Jimi Hendrix - Am I Blue [2004]
Muito bacana este Am I Blues, lançamento bootleg da Purple Haze Records, além de não ser a mesmice de sempre (“Purple Haze”, “Fire”, “Hey Joe”, “Foxy Lady”, “Wild Thing”...), apresentada um áudio de excelente qualidade já que as faixas são outtakes de estúdio cujos temas estão focados no blues. Entre os destaques temos a mais completa versão nunca antes lançada de “Country Blues” e “Three Little Bears”; um dos primeiros takes de “Voodoo Chile” (tirado das sessões de gravação do álbum Electric Ladyland), e uma épica studio jam com vinte e sete minutos de “Villanova Junction Blues”.
Eu ia incrementar este post falando um pouco do meu grande ídolo e herói Jimi Hendrix, afinal na guitarra ele é “o cara” e não tem para Eric Clapton, Joe Satriani, John McLaughlin, Jeff Beck, Yngwie Malmsteen, Pat Metheny, Eddie Van Halen, Scott Henderson, Jimmy Page, John Scofield… Venha quem vier, todos se curvam diante do mestre, não só reconhecendo a sua excelência, mas também se deixando influenciar por ele. Um fato até curioso levando-se em conta que Jimi não sabia sequer ler uma cifra ou nota de uma partitura, o que me faz acreditar que técnica e conhecimento ajudam, mas sem talento e sentimento não se vai a lugar algum. Jimi tinha talento de sobra além de ser puro sentimento, basta vê-lo tocando e notamos que a guitarra se torna parte de seu corpo respondendo muito mais a sua mente e coração do que a ação dos seus dedos. Então quando eu sentei para escrever entrei em cheque: o que falar sobre ele, se já disseram quase tudo e sua carreira é mais que conhecida? Aí me veio à mente a triste história da sua infância contada pela jornalista Sharon Lawrence, amiga e confidente de Hendrix, no primeiro capítulo do seu livro, “Jimi Hendrix: A Dramática História de uma Lenda do Rock”, cuja narrativa nos faz chorar de tão triste, mas é rica em detalhes e curiosidades sobre a infância do maior guitarrista de todos os tempos. Resolvi então transcrever o capítulo aqui. Aliás o lançamento (editora Zahar) é recente e pode ser encontrado com facilidade nas livrarias por aí.
Ela gostava bastante de diversão. Mas não houve muita diversão em sua vida curta e infeliz. Lucille Jeter jogava para longe o sombrio véu de ansiedades que perturbava todos os adultos ao seu redor, durante a guerra, e, apesar das advertências da família, ignorava os entediantes pingos... pingos... e mais pingos da eterna chuva noturna de Seattle para sair e dançar sempre que havia oportunidade, Lucille, a "queridinha" da família Jeter, de natureza doce e ingênua, tinha um irmão e três irmãs mais velhas. Seus pais, Preston e Clarice, eram, como a maioria dos residentes negros de Seattle nos anos 1940, homens e mulheres que imigraram para o Oeste em busca de uma vida melhor, mas que haviam se decepcionado. Nascido na Virginia, Preston Jeter teve educação, mas poucas oportunidades. Trabalhou por diversas vezes como mineiro ou estivador. Sua mulher, Clarice, que nasceu em Arkansas, provia a tão necessária renda familiar esfalfando-se como faxineira e empregada domestica. Às vezes entravam em cena alguns cheques beneficentes. A religião pentecostal era o alicerce e também a vida social da senhora Jeter. Ela se preocupava e rezava por Lucille, cuja saúde sempre fora frágil. Lucille tinha tendência a se estressar. Ao ver aquela linda menina mulata agitar os pés e rir ao ser lançada para o alto enquanto dançava, Al Hendrix sentiu-se cativado. Será que ela jamais se cansava das luzes brilhantes e dos ritmos animados dos passos de jazz? Lucille adorava música!
Mas aquelas emocionantes noites na pista de dança não durariam muito tempo: semanas depois do primeiro encontro do casal, Lucille apareceu grávida e teve de se casar às pressas com Al, de 22 anos, um atraente — se não belo — galinho garnisé de pouco mais de um metro e meio de altura. Lucille disse à mãe que tinha gostado do jeito de Al sorrir para ela. O jovem marido era um cidadão norte-americano criado em Vancouver, British Columbia, que se estabelecera em Seattle vários anos antes para tentar a sorte como boxeador peso-leve no concurso Luvas de Ouro. O pai de Al, Ross Hendrix, natural de Ohio, tornou-se policial em Chicago, mas, por fim, numa estranha guinada, empregou-se como contra-regra de uma companhia de vaudeville. Casou-se com uma das dançarinas da trupe, Nora Moore, cuja mãe era uma índia cheroqui pura e o pai, um irlandês. Nora e Ross desistiram de viver viajando e resolveram começar vida nova em Vancouver. Não tardou muito e Nora deu a luz duas crianças, uma filha e James Allen Hendrix, conhecido como Al. Como sua educação fora interrompida no sétimo ano, e ele não estava preparado para um trabalho mais especializado, Al voltou-se para o dom herdado da mãe e passou a ganhar alguns dólares aqui e ali em concursos de dança. As especialidades dele eram sapateado, jazz e improvisações solo. Embora mais tarde se referisse a si próprio como membro de uma importante família do show business, sua mãe, após deixar o vaudeville, trabalhava por muitas horas na cozinha de um restaurante em Vancouver. Quando adolescente, Al também trabalhou como garçom nessa cidade. Ao se casar com Lucille, Al talvez tivesse apenas três coisas em comum com a esposa de 16 anos: ambos eram os filhos mais jovens de suas respectivas famílias, os dois adoravam dançar e tinham um filho a caminho. Poucos dias depois do casamento, em 31 de março de 1942, Al despediu-se de Lucille com um beijo. Convocado para o Exercito, foi enviado para Oklahoma, a cerca de 2500km de distância, e de lá para a Geórgia.
