his conception. The freewheeling take of “Solar” is a masterful group improvisation upon the Miles Davis theme. Elias’ moving ballad “After All” is a sincere tribute to Evans. She has also built confidence in her singing over time; always gifted with a tender, sensuous voice, Elias glides gently over Johnson’s walking introduction to “A Sleepin’ Bee” and offers an equally delicate “Walt for Debby.” She wrote words to Evans’ previously unknown “Here Is Something for You,” which was also discovered on the cassette given to Johnson. It is heard in two versions, a solo version with voice and piano where Elias mostly closely mirrors Evans’ playing, then the original rehearsal by Evans, which segues into an excerpt of Elias’ new version. The Japanese version of this delightful CD features an added track, “Re: Person I Knew.”
By Ken Dryden - All Music Guide



[*]


domingo, 4 de janeiro de 2009

FREDDIE HUBBARD






Foi na passagem do ano que fiquei sabendo da morte de Freddie Hubbard, até então meu grande ídolo vivo do trompete. Certamente ele foi um dos maiores da história do jazz e agora está lá no além, engrossando o caldo de uma jam session ao lado de iguais como Miles Davis, Dizzy Gillespie, Lee Morgan e Chet Baker. Lembro-me quando Miles morreu em 28 de setembro de 1991, que me ocorreu o pensamento: “bom pelo menos Dizzy e Freddie ainda estão na área”. Mas em janeiro de 93 Dizzy se juntou a Miles, deixando Hubbard como o último dinossauro de uma geração fantástica do jazz. Ok, Nat Adderley ainda estava vivo, era um bom trompetista sem dúvida, mas eu não sei se o colocaria lado a lado com os nomes citados acima. Alguém aí pode alegar que, como consolo, temos Wynton Marsalis. Apesar de não fazer parte da mesma geração ou dos músicos que viveram aquela época, é um trompetista excelente, extremamente técnico e que interpreta muito bem o som daquele tempo. Pero no gusta! Porque a despeito das suas inegáveis qualidades eu acho que ele se mira muito no passado e projeta pouco para o futuro. Hubbard ganhou fama tocando com Art Blakey and the Jazz Messengers no início da década de 60 e, daí para frente, descambou para uma carreira brilhante gravando cerca de 100 discos por selos importantes como Blue Note, CTI, Columbia e Atlantic, e participou de mais de 300 ao lado de feras como Thelonious Monk, Miles Davis, John Coltrane, Herbie Hancock, Sonny Rollins, Eric Dolphy, Ornette Coleman e Cannonball Adderley, sendo agraciado com um Grammy em 1972 pelo disco First Light.

Famoso pela sua contribuição para o chamado "som Blue Note" da década de 60, Hubbard morreu aos 70 anos no dia 29 de Dezembro, em Los Angeles, vítima de complicações relacionadas a um ataque cardíaco que havia sofrido em Novembro. Foi-se o artista, mas sua obra permanece influenciando novas gerações de trompetistas, como bem lembrou o citado Wynton Marsalis em declaração à agência AP: "Ele influenciou todos os trompetistas seguintes. Claro que eu o ouvi muito. Todos ouvimos. Tinha um grande som e um grande sentido do ritmo e do tempo. A grande característica do seu estilo era a exuberância". Foi na época da Blue Note records que ele gravou com o grupo de Herbie Hancock a clássica “Cantaloupe Island”, do disco Empyrean Isles (1964), que o tornou bem popular, ainda mais quando o grupo britânico de hip-hop US3 regravou, 30 anos depois, levando a música para às rádios do mundo todo. Segundo Peter Keepnews, do The New York Times, Freddie Hubbard "maravilhava o público com o seu virtuosismo, seu sentido melódico e a sua energia contagiosa em simultâneo". Muitas vezes comparado a Miles Davis [ele chegou até a gravar discos com o quinteto de Miles - The Quintet (1976) e Live Under the Sky (1981)] , Hubbard nunca foi muito chegado às experimentações, fusões e essas coisas, procurando se manter fiel ao hard-bop. Mesmo assim, andou fazendo algumas incursões em outros campos, marcadas pela participação em três importantes discos da vanguarda do jazz nos anos 60: Free Jazz (1960), de Ornette Coleman, Out to Lunch! (1964), de Eric Dolphy, e Ascension (1965), de John Coltrane. Em 1995 ele recordou à revista Downbeat o seu encontro com Coltrane: "Encontrei o Trane numa jam session no clube do Count Basie no Harlem, em 1958. Ele disse-me 'Porque você não aparece lá em casa e vamos ensaiar um pouco juntos?' Quase que fiquei maluco. Ali estava um garoto de 20 anos a ensaiar com o John Coltrane. Ele ajudou-me muito e acabamos tocando várias vezes juntos". Também na década de 70, num processo de aproximação do mainstream. Freddie chegou a incluir em seus discos, instrumentos elétricos, ritmos funk e rock, arranjos para cordas e até canções fora do âmbito do jazz, aderindo à moda da fusão típica da década. Nessa época, gravou quatro discos antológicos pelos selos CTI e Columia: Red Clay (1970), Straight Life (1970), First Light (1971) e Sky Dive (1972). Passando para os anos 80 Hubbard retomou ao velho estilo, deixando essa coisa de fusão e experimentações meio de lado, seguiu tocando regularmente até 1992 quando uma séria lesão no lábio superior o impediu de tocar com a mesma regularidade de outrora. Mais detalhes sobre a vida de Freddie Hubbard no texto abaixo de autoria de V.A. Bezerra.
Fontes: All Music Guide, Wikepedia e texto publicado no Diário de Notícias de Portugal.


