O Clutch não é uma banda nova, mas inexplicavelmente nunca
decolou, digo isso porque os caras fazem uma sonzeira da hora, superior a muita
coisa que rola por aí. Eles brotaram em Germantown, Maryland nos Estados Unidos,
em 1990, fazem um som qualificado como Stoner Rock com certa pegada de Blues. O
engraçado é que se você for procurar por aí vai encontrar uma série de
definições para este som, tais como: Funk Metal, Blues Rock, Southern Rock,
Hardcore Punk. Isso porque cada álbum
deles é marcado por um som distinto passando por várias tendências e estilos,
mas sempre próximo ao blues, que ficou mais evidente nos lançamentos dos
últimos anos como o vocalista Neil Fallon observa: "Temos sido muito inspirados
pelo Blues ao longo dos últimos dois anos, e você tem que admitir que o Blues é
realmente o fonte de todo o Rock ‘n’Roll. Eu acho que é importante ir à fonte
para encontrar a inspiração ".
Ainda na ativa, durante todos esses anos o grupo manteve a
formação original, o que é meio raro hoje em dia, com Neil Fallon (vocal,
guitarra e teclados), Tim Sult (guitarra),
Dan Maines (baixo) e Jean-Paul Gaster (bateria). No período entre 2005 e 2008 o
tecladista Mick Schauer esteve com eles.
A banda é conhecida por inventar letras engraçadas, irônicas e sarcásticas,
fazendo referências à história, a mitologia e a cultura popular americana.
Apesar de ter assinado com grandes gravadoras nos anos 90, a banda jamais fez muito sucesso nas rádios americanas e nunca vendeu milhões de cópias. O
grande trunfo do Clutch são os fãs devotos que a banda acumulou em seus shows,
dando-lhe o status de cult. Mesmo não sendo um grupo de destaque, o Clutch
chega a fazer cerca de cem apresentações por ano.
Strange Cousins From The West é o nono álbum de estúdio do
Clutch. Foi lançado em 14 de julho de 2009, estreando em 38º na Billboard 200
na semana após seu lançamento, com vendas de 13.000 cópias, sendo este o melhor
resultado de estreia para um álbum do Clutch. Na minha modesta opinião, um dos
melhores discos do grupo e espero que vocês apreciem sem moderação.
Clutch - Strange Cousins From The West
Clutch combined elements of funk, Led Zeppelin, and metal with vocals inspired by Faith No More. Formed in 1991 in Germantown, MD, the group included Neil Fallon (vocals), Tim Sult (guitar), Dan Maines (bass), and Jean-Paul Gaster (drums). They built a local following through constant gigging, and after just one 7" single (the classic Earache release "Passive Restraints") Clutch was signed by EastWest Records. Their debut LP, Transnational Speedway League, followed in 1993. A self-titled album appeared two years later and afforded Clutch some mainstream exposure. They jumped to the larger Columbia label for 1998's Elephant Riders, and many thought the group might join their sonic cousins Korn and Deftones in the alternative metal winner's circle. That didn't quite happen. But it didn't matter, because a quality fan base continued to thrive for Clutch.
Pure Rock Fury appeared in 2001, and the similarly uncompromising Blast Tyrant came three years later as their first for DRT Records. Their seventh full-length, Robot Hive/Exodus, followed in 2005 and featured the first lineup change since the early '90s, the addition of organist Mick Schauer. Among Clutch's numerous side releases were a groove-based album (2000's Jam Room), as well as Live at the Googolplex and the rarities record Slow Hole to China, both issued in 2003. Also issued in 2005, Pitchfork & Lost Needles combined Clutch's 1991 Pitchfork 7" with unreleased demos and early tracks. In the fall of 2006, the band hit the studio with producer Joe Barresi (Kyuss, Melvins) to record their next album; the resulting From Beale Street to Oblivion appeared in March 2007. In 2008, the band released a CD/DVD compilation of live tracks from shows in New Jersey, Pittsburgh, and Sydney titled Full Fathom Five: Audio Field Recordings 2007-2008 on their own label, Weathermaker Music.
Essa inglesinha de olhar meigo, formas arredondadas, segurando uma guitarra e fazendo carinha na capa do disco é a prova cabal de que as aparências enganam. Pois a julgar por esse “look”, eu jamais me arriscaria a comprar um CD desse, imaginando ser mais uma das milhares de garotinhas fazendo pose, não catando e nem tocando porra nenhuma, mas caiu nas graças de algum produtor que vai jogá-la na MTV, ganhando a simpatia de um bando de adolescentes sem porra nenhuma na cabeça, se transformando em uma daquelas que, depois de uns dois ou três anos, ninguém se lembrará do nome. Ledo engano meu caro! Essa coisinha fofa aí toca guitarra para caralho, alho!! E eu só a descobri, por acidente quando pesquisava sobre o guitarrista Robin Trower. Então fui dar numa página web que dizia o seguinte:
”Imagine o tom de Robin Trower, a inspiração de Hendrix, a influência de Stevie Ray Vaughan, a energia de Bonamassa, a intensidade de Walter Trout e o vocal assustador de Stevie Nicks, tudo em uma só pessoa... Então, deixe-me apresentar Chantel McGregor, uma das guitarristas mais excitantes do rock e do blues que o Reino Unido já produziu!”
É claro que eu tinha que conferir isso. O primeiro lugar a procurar foi no You Tube. O que, de certa forma, me ajudou muito acreditar um pouco nos exagerados (“pero no mucho”) dizeres acima, porque, depois, quando baixei o disco, me decepcionei um pouco com as primeiras faixas e só insisti em ouvir as outras porque sabia que a mocinha era capaz de muito mais. Pois lá no “You Tóba” me deparei com ela tocando Red House e Voodoo Chile (Jimi Hendrix), Lenny (Stevie Ray Vaughan), Nothing Else Matters (Metalica), Daydream (Robin Trower) e outras pérolas.
Já no disco a coisa começa meio devagar, a faixa de abertura, “Fabulous”, embora tenha certa pegada, parece que foi produzida mais com intento mercadológico do que artístico. Em “I'm No Good For You” e coisa melhora um pouco passando para uma interessante levada blussy. Ai vem duas músicas meio chatinhas chamadas “Like No Other!” e “Freefalling”. Começa a melhorar com a clássica “Rhiannon”, do Fleetwood Mac, a qual ela interpreta muito bem; esquenta nas três músicas que se seguem: “Caught Out”, “Daydream” do Robin Trower e “Like No Other”. Mas a calor da chama some na balada melosa “Screams Everlasting”. Uoahhh que sono! “Happy Song” e “Not Here With Me” não ajudam muito a levantar o astral, mas para auxiliar no grand finale, vem “Help Me”, de Sonny Boy Williamson, em bela interpretação. Enfim, o disco podia ser melhor, no entanto não deixa de ser uma boa amostragem do talento dessa excelente guitarrista. A expectativa que fica é: para qual das vertestes apresentadas neste álbum ela ira tender; o lado baladinha pop, ou o lado blues rock virtuoso? Vamos aguardar o próximo álbum para saber.
Atualmente com 25 anos, aos oito Chantel se tornou a pessoa mais jovem da Inglaterra a ser aprovada num exame para ingressar numa escola de rock; aos 12 ela já se apresentava em Bradford, sua cidade natal, se destacando como uma guitarrista promissora. Descrita como prodígio, aos 14 Chantel ouviu do chefe de uma grande gravadora (A & R): "grande voz, mas as meninas não tocam guitarra desse jeito!" Seu conselho: "alterar os estilos porque os meninos seriam intimidados". Sabiamente ignorando o conselho, ela se matriculou na mundialmente renomada Leeds College of Music e tornou-se a primeira aluna da história da faculdade a conseguir uma passagem com 100% de aprovação, se formando como a primeira da classe e ganhando 18 distinções.