Lucille mal completara 17 anos quando deu a luz o primeiro filho, Johnny, em 27 de novembro de 1942. O parto ocorreu na casa de Dorothy Harding, uma grande amiga de Dolores, a irmã de Lucille. Parentes e amigos acharam engraçado que aqueles dois baixinhos concebessem um bebê tão gracioso e longilíneo.
Criar uma criança não era brincadeira. Lucille não estava preparada para enfrentar a transição de ex-colegial para mãe. Por causa da confusão reinante no Exército ela nada recebia do pagamento de Al. Não muito tempo depois do nascimento de Johnny, Preston Jeter morreu de um ataque do coração, e Clarice herdou muitos problemas financeiros. Ela amava o filho de Lucille, mas não podia cuidar dele e ainda trabalhar fora cinco dias por semana. Clarice e Dolores estavam muito preocupadas com o bem estar de Johnny, que ficava de lá para cá num círculo de parentes e amigos, e às vezes até de gente estranha, em residências de Seattle e das proximidades. Johnny nunca sabia ao certo quem "se encarregaria" dele a cada semana — e essa expressão permaneceu para sempre em sua memória. Dormia sobre travesseiros, em cestos e nas camas dos outros. Um berço de verdade foi um luxo que poucas vezes Johnny pôde experimentar. Lucille flutuava pela vida de Johnny, a mamãe que ele tanto adorava, embora não pudesse sustentá-lo ou tomar conta dele por mais de alguns dias seguidos.
Quando estava com quase dois anos e meio, o menino foi levado por uma conhecida de sua avó Clarice. Essa mulher então adoeceu de repente e morreu. A irmã dela foi da Califórnia a Seattle, onde viu o pequeno Johnny e se encantou. Aquele foi um encontro do destino, e, embora depois ele acabasse por esquecer o nome daquela mulher, ela jamais saiu de sua lembrança. A mulher se dispôs a tomar conta do menino na sua residência em Berkeley, Califórnia, durante a guerra. Lucille não se opôs. Johnny vivia agora numa casa mais bonita, um bangalô simples, a algumas quadras do campus da Universidade da Califórnia. Ali ele se sentia confortável e seguro, e pode desabrochar sob o afeto e os cuidados da mulher que o resgatara, sem mencionar as atenções da filha mais velha dela, que tinha cerca de 20 anos, e de duas alegres adolescentes. Mais tarde, Johnny iria lembrar-se de quanto gostava que lessem histórias para ele, que ficava sempre ávido por ouvir mais uma. O vocabulário de Johnny aumentou muito durante essa feliz trégua na insegurança de Seattle. "Elas me chamavam de pequeno tagarela", disse-me ele sorrindo com essas antigas lembranças.
Al Hendrix nutria certas dúvidas quanto ao seu casamento, ainda mais depois que ouviu falar que Lucille tinha um caso com outro homem. Pensava em se divorciar da jovem esposa. Algumas semanas depois de receber baixa do Exército, no final de 1945, viajou até Berkeley pela Costa Oeste para ver o filho pela primeira vez. Johnny não foi capaz de relacionar a fotografia de seu pai uniformizado, exibida com destaque na sala de estar, com o jovem sem uniforme que agora o examinava. Al permaneceu por alguns dias com os anjos da guarda de Johnny, conheceu os vizinhos do garoto e depois, quando o menino parecia acostumado com ele, embrulhou as coisas do filho e ambos embarcaram numa exaustiva viagem de trem por quase 1.300km de volta para Seattle. Anos mais tarde Johnny lembraria como chorava e soluçava quando aquele homem pouco familiar, que agora ele devia chamar de pai, quis discipliná-lo no meio da viagem: "Quero ir embora desse trem! Quero ir para casa. Deixe-me ficar em paz, quero minha familial!"
"Eu só berrava", ele me disse. “Sabia que elas me amavam, que iriam sentir minha falta."Embora os detalhes tenham se esvaecido, Johnny jamais esqueceu daquela família substituta. "Aquele foi como um pequeno sonho aconchegante em minha cabeça", diria ele já adulto.