Frederick Dewayne Hubbard é o principal nome do trompete no jazz surgido depois de Miles Davis. Nascido no dia 7 de abril de 1938, em Indianápolis, tocou com os Montgomery Brothers. Mudou-se para Nova York em 1958. Em 1961 juntou-se aos Jazz Messengers de Art Blakey, com quem permaneceria até 1964. Depois tocou com Max Roach em 1965-66. A partir de 1966, passou a formar seus próprios quartetos e quintetos. Ao longo de quatro décadas, Hubbard tocou com alguns dos mais importantes nomes do jazz: além de Art Blakey e Max Roach, também com Eric Dolphy, Philly Joe Jones, Sonny Rollins, Slide Hampton, Jay Jay Johnson, Quincy Jones, Wayne Shorter e James Spaulding, entre outros. A partir de 1976 participou do grupo V.S.O.P. de Herbie Hancock, uma reedição do quinteto de Miles Davis dos anos 60, formado por Hancock, Ron Carter, Tony Williams, Wayne Shorter e com Hubbard ao trompete, ocupando o lugar que fora do próprio Miles. Nos anos 70, tendo assinado com a Columbia, sua música atravessou uma fase fusion / latin jazz de caráter mais comercial. Nos anos 80, voltou a tocar no estilo mais hardbop com alguns de seus antigos colegas.

É importante notar que Hubbard esteve presente em gravações históricas do jazz de vanguarda: em Free Jazz (1960), fazendo parte do revolucionário quarteto duplo liderado por Ornette Coleman e Don Cherry; em Ascension (1965), talvez a obra máxima de John Coltrane; em Out to Lunch (1964), o testamento de Eric Dolphy; e em Blues and the Abstract Truth (1961), de Oliver Nelson. O próprio Hubbard estima que tenha tocado em cerca de 300 discos ao longo de toda a carreira.

Hubbard foi ocasionalmente comparado com Miles Davis, talvez por sua qualidade técnica e sua posição de liderança na cena do trompete moderno; porém seu som e sua abordagem são fundamentalmente diferentes. O som de Hubbard é mais encorpado, com um belo timbre tanto ao trompete como ao flugelhorn, saindo-se extremamente bem tanto no registro agudo como no grave. Seu fraseado é mais agressivo e talvez menos introspectivo que o de Miles Davis, o que não o impede de tocar com propriedade também as peças de maior lirismo. É um grande improvisador, capaz de longos solos, onde nunca falta imaginação. Versátil, transitou por vários estilos. Inúmeras vezes já se pôde comprovar que basta o trompete de Freddie entrar em cena para conferir credibilidade musical até mesmo aos contextos mais comerciais (e lembremos que ele chegou a gravar até com acompanhamento drum’n’bass, por exemplo em Times Are Changing). Mas, no fundo, Freddie Hubbard nunca deixou de ser o grande solista Hard Bop por excelência.