Chantel McGregor - Like No Other [2011]
Realising at an early age that if I picked up a guitar I got attention, especially from my dad whose guitar it was, it was inevitable that I’d get one of my own. So at the ripe old age of three, I got my first guitar, a half size acoustic. At seven, I started lessons but soon noticed that not only did dad’s electric guitars have smaller necks, making them ideal for little hands, but they could also make a lot more noise. After more lessons and a lot more noise, aged eight, I became the youngest person in the country to pass a Rockschool grade. More lessons followed,and with them came the realisation that if you want people to listen, you need to sing! So, aged 12, I started playing and singing at local jam sessions, and two years later, the head of A&R from a major label sat in our lounge and told me "great voice, but girls don't play guitar like that!" His advice, “change styles because boys would be intimidated”. Singing and playing on national television and radio soon followed.
Then came a change of direction, I wanted to become an English teacher, so I went away from live performance and concentrated on my studies. Having got the qualifications to enrol to do an English degree, I changed my mind, and went back to the music. Now qualified at Rockschool Grade Eight, and with the qualifications to do an English degree rather than a music degree, I enrolled at the world renowned Leeds College of Music to do a Btec in Popular Music, where I became the first student in the college’s history to achieve a 100% pass mark, with 18 distinctions. Progressing onto the degree course, I became the holder of the College’s prize for outstanding musicianship for 2006/7, on the way to achieving a First Class Honours Degree in Popular Music in July 2009 and at the same time the award for guitar.
Random bits? I hold the record for the longest song ever to be played on BBC Radio 2, have played with Joe Bonamassa, met up with Eric Clapton, Steve Vai, Joe Satriani and Bonnie Raitt (a lovely lady, we talked about how to roll your sleeves up!) amongst others, featured on a Universal Records compilation celebrating 100 years of the blues, and did a dvd with Jeff Beck, Keith Richards and Albert Lee celebrating 60 years of the Fender Telecaster. In September 2011, I was voted 'Young Artist Of The Year' at the British Blues Awards.
Acompanho este grupo canadense desde o primeiro lançamento homônimo em 2005, não sei dizer o seu impacto no mainstream, mas aqui na blogesfera e outros meios alternativos é uma banda com certa admiração, sabendo dosar muito bem toda sua bagagem de influências sem soar como cópia barata. O segundo álbum, In the Future, saiu em 2008 confirmando que as expectativas em cima do grupo não eram fogo de palha, ganhando o respeito da crítica especializada, apesar de que, hoje em dia, é difícil dizer se isso é bom ou ruim. Na minha modesta opinião Wilderness Heart é o melhor trabalho deles até o momento. Toda a psicodelia folk, característica marcante do grupo, está mais amadurecida e com um peso maior. Imagino que essa sonoridade mais heavy se deva a mudança de ares, pois pela primeira vez eles deixaram os estúdios de Vancouver para gravar em Los Angeles. O disco abre com uma pérola chamada “The Hair Song”, que lembra Led Zeppelin, não exatamente o Houses of the Holly, que tem uma faixa com nome parecido “The Rain Song”, mas o Physical Graffiti pelo seus timbres acústicos e a postura vocal da dupla Amber Webber e Stephen McBean, muuuito bacana! Toda essa sutileza vai a baixo na segunda faixa, a pulsante “Old Fangs”, e volta em “Radiant Hearts”, onde mais uma vez o duo vocal funciona soberbamente.
Depois vem Rollercoaster, meio arrastada, psicodélica, com certo peso, onde o vocal melancólico de Amber funcionando muito bem. Mais uma vez a dinâmica lenta é quebrada, dessa vez com uma porrada a la Black Sabbath “Let Spirits Ride”, para deixar qualquer headbanger tonto. Bom gente, o disco segue assim, com as música variando em dinâmica e peso, não gosto muito desse negócio de descrever faixa por faixa, mas acho que já deu para percebem que estamos falando de um bom disco do bom e velho rock, rico em vocais, texturas, interlúdios instrumentais, bem cadenciado, com características setentista, mas sem cheiro de mofo! Não seria nenhum exagero dizer que Wilderness Heart absolutamente encantador e expressivo.
Black Mountain - Wilderness Heart [2010]
Black Mountain's third album represents the finest yield so far from the Vancouver band’s relentless harvesting of rock and folk's 70s heyday. Wilderness Heart refuses to dive into unfamiliar territory, instead expertly blending heavy rock, smoky blues and finger-picked acoustic guitars across an album of tantalisingly layered songs. There are still some frenetic surprises, especially Let Spirits Ride which leaps from buildings with its punkoid drive and galloping pace. But the heart of this album is the stark, jet-black core built around riffs carved from obsidian pillars. Bellowing organ drenches these brooding songs, giving them a cobwebbed and ominous air. Opening track The Hair Song sets the agenda with a slithering acoustic riff, steel slide backing, male and female harmonies, and a brief tangled psychedelic jam. It's all disarmingly upbeat though when compared to the haze that hangs over the following songs. Even the elegant Radiant Hearts, with its tender, teasing organ, has a melancholy march. The grinding bass of Roller Coaster works hesitant space into the grimy refrains and, as Amber Webber sings "I'll cradle you beneath my wings", the axis of distortion and fragile clarity spins freely, even if it veers close to soft rock cliché.
Wilderness Heart seems to represent the point where Black Mountain refine the melodic possibilities of their vocal performances upon the dominating, oppressive sound they've fused from familiar elements. Frankly, these songs are more memorable than some of the jam-orientated material of the past, though this is done without abandoning the captivating gravity of these roots by any means. There's ecstatic guitar screeching, pounding drums and a lot of shade within the light. There's far less meandering around themes when there is a point to be made, too. The argument against this is that there is less of the atmosphere that billowed through 2008's In the Future. But the title-track and the delicate yet eerie folk numbers such as Buried by the Blues and The Space of Your Mind suggest otherwise. Rather than adhering to type, Black Mountain now have a catalogue of songs that respect and rival their influences. By Brad Barrett from BBC
No início do mês passado faleceu o guitarrista Ronald Douglas Montrose (29 de novembro de 1947 – 3 de março de 2012), mais conhecido como Ronnie Montrose, um dos caras que mais tocava guitarra neste planeta, embora não fosse tão popular quanto Eric Clapton, Jeff Beck, Jimmy Page e outros da sua geração. Sem dúvida um injustiçado pela mídia. Tocava muito, ou melhor, tocava guitarra para caralho! Dividiu o palco com gente do naipe de Herbie Hancock, Van Morrison, Gary Wright, Tony Williams, os irmãos Johnny e Edgar Winter, entre outros. O fato me deixou um tanto chateado e confesso que até eu tinhas esquecido o quanto esse cara era bom. Não ouvia seus discos há muito tempo e a notícia da sua morte me fez limpar a poeira de antigas gravações para recordar sua música, hard rock de muita qualidade. A primeira vez que ouvi falar dessa cara foi no disco They Only Come Out at Night (1972), terceiro álbum de estúdio do Edgar Winter Group, aquele que tem um dos maiores hits da história do rock: "Frankenstein". Antes, acho que ele tocava com o Van Morrison e Boz Scaggs, não sei ao certo porque nunca me liguei muito no som desses dois aí.
Um ano depois ele já montou sua própria banda, Montrose, e lançou um disco homônimo matador, que só vim a conhecer anos depois do lançamento. O primeiro LP que eu comprei dele foi Open Fire (1978), o primeiro que ele lançou depois do fim do Montrose, um trabalho que estava super bem recomendado na época, mas confesso que não me agradou muito, era sofisticado demais para os ouvidos de um pré-adolescente como eu, ligado em Led Zeppelin e outros figurões do hard rock. Mas foi por causa do Open Fire que eu descobri o Montrose, onde ouvi a voz de Sammy Hagar (que mais tarde brilharia no Van Halen) pela primeira vez e me amarrei no disco, agora, o que eu curti mais ainda foram os discos piratas dessa época, gravados de duas sessões realizadas no famoso estúdio Record Plant, de São Francisco, em abril de 1973 e dezembro de 1974. É com eles que faço a minha homenagem a esse guitarrista monstruoso!
