quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Joe Farrell - Canned Funk [1975]



O saudoso Joe Farrell. Se você não conhece esse saxofonista e flautista, saiba que deveria. Afinal ele já tocou com meio mundo, músicos do primeiro escalão como Chick Corea, John McLaughlin, Dave Holland, Jack DeJohnette, Buster Williams, Elvin Jones, Airto Moreira, Stanley Clarke, Jack DeJohnette, Joe Beck, Don Alias, George Benson, Art Pepper, Billy Cobham, Average White Band, Flora Purin, Tom Jobim, Hermeto Pascoal… São só alguns dos muitos parceiros que ele já teve. É meu amigo, o cara não era fraco não! Merece até um post mais caprichado a seu respeito, mas no momento o foco é esse Canned Funk. Estávamos em meados dos anos 80 quando um amigo me descolou uma fita cassete com a gravação desse disco. Farrell já não era um desconhecido para mim, mas até então, eu nunca tinha ouvido nada solo dele que me agradasse tanto quanto aquele disco, um jazz funk com muito soul e swing. Mais tarde, pude perceber que esse som foi uma característica marcante da fase em que Farrel trabalhou pelo selo CTI (1970 – 74), do lendário produtor Creed Taylor (taí outro que merece um post), que ao lado de Rudy Van Gelder, outra figura antológica da produção jazzística, criou uma série de obras primas. Com tantos prós e nenhum contra, saí na captura do LP em tudo quanto foi loja e nécas! Nada de encontrar o tal Canned Funk, nem importado! O tempo foi passando, a fita desgastando, até sumir e eu já nem me lembrava do som quando, no final dos anos 90, aquele mesmo amigo me aparece com um CD caseiro contendo uma seleção de músicas de três discos do Farrell: Outback (1971), Moon Germs (1972) e Canned Funk, mas na capa do CD estava um scan, justamente, do famigerado disco. Àquela altura do campeonato, eu já conhecia e tinha os outros dois álbuns, mas ainda não encontrara o Canned Funk, cuja capa, maravilhosa, diga-se de passagem, eu via pela primeira vez (um magistral trabalho do fotógrafo americano Pete Turner). Novamente fui procurar nos sebos para ver se encontrava o disco, afinal já estávamos na era do CD e discos do Joe Farrell estavam praticamente dados nos sebos (isso há 10 anos, porque hoje estão caríssimos). Porém, mais uma vez dei com os burros n’água e pior, dessa vez, eu só tinha algumas faixas do disco porque a fita já era fazia tempos. Mesmo quando começou essa onda de baixar músicas pela net, eu não o encontrei, até que no finzinho de 2007, sem nenhum aviso dou de cara com o Canned Funk inteirinho à minha disposição num site russo chamado Noname. Com a ajuda de um software de tradução, consegui me inscrever no site e finalmente passei a possuir uma cópia do tão almejado disco. De lá para cá, esse disco se tornou um pouco mais comum na net e já não é tão difícil encontrá-lo por aí, tanto que a cópia que está aqui, eu baixei por esses dias sem grandes dificuldades, mas ainda me lembro da emoção de encontrar Canned Funk depois de tantos anos de busca. Uma alegria que divido agora com os freqüentadores deste blog, na esperança de que esse “funk enlatado” também faça a cabeça de vocês.







Joe Farrell - Canned Funk

Review by Fleamarketfunk
Now that I’m back, rested, and ready to go, I thought I’d pull out the newest addition to the FMF stable. It’s a record that I wasn’t really looking for, but decided to pick up because I knew the tune, and I am definitely a fan of the record label, despite the naysayers who claim it’s a “tepid terd”. In fact, I like everything about this label. From the musicians to the cover art, there is a love affair with these records that is still strong. I’ve been reading The House That Trane Built: The Story of Impulse Records, and my respect for Creed Taylor has doubled. The guy is amazing, and I will definitely not stop buying CTI records. This record hasn’t shown up at any of my local spots, and well, I had to jump on it. A lot of other CTI records do, and I’ve gotten some great ones throughout my digging career. From George Benson to Hubert Laws, when I see the shiny gate fold cover I can’t resist. Let’s get into Joe Farrell and “Canned Funk” on one of my favorite record labels, Creed Taylor’s CTI, from 1975.

Joe Farrell picked up the clarinet at the age of eleven. He went on to graduate from the University of Illinois, eventually uprooting himself and moving (like many Jazz musicians) to New York City. While in the Big Apple, he linked up with Maynard Fergusen and Slide Hampton. A very accomplished saxophone player and flutist, Farrell has played with a who’s who of Jazz musicians, including Jack DeJohnette,Charles Mingus, Andrew Hill, Herbie Hancock, Jaki Byard, Stanley Clarke, Elvin Jones and as a stand out musician with Chick Corea’s “Return to Forever”. He definitely had a good run during the 70’s with his CTI releases, riding on the coat tails of his success with Fergueson. A nasty drug habit would catch up with him during his final years in Los Angeles, where he worked with a lot of different people, including the Mingus Dynasty and Louis Hayes. He died in 1986.