Certa vez, em 1974, Freddie resumiu em termos bastante diretos toda essa vida de trabalho dedicada ao jazz: “Um monte de caras jovens [young cats] vêm me perguntar como é que eles podem se virar tocando esse tipo de música. Eu digo a eles que tive que andar junto com os caras certos [the right cats], ler a música deles, ensaiar, tocar tipos diferentes tipos de música, coisas que eu nem queria tocar, enfim, tudo isso acabaria me ajudando a me transformar naquilo que eu sou hoje”.

Mais recentemente, em meados dos anos 90, Freddie esteve às voltas com problemas de saúde. Acometeu-o um problema comum aos trompetistas: seu lábio ficou gravemente danificado devido ao constante esforço de soprar. Isso o fez interromper uma carreira que, embora longa e muito produtiva, estava no auge da criatividade e ainda poderia se prolongar por um bom tempo.

Fonte:
E-Jazz







Frederick Dewayne Hubbard (7 April 1938 – 29 December 2008) was an American jazz trumpeter. He was known primarily for playing in the bebop, hard bop and post bop styles from the early 60s and on. His unmistakable and influential tone contributed to new perspectives for modern jazz and bebop.

Hubbard started playing the mellophone and trumpet in his school band, studying at the Jordan Conservatory with the principal trumpeter of the Indianapolis Symphony Orchestra. In his teens Hubbard worked locally with brothers Wes and Monk Montgomery and worked with bassist Larry Ridley and saxophonist James Spaulding. In 1958, at the age of 20, he moved to New York, and began playing with some of the best jazz players of the era, including Philly Joe Jones, Sonny Rollins, Slide Hampton, Eric Dolphy , J. J. Johnson, and Quincy Jones. In June 1960 Hubbard made his first record as a leader, Open Sesame, with saxophonist Tina Brooks, pianist McCoy Tyner, bassist Sam Jones, and drummer Clifford Jarvis.

In December 1960 Hubbard was invited to play on Ornette Coleman's Free Jazz: A Collective Improvisation after Coleman had heard him playing with Don Cherry.Then in May 1961, Hubbard played on Olé Coltrane, John Coltrane's final recording session with Atlantic Records. Together with Eric Dolphy, Hubbard was the only 'session' musician who appeared on both Olé and Africa/Brass, Coltrane's first album with ABC/Impulse! Later, in August 1961, Hubbard made one of his most famous records, Ready for Freddie, which was also his first collaboration with saxophonist Wayne Shorter. Hubbard would join Shorter later in 1961 when he replaced Lee Morgan in Art Blakey's Jazz Messengers. He played on several Blakey recordings, including Caravan, Ugetsu, Mosaic, and Free For All. Hubbard remained with Blakey until 1966, leaving to form the first of several small groups of his own, which featured, among others, pianist Kenny Barron and drummer Louis Hayes.

It was during this time that he began to develop his own sound, distancing himself from the early influences of Clifford Brown and Morgan, and won the Downbeat jazz magazine "New Star" award on trumpet. Throughout the 1960s Hubbard played as a sideman on some of the most important albums from that era, including, Oliver Nelson's The Blues and the Abstract Truth, Eric Dolphy's Out to Lunch, Herbie Hancock's Maiden Voyage, and Wayne Shorter's Speak No Evil. He recorded extensively for Blue Note Records in the 1960s: eight albums as a bandleader, and twenty-eight as a sideman. Hubbard was described as "the most brilliant trumpeter of a generation of musicians who stand with one foot in 'tonal' jazz and the other in the atonal camp"; though he never fully embraced the free jazz of the '60s, he appeared on two of its landmark albums: Coleman's "Free Jazz" and Coltrane's Ascension.

Hubbard achieved his greatest popular success in the 1970s with a series of albums for Creed Taylor and his record label CTI Records, overshadowing Stanley Turrentine, Hubert Laws, and George Benson. Although his early 1970s jazz albums Red Clay, First Light, Straight Life, and Sky Dive were particularly well received and considered among his best work, the albums he recorded later in the decade were attacked by critics for their commercialism. First Light won a 1972 Grammy Award and included pianists Herbie Hancock and Richard Wyands, guitarists Eric Gale and George Benson, bassist Ron Carter, drummer Jack DeJohnette, and percussionist Airto Moreira. In 1994, Freddie, collaborating with Chicago jazz vocalist/co-writer Catherine Whitney, had lyrics set to the music of First Light.