"Ronnnie me deu a primeira chance como compositor,
vocalista
e artista, sou eternamente grato a ele".
Sammy Hagar
RONNIE MONTROSE
Guitarist
Ronnie Montrose began his career as a backing musician, playing with Van
Morrison, Boz Scaggs, and Edgar Winter. He finally formed his own band in 1973.
Named after the guitarist, Montrose also featured vocalist Sammy Hagar, bassist
Bill Church, and drummer Denny Carmassi; they released their debut album in
1974, and Church was replaced by Alan Fitzgerald shortly after its release.
Released the following year, Paper Money confirmed the band's status as one of
the more popular hard rock acts of their era. However, Hagar was fired after
completing the Paper Money tour. Bob James replaced him and keyboardist Jim
Alcivar joined the band, yet Montrose's next two albums -- 1975's Warner
Brothers Presents Montrose and 1976's Jump on It -- were commercial failures.
Ronnie Montrose broke up the band after the release of Jump on It and began his
own solo career with the all-instrumental Open Fire (1978). Montrose then
formed another hard rock group, Gamma, which recorded three albums between 1979
and 1982. After they broke up in 1982, Montrose picked his solo career once
again. He released a rather low-key album, Territory, in 1983, following it
four years later in 1987 with the hard-rocking and impressive Mean (attributing
it to Gamma). The Speed of Sound appeared in 1988, with The Diva Station, a
semi-instrumental mesh of soul, pop, metal, and jazz, arriving in 1990.
Montrose began putting more of his time into production work, but continued to
release solo albums, including Mutatis Mutandis (1991), Music from Here (1994),
Mr. Bones (1996), Roll Over and Play Live (1999), and Bearings (1999), before
reuniting Gamma for a fourth Gamma album in 2000. Montrose continued his
production and session work, and would tour regularly over the last dozen years
of his life before finally losing his long battle with prostate cancer and
passing on March 3, 2012.
Uns dois meses atrás eu andei comprando uns DVDs do velho Frank. Me entusiasmei e resolvi buscar na internet mais informações sobre a filmografia do mestre, aproveitando para baixar umas coisinhas que descobri aqui e ali. Ao final da jornada constatei que já tinha comprado, praticamente, todos os lançamentos oficias disponíveis e baixados os principais bootlegs da praça, exceto um: John, Dam and Me. Um DVD pirata que trás as duas aparições do guitarrista no programa de TV “Saturday Night Live”, em 1976 e 78, e ainda um pedaço de uma apresentação em Estocolmo em 1973. Pronto! Fiquei meio que obcecado para ter o tal vídeo e saí buscando em tudo que é canto, de Amazon, até umas lojinhas na galeria do rock aqui em São Paulo. Para não dizer que não encontrei, achei numa loja na internet de um site japonês onde, no final das contas, a importação sairia cara demais para um tipo pouco afortunado como eu. Desesperado, adentrei nos mais suspeitos becos da grande teia, arriscando contrair algum vírus infernal, mas na esperança de que alguma alma tenha postado essa pérola. Foi em vão! Minha obsessão não era apenas por não possuir este DVD (afinal não se pode ter tudo), mas porque a década de 70, em especial esse período entre 1973 e 1978 é o meu favorito em toda carreira do mestre, 2envolve lançamentos de discos fantásticos como The Grand Wazoo (1973), Over-Nite Sensation (1973), Apostrophe (') (1974), One Size Fits All (1975), Bongo Fury (1975), Zoot Allures (1976), Zappa in New York (1978) e Studio Tan (1978). Fala sério!!
Bueno, já tinha desistido da bagaça quando num belo dia, absolutamente sem querer, me deparo com um sítio onde estava uma coleção de programas Saturday Night Life disponível para download, inclusive dos anos 76 e 78 com as aparições do velho Frank em performances magistrais. Fiquei tão feliz da vida que resolvi montar e postar uma versão do “John, Dam and Me” feita por mim, já que tinha a apresentação em Estocolmo de 1973. No entanto, quando estava editando me dei conta que nunca assisti o tal do “John, Dam and Me” para poder recriá-lo. Por isso optei por trocar o nome original para ”I Am The Slime From Your Video”, fazendo uma capa própria para esta versão totalmente editada por “Me, Myself and I”. Então tá! Fora isso, é isso aí! Espero que vocês gostem.
I Am The Slime From Your Video
This DVD is similar to “John, Dam and Me”, a bootleg that brings the two appearances of the guitarist in the "Saturday Night Live" TV show, respectively, in 1976 and 78, and still a bit of a gig in Stockholm in 1973.
O som desse grupo me agrada muito, existe desde 2000 e até acho estranho que não tenha um espaço maior na mídia. O curioso é que seus integrantes vêm de bandas renomadas, mais curioso ainda, é que eu não gosto dessas bandas, mas curto o Jelly Jam. O guitarrista e vocalista Ty Tabor vem do King's X; o baterista Rod Morgenstein, do The Dixie Dregs; e o baixista John Myung, do Dream Theater. No entanto, o som dos três juntos é bastante diferente dos seus grupos de origem. Embora rotulado de progressivo, eu não consigo enxergar dessa forma, nem como neo-prog, ou qualquer outra coisa associada com isso. O som é marcado por uma guitarra pulsante, meio hard, meio stoner e com influências psicodélicas, mas não o bastante para caracterizá-lo com progressivo, afinal, uma coisa não é, necessariamente, sinônimo da outra, portanto, prefiro classificá-lo simplesmente como rock, sem frescuras ou complicações.
Toda essa confusão está ligada à origem do grupo. Entre 1997 e 2000, esses mesmos caras, mais o tecladista Derek Sherinian (Dream Theater, Planet X, Yngwie Malmsteen... Atualmente no Black Country Communion) integravam o Platypus, este sim nitidamente neo-prog. Com a saída de Sherinian o som mudou, perdeu toda aquela sofisticação e lirismo proporcionados pelo teclado, ficando mais rude e pulsante. Nascia o Jelly Jam que, apesar de compartilhar com a banda que o gerou, ao mesmo tempo é um muito diferente. Já no primeiro disco homônimo, lançado em 2001, ficou claro que aquela sonoridade progressiva do Platypus era apenas uma alusão. Também não há mais os elementos de orientação jazzística que, ocasionalmente, se apresentam no Platypus. Mas eles ainda continuam na vertente dos anos 70, só que agora a música tende para o hard rock. Ao ouvir o disco você vai encontrar citações a Led Zeppelin, Whitesnake e, provavelmente, irá notar reflexos dos Beatles, Jimi Hendrix e até Rush dos anos 80. Também estão presentes tendências espaciais de coisas como Hawkwind, Ozric Tentacles, etc. O que não significa que o Jelly Jam não seja original. Porque são sim! Eles conseguem combinar todas as suas influências em uma “geléia” de sabor acentuado e bastante divertida.
Em 2002 o Jelly Jam, lançou seu segundo álbum, intitulado 2 (dois), pura e simplesmente. Apesar da singularidade do nome, podemos notar no disco que há uma preocupação maior com o lado comercial, com arranjos mais trabalhados e um certo polimento nas mixagens, felizmente, sem comprometer a qualidade. Ano passado eles voltaram ao estúdio para gravar um novo álbum, que deve sair este ano. Será que agora engrena?