If the Pete Turner photograph on the cover wasn’t enough, (I mean who ever gets an eyeball in their can of peaches?) the record was produced by Taylor and engineered by the genius known as Rudy Van Gelder in his Englewood Cliffs Studio in December of 1974. The song’s line up was as follows: Joe Farrell (tenor sax); Joe Beck (guitar); Herb Bushler (bass); Jim Madison (drums); and Ray Mantilla (congas and percussion). There’s some heavy Funk/ Jazz/ Fusion going on, and it’s obvious why Farrell’s saxophone sound was sought after during the 70’s. In this period, you had all these heavy Jazz players laying down Funk tracks (or their interpretation of), and apparently playing the role while they recorded. They would don the Funk outfits of the time, and get to work in the studio. The Funk would get into them people, and I can just see heavyweights like Milt Jackson wearing a Walt “Clyde” Frazier hat (complete with feather!) as he funked up the vibes. This is by far the longest side I’ve put on FMF (clocking in at over 7 minutes), but IMHO, it’s a really unique song. If you can’t get a hold of this nugget on vinyl, CTI released a compilation called “The Birth of the Groove”, which we here at FMF highly recommend. I am partial to CTI releases, and this tune is definitely a keeper.
From: Fleamarketfunk.wordpress.com 2007/09/26




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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Compost - Life Is Round [1973]




Excelente banda do início dos anos 70 que reúne dois grandes bateristas em seu elenco: Jack DeJohnette e Bob Moses. O primeiro ganhou notoriedade tocando com Bill Evans e Miles Davis, e Moses quando tocou com Rolnad Kirk e no Gary Burton's Quartet. Depois disso, ambos já acompanharam meio mundo do jazz e são nomes respeitadíssimos nessa esfera. Além dos tambores, os dois também tocam teclados e dividiam essa função no Compost. O grupo ainda conta com a percussão de Jumma Santos, mais um que tocou com Miles Davis, o que deixa evidente que a sessão rítmica da banda é realmente poderosa. O som é uma mistura de jazz, funk e soul com uma pitada latina vinda percussão de Jumma. O escrete ainda reunia Harold Vick (Grant Green, Jack McDuff, Nat Adderley, Dizzy Gillespie...) e o baixista Jack Gregg. O Compost não teve uma vida longa, durou uns três anos (1971 – 1973) e gravou três disco. Life Is Round foi o terceiro álbum e é o meu favorito. Um disco que agrada não somente aos jazzistas, mas também quem curte funk e soul music dos anos 70.






Compost - Life Is Round

This album was released in 1973 on Columbia Records, this all-star band consists of Bob Moses, Harold Vick, Jumma Santos, Jack Gregg and Jack De Johnette, plus friends Roland Prince, Ed Finney, Jeanne Lee and Lou Courntey. The Compost ensemble was formed, to quote Jack DeJohnette, as a co-operative band comprised of a group of people who are all versatile and whose egos are directed into positive channels, thereby overcoming the old leadership-versus-sidemen problem. This mission produced only three albums. While the self-titled debut never achieves much of a trajectory, some of the grooves on Life Is Round are nicely refracted esp. the Harold Vick cuts, “Seventh Period” and “The Ripper”. Lou Courtney even makes an appearance, adding vocals to a tidy song about outer space.
From curved-air.com



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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

BACK DOOR





Minha consciência começou a reclamar: “para um baixista seu blog está devendo algo além de Jack Bruce”. Puxa! Até que o pensamento tem lógica, embora eu veja o instrumento como um caminho para a música, ou seja, não encaro a coisa como música de guitarrista, de baixista, pianista e assim por diante, exceto em casos de solos é claro. Mas está faltando som de baixista por aqui e para corrigir essa ausência sentida resolvi fazer esse post do Back Door, um dos melhores grupos ingleses da década de 70, que poucos tiveram o prazer de conhecer e que teve a ousadia de tirar a “cozinha” do fundo, colocando o baixo a frente como um instrumento de solo, magistralmente executado pelo canhoto Colin Hodgkinson.

O grupo foi um trio que nasceu em 1971 na cidade de Blakey, em Yorkshire, e além de Hodgkinson, tinha Ron Aspery nos teclados e sax, e Tony Hicks na Bateria. Eles faziam uma inusitada mistura de jazz, blues e funk, com uma pitada de rock. Creio que esta singular fusão liderada pelo contrabaixo, foi responsável pelo grande prestígio deles entre a crítica especializada e também o motivo de chamarem muito pouco a atenção do grande público, cujos ouvidos estavam mais voltados para o hard rock do Led Zeppelin, Black Sabbath, Uriah Heep e progressivos como Genesis, Yes e Pink Floyd. Por isso o Back Door teve uma vida curta (1971 – 1976), mas suficiente para deixar a sua marca na história da música, influenciado gerações e gerando grupos como o Morfine, treze anos depois.

