quinta-feira, 24 de abril de 2008

Bedlam - Bedlam [1973]


Nos anos setenta havia tantas bandas de rock boas, que algumas se dissolveram rapidamente antes mesmo de alcançarem algum sucesso, embora possuíssem talento e potencial para tanto. Este é o caso do Bedlam, um grupo de hard rock inglês formado em 1972, inicialmente chamado de Beast. É bem difícil encontrar dados biográficos sobre eles, e por isso vou ficar devendo o motivo pelo qual trocaram de nome (provavelmente acharam outra banda com essa denominação, que é o motivo mais comum para mudança de nome). Também não se tem conhecimento do por que o grupo acabou assim tão precocemente. O que se sabe é que era formado por músicos tarimbados como o guitarrista Dave Ball (Procol Harum) e o cantor Frank Aiello (Truth). Detalhe: ambos atuavam em suas respectivas bandas e no Bedlam ao mesmo tempo, e talvez o conflito de agendas seja a causa do desmembramento do conjunto. Os outros membros eram o baixista Dennis Ball (ex Long John Baldry) e o baterista Cozy Powell (ex Jeff Beck Group). Powell foi sem dúvida o integrante mais renomado entre eles, tendo participado depois de uma série de grupos importantes na história do rock como Black Sabbath, Emerson Lake & Powell, Whitesnake, Yngwie Malmsteen, MSG e Phenomena. Infelizmente ele faleceu de forma trágica em 1998, num acidente de moto (uma de suas paixões). O Bedlam gravou apenas este disco homônimo, produzido por Felix Pappalardi (produtor do Cream e membro do Mountain) em 1973, antes de se desfazer no ano seguinte. Depois, caiu no esquecimento por um bom tempo até que a era digital começou a resgatar alguns antigos valores, transformando em cult grupos como Sir Lord Baltimore, Black Merda (esse nome é foda!), Possessed, Steamhammer e o próprio Bedlam, que tiveram vida curta, mas faziam boa música e acabaram voltando à cena. Nesse boom, outro disco deles foi lançado em 2003, o "Live in London", gravado em 22 de Outubro de 1973, no Command Studios Theatre. Álbum recentemente postado no blog Seres da Noite pelo nosso amigo Miguelito, El Gran Chihuahua. Aproveitando o embalo o Bedlam voltou à ativa em 2005 com todos os membros remanescentes, colocando o baterista Russell Gilbrook (Uriah Heep) no lugar de Powell. Em princípio foram apenas algumas apresentações, mas não será nenhuma surpresa se aparecer algum disco novo por aí. Se você é fã do rock setentista e nunca ouviu, nem de falarem, do Bedlam, vale a pena conferir este disco, pois é quase certo que vai agradá-lo.
Fontes -> All Music Guide, Wikipedia, Uriah Heep web site e Bedlam web site







Bedlam - Bedlam

Bedlam (originally known as Beast when it formed in 1972) was a British hard rock band featuring singer Frank Aiello (from Truth), guitarist Dave Ball (from Procol Harum), bassist Dennis Ball (formerly with Long John Baldry), and drummer Cozy Powell (formerly with Jeff Beck). They made one self-titled album produced by Felix Pappalardi (producer of Cream, member of Mountain) in 1973, before breaking up in 1974.
From All Music Guide by William Ruhlmann