Fonte: All Music Guide, Progarchives.com e The Jelly Jam web site
The Jelly Jam
The Jelly Jam is a three-piece rock band, consisting of Ty Tabor of King’s X on guitar and vocals, Rod Morgenstein of The Dixie Dregs and Winger on drums, and John Myung of Dream Theater on bass. Along with keyboardist Derek Sherinian, Tabor, Morgenstein, and Myung previously collaborated under the name Platypus. Their self-titled debut album, The Jelly Jam, was released by InsideOut Music in 2002. Their second album, 2, followed in 2004. In 2010 the band returned to the studio to record Shall We Descend. This full length recording is slated for a 2011 release. Also in 2010 the band released the special bonus package, Additives.
Com um visual pin up de cair o queixo, Imelda May, tem uma sonoridade rockabilly temperada com os condimentos jazzísticos do swing. Apesar de retrô, ela me lembra uma femme fatale daqueles filmes noir, eu não me surpreenderia se com seu próximo disco, Mayhem, prestes a ser lançado com suporte de uma grande gravadora, ela se torne uma cantora da esfera pop, bombando nas rádios e MTVs da vida. Afinal ela tem belas pernas, um corpinho curvilíneo e um rosto angelical, o que já é suficiente para um produtor esperto criar uma nova estrela. Não bastasse tudo isso, Imelda ainda canta muito, tem talento, voz e personalidade. É verdade que seu tipo de música não é bem o ideal do mainstream, porém, se deu certo com Amy Winehouse, pode acontecer com ela também. Mas para ser franco, eu prefiro que ela continue orbitando mais no espaço alternativo, pois essa coisa de sucesso costuma corromper as pessoas.
Imelda Mary Higham nasceu em 10 de julho de 1974, na Irlanda, mas ficou conhecida como Imelda May. Antes de se casar com o guitarrista da sua banda, Darrel Higham, ela usava o nome de Imelda Clabby, com o qual lançou seu primeiro disco em 2003, No Turning Back, posteriormente relançado em 2007 com seu nome atual. Por ser uma cantora relativamente nova no mercado da música, não consegui levantar muitos dados relevantes sobre a sua vida, como curiosidade descobri que ela é a caçula de cinco filhos, tem um cachorro, fala com um sotaque característico de Dublin, e gosta de sorvete. Mas o que importa mesmo é a música e neste quesito a mocinha manda muito bem, influenciada por Elvis Presley, Billie Holiday e obviamente Wanda Jackson (a rainha do rockabilly), Imelda interpreta velhos clássicos do rock e composições próprias com a desenvoltura de uma veterana, usando suavidade nas baladas e agressividade nas músicas mais rápidas. Tocando em pequenos clubes noturnos locais, a partir do lançamento do segundo disco, Love Tattoo (2008), sua vida profissional deu uma virada e as coisas começaram a acontecer, mesmo com pouco tempo de carreira ela já dividiu o palco com Alison Moyet, Dionne Warwick, Bryan Ferry, Anastasia, The Supremes, Sister Sledge, Scissor Sisters, The Dubliners, Madeleine Peyroux, Matt Bianco, Jools Holland, U2, Eric Clapton, Van Morrison e Jeff Beck. Foi justamente por causa deste último que eu fiquei sabendo da existência da mocinha, pois a mesma participou do mais recente CD de Jeff Beck, Emotion & Commotion (2010), cantando “Lilac Wine” quase tão bem quanto a versão imortalizada por Nina Simone. Desde que conheceu Imelda em um programa de televisão em 2008, que Jeff vem apadrinhando a cantora, além da gravação juntos, o cara ainda a carregou para sua apresentação no Grammy deste ano e sempre que possível, da o ar da graça em alguns shows dela e vice-versa. Uma relação oportuna aos fofoqueiros de plantão, no entanto, convém lembrar que, assim como Imelda, Jeff é muito bem casado (com a atriz Sandra Cush) e pelo que consta, a relação dos dois vai bem obrigado, pois, ao contrário de muitos roqueiros por ai, o guitarrista é do tipo sossegado e não curti muito esse negócio de ficar badalando no jet set.
"O problema com uma artista como Imelda May é que ela é tão boa, que é quase impossível fazer uma resenha crítica, seu desempenho é impecável." - Clash Magazine
Imelda May, nasceu em Dublin e foi criada em Liberties, seu nome pode ser desconhecido para alguns, mas para outros já é uma superstar. Ela é inconfundível, tanto na sua música (uma fusão de surf guitar, blues e rockabilly que poderia muito bem fazer parte de um filme de David Lynch), quanto no seu estilo, com uma espiral loira em meio ao seu cabelo preto. Na Irlanda seu álbum de estréia Love Tattoo, gravado e lançado pelo seu próprio selo, foi disco triplo de platina, ou seja, vendeu mais de 3.000.000 de unidades. Ela já dividiu o palco com muito big shot da música e agora, com o prestes lançamento de seu novo álbum, Mayhem, está muito próxima de se tornar uma grande estrela do rock.
Sendo a caçula de cinco filhos, Imelda esteve bastante suscetível as influências vindas de seus irmãos e irmãs mais velhos, pelos sons que ouvia constantemente através das paredes da sua casa. Havia folk, a obrigatória parada pop e também tinha Elvis. “Meu irmão era um grande fã de Elvis e um dia eu encontrei em seu quarto uma fita com Elvis, Eddie Cochran e Gene Vincent. Achei aquela música fantástica.”
“Uma coisa que me levou a conhecer diferentes estilos de música, aconteceu quando eu ainda era muito jovem, uma loja de discos local estava saindo do negócio e liquidando o estoque. Eu me lembro de ter ido lá, tinha uns 16 ou 17 anos provavelmente, e havia acabado de ganhar uma vitrola de presente. Foi como se tivesse acertado a sorte grande, todos aqueles discos por três libras cada! Uma oportunidade para descobrir outras coisas. Rapidamente notei aqueles discos da Chess, Ace e Capitol Records. Percebi que se eu comprasse aqueles, haveria uma boa chance de gostar deles. Então arrematei todos os discos daquelas gravadoras que consegui encontrar e aí acabei descobrindo um monte de bandas que eu adoro.”
Aos nove anos de idade estava apaixonada pelo rockabilly e o blues. Era a única garota da sua classe que não estava na onda do A-ha e Wet Wet Wet. Cantando rock’n’roll desde a tenra idade, o seu gosto começou a se desenvolver e aprofundar, em primeiro lugar com Elmore James e mais tarde - "Eu ouvi Billie Holiday, e aquilo abriu a minha cabeça." Depois de um ano na faculdade de arte, ela saiu decidida a ser cantora. Até aquele momento sua única experiência profissional se limitava a ter cantado em um comercial do empanado de peixe Findus (equivalente a Sadia, Perdigão e marcas do tipo) aos 14 anos. “Uma garota de Liberties que estava nos negócios de música me descolou esse comercial onde eu cantava: ‘Betcha nuca coloque o seu dedo no crunchier crumb (crosta crocante de farinha de rosca, a famosa milanesa)!’ Eu ganhei 40 libras por isso!” Ela rapidamente encontrou trabalho cantando swing com o grupo Blue Harlem, rock’n’roll com Mike Sanchez e teve uma interessante passagem cantando em clubes burlescos (estilo cabaré e teatro de revista): “Eu cantava, enquanto as outras meninas estavam no palco. Uma delas costumava levar uma rebarbadora presa ao tronco para produzir uma chuva de faíscas. Um dia, uma faísca voou na minha garganta quando eu estava a cantando."