Depois do fim, o Back Door andou fazendo alguns revivals, o primeiro deles aconteceu em 1986 e foi registrado no bootleg A Live Decade. Se juntaram outra vez em 2003, quando gravaram o álbum Askin' The Way, que mescla alguns velhos sucessos com novas músicas. Esse trabalho ficou marcado como o último da formação original, pois Ron Aspery faleceu em dezembro daquele ano. Mas o trio voltou a tocar em 2005, com Rod Mason no saxophone. No entanto, outra baixa aconteceria em agosto de 2006, quando Tony Hicks morreu em Sidney, na Austrália. O baixista então formou um novo trio em 2007, chamado Colin Hodgkinson Group, novamente com Rod Mason no sax, e Paul Robinson na bateria. Em outubro de 2008 lançou o CD Backdoor Too! Uma espécie de continuidade do lendário Back Door. Para contar um pouco mais da história desse jazz fusion power trio, deixo vocês com o texto de Cláudio Vigo, publicado no site Whiplash em 2002.

A primeira vez que ouvi falar de Colin Hodgkinson foi nos anos 70 numa Melody Maker (via Revista Rock) onde havia uma crítica a um show do Deep Purple e o sujeito desancava sem dó nem piedade suas majestades púrpuras (chamava de decadente pra baixo) colocando nas maiores alturas uma banda de abertura que eu nunca havia escutado falar. Na época, como fã incondicional do Purple, fiquei mais que passado e já estava chamando o inglês de anta, quando a descrição do tal show despertou minha atenção. Tratava-se de um inusitado trio de sax, baixo e bateria chamado Back Door, que fazia uma mistura de Blues Rock e Jazz, onde o baixista fazia acordes e solava tresloucadamente em todas as músicas o tempo todo, como se fosse um guitar hero. Fiquei com dezoito pulgas atrás de todas as orelhas por anos a fio procurando ouvir qualquer coisa desta tão fantástica banda, que com apenas um baixo havia reduzido meus ídolos de então ao vexame total.

Colin "Bomber" Hodgkinson nasceu em Peterborough em 1945 e se tornou profissional em 1966 no jazz rock trio chamado Eric Delaney's Showband, e em 1969 fazia parte da lendária New Church de Alexis Korner, com quem abriu o famoso concerto dos Stones no Hide Park e em que Mick Taylor fez sua estréia em um dos melhores empregos do rock. Tenho uma gravação desta banda onde o homem arrasa num blues solado, conduzido unicamente no baixo.

Em 1971 forma o Back Door com Ron Aspery (sax) e Tony Hicks (bateria). Numa época onde predominavam guitarras e hammonds na linha de frente, os caras apareciam com um saxofonista muitas vezes fazendo base para o baixista alucinar enquanto o baterista mandava ver. Ninguém entendeu nada, mas obtiveram um relativo sucesso naqueles pubs enfumaçados e circuitos alternativos em geral. Em 1972 gravaram seu primeiro disco por um selo local e depois catapultados por uma grande gravadora (Warner) se tornaram referência cult pra toda a imprensa musical inglesa. Com a produção de Felix Pappalardi foram para Nova Iorque gravar o fantástico segundo disco chamado "8th Street Blues". Em 1975 mudaram o baterista (Adrian Tilbrook assumiu as baquetas) e o som em seu último disco gravado (produzido por Carl Palmer) chamado "Activate" que cá entre nós, é bem inferior aos anteriores. Não sei o que foi, mas que a receita desandou, desandou. Em 1977 a banda acabou depois de quatro discos de pouca vendagem, muito sucesso de crítica e pouco público, uma daquelas bandas lendárias que muita gente ouviu falar, mas poucos conheceram de fato.
Fonte: Whiplash.net.





BACK DOOR



Colin Hodgkinson first met Ron Aspery whilst the two were playing in the jazz-rock trio "Eric Delaney's Showband". The two began to talk about forming their own band around 1969, and eventually Back Door came to fruition in 1971, with Tony Hicks joining on drums. Hodgkinson made an innovative use of the electric bass, making it a lead instrument rather than a part of a rhythm section. Their unique brand of jazz-rock and Hodgkinson's original playing was a hit at their regular venue; the Lion Inn on Blakey Ridge, Yorkshire. However, record labels were not keen and the band were repeatedly told "No singer, no contract". Ever the innovators, the band decided to record their first album themselves. It was recorded on a 4-track Ampex mixing console in eight hours, and mixed in four hours the next day. Around 1,000 copies were first printed by RCA. The album was sold over the bar at The Lion Inn, and at a few record shops in the local area.