Bedlam - Bedlam

quarta-feira, 23 de abril de 2008

JOE BONAMASSA





Joe Bonamassa é mesmo um cara bem aventurado. Os ventos sempre sopraram favoravelmente na sua vida fazendo com que ele se transformasse no grande guitarrista de blues que é hoje. Por exemplo, se ele tivesse nascido em São Paulo, numa colônia italiana do Brás, mui provavelmente seria alcunhado de Zé Macarrão e mandaria ver num violão de sete cordas, no grupo de chorinho local, ou ainda pior, no de pagode. No final das contas, depois de muita luta e labuta, ele chegaria a ser um Rafael Rabelo da vida. Sim, porque talento é nato, está no DNA, e ele estava predestinado a ser um grande músico quaisquer que fossem as circunstâncias. Mas o destino lhe sorriu e Joe nasceu no dia 8 de maio, no mesmo dia em que uma das maiores lendas da guitarra e do blues veio ao mundo: Mr. Robert Johnson - coincidência ou sina? Desabrochou no estado de Nova Iorque, mais precisamente em Utica, um local rodeado por parques e campos de golfe, 400 kms a noroeste Estátua da Liberdade. Nasceu em berço esplêndido, pois seu pai era dono de uma loja de guitarras e ele vivia rodeado de Fenders, Gibsons, ESPs, Martins... Nem bem começou a andar, e já era fissurado por elas, tanto que hoje virou colecionador e seu acervo conta com mais de 200 peças. Com apenas quatro anos já estava dedilhando seus bluesinhos na guitarra. Fã do estilo desde cedo, ele acabou influenciado por caras como Stevie Ray Vaughan, B.B. King, Robert Johnson, Jimmy Page, Jeff Beck, Eric Johnson, e Buddy Guy. Numa entrevista para a revista Guitarist (edição 265), Joe citou três discos que realmente marcaram a sua vida: John Mayall & the Bluesbreakers with Eric Clapton, Irish Tour do Rory Gallagher e o Goodbye do Cream. Eta sujeitinho de bom gosto! Outra grande influência na sua formação musical foi o guitarrista americano Dany Gatton, um talentoso músico de jazz, blues, rockabilly e que, lamentavelmente, se suicidou em 1994. Mas quando Joe tinha 11 anos, Gatton foi seu professor, lhe ensinando alguns truques do jazz e da música country. Nessa época, toda vez que ele ia se apresentar em Nova Iorque, convidava Joe para tocar na banda e numa dessas ocasiões, eles abriram um show do B.B. King, que elogiou o jovem prodígio. Impressionado com o que viu, anos mais tarde, King pediria pessoalmente a Joe que abrisse para ele o show da excursão que celebrava o seu 80º aniversário, em março de 2005, justificando: “o potencial desse garoto é mesmo incrível, e ele está apenas começando a amadurecer. O cara é mesmo único”!

Voltando aos anos 90, depois daquela primeira abertura para B.B. King, Joe seguiu impressionando e abrindo o show de muita gente boa como Buddy Guy, Foreigner, George Thorogood, Robert Cray, Stephen Stills, Joe Cocker e Gregg Allman. O histórico produtor Phil Ramone disse numa ocasião: “ele é um prodígio entre os prodígios, eu tive a oportunidade de vê-lo colocando uma platéia inteira aos seus pés”. Outro nome de peso a se render ao talento de Joe foi o promotor dos Beatles, Sam Leach, fazendo um paralelo da primeira vez que viu ele tocar com a sua premiere do Fab Four nos tempos do Cavern Club: “eu tive o mesmo sentimento e excitação... Joe é o número um entre os artistas de blues-rock do planeta”.

Diga-me com quem andas que e eu te direi quem és. Se o dito popular tem um fundo de verdade então, definitivamente, Joe Bonamassa é “o cara”! Quando tinha apenas 14 anos ele reuniu um grupo de amigos para formar uma banda e gravar seu primeiro disco. Com ele estavam Berry Oakley Jr (filho do baixista dos Allman Brothers), Erin Davis (filho de Miles Davis) e Waylon Krieger (filho de Robby Krieger, guitarrista do The Doors). A banda foi, apropriadamente, chamada de Bloodline e gravou apenas um disco homônimo em 1994, muito bom por sinal, onde a qualidade da técnica e o talento de Joe como guitarrista finalmente encontraram o espaço que precisavam e a sua força como um cantor expressivo emergiu. “Eu comecei amarrando algumas coisas e acabei descobrindo essa voz que não sabia que tinha,” disse ele. “Eu cantava procurando imitar alguns dos meus cantores favoritos, Paul Rodgers, Gregg Allman, Rod Stewart. No final das contas, alcancei uma liberdade artística antes mesmo que eu tivesse percebido,” concluiu. Talvez algum leitor desavisado possa ter visto no All Music Guide, considerado um oráculo para informações musicais, que há mais três discos do Bloodline, mas eles não existem, pelo menos não deste Bloodline! É que os caras do AMG trocaram os pés pelas mãos e misturaram a discografia de duas bandas com o mesmo nome, porém com sons absolutamente diferentes.



