The Raveonettes - Lust Lust Lust [2007]
Recolhido na solitária insignificância do meu lar, ao sabor
de batatinhas e Coca-Cola eu assistia um filme bem maneiro chamado Catch 44,
que, aliás, recomendo para os que gostam de ação sem compromisso à la
Tarantino. De repente, numa cena três
moças bem bacanas entram num BMW branco e saem para uma perigosa aventura noturna,
ao fundo começa a rolar um som que me pegou de jeito dizendo coisas assim:” I
hear the sound of falling love, As I wonder where you are, Hits the ground with
a dead sound, Know you ain't got far, You're too stupid and sissy-like, To say
that you want out…” Pensei: “Cara, que som legal, soa familiar, mas eu nunca
ouvi isso, o que será? Elástica! Não tá bem diferente. Breeders! Hummm perigas,
mas a voz não parece da Kim Deal. Ao Terminar o filme fui procurar a trilha sonora e
descobri que era The Raveonettes, com a música “Dead Sound”. De nome eu já
conhecia, é uma dupla da Dinamarca composta por um cara moreno e uma loirinha, com
um look tipo Roxette. Foi justamente essa associação visual que me cegou ao ponto d'eu ignorar uma orelhada anteriormente, imaginando que seria uma versão dinamarquesa da dupla
sueca e seu pop descartável. Puxa, eu estava bem enganado! Pois fazem um
som bem legal. O MacKenzie Wilson do All Music Guide fez um definição boa sobre
a sonoridade deles: “Uma combinação da ondulação barulhenta do Jesus and Mary
Chain com elementos melódicos de rock’n’roll dos anos 50”. É bem por aí, tem
aquela textura “noisy” de fundo combinando com uma guitarra surfe music, carregada em
reverber e uma pitada de Velvet Underground.
Outra coisa que descobri foi que eles estiveram por aqui em São Paulo, em novembro de 2010 e
tocaram na choperia do SESC Pompeia. Na ocasião, os 720 ingressos postos à venda
acabaram em pouco mais de uma hora. Segundo Luis Coutinho no site Aos Cubos, ”foi um daqueles shows pra ficar na memória de qualquer fã... Sorte
de quem conseguiu ir.”
The Raveonettes é um duo formado por Sune Rose Wagner (guitarra, vocais) e Sharin Foo (baixo e vocais). Reza a lenda que essa música caracterizada por harmonias vocais sobrepostas, somada a guitarras
elétricas com doses propositais de ruídos era algo que Sune tinha em mente desde o final dos anos 90 e por uns tempos rodou a Europa a procura de um parceiro
ideal para realizá-la, mas foi só em 2001, quando voltou para a Copenhagen, é que encontrou
Sharin. Eles passaram três semanas num
estúdio local e, as próprias custas, gravaram Whip It On, um EP com pouco mais
de vinte minutos de duração. O trabalho chegou às mãos de David Fricke, editor
da revista Rolling Stone, que sentiu o potencial da dupla e resolveu investir
neles, assim mexeu o seus pauzinhos para colocá-los no SPOT Festival (evento
anual realizado na cidade de Aarhus,
Dinamarca) e as coisas começaram a acontecer. Em 2002 Whip It On foi nomeado
como "Melhor Disco Rock do Ano" no Danish Music Awards (Principal
Prêmio de Música da Dinamarca); em 1 de Março de 2003 foram apontados pela
Rolling Stone e Q Magazine como uma das revelações da nova música contemporânea; em
agosto sai Chain Gang of Love, o primeiro álbum, do Raveonettes, depois desse lançaram mais quatro, sendo o mais recente, Raven in the Grave, em 2011. Este ano já lançaram dois EPs : Big
Orange Studios 3302012 e Into the Night.
Sendo que um novo álbum deve sair a qualquer momento.
Quanto ao disco postado
aqui, Lust Lust Lust, é o terceiro de estúdio do duo e eu o escolhi justamente
pela música “Dead Sound”, que não sai da minha cabeça há três dias, foi lançado
em novembro de 2007 na Europa e fevereiro de 2008 nos EUA. Também foi muito bem
aceito pela crítica, sendo descrito pela NME (New Musical Express) como "o
álbum mais cativante do ano". Ainda como curiosidade a parte, cabe mencionar que em 2006 a
revista Blender
nomeou Sharin Foo como uma das mulheres mais sexy do rock, ao lado de Courtney
Love, Joan Jett, e Liz Phair. Cá para
nós, eu não incluiria Courtney Love nessa, mas foda-se a Courtney, o importante
aqui são os Raveonettes, que descobri há pouco tempo e estou achando bem legal. Se
é uma das melhores revelações dos últimos tempos? Sei lá! Mas não importa, o
que interessa é que é um som bem bacana de se ouvir e, porque não, cantarolar. ”I
hear the sound of falling love, As I wonder where you are, Hits the ground with
a dead sound…”
The Raveonettes - Lust Lust Lust [2007]
The Raveonettes are a Danish indie rock duo, consisting of Sune Rose Wagner (born 1973, Sønderborg, Denmark) on guitar, instruments, and vocals, and Sharin Foo (born 22 November 1973, Emmelev, Denmark) on bass, guitar and vocals. Their music is characterized by close two-part vocal harmonies inspired by The Everly Brothers coupled with hard-edged electric guitar overlaid with liberal doses of noise, very similar to The Jesus and Mary Chain. Their songs juxtapose the structural and chordal simplicity of '50s and '60s rock with intense electric instrumentation, driving beats, and often dark lyrical content (e.g., crime, drugs, murder, suicide, love, lust, and betrayal), similar to another of the band's influences, The Velvet Underground.