A copy of the record somehow made its way to the NME headquarters in London, and a superb review by Charles Shaar Murray was printed. After a few more reviews, the band passed an interview, and began playing a regular slot at The Senate in Peterlee, despite Aspery snapping a key off his saxophone moments before the audition. The band's popularity increased when they were asked to play a two week stint at Ronnie Scott's club in London, opening for Chick Corea. The run was eventually lengthened to three weeks. The record companies changed their tune, and after receiving many offers, the trio decided to sign with Warner Brothers. The band rejected an offer from Richard Branson (who was just starting up Virgin Records at the time) because, according to Hodgkinson: "they were successful - this other guy seemed really nice, but he had no track record". Warner Brothers then re-released their debut album.

In 1974, the trio went to New York to record their second album, 8th Street Nites. The album was produced by former Cream producer, Felix Pappalardi. This was the first album to feature vocals, provided by Hodgkinson because "we needed a singer, and I was the least bad out of us." Papallardi himself also played on a few tracks. Warner Brothers duly released the record, and a tour of the United States supporting Emerson, Lake & Palmer followed. Subsequent tours (usually as the support act) included one with Alexis Korner in Germany, which led to a long-lasting collaboration between Korner and Hodgkinson, and The J. Geils Band in the U.S., as well as a few headlining tours of the university circuit in the UK.

By the time they recorded their third LP, Another Fine Mess, Dave MacRae had joined the band on piano. He was a friend of Hicks' that he met whilst in Australia. The band shifted style slightly on this album, and more effects, processing and electronic sounds were used, although they were still defined as jazz-rock. McRae's stint in the band only lasted about a year however, and by the time they recorded Activate in 1976 he had departed the band, as had long-time drummer, Tony Hicks. The band hired Adrian Tilbrook as a replacement on drums, claiming they needed "a more hard-hitting drummer". The album was produced by Carl Palmer. After the release of Activate, the band played less and less together, and eventually broke up around 1977. Aspery went on to do work as a session musician, and Hodgkinson joined a string of bands, including the The Spencer Davis Group and a few outfits alongside Jan Hammer, then of The Mahavishnu Orchestra.

The original line-up briefly reunited for what was initially one night at the Ronnie Scott's 1986, although this was subsequently followed by a short tour of the UK. In 2003, the original line-up reunited once again to record a new album. Askin' The Way consists of 6 re-workings of favourite old songs, and 13 new recordings. Hicks also played accordion on this album on a couple of tracks. The official launch took place in The Lion at Blakey Ridge, where the band had first started out back in 1971. The band then played a few more shows but Aspery had been suffering from an illness for quite some time, and decided that the rigours of the road were no longer for him. On the 10 December that year, Ron Aspery died at his home in Saltdean, Sussex. The band played a few more concerts in 2005 with Rod Mason on saxophone, including the Guildhall venue at the Brecon Jazz Festival, Hull Jazz Festival, and further sold - out Blakey concerts in 2005. Tony Hicks died in Sydney, Australia on 13 August 2006.In 2007 Colin Hodgkinson formed a new trio under the name Colin Hodgkinson Group with Rod Mason (sax) and Paul Robinson (drums). In 2008 they released Back Door Too!, a mixture of old Back Door numbers and new material
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From: Wikipedia





8th Street Nites [1973]

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A Live Decade 1976-1985

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Live in London 1973

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sábado, 13 de dezembro de 2008

LARRY CORYELL








Foi em setembro de 1978 que conheci Larry Coryell, me lembro bem da data porque foi nessa época que aconteceu o maior e melhor evento jazzístico realizado no país até hoje, o São Paulo-Montreux Jazz Festival (obra de Maluf – não gosto do cara, mas nessa, ele me agradou muito). Entre os dias 11 e 18, sessenta mil pessoas foram ao Palácio das Convenções no Anhembi para conferir de perto uma constelação de estrelas internacionais como John McLaughlin, Tony Smith, Dizzy Gillespie, Taj Mahal, Patrick Moraz, Chick Corea, Joel Farrel, Stan Getz, Peter Tosh, Al Jarreau, Benny Carter, George Duke, Etta James, Ray Brown e outros, além dos brasileiros Helio Delmiro, Hermeto Paschoal, Milton Nascimento, Nivaldo Ornellas, Raul de Souza, Djalma Correa, Egberto Gismonti, Zimbo Trio, Wagner Tiso, Victor Assis Brasil, Luiz Eça, Márcio Montarroyos e mais outros tantos. No meio desse monte de feras, estava uma dupla de guitarristas, até então desconhecida por mim: Larry Coryell & Philip Catherine (que mais tarde substituiria Jan Akkerman no Focus). Me desculpem a expressão, mas PUTA QUE O PARIU! Os caras fizeram um show para não dever nada a nenhum dos nomes citados aí em cima, na verdade fizeram uma das melhores apresentações do festival, não só na minha modesta opinião, como também da tal crítica especializada. Saca só o que foi publicado na extinta Revista POP nº 73, de novembro de 1978:




Quem conhece o LP Twin House (1976), primeiro disco da dupla Larry Coryell/Philip Catherine, sabe que poucas vezes o mundo do jazz assistiu a um "casamento" artísticotão perfeito. E, se o dito popular "os opostos se atraem" também é válidopara os casamentos artísticos, eis aí a explicação para o brilhante trabalho que esses dois garotões guitarristas vêm desenvolvendo nos últimos tempos. Larry Coryell é texano mas sempre morou em Nova Iorque. Philip Catherine é inglês, de família e educação belgas. Larry é um representante típico do jazz urbano da east coast dos EUA. Philip faz o modelo jazz de vanguarda europeu, ultimamente com grande influência dos experimentalistas alemães. Larry é observador, atento e faz o gênero superstar. Philip é contemplativo, bon vivant e faz o gênero diplomata.




Do encontro dessas duas personagens antagônicas, no festival de Montreux de 1975, surgiu uma das duplas mais vigorosas do jazz atual. Tão grande foi o sucesso de Twin House - e tamanha a satisfação que ele trouxe a Coryell e Catherine - que a dupla logo tratou de continuar o trabalho através de dois novos LPs. O primeiro chama-se Splendid, é gravado em estúdio e representa uma continuação natural do trabalho iniciado em Twin House. O "segundo novo LP" da dupla foi gravado ao vivo na Alemanha, num concerto já considerado "clássico" pelos fãs da dupla. Segundo declarações de Larry Coryell, foi de longe a melhor apresentação que ambos já fizeram, e ela por sorte foi gravada na íntegra.

Nos bastidores do Festival de Jazz de São Paulo, Coryell explicou aos repórteres os motivos do sucesso de seu casamento artístico: "Eu e Philip entendemos a música de maneira completamente diferente um do outro. Nossas visões e interpretações são sempre opostas. Por isso mesmo, acho, estamos sempre ensinando alguma coisa um ao outro. O Philip colabora com toda aquela complicação cerebral do jazz europeu, e eu mostro a ele como é o blues das grandes cidades americanas. Assim, depois de brigar muito, sempre armados de violões e guitarras, acabamos criando boa música. E o público, que não é tolo nem nada, está compreendendo nosso trabalho. De minha parte, confesso que nem o Eleventh House nem o grupo de Miles Davis me trouxeram tanta satisfação pessoal e profissional quanto esses três LPs com Philip Catherine. Se foi amor à primeira vista? Bem, prefiro dizer que foi uma paixão fulminante ao primeiro acorde..."
(Por: Okky de Souza)




Na dupla, o quem mais me chamou atenção foi Larry Coryell, principalmente pela sua vertente “bluesística”. Dias depois lá estava eu percorrendo as lojas em busca de LPs do cara. Comprei dois discos Twin House e o Spaces. O primeiro com as músicas apresentadas no festival e é sem dúvida um ótimo disco, mas o segundo também é incrível a começar pela categoria dos instrumentistas reunidos, Coryell divide a guitarra com John McLaughlin e eles são acompanhados por Miroslav Vitous no baixo, Chick Corea nos teclados e Billy Cobham na bateria. O som é uma fusão incomum (pelo menos para época) de jazz e rock, pois tinha uma pegada um pouco diferente do que vinha fazendo Miles Davis e outros artistas daquele tempo. Esse álbum foi gravado em 1969, mas só lançado em 1974, é um daqueles trabalhos que precisa ser ouvido várias vezes para ser totalmente compreendido. Esse LP foi responsável por uma mudança radical nos meus estudos musicais (que nunca foram tão profundos assim, diga-se de passagem): eu estudava violão clássico com um bom professor cujo nome me foge agora. Ele vivia me fazendo estudar uma série de valsas (é, eu estava bem no começo) até que um dia levei o Spaces para ele ouvir. Na aula seguinte, o professor disse que ouviu, achou interessante, mas afirmou que aquilo não era música. Depois dessa, abandonei o curso e no dia seguinte estava me matriculando em guitarra na escola do Zimbo Trio. Atraído não exatamente por ser do renomado trio, mas principalmente pela proposta contida no nome do conservatório: Centro LIVRE de Aprendizado Musical – CLAM.