Finalmente em 2000, Joe lança o seu primeiro trabalho solo chamado A New Day Yesterday, título emprestado de um hit do Jethro Tull de 1969. O disco contou com a mão do lendário produtor Tom Dowd (Lynyrd Skynyrd, Rod Stewart, Wishbone Ash, Cream, The Allman Brothers Band, James Gang, Charles Mingus, Otis Redding, Aretha Franklin…) e a participação de gente grande como Gregg Allman, Rick Derringer e Leslie West, sendo classificado pelo AMG, já citado aí em cima, como “uma performance de cair o queixo”. Daí para frente, a carreira musical do nosso herói foi “de vento em popa”, lançando um disco melhor que outro, totalizando sete álbuns até 2007. Nesse ínterim, foi agraciado com uma série de prêmios importantes como o escolhido pelos leitores da revista BluesWax (uma das publicações mais importantes do gênero nos EUA), que o apontaram como Artist Of The Year 2005 (artista do ano), repetindo o feito em 2006, fazendo dele o único músico até hoje a conseguir tal proeza. Seu novo disco Sloe Gin (2007) é um petardo que não pode deixar de ser ouvido por nenhum fã de blues-rock que se preze. Por causa dele, Joe foi nomeado Best Blues Guitarist (melhor guitarrista de blues) pelos leitores da revista Guitar Player (cara ela é praticamente uma bíblia para os guitarristas!), em sua edição anual.

E é exatamente desse premiado e maravilhoso Sloe Gin que tirei os dois posts de Joe Bonamassa. O primeiro é de uma apresentação ao vivo realizada em 28 de julho de 2007, na Piazza Blues, de Bellizona na Suíça. Já o segundo, BBC Studios, é bem recente e foi gravado do programa de rádio de Paul Jones para a conhecida estatal inglesa, em 11 de fevereiro deste ano. Dois discaços com qualidade de áudio impecável, para o deleite dos freqüentadores do Boogie Woody. Para finalizar, antes que alguém me venha com a manjada e infame perguntinha, se Joe é mesmo bom na massa, vou logo dizendo que não sei, mas na guitarra ele arrebenta!
Texto: Woody
Fontes:
Joe Bonamassa web siteWikipédiaAll Music Guide



Joe Bonamassa

Bonamassa was born in Utica, New York. At the age of 11, during a short period of being mentored by country musician Danny Gatton he learned such styles as country and jazz. During this time with Gatton, Bonamassa sat in with Gatton's band whenever they played in New York. He first opened for B. B. King at 12 years of age. At 14, he was invited to attend a Fender guitar event; during that trip to the West Coast he met Berry Oakley, Jr. Joe and Berry founded the group Bloodline with Miles Davis's son Erin and Robby Krieger's son Waylon. They released one album which produced two chart singles - "Stone Cold Hearted," and "Dixie Peach."

In an interview in 'Guitarist' magazine (issue 265), Joe Bonamassa cited the three albums that had the biggest influence on his playing: John Mayall & the Bluesbreakers with Eric Clapton (the 'Beano Album'), Rory Gallagher's 'Irish Tour' and 'Goodbye' by Cream. These influences are evident in his music, but Joe has been influenced by other artists; notable examples include Stevie Ray Vaughan, B.B. King, Robert Johnson, Danny Gatton, Jimmy Page, Jeff Beck, Eric Johnson, and Buddy Guy. Bonamassa's style of playing incorporates the wide range of genres these influences cover: Rock, Blues-Rock, Jazz, Country, Delta Blues, and Electric Blues.

Bonamassa's first solo album, "A New Day Yesterday", was released in 2000 and produced by the legendary Tom Dowd. Bonamassa added drummer Kenny Kramme and bassist Eric Czar as bandmates to tour and support the album. After touring to support his first album, Bonamassa and the band returned to the studio in 2002 and worked with producer Clif Magness to release his second album "So, It's Like That." The second album contained more traditional rock music than his previous studio album, attaining number one on the Billboard Blues Chart. Positive fan feedback resulted in the 2003 release of "Blues Deluxe," which was released to support the Year of the Blues. The album features nine covers of classic blues tunes along with three songs written by Bonamassa. This album also reached number one on the Billboard Blues Chart. 2005 saw the release of "Had to Cry Today," which returned to the more traditional rock music sound heard in "So, it's Like That." In late 2005, after extensive touring with his previous trio, Bonamassa changed the line-up of the musicians in his touring band. He enlisted the help of bassist Mark Epstein and former Kenny Wayne Shepherd drummer, Bogie Bowles.