Imelda começou cantando nos clubes aos 16 anos e teve o “privilégio” de ser barrada no seu próprio show, no Dublin’s Bruxelles, por ser menor. "Eu estava recebendo dicas dos melhores músicos de Dublin. Um deles me disse: ‘Sua voz é excelente, mas precisa ser um pouco mais rude’”. Foi por volta dessa época, quando Imelda estava triste e tinha de fazer um show, que seu pai lhe perguntou "O seu coração está partido? Excelente! Agora você pode cantar o blues". Ele lembra isso como uma guinada na sua vida, desde então sua voz tornou-se mais sensual, rica e com a tonalidade particular que ouvimos hoje.
Em 2006 ela ansiava por ratificar sua carreira solo e formou sua própria banda . “Nós começamos com uma pegada meio jazzística, mas foi preciso coragem e agressividade.” Quando álbum de estréia Love Tattoo foi lançado, não passou despercebido, chamando a atenção de muita gente, inclusive de Jools Holland (pianista e apresentador de televisão britânico), que apoiou a turnê de 2008, a levou para se apresentar no seu programa de televisão na BBC, Later... with Jools Holland, onde ela se mostrou para uma platéia que incluía Jeff Beck, Elbow e Roots Manuva, depois, Beck fez questão de contar a Holland que estava lá apenas para ver Imelda. Em 2006 ela bateu Bruce Springsteen do Nº1, se tornando a primeira artista mulher local no topo das paradas irlandesa de álbuns desde Mary Black, há vinte anos. Ganhou o prêmio Female Artist of the Year (artista feminina do ano) no Irish Meteor Awards. Com o sucesso do álbum, Imelda continuou a fazer turnês, tocando para mais de 400 mil pessoas em oito países da Europa e nos Estados Unidos onde, recentemente, fez uma turnê com Jamie Cullum. Imelda não só chamou a atenção das pessoas musicalmente, mas também com seu estilo marcante e inconfundivelmente cool, seu peculiar olhar anos 50, acabou estampado na capa da edição irlandesa do Sunday Times Style. Outro que se encantou por ela foi estilista italiano Roberto Cavalli que a levou para realizar uma apresentação especial em sua festa particular durante a Milan Fashion Week. Fonte: Imelda May web site.
Nota: o texto acima fala de Love Tattoo com se fosse o primeiro disco, mas no meu texto eu digo que o primeiro álbum foi No Turning Back, em 2003. Isso pode ter feito alguma confusão, mas lembrem-se que na primeira edição de No Turning Back ela ainda assinava Imelda Clabby e o álbum teve produção e distribuição totalmente independente. Love Tattoo também foi produzido por ela, mas contou com um esquema internacional de distribuição da Ambassador Records na Europa, da Verve nos E.U.A. e da Universal em outros países. Posteriormente, No Turning Back foi reeditado, relançado em 2007, e colocado no mercado internacional pela Universal em 2009.
Imelda May, born in Dublin and raised in the Liberties, may be an unknown name to some, but to many she is already a superstar. She is unmistakable both in her music (a fusion of surf guitars, blues and rockabilly that wouldn’t be out of place in a David Lynch film) and her style, with a solitary curl and shock of blonde in her jet black hair. In Ireland, her debut album ‘Love Tattoo’, which she recorded and released on her own label, has gone Triple Platinum. She has shared a stage with U2, Eric Clapton, Jeff Beck, Van Morrison, Scissor Sisters, Lionel Richie and, most recently, the first lady of rockabilly, Wanda Jackson. And now, with the release of her new album “Mayhem”, she is about to go stellar. Being the youngest of five siblings, Imelda was the most susceptible to the various influences from her older brothers and sisters, which she could hear constantly through the walls of their two bedroom house. There was folk, the obligatory chart pop, and then there was Elvis. “My brother was a mad Elvis fan, and I found a tape in his room with Elvis, Eddie Cochran and Gene Vincent. I thought the music was fantastic.”
By the age of nine Imelda had fallen in love with rockabilly and the blues – the only kid in her class who wasn’t into Wet Wet Wet. Singing along to rock n roll from an early age, her tastes began to develop and deepen, first with Elmore James and then – ” I heard Billie Holiday, and that blew my mind.” After a year of art college she dropped out, deciding she would rather sing for a living. At that point, her professional experience was confined to having sung on an ad for Findus Fish Fingers at 14. “A girl in The Liberties was in the music business and she got me this ad, where I sang, ‘Betcha never put your finger on a crunchier crumb!’ I got £40 for it!” She quickly found work singing with the swing troupe Blue Harlem and rock n roller Mike Sanchez and had an interesting spell of singing in burlesque clubs: “I’d sing while the other girls were onstage. One of them used to take an angle grinder to her crotch and would produce a shower of sparks. One day a spark flew down my throat when I was singing!” Imelda began singing in clubs when she was 16 years old and had the honour of being occasionally barred from her own shows at Dublin’s Bruxelles club for being underage. “I was getting tips from the best musicians in Dublin. One of them said, ‘Your voice is great, but it needs to roughen.” It was around this time, when driving a tearful Imelda to a gig, that her father asked her “Is your heart broken? Excellent. Now you can sing the blues”. Remembered by Imelda as a turning point in her life, from then on her voice developed into the sultry, rich and unique tone you hear today.
By 2006 she was itching to go solo, and formed her own band. “We started out a bit jazzier, but it needed balls and roughing up which it got.” Her debut album, “Love Tattoo” was soon released and started to get noticed. Catching the attention of Jools Holland in 2008 she supported him on tour which led to him requesting her to appear on Later. Here she performed to an audience that included Jeff Beck, Elbow and Roots Manuva and afterwards Beck made a point of telling Holland that he was only there to see Imelda. In 2009, Imelda knocked Bruce Springsteen off No. 1 to become the first female Irish artist to top the Irish album charts since Mary Black nearly 20 years ago. She then went on to win Female Artist of the Year at the Irish Meteor Awards. Despite album success, Imelda continued to tour, playing to over 400 000 people in 8 countries across Europe and the US – including, most recently a US tour with Jamie Cullum.
Imelda has not only caught people’s attention musically, her striking style and unmistakable cool but quirky 50s look has led her to grace the front cover of the Irish Sunday Times Style, Roberto Cavalli flew her out to perform at his private party during the Milan Fashion Week. 2010 got off to an auspicious start when Imelda accepted an offer from Jeff Beck to perform with him at the Grammys. This was followed in April by a two night support slot in London with one of her idols, Wanda Jackson.
"Psycho", é single promocional do novo disco da cantora, Mayhem, com lançamento previsto para setembro. Vejo aqui mais um paralelo com Amy Winehouse, pois o tema me remete a "Rehab", mas segundo o press-release oficial, "Psycho" mostra Imelda exibindo algumas das suas influências mais díspares, como PJ Harvey em "Sheela Na Gig". O clip foi gravado no Ace Cafe, no norte de Londres, na presença de um monte de roqueiros.
Francamente, eu não consigo ver muito de "Sheela Na Gig" em "Psycho", por isso coloco aqui o vídeo para que vocês tirem suas próprias conclusões. Diz aí: você acha que isso tem a ver com aquilo?
Foi em meados dos anos 70 que conheci este grande guitarrista. Havia uma lojinha de discos que eu costumava freqüentar próximo de casa, lá na Av. Brigadeiro com a Paulista. Não era assim “a loja”, mas estava sempre atualizada nos lançamentos e, além disso, ficava ao lado do fliperama onde eu era presença constante. Sempre parava em frente à loja para olhar as capas dos discos e como ainda não entendia muita coisa de música, tinha o hábito de comprar alguns pelo visual de capa, não sem antes dar uma pequena orelhada no LP, é claro. Um belo dia, pescoçando a vitrine, lá estava o Robin Trower Live! (1976), eu ainda não sabia de quem se tratava, no entanto, a fachada parecia ser de um álbum bem ao estilo roqueiro da pesada. Então pedi para o lojista tocar umas faixas só para sentir o drama. Nem precisou chegar ao fim do disco, a pequena amostra já foi suficiente para sacar que se tratava de um discaço. Fui correndo para casa ouvir a minha nova aquisição e pude constatar que era ainda melhor do que me pareceu. A faixa de abertura, “Too Rolling Stoned,” é uma das coisas mais incríveis que eu já ouvi em termos de blues rock. Ainda hoje me emociono ao ouvir e tocar, pois acabou virando cover numa banda que eu tive. O disco é espetacular de cabo a rabo, o que me fez virar fã imediatamente. Não demorou muito e já tinha arrematado mais dois álbuns Bridge of Sighs (1974) e For Earth Below (1975), este último, importado, comprado às duras penas pelas minhas escassas economias.