Com o passar dos anos fui descobrindo que Coryell é um músico extremamente eclético, mesclando em suas fusões musicais diferentes tendências, inclusive a música brasileira, chegando a gravar um ótimo álbum no Brasil, Live from Bahia 1991, juntamente com Marcio Montarroyos, Nico Assumpção e Dori Caymmi, trabalho produzido pelo lendário produtor de jazz Creed Taylor. Outro importante registro em parceria com instrumentistas brasileiros aconteceu em 2002, quando lançou o disco Three Guitars (também em DVD) junto com seu compatriota John Abercrombie e a paulista Badi Assad. Tive a oportunidade de ver Coryell e Badi juntos em 26 de novembro de 2005, quando ele esteve aqui para apresentações do disco Tricycles, lançado um ano antes (puts que discaço!!!). Não me lembro se foi antes ou durante a apresentação, mas Badi veio ao palco e eles tocaram sons do Three Guitars, pena que Abercrombie não estava lá. Agora, meu irmão, essa apresentação do Tricycles que ele fez com o baixista Mark Egan e o baterista Paul Wertico, foi um dos shows mais incríveis que eu já tive o prazer de assistir, eu e pouca gente, porque no mesmo dia, aconteceu o Free Jazz, ou coisa assim, com Chick Corea e isso dividiu os públicos deixando a casa meio vazia, mas posso garantir que quem foi ao Tom Brasil ver Coryell naquela noite, saiu em estado de graça. O som foi tão bom, que eu quase ignorei a apresentação do Billy Cobham Culturemix, que rolou logo em seguida. O guitarrista voltou a São Paulo este ano com Egan e Wertico para se apresentar do Bourbon Street e é claro que eu estava lá. Mais uma vez foi um grande desempenho, mesmo assim não chegou nem perto do que rolou no Tom Brasil. Bem amigos, muitos foram os discos de Coryell que me impressionaram, por isso foi difícil escolher os posts nessa extensa discografia, procurei colocar os mais significativos e mesmo assim alguns ficaram de fora, deixo aqui a minha seleção e um pouco da história desse músico incrível na esperança que vocês apreciem tanto quanto eu.





Larry Coryell nasceu em 2 de abril, na cidade texana de Galveston nos EUA. Quando criança começou a estudar piano, mudando para o violão e depois para guitarra na adolescência. Após estudar jornalismo na Universidade de Washington, ele se mudou para Nova York em 1965, onde fez a segunda guitarra para Gabor Szabo no quinteto do baterista Chico Hamilton. Todavia, em 66, ele assumiu o lugar de Szabo e logo depois gravou o seu primeiro vinil com a banda de Hamilton. Ainda em 66, ao lado de Bob Moses e Jim Pepper, ele se tornaria co-fundador de uma das primeiras bandas de jazz rock, o Free Spirits, gravando o álbum Out Of Sight And Sound, um LP raro e muito disputado por colecionadores e que não foi lançado em CD. No ano seguinte, Coryell se uniu ao grupo do vibrafonista Gary Burton, lançando três discos seminais do jazz-fusion: Duster, Lofty Fake Anagram e A Genuine Tong Funeral, todos em 1967. Em 1969 ele participou do disco Memphis Underground do flautista Herbie Mann ao lado de Roy Ayers e do influente guitarrista de free-jazz Sonny Sharrock. Naquele mesmo ano, produziu seu primeiro álbum solo batizado apenas de Coryell e depois saiu em turnê com o Jack Bruce and Friends ao lado de Mitch Mitchell e do tecladista Mike Mandel que mais tarde fundaria com ele o grupo Eleventh House, famoso na década de 70 como uma das principais bandas de jazz rock, consagrando Coryell como um mestre do estilo.





Os trabalhos realizados por Coryell na segunda metade dos anos 60, deram a ele alguma notoriedade e, durante a década seguinte ele gravou uma série de álbuns, mais de 25, trabalhando com alguns dos melhores músicos da época, nomes pesos-pesados que incluíam os guitarristas John McLaughlin, Eric Clapton, Jimi Hendrix, Paco De Lucia, Pat Metheny, Al Di Meola, John Abercrombie, Larry Carlton, John Scofield, Kazumi Watanabe, Ralph Towner, e Steve Kahn; os bateristas Billy Cobham, Elvin Jones, Steve Gadd, Lenny White, Mitch Mitchell e Tony Williams; os saxofonistas David Sanborn, Pharoah Sanders, Michael Brecker; Sonny Rollins e Steve Lacy; os trompetistas Don Cherry, Maynard Ferguson e Randy Brecker; o violinista Stephane Grappelli; os tecladistas Chick Corea, Larry Young, David Sancious e Lyle Mays; e os baixistas Charles Mingus, Miroslav Vitous, Ron Carter, Eddie Gomez, Jack Bruce, Jimmy Garrison, Charlie Haden, Steve Swallow e Tony Levin. No período entre 1979 e 1980, ele esteve em turnê pela Europa com Paco De Lucia e John McLaughlin como integrante do Guitar Super-Trio. Uma dessas apresentações, realizada no Royal Albert Hall, em Londres, foi gravada em vídeo e celebrada como “Meeting of the Spirits” (encontro dos espíritos). No entanto, o trio não teve uma vida longa e Coryell cedeu seu lugar para Al Di Meola no início de 80.