In 2006, Joe release his fifth full-length studio album, entitled "You & Me". This album also appeared at #1 on the Billboard Blues Album Chart. For the recording of this album, Bonamassa enlisted the talents of multiple studio musicians such as Jason Bonham, son of the legendary John Bonham. "Your Funeral And My Trial", a track on the album, featured harmonica prodigy LD Miller. "You & Me" is Bonamassa's most heavy blues album, breaking away from the heavier rock styles featured in "So, it's Like That," and "Had to Cry Today." "Sloe Gin" was released in August of 2007, and, as of March 2008, has spent more than 10 weeks at the top of the Billboard Blues Chart. This album features much more Acoustic Guitar work than any of Joe's previous albums. Bonamassa's touring band underwent another change for this album's tour; bassist Carmine Rojas replaced Epstein and keyboardist Rick Melick was added. Both of the new bandmembers took part in the recordings of "You And Me" and "Sloe Gin".
From -> Wikipedia, the free encyclopedia




BBC Studios 2008
zinhof

Broadcast by BBC Radio Two on 11th February 2008 for "Paul Jones".





Live Piazza Blues Bellizona 2007
p/w: sparkyibew

Soundboard live show recorded in Switzerland on 28th July 2007.

terça-feira, 22 de abril de 2008

AC/DC - Going Dutch [2002]

-> all remastered soundboard



Se você já tem esse disco, eu sugiro que confira essa versão que estou postando porque ela é diferenciada. Como é que posso garantir que esta versão seja diferente da sua? Simples meu caro, eu mesmo montei esta variante a partir de outras gravações que encontrei por aí. Só que não desconfigurei o álbum não. O que aconteceu foi o seguinte: Uns dias atrás eu estava navegando, quando deparei com a capa desse disco. Uau! Que bela capa, eu quero esse bootleg (pensei). Saí à procura por tudo quanto é canto, blog, lojas, Torrent, E-Mule, e afins. Nada! O jeito foi tentar a busca através de outros nomes, assim, em vez de usar o título do álbum, procurei pelo local, nome da banda e data. Começou a dar resultado. Não encontrei o disco todo, mas partes dele foram aparecendo. Descobri também que ele tem outros nomes e versões como Nijmegen, Amsterdam 1979, Bon Scott Forever II, Rock N Roll Will Never Die... No fim das contas, eu tinha somado uma série de arquivos referente a essas duas apresentações realizadas na Holanda (a primeira em Nijmegen, no dia 23 de outubro de 1978 e a segunda em Amsterdam, dia 12 de novembro de 1979). Inclusive uma gravação de cada um desses shows feita a partir de transmissão radiofônica que estava mesmo muito bem equalizada levando-se em conta que são bootlegs. Já tinha mais do que precisava, mas queria achar o Going Dutch original, e de tanto procurar acabei encontrando, estava lá na comunidade virtual Guitar 101 (um tipo de Orkut musical). Putz! Um lugar tão óbvio para se encontrar bootlegs, como não pensei em procurar ali antes? Só que depois de ouvir, descobri que o áudio era meio ruinzinho. Daí eu tive a idéia de remontar o disco com os arquivos que consegui. Ficou perfeito e praticamente igual ao disco original, a única diferença é que eu não tinha a faixa 11, “Live Wire” (show de Amsterdam) com boa qualidade sonora, então eu a troquei pela “Walk All Over You”, o que ficou até melhor, porque “Live Wire” já toca na abertura do disco (show de Nijmegen). Pensei em incluir mais faixas, mas não coube. No fim, o resultado foi bastante satisfatório, os mesmos shows, músicas e capa, tudo igual ao original, só que com uma qualidade de áudio bem melhor. É para ouvir no talo, pois é rock’n’roll de primeiríssima qualidade!






AC/DC - Going Dutch

Tracks 1-10: Nijmegen, De Vereeniging (all remastered soundboard) Oct 23, 1978.
Never before released on this quality and with the proper speed! Also includes portions that have been omitted on other releases.
Tracks 10-15: Amsterdam, Jaap Edenhal- Nov 12, 1979.