As faixas de Neptune Rising são gravações de rádio concertos para uma platéia de convidados, em estúdios de três diferentes cidades: Fifth Floor Studios de Cincinnati, Ohio, em novembro de 1974; Record Plant de Sausalito, Califórnia, em janeiro de 1973 e no Paris Theatre de Londres, Inglaterra, em janeiro de 1975. São músicas dos dois primeiros álbuns da sua discografia Bridge of Sighs e Twice Removed from Yesterday (1973) e mostram o melhor momento da carreira do guitarrista, que foi justamente o princípio. A boa qualidade das gravações deixa transparecer todo o clima dessas apresentações, mostrando um Trower em grande forma, lembrando bastante o oficial Robin Trower Live!
Trower é realmente incrível, sua dinâmica nos solos e todo aquele tempero psicodélico, o fizeram ser comparado com Jimi Hendrix. Alguns paralelos em comum, como uso das guitarras Stratocaster, amplificadores Marshall saturados, pedal wah-wah e forte influência de blues, nos fazem crer que seu trabalho se pareça muito com o de Hendrix, mas se ouvirmos mais atentamente, podemos notar que são muito mais distintos do que parecem à primeira vista, ou melhor, ouvida. No entanto, esta sina o persegue até hoje, já disseram que quando ele ouviu Hendrix pela primeira vez, pensou em parar de tocar. Após a morte do guitar hero, comentou-se que Trower teria dito receber o espírito de Hendrix no palco enquanto tocava, mas é tudo balela, o famoso papo furado. Em uma entrevista não muito antiga ele chegou a comentar com algum humor sobre esses boatos: "Não é verdade que eu desisti depois de ter visto Jimi Hendrix tocar... Eu pensei em me aposentar quando vi tanto Hendrix como o Albert King tocar (risos)... Eu nunca disse que incorporava o espírito de Jimi no palco... Talvez isso tenha sido algo manipulado pela imprensa na época... Essa conexão com Hendrix provavelmente não elevou a minha reputação naqueles tempos... Pelo menos, ser comparado com ele sempre foi um elogio; quero dizer, se for para ser comparado com algum outro guitarrista, que seja com Jimi certo? Quem seria melhor do que ele (risos)? De qualquer forma, essa comparação acabou ficando algo bem cansativo e maçante.”
Foi só depois de algum tempo é que eu vim saber que Trower era o guitarrista do Procol Harum, o que me surpreendeu de certa forma. Eu conhecia o grupo mesmo antes da carreira solo dele, mas nunca me liguei no nome dos integrantes porque os via como um som mediano, tipo não cheira nem fede, mas que, de vez em quando, até cai bem. Se você não está ligando o nome ao som, certamente já ouviu em algum momento o maior hit deles, a música "A Whiter Shade of Pale", que muita gente, por não lembrar o nome (inclusive eu), chamava de “we skipped the light fandango”, também foi sucesso em outras vozes como a de Johnny Rivers e mais recentemente de Annie Lennox. Diziam que era progressivo, mas particularmente eu nunca consegui ver como tal, acho que classificavam assim porque as músicas tinham longa duração. A meu ver, aquilo era uma mistura de folk, british pop e R&B a la britânica. Enfim, era um som que não lembrava em nada a fúria de “Too Rolling Stoned”, “Little Bit of Sympathy”, “Shame the Devil”, “Day of the Eagle” e outras porradas. O que nos leva a entender porque deixou o Procol Harum quando o grupo vivia seu melhor momento. Veja só o que ele falou sobre isso: “Creio que nessa altura eu estava me desenvolvendo mais como compositor. Principalmente em Broken Barricades (1971 - último disco do Procul Harum com ele) as canções permitiam mais solos de guitarra como parte dos arranjos. “Song For A Dreamer”, por exemplo, foi uma música que abriu as portas para mim... A partir dela comecei a compor mais e mais voltado para a guitarra. Ficava claro que não haveria muito espaço para isso dentro do Procol Harum...” . Pois é, sendo assim, o cara tomou coragem, partiu para carreira solo, e acabou fazendo músicas infinitamente melhores que as baladas tristes da sua antiga banda.
Se “Song For a Dreamer” foi um divisor de águas na vida do guitarrista, foi também a grande responsável por essa associação com Hendrix que ainda prevalece. A verdade é que, até a morte de Jimi, Trower era um admirador, mas não um grande fã. Com a passagem dele para o além, Robin e o letrista do Procol Harum, Keith Reid, resolveram fazer uma homenagem como contou Trower a Bud Scoppa, da revista Guitar World, em 1988: “Nós decidimos que íamos fazer um tributo para ele em nosso próximo disco, (que acabou sendo “Song For a Dreamer”) nesse processo eu pensei ‘para ter certeza de que farei direito, vou estudar alguns dos seus álbuns, pois até então eu só conhecia bem o Are You Experienced? Então, depois de estudar e reproduzir suas músicas o mais próximo possível da interpretação original, acabei sendo inspirado por ele. Se não fosse por isso, acho que não teria sido influenciado, mas quando parei para escutá-lo melhor, eu peguei a coisa.” Isso virou um estigma, na mesma entrevista ele ainda comentou: “Você conhece o guitarrista Roy Buchanan? Toquei com ele cerca de um ano e meio atrás. Nós estávamos conversando depois de um show e ele me disse: ‘você nunca deveria ter dito que Hendrix te inspirou. Esse foi o seu maior erro’.”
Bem, creio que isso esclarece tudo que precisávamos saber sobre a correlação Trower/Hendrix que continuará a assombrar o guitarrista até o fim de sua vida. Por falar em vida, é muito bom saber que ele ainda respira e está na ativa até hoje. Seu mais recente lançamento é do ano passado, se chama What Lies Beneath e se não é um álbum tão incrível como aqueles da década de 70, não chega a ser nenhuma mancha em sua discografia, muito pelo contrário. Bom era isso que eu tinha pra dizer. Quanto à biografia de Robin Trower, vou deixar por conta de Ernesto Wenth Filho que mandou muito bem no texto que segue abaixo. Fontes: Wikipedia, Poeira Zine #23, BigO Worldwide
Nascido em 09 de março de 1945, em Catford, Inglaterra, o guitarrista Robin Trower tem uma longa carreira de sucesso no Blues e no Rock & Roll. No início dos anos 60 tocou em diversas bandas de Londres e “despontou” com o grupo The Paramounts, que era especialista em “covers” de Ray Charles, James Brown e de algumas bandas inglesas. O primeiro e único apoio que tiveram, como relatou Trower, veio dos Rolling Stones que “assistiu um show nosso e em seguida fomos convidados para participar do circuito musical da época”. Mas, foi em 1967 que o tecladista, amigo e ex-vocalista do The Paramounts, Gary Brooker entrou em contato com Trower e fez o convite para que ele fosse o guitarrista de sua nova banda: a “Procol Harum”.