Quando Johnny estava para completar quatro anos, o pai resolveu mudar legalmente seu nome para James Marshall Hendrix. Incomodava-o imaginar que Lucille tivesse dado aquele o nome ao filho por causa de algum namorado. Disseram ao menino que ele passaria a ser chamado de Jimmy. Isso o perturbou e confundiu, mesmo porque vinha treinando pronunciar e escrever "Johnny" em um livro infantil de alfabeto que recebera de presente em Berkeley. "O garoto", como muitas vezes se referiam a ele, tinha nomes demais. Sua tia Dolores, a irmã preocupada e protetora de Lucille, já o apelidara de Buster. Mais tarde, Johnny/Jimmy referiu-se aos primeiros anos de sua vida como "cheios de confusão". E não era fácil para ele conversar a respeito de suas lembranças da infância. Houve um período, antes de ir para a escola, em que ele, a mãe e o pai viviam todos na pequena casa da tia Dolores, como parte da própria família dela, que se tornava cada vez maior. "Tia Dolores procurava sempre melhorar as coisas", disse ele. O casamento dos Hendrix era uma união intermitente. Vez por outra, para afastar Jimmy da crescente tensão entre os pais, mandavam-no para o outro lado da fronteira, em Vancouver, British Columbia, a fim de passar curtos períodos com a mãe de Al, Nora Hendrix. Em janeiro de 1948, quando Jimmy tinha seis anos, seus pais tiveram outro filho, Leon. Nem um ano se passara, e Lucille deu a luz um terceiro menino, Joseph. Lucille sentia-se presa numa cilada. Ela era muito jovem para ser mãe de um filho, quanto mais de três. Não podia suportar que a amarrassem. Al ficava cada vez mais mandão, temperamental e controlador com o dinheiro, sempre um problema para muitos habitantes do bairro central de Seattle. Não havia mais amor ou passos de jazz para aquele casal.
O pai de Jimmy estava sempre a lhe dizer: "Saia do caminho", "Não faça bagunça", "Não seja atrevido." O menino logo aprendeu que ficar quieto e ser obediente de vez em quando evitava as desagradáveis trocas de agressão em voz alta. Al lhe dizia: "Essa mulher e uma vagabunda.” Jimmy odiava ouvir o pai falar mal de sua mãe, assim como se arrepiava ao vê-la embriagada, trôpega e trêmula. Al também não era nenhum abstêmio, e muitas vezes Jimmy soluçava sobre o velho travesseiro, sem conseguir dormir enquanto explodiam brigas horríveis a poucos metros de sua cama. "Às vezes", diria Jimmy mais tarde a um amigo, "eu ficava lá, perguntando a mim mesmo: ‘Quem sou eu? Por que isso está acontecendo? O que posso fazer?"’ Numa noite digna de pesadelo, Lucille partiu para nunca mais voltar. "Meu querido Jimmy", disse ela ao filho, "tenho de fugir disso!" Para Jimmy as palavras e as lágrimas da mãe permaneceram como uma lembrança indelével. O casal se divorciou em dezembro de 1951. Al requereu e obteve a custódia dos filhos. Providenciou, como desejava, que Joseph fosse "criado fora". Al preveniu Jimmy e Leon para que Ficassem longe de Lucille. "Ela é uma bêbada, não vale nada!"
"Não vale nada." Essas palavras também perseguiram o menino — que veio a se tornar o homem Jimi Hendrix — pelo resto da vida.
Texto retirado do livro “Jimi Hendrix: A Dramática História de uma Lenda do Rock” (The Man, The Magic, The Truth) por Sharon Lawrence, Jorge Zahar Editor Ltda.
Eu ia incrementar este post falando um pouco do meu grande ídolo e herói Jimi Hendrix, afinal na guitarra ele é “o cara” e não tem para Eric Clapton, Joe Satriani, John McLaughlin, Jeff Beck, Yngwie Malmsteen, Pat Metheny, Eddie Van Halen, Scott Henderson, Jimmy Page, John Scofield… Venha quem vier, todos se curvam diante do mestre, não só reconhecendo a sua excelência, mas também se deixando influenciar por ele. Um fato até curioso levando-se em conta que Jimi não sabia sequer ler uma cifra ou nota de uma partitura, o que me faz acreditar que técnica e conhecimento ajudam, mas sem talento e sentimento não se vai a lugar algum. Jimi tinha talento de sobra além de ser puro sentimento, basta vê-lo tocando e notamos que a guitarra se torna parte de seu corpo respondendo muito mais a sua mente e coração do que a ação dos seus dedos. Então quando eu sentei para escrever entrei em cheque: o que falar sobre ele, se já disseram quase tudo e sua carreira é mais que conhecida? Aí me veio à mente a triste história da sua infância contada pela jornalista Sharon Lawrence, amiga e confidente de Hendrix, no primeiro capítulo do seu livro, “Jimi Hendrix: A Dramática História de uma Lenda do Rock”, cuja narrativa nos faz chorar de tão triste, mas é rica em detalhes e curiosidades sobre a infância do maior guitarrista de todos os tempos. Resolvi então transcrever o capítulo aqui. Aliás o lançamento (editora Zahar) é recente e pode ser encontrado com facilidade nas livrarias por aí.