Apesar de passar os 80 se dedicando quase que exclusivamente à guitarra acústica, Coryell continuou abrindo novos caminhos. Criou um ambicioso projeto interpretando clássicos de Stravinsky e Ravel. Complicado? Talvez, mas por ocasião do lançamento de Sketches of Coryell (1996), ele comentou: "A idéia desse disco foi um 'Shut Up' N 'Play Yer Guitar (cala a boca e toca a sua guitarra), como diria o imortal Frank Zappa. Mas eu escolhi não entrar em um monte de coisas rapidamente. Em vez disso, apenas me concentrei na melodia, independente da composição.” No entanto, qualquer que seja o gênero, seja qual for a abordagem, com mais sessenta gravações sob a sua cintura, Coryell pode ser considerado um verdadeiro "Guitar Legend".

Atualmente, Mr. Coryell vive em Duchess Country, Nova York, mas continua a lecionar guitarra em tempo parcial e a fazer turnês regularmente.
Biografia traduzida do texto de Christiaan Strange encontrada no site Kiosek



Nota: eu não quis fazer alterações no texto Christiaan Strange, mas o final está meio estranho porque ele fala do disco Sketches of Coryell, fazendo parecer que este trabalho faz parte do “ambicioso projeto interpretando clássicos de Stravinsky e Ravel”. No entanto, a única música próxima de um clássico neste disco é o famoso Concierto De Aranjuez (aka A Sketch Of Spain), todas as outras são jazz. Os trabalhos relacionados à música clássica são: Bolero (1981), Bolero/Scheherazade (1982) A Quiet Day in Spring (1983, um disco de inspiração erudita, mas não é música clássica), L' Oiseau de Feu/Petrouchka (1984) e Le Sacre du Printemps (1986). A impressão que se tem é que alguém resolveu resumir o final da biografia e acabou fazendo m...






LARRY CORYELL








Larry Coryell was born 2 April, 1943 in Galveston, Texas. As a child he studied and played piano, switching to guitar (acoustic, and then electric) in his teens. After studying journalism at the University of Washington, he moved to New York City in 1965, where he played behind guitarist Gabor Szabo in drummer Chico Hamilton's jazz quintet. However, by 1966, he had replaced Szabo and later that same year went on to record his vinyl debut with Hamilton's band. Also in 1966 he co-founded an early jazz-rock band, the Free Spirits, with whom he recorded one album, 1966's rare, Free Spirit: Out Of Sight And Sound. Soon after his stint with the Free Spirits he joined vibra-harpist Gary Burton's band, recording with him three seminal albums, all of which are now long out of print. In 1969 he recorded Memphis Underground with flautist Herbie Mann whose band, at that time, included Roy Ayers and the influential free-jazz guitarist Sonny Sharrock. Also in 1969, before recording his first solo LP, he toured Europe and the U.S. with ex-Cream bassist Jack Bruce, ex-Jimi Hendrix Experience drummer Mitch Mitchell, as well as keyboardist and future Coryell side-man Mike Mandel.

Throughout the seventies he released album after album, often playing alongside the very best jazz had to offer. Some of the heavy-weights include: guitarists John McLaughlin, Eric Clapton, Jimi Hendrix, Paco De Lucia, Pat Metheny, Al Di Meola, John Abercrombie, Larry Carlton, John Scofield, Kazumi Watanabe, Ralph Towner, and Steve Kahn; drummers Billy Cobham, Elvin Jones, Steve Gadd, Lenny White, Mitch Mitchell and Tony Williams; alto sax player David Sanborn, tenor sax players Pharoah Sanders and Michael Brecker; soprano sax players Sonny Rollins and Steve Lacy, cornet player Don Cherry, trumpet players Maynard Ferguson and Randy Brecker; violinist Stephane Grappelli, keyboardists Chick Corea, Larry Young, David Sancious and Lyle Mays; and bassists Charles Mingus, Miroslav Vitous, Ron Carter, Eddie Gomez, Jack Bruce, Jimmy Garrison, Charlie Haden, Steve Swallow and Tony Levin.

In 1979 and 1980 he toured Europe with Paco De Lucia and John McLaughlin as part of a guitar super-trio, eventually releasing a video recorded at the Royal Albert Hall, London, which commemorated this "meeting of the spirits". This trio was short lived however, and he was replaced by Al Di Meola in early 1980. Throughout the 80's, although playing almost exclusively acoustic guitar, Larry Coryell continued to break new ground. And if his ambitious avant-garde interpretations of Stravinsky and Ravel are any indication, it seems clear that there is much more to this guitar-slinging virtuoso from Texas than jazz/rock fusion.