Columbia's VSOP: The Quintet, album was recorded from two live performances, one at the Hearst Greek Theatre, University of California, Berkeley, on July 16, 1977, the other at the San Diego Civic Theatre, July 18, 1977. Musicians joining the trumpeter for this landmark performance were the members of the mid-sixties line-up of the Miles Davis Quintet (except the leader): Herbie Hancock on keyboards, Tony Williams on drums, Ron Carter on bass, and Wayne Shorter on tenor and soprano saxophones. Hubbard's trumpet playing was featured on the track Zanzibar, on the 1978 Billy Joel album 52nd Street (the 1979 Grammy Award Winner for Best Album). The track ends with a fade during Hubbard's performance. An "unfaded" version was released on the 2004 Billy Joel box set My Lives.

In the 1980s Hubbard was again leading his own jazz group, attracting very favorable notices for his playing at concerts and festivals in the USA and Europe, often in the company of Joe Henderson, playing a repertory of hard-bop and modal-jazz pieces. Hubbard played at the legendary Monterey Jazz Festival in 1980 and in 1989 (with Bobby Hutcherson). He played with Woody Shaw, recording with him in 1985, and two years later recorded Stardust with Benny Golson. In 1988 he teamed up once more with Blakey at an engagement in Holland, from which came Feel the Wind. In 1990 he appeared in Japan headlining an American-Japanese concert package which also featured Elvin Jones, Sonny Fortune, pianists George Duke and Benny Green, bass players Ron Carter, and Rufus Reid, with jazz and popular music singer Salena Jones. He also performed at the Warsaw Jazz Festival at which Live at the Warsaw Jazz Festival (Jazzmen 1992) was recorded.

Following a long setback of health problems and a serious lip injury in 1992 where he ruptured his upper lip and subsequently developed an infection, Hubbard was again playing and recording occasionally, even if not at the high level that he set for himself during his earlier career. His best records ranked with the finest in his field. In 2006, The National Endowment for the Arts honored Hubbard with its highest honor in jazz, the NEA Jazz Masters Award. On December 29, 2008, Hubbard's hometown newspaper, The Indianapolis Star reported that Hubbard died from complications from a heart attack suffered on November 26 of the same year. Billboard magazine reported that Hubbard died in Sherman Oaks, California.
From: Wikipedia



terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Compost - Life Is Round [1973]




Excelente banda do início dos anos 70 que reúne dois grandes bateristas em seu elenco: Jack DeJohnette e Bob Moses. O primeiro ganhou notoriedade tocando com Bill Evans e Miles Davis, e Moses quando tocou com Rolnad Kirk e no Gary Burton's Quartet. Depois disso, ambos já acompanharam meio mundo do jazz e são nomes respeitadíssimos nessa esfera. Além dos tambores, os dois também tocam teclados e dividiam essa função no Compost. O grupo ainda conta com a percussão de Jumma Santos, mais um que tocou com Miles Davis, o que deixa evidente que a sessão rítmica da banda é realmente poderosa. O som é uma mistura de jazz, funk e soul com uma pitada latina vinda percussão de Jumma. O escrete ainda reunia Harold Vick (Grant Green, Jack McDuff, Nat Adderley, Dizzy Gillespie...) e o baixista Jack Gregg. O Compost não teve uma vida longa, durou uns três anos (1971 – 1973) e gravou três disco. Life Is Round foi o terceiro álbum e é o meu favorito. Um disco que agrada não somente aos jazzistas, mas também quem curte funk e soul music dos anos 70.






Compost - Life Is Round

This album was released in 1973 on Columbia Records, this all-star band consists of Bob Moses, Harold Vick, Jumma Santos, Jack Gregg and Jack De Johnette, plus friends Roland Prince, Ed Finney, Jeanne Lee and Lou Courntey. The Compost ensemble was formed, to quote Jack DeJohnette, as a co-operative band comprised of a group of people who are all versatile and whose egos are directed into positive channels, thereby overcoming the old leadership-versus-sidemen problem. This mission produced only three albums. While the self-titled debut never achieves much of a trajectory, some of the grooves on Life Is Round are nicely refracted esp. the Harold Vick cuts, “Seventh Period” and “The Ripper”. Lou Courtney even makes an appearance, adding vocals to a tidy song about outer space.
From curved-air.com



[*]