AC/DC - Going Dutch p1
AC/DC - Going Dutch p2

domingo, 20 de abril de 2008

Cream - Those Were The Days [1997]



Arte: Bira Dantas


Depois de Clapton, Bruce e Baker nada mais justo que um post do Cream para fechar com chave de ouro (desculpem o velho jargão, mas foi inevitável). Assim sendo, escolhi logo uma “pacoteira” completa, a caixa Those Were The Days, que além das conhecidas gravações de estúdio e ao vivo traz também takes alternativos e coisas inéditas. Do material conhecido, as faixas foram remasterizadas e as gravações ao vivo, remixadas. A remasterização limpou as gravações do disco Fresh Cream e acentuou o trabalho de estúdio em Disraeli Gears e Wheels of Fire, tomando o devido cuidado para não alterar a produção original de Felix Pappalardi. Enfim, fizeram um ótimo trabalho mantendo o som original. Quanto às gravações ao vivo, a maioria delas provenientes dos shows no Winterland de San Francisco em março de 1968, foram cuidadosamente renovadas para melhor. O balanço entre os instrumentos está uniforme em todas as faixas e as discrepâncias e troca de canal que existiam nas faixas do álbum Cream Goodbye, foram corrigidas. Com isso, a bateria Baker ganhou destaque, ficando mais precisa e aguda na mixagem e o baixo também está mais limpo. Sim meus amigos, definitivamente foi uma melhora significativa nas gravações de Winterland. Those Were The Days é um apanhado maravilhoso e definitivo dos melhores momentos do Cream, altamente recomendado para aqueles que querem matar as saudades e também aos que querem conhecer o trabalho desse mítico power trio.
Agradecimentos especiais a Bernardo Gregori, pela tradução dos textos, e Bira Dantas pela arte.




Cream - Those Were the Days

In the two years they were together, Cream's blend of blues, psychedelic rock and quirky lyricism forever altered the definition of rock music. After releasing four seminal albums, Cream broke up as quickly as they had come together, with all three members going on to solo careers of varying artistic and commercial success. THOSE WERE THE DAYS brings together Cream's musical output in a deluxe four-CD set that's neatly halved between studio and live material. Meticulously compiled and remastered, DAYS includes every studio recording the band ever released, as well as previously unreleased demos, masters, rare and alternate takes. The live half of the box set is primarily culled from seminal performances at legendary venues like San Francisco's Winterland and Fillmore West. The sound has been considerably cleaned up allowing the listener to hear every nuance of these extended flights of jazz-flavored blues-rock improvisation. The package surrounding Cream's timeless musical output sports a DISRAELI GEARS-style day-glo cover and a 48-page color book. The accompanying notes, complemented by dozens of previously unpublished photos, provide an intimate glimpse into the brief, but groundbreaking career of the original power trio.
From -> album notes.


Cream - Those Were The Days 1
Cream - Those Were The Days 2
Cream - Those Were The Days 3
Cream - Those Were The Days 4
Cream - Those Were The Days 5
zinhof

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Black Sabbath - Born In Hell [1993]





Confesso que sou um daqueles que acha que Black Sabbath sem Ozzy Osborne não é nada (ou quase nada), mas como toda regra tem sua exceção a minha está no disco Born Again, lançado em 7 de Agosto de 1983. Um ano antes, o vocalista Ronnie James Dio, abandonou a banda para seguir em carreira solo, levando junto o baterista Vinny Appice, deixando Geezer Butler e Tony Iommi sem tambores e frontman. Para a sorte deles, quem estava dando sopa no momento era ninguém menos que Ian Gillan, apenas uma das melhores vozes do rock pesado em todos os tempos, e para completar a banda tivemos o retorno do baterista Bill Ward. No papel, maravilhoso, mas o disco foi massacrado pela crítica (principalmente a norte-americana) alegando que o estilo bluesy bem humorado de Gillan era completamente incompatível com os “senhores da maldição e das trevas”. No entanto, para Iommi a preocupação maior estava em como os fãs reagiriam ao Sabbath com Gillan depois de Ozzy e Dio. A resposta veio nas vendagens: o álbum ficou em quanto lugar nas paradas inglesas no primeiro mês após o lançamento. A boa aceitação do público também ficou evidenciada no sucesso das turnês pela Europa, Canadá e EUA (detalhe: devido a problemas de saúde, Bill Ward não excursionou com a banda, sendo substituído por Bev Bevan). Nos shows, além das músicas do disco, eles tocaram clássicos como “Children Of The Grave”, “Paranoid”, “Iron Man”, “War Pigs”, soberbamente interpretados por Gillan, e ainda “Smoke On The Water” do Deep Purple, gerando uma série de bootlegs por aí (mais de 50). Entre eles, Born In Hell, gravado em 4 de novembro no The Centrum, de Worchester, Massachusetts-EUA, é um dos melhores, porque foi gerado a partir de uma transmissão de rádio FM, apresentado áudio de excelente qualidade. Este bootleg foi editado, lançado e relançado com uma série de nomes diferentes como: Gillan Tapes, Biking Skulls (LP), Deeper Than Black, Iron Man Vol. 3, Gillan The Hero e Captured Live 1983. Não se trata de uma postagem em primeira mão, porque volta e meia ele aparece nos blogs por aí, mas é um disco muito bom e ninguém deve perder a chance de ouvir Gillan cantando os clássicos do Sabbath e, tão pouco, deixar passar a interpretação deles para “Smoke On The Water”, especialmente os fãs do Black Sabbath e do Deep Purple. Altamente recomendado!