Johnny/Jimmy
Ela gostava bastante de diversão. Mas não houve muita diversão em sua vida curta e infeliz. Lucille Jeter jogava para longe o sombrio véu de ansiedades que perturbava todos os adultos ao seu redor, durante a guerra, e, apesar das advertências da família, ignorava os entediantes pingos... pingos... e mais pingos da eterna chuva noturna de Seattle para sair e dançar sempre que havia oportunidade, Lucille, a "queridinha" da família Jeter, de natureza doce e ingênua, tinha um irmão e três irmãs mais velhas. Seus pais, Preston e Clarice, eram, como a maioria dos residentes negros de Seattle nos anos 1940, homens e mulheres que imigraram para o Oeste em busca de uma vida melhor, mas que haviam se decepcionado. Nascido na Virginia, Preston Jeter teve educação, mas poucas oportunidades. Trabalhou por diversas vezes como mineiro ou estivador. Sua mulher, Clarice, que nasceu em Arkansas, provia a tão necessária renda familiar esfalfando-se como faxineira e empregada domestica. Às vezes entravam em cena alguns cheques beneficentes. A religião pentecostal era o alicerce e também a vida social da senhora Jeter. Ela se preocupava e rezava por Lucille, cuja saúde sempre fora frágil. Lucille tinha tendência a se estressar. Ao ver aquela linda menina mulata agitar os pés e rir ao ser lançada para o alto enquanto dançava, Al Hendrix sentiu-se cativado. Será que ela jamais se cansava das luzes brilhantes e dos ritmos animados dos passos de jazz? Lucille adorava música!
Mas aquelas emocionantes noites na pista de dança não durariam muito tempo: semanas depois do primeiro encontro do casal, Lucille apareceu grávida e teve de se casar às pressas com Al, de 22 anos, um atraente — se não belo — galinho garnisé de pouco mais de um metro e meio de altura. Lucille disse à mãe que tinha gostado do jeito de Al sorrir para ela. O jovem marido era um cidadão norte-americano criado em Vancouver, British Columbia, que se estabelecera em Seattle vários anos antes para tentar a sorte como boxeador peso-leve no concurso Luvas de Ouro. O pai de Al, Ross Hendrix, natural de Ohio, tornou-se policial em Chicago, mas, por fim, numa estranha guinada, empregou-se como contra-regra de uma companhia de vaudeville. Casou-se com uma das dançarinas da trupe, Nora Moore, cuja mãe era uma índia cheroqui pura e o pai, um irlandês. Nora e Ross desistiram de viver viajando e resolveram começar vida nova em Vancouver. Não tardou muito e Nora deu a luz duas crianças, uma filha e James Allen Hendrix, conhecido como Al. Como sua educação fora interrompida no sétimo ano, e ele não estava preparado para um trabalho mais especializado, Al voltou-se para o dom herdado da mãe e passou a ganhar alguns dólares aqui e ali em concursos de dança. As especialidades dele eram sapateado, jazz e improvisações solo. Embora mais tarde se referisse a si próprio como membro de uma importante família do show business, sua mãe, após deixar o vaudeville, trabalhava por muitas horas na cozinha de um restaurante em Vancouver. Quando adolescente, Al também trabalhou como garçom nessa cidade. Ao se casar com Lucille, Al talvez tivesse apenas três coisas em comum com a esposa de 16 anos: ambos eram os filhos mais jovens de suas respectivas famílias, os dois adoravam dançar e tinham um filho a caminho. Poucos dias depois do casamento, em 31 de março de 1942, Al despediu-se de Lucille com um beijo. Convocado para o Exercito, foi enviado para Oklahoma, a cerca de 2500km de distância, e de lá para a Geórgia.
Lucille mal completara 17 anos quando deu a luz o primeiro filho, Johnny, em 27 de novembro de 1942. O parto ocorreu na casa de Dorothy Harding, uma grande amiga de Dolores, a irmã de Lucille. Parentes e amigos acharam engraçado que aqueles dois baixinhos concebessem um bebê tão gracioso e longilíneo.
Criar uma criança não era brincadeira. Lucille não estava preparada para enfrentar a transição de ex-colegial para mãe. Por causa da confusão reinante no Exército ela nada recebia do pagamento de Al. Não muito tempo depois do nascimento de Johnny, Preston Jeter morreu de um ataque do coração, e Clarice herdou muitos problemas financeiros. Ela amava o filho de Lucille, mas não podia cuidar dele e ainda trabalhar fora cinco dias por semana. Clarice e Dolores estavam muito preocupadas com o bem estar de Johnny, que ficava de lá para cá num círculo de parentes e amigos, e às vezes até de gente estranha, em residências de Seattle e das proximidades. Johnny nunca sabia ao certo quem "se encarregaria" dele a cada semana — e essa expressão permaneceu para sempre em sua memória. Dormia sobre travesseiros, em cestos e nas camas dos outros. Um berço de verdade foi um luxo que poucas vezes Johnny pôde experimentar. Lucille flutuava pela vida de Johnny, a mamãe que ele tanto adorava, embora não pudesse sustentá-lo ou tomar conta dele por mais de alguns dias seguidos.