A partir daí começaram a gravar e foram 05 discos clássicos da banda que projetaram Robin Trower como grande guitarrista. Em 1967 lançaram o álbum “Procol Harum”, em 1968 “Shine on Brightly”, em 1969 “A Salty Dog”, em 1970 “Home” e em 1971 “Broken Barricades”. Mesmo com o sucesso do Procol Harum, Trower queria mais e partiu para a carreira solo, chamou o vocalista e baixista James Dewar (que vozeirão!!!) e o baterista Reg Isidore, que logo foi substituído por Bill Lordan, formando assim um “power trio” de primeira linha.
Bem, em 1975 lançou o disco “For Earth Below” que junto com “Bridge of Sighs”, na minha opinião, são os 02 melhores álbuns de Robin. Aliás, podem comprar sem medo!! Na sequência, diversos discos foram lançados, mas o sucesso não foi tão grande. No início dos anos 80, Trower se juntou com o baixista e vocalista Jack Bruce (ex-Cream) e lançou 02 discos, o primeiro “B.L.T.” (iniciais de Bruce, Lordan e Trower) em 1981 e o segundo “Truce” em 1982. Em seguida desistiu da parceria e seguiu carreira solo novamente, que continua até hoje.
Persistente e talentoso, Robin Trower continua fazendo shows nos dias de hoje, você pode conferir a agenda e notícias sobre ele no site www.trowerpower.com e também se tiver oportunidade pegue o cd “Bridge of Sighs” e coloque a faixa de nº 04 “The Fool and Me”. Tenho certeza que depois de ouvi-la você vai entender porque a minha irmã Renata, ao ouvir Robin Trower, me disse: o som desse cara é “refinado”!!!! Fonte: web site oficial de Ricky Furlani
Robin Trower - Neptune Rising [1995]
Robin Trower's career has spanned more than four decades. He is one of the finest guitarists in Rock n' Roll history. He spent the early 60's playing guitar in various London based outfits, the most successful one being The Paramount's. They specialized in mostly covers, but managed to issue several singles between 1963 and 1965 and were a favourite band of the Rolling Stones. It wasn't until 1967 that Trower received his big break when he joined Procol Harum. Trower was a member of Procol Harum until 1972.
After leaving Procol Harum, Trower embarked on his solo career and found the success that has made him a legend today. Armed with his fluid and powerful guitar style, redefined during his stint with Procol Harum. All of his early albums share a tough, explosive style mixed with his trademark "soft psychedelia" that made Robin Trower a power trio that will forever remain in Rock n' Roll history. Throughout his long and winding solo career, guitarist Robin Trower has been called the "White" Hendrix due to his uncanny ability to channel Hendrix' bluesy/psychedelic, Fender Strat-fueled playing style.Trower released his solo debut, Twice Removed From Yesterday, in 1973. The album barely left a dent in the US charts, but that would change soon enough with his next release 1974's "Bridge of Sighs". The album skyrocketed into the US top ten, peaking at number seven selling a million and a half copies and it still sells 15,000 copies a year to date worldwide.
Although "Bridge of Sighs" was to be his most popular solo release, Trower's stock continued to rise throughout the mid 70's, as he became an arena headliner on the strength of such hit albums as 1975's For Earth Below, 1976's Robin Trower Live and Long Misty Days, plus 1977's In City Dreams. Further releases followed in the 80's, and a brief union with ex-Cream bassist/vocalist Jack Bruce spawned a pair of releases, 1981's B.L.T. and 1982's Truce, before Trower returned back to his solo career.
The 80's saw Trower expand his audience with several releases that updated his blues-rock style (such as 1987's slick produced Passion). During the early 90's,Trower returned back to Procol Harum for a brief reunion (1991's Prodigal Stranger), before backing ex-Roxy Music singer Bryan Ferry on a few releases (1993's Taxi and 1994's Mamouna, the latter of which Trower earned a co-producer credit for). The 90's saw Robin consistently touring the USA with his power trio. In 2002, Trower returned to the production role, linking up with Bryan Ferry again, to work and play on Bryan's "Frantic" album. In the following years Trower concentrated on writing and producing film music for releases such as "Good Humour Man".
In 2005, Fender are scheduled to release a Robin Trower signature guitar to mark the 50th anniversary of the Stratocaster, along with this there will be a "Bridge of Sighs" custom shop Stratocaster, of which only 100 will be made and will mark the legendary album's 30th anniversary. To celebrate this event, Trower has decided to return to live work in Europe. 2005 will see Robin Trower touring the UK, Germany, France and The Netherlands. His band will feature Dave Bronze (Bass), Pete Thompson (Drums) and Davey Pattison (Vocals).
Bueno... O que posso dizer sobre The Allman Brothers Band que já não foi dito, lido ouvido, visto, revisado, cozido e ensopado? É como chover no molhado! Afinal é um dos maiores grupos da história do rock, mas entre tantos e entre tudo, há sempre alguém boiando no lance e como recordar é viver, aqui vai um pequeno briefing.
Natural do estado da Geórgia, EUA, a banda surgiu em 1969 fundada pelos irmãos Allman, Gregg e Duane, para se tornar o maior ícone do Southern rock de todos os tempos, premiada com onze discos de ouro e cinco de prata entre 1971 e 2005. Teve um começo arrasador, lançando quatro álbuns fantásticos: The Allman Brothers Band (1969), Idlewild South (1970), At Fillmore East (1971) e Eat a Peach (1972). O guitarrista Duane Allman foi o grande nome da banda. Sua técnica e capacidade de improvisação eram impressionantes, ao ponto de ser considerado pela revista Rolling Stone como o segundo melhor guitarrista de todos os tempos, atrás apenas de Jimi Hendrix. E isso não foi naquela época não meu amigo, é coisa de uns tempos para cá! Ele também foi parceiro de Eric Clapton no grupo Derek & the Dominos e sua trágica morte num acidente de moto em 29 de outubro de 1971, poucas semanas antes de completar 25 anos, foi um grande baque não só para o grupo, mas igualmente para todos os amantes do rock. Apesar disso, a banda continuou na estrada, mas para mim, já não era a mesma coisa até renascer das cinzas, a partir dos anos 90, com a entrada do guitarrista, cantor e compositor Warren Haynes. Uau! Voltou a ser o Allman Brothers dos velhos tempos com ótimos lançamentos, entre os quais destaco: Seven Turns (1990), Shades of Two Worlds (1991), Where It All Begins (1994) e Hittin' the Note (2003). Então tá, se alguém não sabia nada sobre eles, agora já sabe alguma coisa.
Stormy Monday é o título de uma canção do bluesman T-Bone Walker que ganhou uma clássica interpretação dos Brothers e, também, o nome do bootleg aqui postado. O disco é fruto de uma transmissão em FM estéreo pela WPLJ de Nova York gravado ao vivo. Um show matador realizado no melhor momento da carreira dos Allmans. Em março de 1971 eles haviam acabado de gravar At Fillmore East, seu melhor registro ao vivo até hoje e continuaram a turnê implacavelmente. Em julho, eles voltaram à Nova York para promover o álbum, digo voltaram porque, para quem não sabe, o Fillmore é um dos principais auditórios da cidade, localizado no East Village na região de Manhattan. Por favor, não confundam com o Fillmore West, em San Francisco. O local escolhido para o show promocional foi o A&R Studios. A transmissão ocorreu duas semanas após a morte do saxofonista King Curtis, uma das influências de Duane Allman, vítima de esfaqueamento numa briga na porta da sua casa, em Nova York, aos 37 anos de idade. Durante o show, Duane fez uma pausa para refletir sobre o amigo assassinado: "Sobre King Curtis - era um dos mais belos gatos* que já existiu e tinha muita proximidade com os jovens, sabe? É uma vergonha (pelo modo como morreu – n.a.). Se vocês tiverem a oportunidade, ouçam o álbum que ele gravou no Fillmore West ... Rapaz, é incrível, é inacreditável o poder e a estatura emocional daquele homem. Ele é um ser humano incrível”. “No funeral, cara, Aretha Franklin cantou e Stevie Wonder tocou...eles tocaram ‘Soul Serenade’ ”. Duane toca um pedacinho da música de Curtis e alguns na platéia respondem com aplausos. “Sim, vocês provavelmente eram um pouco jovens. É fantástica. Nós vamos fazer essa... sim, certamente vamos fazê-la ... ". Então a banda passa a tocar “You Don’t Love Me” e depois de uns oito minutos eles começam a alentar o ritmo fazendo uma transição gradual para uma versão própria de ‘Soul Serenade’. Quando Duane toca a melodia da canção mais uma vez, o público imediatamente começa a bater palmas junto com a melodia. De repente, o guitarrista passa a intercalar a melodia em diferentes e comoventes solos, colocando o coração na coisa como você nunca ouviu antes, levando-a à estratosfera. Essa foi a maneira que Duane encontrou para refletir seus sentimentos pelo amigo perdido como só ele poderia fazê-lo: poderosamente, amorosamente e graciosamente.
