quinta-feira, 12 de abril de 2012

Black Mountain - Wilderness Heart [2010]





Acompanho este grupo canadense desde o primeiro lançamento homônimo em 2005, não sei dizer o seu impacto no mainstream, mas aqui na blogesfera e outros meios alternativos é uma banda com certa admiração, sabendo dosar muito bem toda sua bagagem de influências sem soar como cópia barata. O segundo álbum, In the Future, saiu em 2008 confirmando que as expectativas em cima do grupo não eram fogo de palha, ganhando o respeito da crítica especializada, apesar de que, hoje em dia, é difícil dizer se isso é bom ou ruim. Na minha modesta opinião Wilderness Heart é o melhor trabalho deles até o momento. Toda a psicodelia folk, característica marcante do grupo, está mais amadurecida e com um peso maior. Imagino que essa sonoridade mais heavy se deva a mudança de ares, pois pela primeira vez eles deixaram os estúdios de Vancouver para gravar em Los Angeles. O disco abre com uma pérola chamada “The Hair Song”, que lembra Led Zeppelin, não exatamente o Houses of the Holly, que tem uma faixa com nome parecido “The Rain Song”, mas o Physical Graffiti pelo seus timbres acústicos e a postura vocal da dupla Amber Webber e Stephen McBean, muuuito bacana! Toda essa sutileza vai a baixo na segunda faixa, a pulsante “Old Fangs”, e volta em “Radiant Hearts”, onde mais uma vez o duo vocal funciona soberbamente.




Depois vem Rollercoaster, meio arrastada, psicodélica, com certo peso, onde o vocal melancólico de Amber funcionando muito bem. Mais uma vez a dinâmica lenta é quebrada, dessa vez com uma porrada a la Black Sabbath “Let Spirits Ride”, para deixar qualquer headbanger tonto. Bom gente, o disco segue assim, com as música variando em dinâmica e peso, não gosto muito desse negócio de descrever faixa por faixa, mas acho que já deu para percebem que estamos falando de um bom disco do bom e velho rock, rico em vocais, texturas, interlúdios instrumentais, bem cadenciado, com características setentista, mas sem cheiro de mofo! Não seria nenhum exagero dizer que Wilderness Heart absolutamente encantador e expressivo.





Black Mountain - Wilderness Heart [2010]




Black Mountain's third album represents the finest yield so far from the Vancouver band’s relentless harvesting of rock and folk's 70s heyday. Wilderness Heart refuses to dive into unfamiliar territory, instead expertly blending heavy rock, smoky blues and finger-picked acoustic guitars across an album of tantalisingly layered songs. There are still some frenetic surprises, especially Let Spirits Ride which leaps from buildings with its punkoid drive and galloping pace. But the heart of this album is the stark, jet-black core built around riffs carved from obsidian pillars. Bellowing organ drenches these brooding songs, giving them a cobwebbed and ominous air. Opening track The Hair Song sets the agenda with a slithering acoustic riff, steel slide backing, male and female harmonies, and a brief tangled psychedelic jam. It's all disarmingly upbeat though when compared to the haze that hangs over the following songs. Even the elegant Radiant Hearts, with its tender, teasing organ, has a melancholy march. The grinding bass of Roller Coaster works hesitant space into the grimy refrains and, as Amber Webber sings "I'll cradle you beneath my wings", the axis of distortion and fragile clarity spins freely, even if it veers close to soft rock cliché.

Wilderness Heart seems to represent the point where Black Mountain refine the melodic possibilities of their vocal performances upon the dominating, oppressive sound they've fused from familiar elements. Frankly, these songs are more memorable than some of the jam-orientated material of the past, though this is done without abandoning the captivating gravity of these roots by any means. There's ecstatic guitar screeching, pounding drums and a lot of shade within the light. There's far less meandering around themes when there is a point to be made, too. The argument against this is that there is less of the atmosphere that billowed through 2008's In the Future. But the title-track and the delicate yet eerie folk numbers such as Buried by the Blues and The Space of Your Mind suggest otherwise. Rather than adhering to type, Black Mountain now have a catalogue of songs that respect and rival their influences.
By Brad Barrett from BBC 




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