Quando estava com quase dois anos e meio, o menino foi levado por uma conhecida de sua avó Clarice. Essa mulher então adoeceu de repente e morreu. A irmã dela foi da Califórnia a Seattle, onde viu o pequeno Johnny e se encantou. Aquele foi um encontro do destino, e, embora depois ele acabasse por esquecer o nome daquela mulher, ela jamais saiu de sua lembrança. A mulher se dispôs a tomar conta do menino na sua residência em Berkeley, Califórnia, durante a guerra. Lucille não se opôs. Johnny vivia agora numa casa mais bonita, um bangalô simples, a algumas quadras do campus da Universidade da Califórnia. Ali ele se sentia confortável e seguro, e pode desabrochar sob o afeto e os cuidados da mulher que o resgatara, sem mencionar as atenções da filha mais velha dela, que tinha cerca de 20 anos, e de duas alegres adolescentes. Mais tarde, Johnny iria lembrar-se de quanto gostava que lessem histórias para ele, que ficava sempre ávido por ouvir mais uma. O vocabulário de Johnny aumentou muito durante essa feliz trégua na insegurança de Seattle. "Elas me chamavam de pequeno tagarela", disse-me ele sorrindo com essas antigas lembranças.
Al Hendrix nutria certas dúvidas quanto ao seu casamento, ainda mais depois que ouviu falar que Lucille tinha um caso com outro homem. Pensava em se divorciar da jovem esposa. Algumas semanas depois de receber baixa do Exército, no final de 1945, viajou até Berkeley pela Costa Oeste para ver o filho pela primeira vez. Johnny não foi capaz de relacionar a fotografia de seu pai uniformizado, exibida com destaque na sala de estar, com o jovem sem uniforme que agora o examinava. Al permaneceu por alguns dias com os anjos da guarda de Johnny, conheceu os vizinhos do garoto e depois, quando o menino parecia acostumado com ele, embrulhou as coisas do filho e ambos embarcaram numa exaustiva viagem de trem por quase 1.300km de volta para Seattle. Anos mais tarde Johnny lembraria como chorava e soluçava quando aquele homem pouco familiar, que agora ele devia chamar de pai, quis discipliná-lo no meio da viagem: "Quero ir embora desse trem! Quero ir para casa. Deixe-me ficar em paz, quero minha familial!"
"Eu só berrava", ele me disse. “Sabia que elas me amavam, que iriam sentir minha falta."Embora os detalhes tenham se esvaecido, Johnny jamais esqueceu daquela família substituta. "Aquele foi como um pequeno sonho aconchegante em minha cabeça", diria ele já adulto.
Quando Johnny estava para completar quatro anos, o pai resolveu mudar legalmente seu nome para James Marshall Hendrix. Incomodava-o imaginar que Lucille tivesse dado aquele o nome ao filho por causa de algum namorado. Disseram ao menino que ele passaria a ser chamado de Jimmy. Isso o perturbou e confundiu, mesmo porque vinha treinando pronunciar e escrever "Johnny" em um livro infantil de alfabeto que recebera de presente em Berkeley. "O garoto", como muitas vezes se referiam a ele, tinha nomes demais. Sua tia Dolores, a irmã preocupada e protetora de Lucille, já o apelidara de Buster. Mais tarde, Johnny/Jimmy referiu-se aos primeiros anos de sua vida como "cheios de confusão". E não era fácil para ele conversar a respeito de suas lembranças da infância. Houve um período, antes de ir para a escola, em que ele, a mãe e o pai viviam todos na pequena casa da tia Dolores, como parte da própria família dela, que se tornava cada vez maior. "Tia Dolores procurava sempre melhorar as coisas", disse ele. O casamento dos Hendrix era uma união intermitente. Vez por outra, para afastar Jimmy da crescente tensão entre os pais, mandavam-no para o outro lado da fronteira, em Vancouver, British Columbia, a fim de passar curtos períodos com a mãe de Al, Nora Hendrix. Em janeiro de 1948, quando Jimmy tinha seis anos, seus pais tiveram outro filho, Leon. Nem um ano se passara, e Lucille deu a luz um terceiro menino, Joseph. Lucille sentia-se presa numa cilada. Ela era muito jovem para ser mãe de um filho, quanto mais de três. Não podia suportar que a amarrassem. Al ficava cada vez mais mandão, temperamental e controlador com o dinheiro, sempre um problema para muitos habitantes do bairro central de Seattle. Não havia mais amor ou passos de jazz para aquele casal.
