RONNIE MONTROSE
No início do mês passado faleceu o guitarrista Ronald Douglas Montrose (29 de novembro de 1947 – 3 de março de 2012), mais conhecido como Ronnie Montrose, um dos caras que mais tocava guitarra neste planeta, embora não fosse tão popular quanto Eric Clapton, Jeff Beck, Jimmy Page e outros da sua geração. Sem dúvida um injustiçado pela mídia. Tocava muito, ou melhor, tocava guitarra para caralho! Dividiu o palco com gente do naipe de Herbie Hancock, Van Morrison, Gary Wright, Tony Williams, os irmãos Johnny e Edgar Winter, entre outros. O fato me deixou um tanto chateado e confesso que até eu tinhas esquecido o quanto esse cara era bom. Não ouvia seus discos há muito tempo e a notícia da sua morte me fez limpar a poeira de antigas gravações para recordar sua música, hard rock de muita qualidade. A primeira vez que ouvi falar dessa cara foi no disco They Only Come Out at Night (1972), terceiro álbum de estúdio do Edgar Winter Group, aquele que tem um dos maiores hits da história do rock: "Frankenstein". Antes, acho que ele tocava com o Van Morrison e Boz Scaggs, não sei ao certo porque nunca me liguei muito no som desses dois aí.
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Um ano depois ele já montou sua própria banda, Montrose, e lançou um disco homônimo matador, que só vim a conhecer anos depois do lançamento. O primeiro LP que eu comprei dele foi Open Fire (1978), o primeiro que ele lançou depois do fim do Montrose, um trabalho que estava super bem recomendado na época, mas confesso que não me agradou muito, era sofisticado demais para os ouvidos de um pré-adolescente como eu, ligado em Led Zeppelin e outros figurões do hard rock. Mas foi por causa do Open Fire que eu descobri o Montrose, onde ouvi a voz de Sammy Hagar (que mais tarde brilharia no Van Halen) pela primeira vez e me amarrei no disco, agora, o que eu curti mais ainda foram os discos piratas dessa época, gravados de duas sessões realizadas no famoso estúdio Record Plant, de São Francisco, em abril de 1973 e dezembro de 1974. É com eles que faço a minha homenagem a esse guitarrista monstruoso!
"Ronnnie me deu a primeira chance como compositor,
vocalista
e artista, sou eternamente grato a ele".
Sammy Hagar
RONNIE MONTROSE
Guitarist
Ronnie Montrose began his career as a backing musician, playing with Van
Morrison, Boz Scaggs, and Edgar Winter. He finally formed his own band in 1973.
Named after the guitarist, Montrose also featured vocalist Sammy Hagar, bassist
Bill Church, and drummer Denny Carmassi; they released their debut album in
1974, and Church was replaced by Alan Fitzgerald shortly after its release.
Released the following year, Paper Money confirmed the band's status as one of
the more popular hard rock acts of their era. However, Hagar was fired after
completing the Paper Money tour. Bob James replaced him and keyboardist Jim
Alcivar joined the band, yet Montrose's next two albums -- 1975's Warner
Brothers Presents Montrose and 1976's Jump on It -- were commercial failures.
Ronnie Montrose broke up the band after the release of Jump on It and began his
own solo career with the all-instrumental Open Fire (1978). Montrose then
formed another hard rock group, Gamma, which recorded three albums between 1979
and 1982. After they broke up in 1982, Montrose picked his solo career once
again. He released a rather low-key album, Territory, in 1983, following it
four years later in 1987 with the hard-rocking and impressive Mean (attributing
it to Gamma). The Speed of Sound appeared in 1988, with The Diva Station, a
semi-instrumental mesh of soul, pop, metal, and jazz, arriving in 1990.
Montrose began putting more of his time into production work, but continued to
release solo albums, including Mutatis Mutandis (1991), Music from Here (1994),
Mr. Bones (1996), Roll Over and Play Live (1999), and Bearings (1999), before
reuniting Gamma for a fourth Gamma album in 2000. Montrose continued his
production and session work, and would tour regularly over the last dozen years
of his life before finally losing his long battle with prostate cancer and
passing on March 3, 2012.
Biography by Stephen Thomas Erlewine (AMG)
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Um comentário:
Legal a lembrança. Já estamos em julho e eu nem sabia que ele havia falecido. Lembro-me, no fim dos anos 70, que procurávamos, ávidos, pelos discos pesados e o 1.º Montrose era ponto de referência. Pena!
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