The duo met in Copenhagen and, after forming the band, began recording Whip It On at Once Was & Sauna Recording Studio, a former Sony Studios facility. They booked the studio for three weeks during non-session down time late in 2001 and handled all production chores by themselves. Adding guitarist Manoj Ramdas and jazz drummer Jakob Hoyer, The Raveonettes booked one of their first gigs at the SPOT festival in Aarhus, the second largest city in Denmark. After the release of Whip It On on the seminal Danish Crunchy Frog label, Hoyer and Ramdas would contribute to the next three Raveonettes albums, along with other additional musicians. However, by the time Lust Lust Lust was released in 2007, Sune and Sharin would be the only two musicians credited, showing a return to the dynamic around the time of the mini-album.
Officially, the band was discovered by Rolling Stone editor David Fricke at the SPOT festival, and his rave review of the duo immediately resulted in a number of offers from major labels. Unofficially, the band discovered that David Fricke would be present at the SPOT festival, and they rushed a band together and headed for the festival. The band is managed by Scott Cohen (music business) and Richard Gottehrer, who have been with them from the start. Cohen and Gottehrer orchestrated a bidding war for the band which culminated in the $2 million Columbia Records signing in 2002. Whip It On was named "Best Rock Album of the Year" at the Danish Music Awards (Denmark's Grammy equivalent) on 1 March 2003, while The Raveonettes were picked by Rolling Stone and Q Magazine as being among the harbingers of the "Next Wave" of contemporary music.
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6 comentários:
Graaaaaaaaaaande ElWoody AltRock!!
PoiZé, meu amigo, a inspiração para as postagens às vezes vêm de coisas/momentos/situações inesperadas - tão inesperado quanto encontrar os Raveonettes aqui, eu diria! rsrsrs
Nunca os vi ao vivo, mas curto (e a patroa mais ainda!) bastante a banda (duo?), até por se destacarem no meio de tantas que fazem um som parecido.
Grande texto e grande postagem!
Abração!!!
PS: o filme também é bem bacana!!
Cacilda Mr.Lee, tu andava sumido, mas quem é vivo, sempre desaparece mesmo! Pois é cara eu achava que Raveonettes era um Roxette da vida, mas foi preciso ouvir por acidente para sacar que não é por aí. É um som que deve rolar mais pela Europa, mas de repente eles aparecem aí nos States para vc poder dar um "pescoçada" na loirinha. Com todo o respeito é claro, afinal pelo que eu entendi se rolar a patroa vai junto. O Catch.44 é bacana mesmo, daqueles filmes que a gente assiste de novo sem reclamar. Valeu pelo comment, andavas sumido, da última vez que falei contigo eu ainda estava casado, mas com a virada do ano ganhei um pé na bunda e agora estou livre e solto no mundo, mesmo sem querer.
Meu amigo, começar com "R" e terminar com "ette", além das duas serem compostas de dupla masc/fem, talvez sejam as únicas coisas em comum - bem, ambos são nórdicos... rsrs No resto, quanta diferença!
PoiZé, andei sumido, na verdade me afastei um tempo por conta de problemas familiares (meu sogro veio nos visitar e teve um AVC, foi aquele estresse, podes imaginar) e aproveitei pra me dedicar também a outras coisas. Mas agora tô de volta, em forma, trankilo.
Na verdade, pensei até em deixar umas palavras no último post (Clutch), mas deixei passar a oportunidade; até porque tinha pouco a dizer - curto a banda, bacana, legal, vários discos bons, mas não tive saco pra escrever.
Quer dizer que estás solteiro agora? Ah, véi, ser solteiro é bom bagarái! rsrsrsrs Agora estou curtindo uma "meia solteirice", porque vim passar uns meses aqui no BR sem a Ludmila. Pretendo passar uns dias em SP, quem sabe a gente não se encontra por aí? Teu e-mail é o mesmo?
Abração!
Não tem dúvida, a diferença e monumental. Sem falar que ODEIO o tal Roxette.
Sinto muito pelo seu sogro, deve ter sido um perrengue daqueles.
Não esquenta com os dias sem saco para escrever, pois comigo acontece direto, ainda mais porque sou jornalista, já viu né? "Casa de ferreiro, espeto de pau!"
Puxa vida vc vai cair na Paulicéia, não podemos perder a oportunidade para um chopp. Dia 21 vou tocar lá no centro se estiver aqui por essa data seria ótimo, podia rolar até uma canja sua. O meu e-mail ainda é o mesmo.
Quanto a solterisse, bem... infelizmente eu preferia ainda estar com ela, mas se ela não quis, então eu quero que seja feliz mesmo longe de mim. No mais, ainda tem aquele velho deitado: Tomorrow we never know! Hoje eu tô "facinho", amanhã...
Tanto filme quanto à referida banda muito bons assisti semana passada,bela postagem ótimo retorno.
ABRAÇO.
AYRESRIO
Valeu!
Obrigado pelo comentário Ayresrio.
Abraço,
woody
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