O pai de Jimmy estava sempre a lhe dizer: "Saia do caminho", "Não faça bagunça", "Não seja atrevido." O menino logo aprendeu que ficar quieto e ser obediente de vez em quando evitava as desagradáveis trocas de agressão em voz alta. Al lhe dizia: "Essa mulher e uma vagabunda.” Jimmy odiava ouvir o pai falar mal de sua mãe, assim como se arrepiava ao vê-la embriagada, trôpega e trêmula. Al também não era nenhum abstêmio, e muitas vezes Jimmy soluçava sobre o velho travesseiro, sem conseguir dormir enquanto explodiam brigas horríveis a poucos metros de sua cama. "Às vezes", diria Jimmy mais tarde a um amigo, "eu ficava lá, perguntando a mim mesmo: ‘Quem sou eu? Por que isso está acontecendo? O que posso fazer?"’ Numa noite digna de pesadelo, Lucille partiu para nunca mais voltar. "Meu querido Jimmy", disse ela ao filho, "tenho de fugir disso!" Para Jimmy as palavras e as lágrimas da mãe permaneceram como uma lembrança indelével. O casal se divorciou em dezembro de 1951. Al requereu e obteve a custódia dos filhos. Providenciou, como desejava, que Joseph fosse "criado fora". Al preveniu Jimmy e Leon para que Ficassem longe de Lucille. "Ela é uma bêbada, não vale nada!"
"Não vale nada." Essas palavras também perseguiram o menino — que veio a se tornar o homem Jimi Hendrix — pelo resto da vida.
Texto retirado do livro “Jimi Hendrix: A Dramática História de uma Lenda do Rock” (The Man, The Magic, The Truth) por Sharon Lawrence, Jorge Zahar Editor Ltda.
A mãe de Jimi faleceu sete anos depois do divórcio (ela estava com 32 anos), vítima de problemas renais que resultaram no rompimento do baço. Jimi tinha 16 anos e seu pai não permitiu que ele e seu irmão fossem ao enterro, fato que o magoou muito por toda a vida. A grafia “Jimi” foi uma idéia do empresário do guitarrista no começo do Experience, ele curtiu a idéia e a partir dali Jimmy virou Jimi e entrou para história da música universal.
Jimi Hendrix - Am I Blue
Am I Blue is another studio outtakes release, mostly focusing on bluesier pieces. Highlights include more complete versions of the previously released Country Blues and Three Little Bears, an earlier take of Voodoo Chile (from the Electric Ladyland sessions), and the epic twenty-seven minute Villanova Junction Blues studio jam.
26 comentários:
Calaro q vou mergulhar nesse álbum e no texto, por enquanto só li a introdução. A merda é q o micrito aqui tá tão suinogripado q só posso ouvir as músicas no nero, uma por uma. Nem dá pra abrir qualquer página durante a audição, o som fragmenta-se e aí phode a porra toda. Uma merda, né, Woody?
Mas Jimi vale qualquer sacrifício.
Sergiones,
obviamente e música é o grande filé do post, mas o texto da minha colega Sharon Lawrence é super interessante e recomendo a compra do livro a todos aqueles amantes e interessados em Jimi Hendrix, pois a leitura é muito interessante e esclarecedora.
Abraço,
WOODY
Concordo plenamente Woody, não tem pra ninguém,muito bom esse seu post, valeu!
Forte abraço.
Pois é Fred,
o homem era tão divino que Deus não nos permitiu mais isso e quis tê-lo logo ao seu lado. Como alguém que pensava estar dando pérolas aos porcos, resolveu tirar Jimi Hendrix do nosso convívio, privando-nos de obras futuras. Que lástima!!
Vendo tanta merda espalhada por ai no mundo da música, começo a acreditar que Deus estava com a razão na questão das pérolas aos porcos!
Abraço,
WOODY
Por falar em pérolas... Bem, o Bruno Eu Ovo me pediu outro dia num comentário q se eu soubesse de alguma nuvidade sobre Hiromi Uehara q o avisasse. Eu nem estava procurando quando dei de cara com o lançamento do último do Stanley Clark (Trio) com Lenny White e Hiromi, chamado Jazz In The Garden. Tou lá no soulseek pescando e a outra forma de tentar consegui-lo e avisar aos dois amigos mais fissurados pela japinha q conheço, vc e o Euovo. O 1º q conseguir tá intimado a por favor...
Ops. Quase esqueci de te deixar o link prum vídeo no youtube sobre o álbum: http://www.youtube.com/watch?v=HPLdpkE0RUg
Olá Woody.
Antes de mais nada, quero agradecer pelo post do Hendrix. O que consigo dela, pego, e sem pestanejar.
Digo que concordo com sua observação. Todos nós temos nossos músicos preferidos, mas de fato não tinha, não tem e nem terá, nunca, para mais ninguém, se compararmos Hendrix com os demais.
Eu acho também que o cara passou por aqui com essa missão - reinventar e iluminar, e como tal, a vida dele foi curta. Não consigo imaginar o que seria Hendrix hoje em dia, navegando nesse mar de esgoto musical, cada vez mais fedorento, e pior, exponencialmente mais fedorento ao longo dos anos.