O final do último parágrafo eu traduzi de um texto encontrado na internet que comenta sobre a performance desta gravação, foi creditado a uma (um) tal de Little Chicken. Achei bacana colocá-lo, pois mostra a atmosfera emocional que envolveu a apresentação. Outro fator muito positivo neste bootleg é a excelente qualidade do som, tão boa quanto um disco original. Sem dúvida nenhuma foi uma das melhores apresentações da Allman Brothers Band na era Duane e, provavelmente, um dos últimos shows de rádio do brother guitarrista antes de sua morte. A bem da verdade, Stormy Monday não é um bootleg raro, volta e meia ele aparece em posts pela net. Também é conhecido como New York Blues em lançamento pelo selo Gold Standard, mas é um disco tão bacana que merece ser postado toda semana para que ninguém se esqueça como era o som da Allman Brothers Band em seus áureos tempos!
* Gato em inglês não tem o mesmo significado que em português, não vão pensando que o cara era gay! Tem mais haver com as características do animal do que com beleza física.
The Allman Brothers Band - Stormy Monday [1971]
This appears to be the set recorded August 26, 1971 at A & R Studios for live WPLJ, New York broadcast. It's in stereo and both the sound quality and performance are excellent. It's the best quality unreleased performance of Duane-era ABB you can find. It is very much worth seeking out! The track "You Don't Love Me/Soul Serenade/You Don't Love Me" clocking in at 19:26,is in memory to saxophonist King Curtis.“Duane and the band jump into the intro for ‘You Don’t Love Me.’ A little over eight minutes into the song, Duane slows the band, reaching an achingly slow transitional phase, gradually leading everyone into his own version of ‘Soul Serenade’. When Duane plays the melody of the song again, the audience immediately begins clapping along to the sweet melodic tune. Suddenly, Duane jumps in and absolutely cuts the melody to shreds with one of the most moving, heart-felt solos you will ever hear, taking it right up into the stratosphere. Mirroring his words for Curtis, the ‘power and emotional stature’ of Duane’s own very personal and passionate eulogy for his lost friend is delivered as only he can do it - powerfully, lovingly, and gracefully.
UMA SELEÇÃO DAS MELHORES BANDAS E INTÉRPRETES SEGUNDO EU MESMO, APENAS UMA MÚSICA DE CADA, ALGUMAS ÓBVIAS E OUTRAS NEM TANTO. PARA DEIXAR ROLAR ATÉ O DIA CLAREAR!
Saudações galera!! Estamos terminando mais um ano, mais um que fica para o passado e sobrevivemos. Viva! É para se comemorar mesmo!! Nesta época, como de costume, pipoca nos blogs por aí aquela tradicional seleção musical de ano novo. Sempre me agradou a idéia, no entanto, nunca tomei a iniciativa de fazer uma minha. Mas este réveillon vai ser diferente e resolvi inventar uma trilha sonora para a ocasião. Quando pensei em o que colocar na fita, cheguei à conclusão de que seria apenas rock, pois é o som que mais combina com uma boa farra, porém, não fui tão radical e no meio de tudo há coisas que fogem do estilo como reggae, R&B e blues, sem destoar muito. Quanto aos intérpretes? Putz!! Foi um verdadeiro dilema, pensei em encher de Rolling Stones, com um pouco de Beatles, Led, Red Hot, um tanto de Stone Temple Pilot, outro de Stray Cats, mais isso, aquilo, aquele... Então tive a idéia de botar apenas uma música de cada, fazendo uma verdadeira salada rock. Foram cinco dias de seleção que resultaram num CD com 257 músicas em MP3 de 96kbps, fazendo mais de 16 horas de trilha sonora. Talvez alguns reclamem da baixa calibragem dos MP3, mas como a intenção era fazer música de fundo, 96kbps é mais que suficiente, pois é o equivalente à qualidade sonora de uma FM, além do mais, possibilitou a longa metragem da trilha que rodará de um dia para o outro sem repetir música e intérprete. Por falar nos músicos, foi uma tarefa muito difícil de selecionar e procurei colocar todos aqueles que foram marcantes num momento ou outro da minha vida, no fim acabei me esquecendo de alguns, como Elvis Presley, por exemplo, que só lembrei quando o zip já estava pronto, mas está quase todo mundo aí. Como minha senhora? Quer que eu diga todos os 257!! Bem... Velvet Underground, Dr. Feelgood, Beatles, Eric Clapton, Frank Zappa, Rolling Stones, Jimi Hendrix, The Yardbirds, Red Hot Chili Peppers,Grateful Dead, Black Crowes, Tom Petty & The Heartbreakers, Queens of the Stone Age, Small Faces,The Doobie Brothers, Alice In Chains, Led Zeppelin, Steppenwolf, The Strokes, Thin Lizzy, The Allman Brothers, Ramones, Ten Years After, Adrian Belew, The Ventures, Prince, T. Rex, The Vines, John Lennon, Chuck Berry, Be Bop Deluxe, The Smiths, Rory Gallagher, Black Oak Arkansas, Janis Joplin, Nazareth, The Animals, Audioslave, Slade, Juicy Lucy, The Traveling Wilburys, Mother Superior, Gov't Mule, Free,Rush, Soul Asylum, Stevie Ray Vaughan, Urban Dance Squad, The Knack, Grand Funk, Bob Seger, Foo Fighters, Black Sabbath, Canned Heat, Happy Mondays, Faith No More, Robin Trower, B-52's, Steve Miller, George Harrison, Jet, Blue Oyster Cult, Devo,Cream, The Blues Brothers, Rainbow, Budgie, Tom Waits, Van Halen, The Derek Trucks Band, Dick Dale and His Del-Tones, Jefferson Airplane, Alice Cooper, James Brown, The Stooges, Humble Pie, Ike & Tina Turner, The Stranglers, R.E.M., The Troggs, Lenny Kravitz, Uriah Heep, Cactus, Little Feat, Soundgarden, G. Love, Stevie Wonder, Supergrass, Suzi Quatro, The Doors, The Aggrolites, Breeders, Lynyrd Skynyrd, MC5, Pearl Jam, George Thorogood, Roadstar, Nirvana, New York Dolls,Sublime, Wishbone Ash, The Who, The Clash, The Beach Boys, U2, ZZ Top, The Dandy Warhols, Wilson Pickett's, The Kinks, Sex Pistols, Ry Cooder, Ben Harper... Ok, já deu para se ter uma idéia né?
Feliz ano novo galera!!
WOODY'S ROCK REVEILLON 2009/10
This is a selection of the best bands and interpreters of the rock in my modest opinion. Just one music of each band, some obvious and others not so much. There were five days of selection that resulted in a case with 257 musics in mp3 with 96kbps, during more than 16 hours of soundtrack. To let it roll all night long, until the sun rises!