Ana Popovic - Comfort To The Soul [2006]
Muito pouco conhecida por essas paragens, Ana Popovic é uma das novas e boas revelações do blues guitar feminino, ao lado de Bonnie Raitt, Alice Stuarte e Sue Foley. Natural de Belgrado, Yoguslávia, Ana conheceu o blues dentro de casa. Seu pai era apreciador do gênero e possuía uma grande coleção de discos. Músico também, ele tocava baixo, guitarra e costumava reunir os amigos em casa para umas jam sessions, de modo que ela cresceu nesta atmosfera e se apaixonou pelo blues desde cedo. No final dos anos 90, optou pela música ao invés da carreira de gráfico designer, indo para Holanda completar seus estudos. Em 2000, ruma para Menphis (USA) e sob a produção de Jim Gaines (Santana e Stevie Ray Vaughan) gravou seu primeiro disco Hush!, nome da sua primeira banda em Belgrado. Nesta época, também participou de um tributo a Jimi Hendrix ao lado de Bernard Allison, Eric Burdon, Walter Trout, Popa Chubby, Jimmy Thackery, Taj Mahal e Buddy Miles, onde ela contribuiu com uma versão de Belly Button Window. A gravação lhe valeu um convite para se apresentar como convidada especial na turnê de Bernard (guitarrista e filho de Luther Allison). Em 2002, ela retorna para Europa junto com Walter Trout para a turnê do Jimi Hendrix Tribute e, nesta época, recebe três indicações para o Blues Awards na França: Melhor Cantora, Melhor Guitarrista e Melhor Álbum. No ano seguinte está de volta à Memphis para a gravação de Comfort To The Soul, que além de contar com Jim Gaines, também tem a produção de David Z (Buddy Guy e Jonny Lang). Voltando à Europa para participar do Rhythm & Blues Fest, em Peer, na Belgica, sendo convidada para dividir o palco com Solomon Burke, que imediatamente a convidou para se juntar a ele em sua turnê. Em 2004 recebe em Juan Le Pins, na França, o prêmio ‘Jazz a Juan-Revelation 2004’. Depois de lançar o seu terceiro disco (DVD/CD), chamado Ana! Live in Amsterdam, mais uma vez ela segue para a Europa onde participou do Ruf’s ‘Blues Caravan - Ladies Night’, em Dubai, ao lado de Sue Foley e Candy Cane. 2006 foi o ano da sua consagração, ela é convidada a participar do legendário Blues Cruise (se você é fã de blues, confira: http://www.bluescruise.com/), se tornando a primeira artista da Europa a se apresentar na cruzada. Em fevereiro ela é apontada pela BluesWax Magazine como 'Blues Artist of the Year' junto com Tab Beniot e Joe Bonamassa. Em Julho, mais seis indicações para o 'Living blues awards 2006': 'Best blues DVD of 2005', 'Best Live Performer', 'Best Female Blues Artist' e 'Most Outstanding Musician (Guitar)'. Bom, já deu para perceber que a mocinha aí não é fraca não! Sua pegada mistura as influências de Stevie Ray Vaughan e Jimi Hendrix com um leve toque feminino, mas falar não da a impressão exata do que é isto, o negócio é ouvir!
Este disco foi uma cortesia do amigo Fernando Mesquita, gráfico designer como a Ana em seus tempos de Belgrado.
Ana Popovic - Comfort To The Soul
8 comentários:
Porra, eu é que arrumo umas coisas esquisitas? Só não vou perguntar onde você descolou essa gata aí porque já respondeu no final do post.
Tô baixando.
Abrações,
Edson d'Aquino
Pode baixar q c vai gostar.
Na verdade, não a conhecí através desse amigo, eu já tinha ouvido, mas ninguém tinha disco dela. Até que este meu amigo apareceu com os discos. E ainda tem o DVD.
Eu me esquecí de recomendar o site dela:
http://www.anapopovic.com
Vale a pena uma visita.
A Aninha em questão me lembrou, principalmente, no solo de "Love me again" um guitarrista que aprecio muito, o Chris Rea. Bom toque Woody.
Chris Rea! Taí um nome que a gente não ouve todo dia.
Merece até um post.
Bem lembrado Sérgio.
Conheço 2 discos do Rea. 1 excelente!, Auberge e outro, + ou -, Shamrock Diaries. Estão, os 2, entre uma remanecente coleção de LPs que me sobraram. Se for postar o Rea, brinde seus leitores/ouvintes com esse Auberge que é bom da 1ª a última faixa. Mas, repare se em "Love me again" da Popovic, não se ouve uma clara influencia do CR no trabalho dessa bela guitarrista.
Abraços!
Você tem dois discos que eu não conheço. Eu tenho três do Chris Rea:
God's Great Banana Skin (1993)
King of the beach(2000)
The Blue Cafe (1998)
O que eu mais gosto é o God's Great Banana Skin.
Acabo de me lembrar que, pós internet, baixei os 2 últimos citados. Justo o que vc mais gosta é justo o que não tenho. Vou até providenciar. Acho que não baixei pq não estava tão bem cotado no allmusic quanto esses outros dois, King of the beach e The Blue Cafe. Cê sabe, né? Nesses tempos de fartura a gente tem que arranjar parâmetros pras escolhas. O allmusic não é a Lei, tipo vale o escrito, mas serve-me bem e tbm pr'esse fim. Destes dois citados nem me lembro do que gostei mais, são ótimos. Mas este Auberge... pode até ser valor sentimental. "Set Me Free", Woody, deste álbum é uma das músicas que, sem dúvida! (já pensei a esse respeito), levaria pruma ilha deserta. Se bem que, ilha deserta, um som daqueles, sem uma mulher esperta, acho que seria melhor se atirar aos tubarões. Sentiu o clima, né? Então procure provar.
Pesquisando sobre a tradução da letra de Set me free, encontrei Auberge no Lágrima, Woody. Porram, testei o link e ele tá mortão. Mas vc deve conhecer a galera de lá, né? Então tomara que não seja difícil. Queria saber o que achou do álbum.
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