Então, eu me convenci de que ele "se foi" no tempo mais ou menos certo. Digo 'mais ou menos', sem ter no entanto a menor pretensão de Deus aqui, porque faltou uma coisa. Por coincidência e antes de ver seu post, estava aqui ouvindo um boot fantástico da orquestra do Gil Evans ao vivo. Sempre imaginei o que poderia sair de um encontro de Hendrix, Miles Davis, Coltrane e Gil Evans. Sei que Miles e Hendrix andaram conversando sobre fazerem um som juntos. Não deu, até onde eu saiba nada foi gravado. E Hendrix já estava dando guinadas para um som mais jazzistico. No disco South Saturn Delta tem uma faixa assim, ao longo da obra dele tem tambem uma pinceladas de jazz.
Então, por isso digo que ele se foi "mais ou menos" na época certa: faltou esse registro, esse encontro entre gênios.
A obra dele é eterna, e sempre que a escuto, mesmo coisas conhecidas, descubro novos aspectos, novas notas, ou velhas notas soando diferente :) É, no fundo, como se eles estivesse ainda por aqui. Hendrix e alguns outros nos deixaram legados eternos.
Boas vibrações para vc e um abraço,
Fernando
Sergio depois de ler seu comentário não deu outra, fui procurar o Stanley Clark Trio - Jazz In The Garden. Achei muitas críticas e comentários favoráveis por aí, mas nada para baixar. Certamente é um disco para ser comprado, porém o tal din-din tá difícil por aqui. O disco é bem recente e deve aparecer por aí mais cedo ou mais tarde. Se vc conseguir tenha a certeza que me interesso sim e se por acaso aparecer na minha frente primeiro, mandarei uma cópia p vc e p o Bruno.
Abraço,
WOODY
Fernando é verdade,
Miles e Hendrix iam sim fazer uma gravação juntos, o fato está registrado na autobiografia de Miles Davis, segundo o próprio a gravação iria rolar poucos meses depois da data em que Hendrix morreu (novembro acho), eles estavam apenas esperando o fim das turnês. Mas o destino não quis que isso acontecesse. Maldito destino, porque além de idolatrar Hendrix eu também tenho Miles como ídolo maior e essa união seria uma graça divina, divina demais para nós simples mortais. As faixas do disco Cry of Love nos mostram que Jimi estava mesmo caminhando para um novo som, que Deus não nos permitiu ouvir. "A missão está cumprida, eles não merecem mais que isso", deve ter pensado "o tal" lá de cima.
Woody,
acho que ia ser o Pangea!
Imagine só!
Nós - meros mortais - não estávamos prontos para ouvir esse som!
Dizem que se ouvirmo a verdadeira voz de Deus morreriamos... Pois o mesmo aconteceria se ouvissemos Miles e Hendrix. Imagine ainda se fosse tocando o Pangea....
Eu não quero nem imaginar....
E o Sergião me falou da Hiromi com Stanley Clarke...
Já estou procurando com bastante afinco... Também cheguei até a pensar e me desembestar pra Livraria Cultura e procurar pelo disco... Depois ia até dar uma passad na FNAC...
Dai me lembrei que faz mais de uns 5 anos que não compro nenhum CD. Acho que até me esqueci de como se faz isso...
E eu era um rato de loja de disco - podia facilmente gastar 300 reais dentro de uma, em apenas 30 minutos...
Hoje em dia... Aliás - todos os dias - agradeço pelo advento da internet e dos free-downloads...
E vejo com extremo maus-olhos, aqueles que defendem a RIIA, ACMP ou similares que nada mais fazem que defender os direitos das grandes corporações.
E agora... se formos entrar nesse assunto - dá pra mais uns 10 comentários... quem sabe...
abração e o Jimi blues já to pegando... Pq um do Jimi é mais um do Jimi... POr mais que fosse mais do mesmo... Outtakes... pode mandar que eu to pegando.
Bruno não creio que seria o Pangaea porque esse som é de 1975 e Hendrix morreu em setembro de 1970, provavelmente ele contribuiria com alguma coisa em On the Corner ou no Get Up With It, que são de 1972, já que Miles não gravou nada em 71. A meu ver a inclusão da guitarra e uma colaboração autoral do Hendrix nesses trabalhos seria mais grandioso ainda que no Pangaea, não que eu ache o Pangaea um disco ruim, muito pelo contrário, mas On the Corner é muuito FODA!!! É FODA PRA CARALHO!! Com Jimi alí então seria, como vc bem disse, "ouvir a voz de Deus", é muito privilégio para esses humanos que só sabem lucrar e destruir, realmente não merecíamos!
Quanto ao Stanley Clark Trio com Lenny White e Hiromi, eu tentei achar mas, necas! Agora se eu esbarrar com esse disco em alguma loja por aí e tiver um troco no bolso suficiente para comprar. Lá se meu dinheirinho!
