Chantel McGregor - Like No Other [2011]
Essa inglesinha de olhar meigo, formas arredondadas, segurando uma guitarra e fazendo carinha na capa do disco é a prova cabal de que as aparências enganam. Pois a julgar por esse “look”, eu jamais me arriscaria a comprar um CD desse, imaginando ser mais uma das milhares de garotinhas fazendo pose, não catando e nem tocando porra nenhuma, mas caiu nas graças de algum produtor que vai jogá-la na MTV, ganhando a simpatia de um bando de adolescentes sem porra nenhuma na cabeça, se transformando em uma daquelas que, depois de uns dois ou três anos, ninguém se lembrará do nome. Ledo engano meu caro! Essa coisinha fofa aí toca guitarra para caralho, alho!! E eu só a descobri, por acidente quando pesquisava sobre o guitarrista Robin Trower. Então fui dar numa página web que dizia o seguinte:
”Imagine o tom de Robin Trower, a inspiração de Hendrix, a influência de Stevie Ray Vaughan, a energia de Bonamassa, a intensidade de Walter Trout e o vocal assustador de Stevie Nicks, tudo em uma só pessoa... Então, deixe-me apresentar Chantel McGregor, uma das guitarristas mais excitantes do rock e do blues que o Reino Unido já produziu!”
É claro que eu tinha que conferir isso. O primeiro lugar a procurar foi no You Tube. O que, de certa forma, me ajudou muito acreditar um pouco nos exagerados (“pero no mucho”) dizeres acima, porque, depois, quando baixei o disco, me decepcionei um pouco com as primeiras faixas e só insisti em ouvir as outras porque sabia que a mocinha era capaz de muito mais. Pois lá no “You Tóba” me deparei com ela tocando Red House e Voodoo Chile (Jimi Hendrix), Lenny (Stevie Ray Vaughan), Nothing Else Matters (Metalica), Daydream (Robin Trower) e outras pérolas.
Já no disco a coisa começa meio devagar, a faixa de abertura, “Fabulous”, embora tenha certa pegada, parece que foi produzida mais com intento mercadológico do que artístico. Em “I'm No Good For You” e coisa melhora um pouco passando para uma interessante levada blussy. Ai vem duas músicas meio chatinhas chamadas “Like No Other!” e “Freefalling”. Começa a melhorar com a clássica “Rhiannon”, do Fleetwood Mac, a qual ela interpreta muito bem; esquenta nas três músicas que se seguem: “Caught Out”, “Daydream” do Robin Trower e “Like No Other”. Mas a calor da chama some na balada melosa “Screams Everlasting”. Uoahhh que sono! “Happy Song” e “Not Here With Me” não ajudam muito a levantar o astral, mas para auxiliar no grand finale, vem “Help Me”, de Sonny Boy Williamson, em bela interpretação. Enfim, o disco podia ser melhor, no entanto não deixa de ser uma boa amostragem do talento dessa excelente guitarrista. A expectativa que fica é: para qual das vertestes apresentadas neste álbum ela ira tender; o lado baladinha pop, ou o lado blues rock virtuoso? Vamos aguardar o próximo álbum para saber.
Atualmente com 25 anos, aos oito Chantel se tornou a pessoa mais jovem da Inglaterra a ser aprovada num exame para ingressar numa escola de rock; aos 12 ela já se apresentava em Bradford, sua cidade natal, se destacando como uma guitarrista promissora. Descrita como prodígio, aos 14 Chantel ouviu do chefe de uma grande gravadora (A & R): "grande voz, mas as meninas não tocam guitarra desse jeito!" Seu conselho: "alterar os estilos porque os meninos seriam intimidados". Sabiamente ignorando o conselho, ela se matriculou na mundialmente renomada Leeds College of Music e tornou-se a primeira aluna da história da faculdade a conseguir uma passagem com 100% de aprovação, se formando como a primeira da classe e ganhando 18 distinções.
Chantel McGregor - Like No Other [2011]
Realising at an early age that if I picked up a guitar I got attention, especially from my dad whose guitar it was, it was inevitable that I’d get one of my own. So at the ripe old age of three, I got my first guitar, a half size acoustic. At seven, I started lessons but soon noticed that not only did dad’s electric guitars have smaller necks, making them ideal for little hands, but they could also make a lot more noise. After more lessons and a lot more noise, aged eight, I became the youngest person in the country to pass a Rockschool grade. More lessons followed,and with them came the realisation that if you want people to listen, you need to sing! So, aged 12, I started playing and singing at local jam sessions, and two years later, the head of A&R from a major label sat in our lounge and told me "great voice, but girls don't play guitar like that!" His advice, “change styles because boys would be intimidated”. Singing and playing on national television and radio soon followed.
Then came a change of direction, I wanted to become an English teacher, so I went away from live performance and concentrated on my studies. Having got the qualifications to enrol to do an English degree, I changed my mind, and went back to the music. Now qualified at Rockschool Grade Eight, and with the qualifications to do an English degree rather than a music degree, I enrolled at the world renowned Leeds College of Music to do a Btec in Popular Music, where I became the first student in the college’s history to achieve a 100% pass mark, with 18 distinctions. Progressing onto the degree course, I became the holder of the College’s prize for outstanding musicianship for 2006/7, on the way to achieving a First Class Honours Degree in Popular Music in July 2009 and at the same time the award for guitar.
Random bits? I hold the record for the longest song ever to be played on BBC Radio 2, have played with Joe Bonamassa, met up with Eric Clapton, Steve Vai, Joe Satriani and Bonnie Raitt (a lovely lady, we talked about how to roll your sleeves up!) amongst others, featured on a Universal Records compilation celebrating 100 years of the blues, and did a dvd with Jeff Beck, Keith Richards and Albert Lee celebrating 60 years of the Fender Telecaster. In September 2011, I was voted 'Young Artist Of The Year' at the British Blues Awards.
Chantel McGregor from http://www.chantelmcgregor.com
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2 comentários:
Grande woodypecker
vc sempre apresentando novidades...
nem tanto assim...
mas essa mina não conhecia - e o feeling dela hein?
que monstro????
abração, Bruno
E aí Bruno!
De fato no que diz respeito a novidades vc me dá de 10 a 0. Mas de vez em qdo a gente acha alguma coisa nova como Chantel. A mina manda bem para cassete! Tb fiquei impressionado.
Abraço,
woody
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