Complicated? Perhaps, but his newest album, Sketches of Coryell, should simplify things. To quote Coryell himself, "The idea of this album was to 'Shut Up 'N' Play Yer Guitar' in the immortal words of the dearly missed Frank Zappa. But I chose not to indulge in a lot of fast stuff. Instead we just concentrated on melody and whatever the composition called for." But whatever genre, whatever approach, with sixty recordings under his belt, Coryell can be considered a true "Guitar Legend". Case in point: he recently took part in a concert in Spain, spotlighting 32 of the world's finest guitarists, including B.B. King, Keith Richards, Robbie Robertson, Bob Dylan, and Les Paul. And guess what? He felt right at home.

Mr. Coryell now lives in Duchess County, New York, but continues to teach guitar part-time, and tours regularly.

For Christiaan Strange's Larry Coryell Website







Larry Coryell - Inner Urge [2001]

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Larry Coryell - Live At The Village Gate [1971]

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Larry Coryell - Live from Bahia [1991]

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Larry Coryell - Monk, 'Trane, Miles & Me [1999]

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Larry Coryell - Spaces [1974]

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Larry Coryell - Toku Do [1988]

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Larry Coryell - Tricycles [2004]

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Larry Coryell & Alphonse Mouzon - Back Together Again [1977]

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Larry Coryell & Emily Remler - Together [1985]

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Larry Coryell & Philip Catherine - Twin House [1976]

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Larry Coryell & The Brubeck Bros [1978]

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Larry Coryell, Victor Bailey, Lenny White - Electric [2005]

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Stu Goldberg - Solos-Duos-Trio [1980]

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Gary Burton - A Genuine Tong Funeral [1967]

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Charles Mingus - Three Or Four Shades Of Blue [1977]

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Jack Walrath - Out Of The Tradition [1990]

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John Abercrombie, Badi Assad & Larry Coryell - Three Guitars [2002]

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Larry Coryell & the Eleventh House - Live at Montreux [1974]

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Jack Bruce & Friends Live at the Fillmore East 1970



Aí esta o registro do encontro de Mitch Mitchell, Jack Bruce e Larry Coryell comentado no post abaixo. Encontrei as faixas meio que por acaso num desses costumeiros passeios pela net. Este foi o quarto show de uma turnê de 17 apresentações que a banda fez pelos EUA durante os três primeiros meses de 1970. A performance se deu no Fillmore East de Nova York como abertura do show do Mountain. A qualidade do áudio não é ruim levando-se em conta que é uma gravação feita da platéia com um gravador portátil. Na verdade é surpreendentemente boa para os padrões da época, mas foi processado com tecnologia atual onde usaram compressão, mais eliminador de ruídos e essas coisas que acabam roubando um pouco da sonoridade natural. Enfim, em termos que qualidade sonora eu classificaria como B. O show trás músicas do Cream e algumas faixas dos primeiros álbuns solos de Bruce: Songs for a Tailor (1969) e Harmony Row (1971), este último com a participação de Mitchell. É mais uma curiosidade histórica do que um grande disco, mas vale a pena conferir.

Nota: Existe um disco oficial do Jack Bruce & Friends lançado em 28 de julho de 2003, um CD duplo com a gravação de uma apresentação realizada em Denver 1980, mas a banda é completamente diferente com Clem Clempson na guitarra, Dave Sancious nos teclados e Billy Cobham na bateria.





Jack Bruce & Friends Live at the Fillmore East 1970

In beginning of January, while Jimi is working with Buddy Miles and Billy Cox, Mitch joins the new Jack Bruce & Friends. This will turn out to be the "forgotten supergroup" of early jazzrock. Sadly, no studio recordings have surfaced so far, but the existing bootleg recordings leave no doubt about how great this band sounded. This album is one of these bootlegs.

Olvator notes: “This is the best and most complete version of this show. I uploaded another version of this concert a few years ago. Same source, but from my 3rd (?) gen. cassette. I have received these files some time ago and they are straight from the master. Sound is much better! This is a raw transfer.” While Jack Bruce’s vocals are fairly dominant, it is Larry Coryell’s guitar work and, to a slightly lesser extent, Mike Mandell’s organ that take centrestage, so to speak. Coryell might have been going through a rock-guitar phase so this is not wholly the jazz-fusion playing that fans tend to associate with the guitarist. But it is on the Smiles & Grins jam that indicate the direction both Coryell and Mitch Mitchell would take in the subsequent years. After all, as the wikipedia notes, “Mitchell pioneered a style of drumming which would later become known as fusion.” Still, in memory of Mitchell, he gets the spotlight in the opening of The Clearout where he does a thundering solo. And to remind fans of their earlier days, the band drags out Sunshine Of Your Love which, not surprisingly, gets the loudest applause.
From: BigO Worldwild





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