Ainda sobre 'Jazz in the garden', semana passada, quando vi a capa no allmusic (cotação 4 estrelas e meia), nem prestei atenção na data de lançamento pq intui q fosse atualíssimo. Me estranha ver um trio estouradíssimos como nesse caso são Leny White, Clarke e Hiromi e o disco ainda não tenha caído na Rede. Quanto a vossa intenção de comprá-lo, quem sou eu para desencorajá-lo?...Pô, mas importado, deve estar uma baba... Então, na busca pelo tesouro precioso - q nem era pra ser tanto pelos motivos expostos acima - continuo sem entender nada. No soulseek, já tentei de todo o jeito. Nos blogs, c já viu q a coisa tá difícil. O disco foi lançado em dezembro do ano passado. Lá se vão 5 meses, xará! Não é estranho? Eu me lembro daquele lançamento do Stanton Moore, lembra? 'Emphasis! On Parenthesis' Te avisei dele na hora q apareceu, do mesmo jeito no allmusic, e em menos de uma semana caiu na Rede...
Enfim, o 1º q conseguir presenteia os demais. Acho q já estamos mais ou menos combinados.
Abraços.
Esse já tá no saco, também, ô da madeira! hehehe
Também já procurei esse Stanley Clarke Trio e neca de pitibiriba. Minha patroa começou ontem a procurá-lo em umas comus do Yakult...não, Iogurt...também não...ããããhhhh...aaahh! Orkut! Vamos ver se ela tem sorte.
[]ões
Sergio essas coisas são assim mesmo, uma loteria, pode ser postado de uma hora para outra, mas é impossível prever quando e se. Vamos torcer para que alguém se disponha a postá-lo. Pode até ser que isso já tenha acontecido, porque muita gente passou a adotar a não inclusão do sistema de buscas nos blogs, afim de evitar que "todos sabemos quem" apareça para cagüetar os posts.
O negócio é ficar atento que mais hora menos hora, rola.
Abraço
WOODY
Grande Edson,
com certeza vc gostar desse Am I Blue pois é um disco bem interessante. Agora o Stanley Clarke Trio tá foda mesmo, tomara que apareça lá no Yakult,Iogurt do Orku. Odéio essa merda, mas tem momentos que pode ser até yourg-útil.
Abraço,
WOODY
Também procurei no yorgut...
não achei nada - tomara que sua patroa tenha mais sorte EdSom.
E por falar em Hiromi...
olha só o que achei nesse blogui:
http://jazzbootexperiment.blogspot.com/
procure nos marcadores que têm dois bootlegs da Hiromi's Sonicbloom, de 2008 e 2009 com boa qualidade de audio.
eu já peguei e recomendo quem curte a japinha.
abrações
Caramba nunca vi tanta mobilização atrás de um disco, se essa "bisteta" não for boa é até capaz de lincharem Stanley Clarke e Cia.
Quanto ao Jazz Boot Experiment, sou frequentador há algum tempo e vice-versa pois trocamos links, é um ótimo blog para se encontrar boots de jazz.
Abraço,
WOODY
Olá, Woody. Tudo bem? Sou a Cecília e trabalho na Edelman, que é a agência de comunicação da Jorge Zahar Editor. Bacana ver a citação do livro da Sharon por aqui. No site da editora tem uma pequena entrevista com a autora, onde ela conta porque resolveu escrever o livro, depois de 30 anos: http://www.zahar.com.br/catalogo_exclusivo.asp?id=1155&ide=11
Um abraço!
"Vudão", duca esse teu post, e sou obrigado a concordar quando vc diz que técnica só dá lapidação naqueles que já tem o tal dom.
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@Sergio: Hiromi com Stanley Clarke & Lenny White!?!? Esse eu ainda não ouvi, mas pelo que andei lendo...
Enquanto não chega, tenho Hiromi & Chick Corea Duet (2008 - lossy @192), serve?
Olá Cecília, obrigado pela dica, vou repetir o post no Portfolio-X (um outro blog em que eu colaboro) e aproveitar a entrevista para incrementar, de quebra, coloco até a capa do livro para ajudar a promover (afinal o livro é ótimo), tenho acompanhado e comprado alguns lançamentos da Zahar Editor, além do Hendrix gostei muito da autobiografia da Billie Holiday - Lady Sings the Blues. Um livraço que recomendo a todos os fãs de jazz, blues e, em especial da Billie Holiday.
Abraço,
WOODY
Grande Edison Fusion!
AM I Blue é mesmo bom, principalmente pela boa qualidade do áudio o que nem sempre se achamos num bootleg. Quanto ao Hiromi & Chick Corea Duet é ótimo também, mas esse eu já tenho. Valeu pela oferta, vamos aguardar para ver qdo rola o Stanley Clarke Trio, porque mais cedo, ou mais tarde, rola. Uma hora rola!
Abração,
WOODY
Ai vai o novo do Stanley Clarke & Japinha Hiromi (FLAC + scans).
Espero que gostem:
http://rapidshare.com/files/237267008/JitGard.part1.rar
http://rapidshare.com/files/237268650/JitGard.part2.rar
Valeu Mr. Edison Fusion BR!!!!!!
Só vc mesmo para descolar essas pérolas. Já passei pra turma.
Abração,
WOODY
Valeu, Woody. Valeu, Fusion Brasil!
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