Black Sabbath - Born In Hell

1983 - the year where ex-Deep Purple singer Ian Gillan joined Black Sabbath. The result was the outstanding "Born Again" record. Recordings on "Born In Hell" are taken from "Captured Live" - a US radio promo. So you can imagine how brilliant the sound quality is. Also nobody should miss the chance to hear Gillan sing classic Sabbath tracks and specially Sabbath doing the legendary "Smoke On The Water". Released in 1992 in Italy.





Black Sabbath - Born In Hell



Bonus Post


Black Sabbath - Gr'ndlepole 1975

Live at the Asbury Park Convention Hall
Asbury Park, NJ, USA 8/5/75
Antigo bootleg da era Ozzy ripado do vinil com boa qualidade de som, uma coisa rara naqueles tempos.



domingo, 6 de abril de 2008

Eric Clapton - Legends Flawless [1997]



Depois de postar Jack Bruce e Ginger Baker, tocando jazz entre virtuosos, nada mais justo que completar essa “cremosa” trilogia com Eric Clapton mandando ver um jazz entre feras do gênero. Isso mesmo “Mr. Slowheands” tocando jazz! Se você achava que tal coisa não era possível, então saiba que já aconteceu e o disco está aqui para comprovar o fato. Quem teve a oportunidade de assistir ao DVD Legends Live at Montreux 1997, lançado apenas recentemente, teve uma idéia do que é isso. Na verdade é mais como Clapton tocando jazz, r&b, funk e blues. Foi uma das raras investidas que ele fez no estilo, portanto não espere nada muito aguçado.

A formação foi composta por jazzistas de primeira grandeza, apesar do resultado um tanto quanto modesto: Marcus Miller no baixo, David Sanborn no sax, Joe Sample nos teclados e Steve Gadd na bateria. Na faixa de abertura do disco um, uma levada funk, temos a impressão de que é David Sandorn quem da à deixa para Clapton se soltar e sair solando. Somente em “Ruthie” e “Put It Where You Want It” que se ouve o Clapton de sempre se sobressaindo. É difícil dizer ao certo se quando Clapton formou esse grupo, no verão de 1997, ele tencionava apenas participar dos festivais de jazz ou se ele procurava por novos rumos. O selo bootleg, Mid Valley Records, fez o lançamento de Legends Flawless a partir das gravações dos ensaios que o grupo fez no S.I.R. Rehearsal Studios de Hollywood, Califórnia, por ocasião das apresentações no Montreux Jazz Festival (4 de julho); North Sea Jazz Festival (Holanda, 11 de julho) e no Festival de Jazz de Vitoria-Gasteiz (Espanha, 17 de julho), condensando as horas de ensaios gravados em dois CDs.

Eu peguei esse arquivo no site Guitar 101 e o cara que postou isso lá, baixou o material de um tal de BluesFan. Em suas notas sobre o disco, BluesFan comentou: “Eu não estou bem certo sobre o que essas faixas são realmente. O disco dois soa mesmo como um ensaio, muito bem tocado é verdade. Mas o no disco um, tenho a impressão de que as músicas foram trabalhadas com a intenção de se gravar um álbum. A fofoca que correu entre os “claptonmaníacos”, foi que Roger Forrester (manager do EC na época) foi mortalmente contra a Clapton dividir a sua fama com quem quer que fosse, e assassinou o álbum”.

Realmente acho que as suspeitas do nosso amigo BluesFan, têm lógica, pois as músicas do segundo disco realmente dão à impressão de um grupo de amigos levando um som, enquanto as do primeiro estão bem lapidadas e resolvidas. A repetição de alguns temas prova que eles procuravam diferentes soluções para as faixas. Talvez toda essa impressão se deva pela excelência dos músicos aqui reunidos, mas é possível que os boatos sobre Roger Forrester tenham algum fundamento, afinal eles foram para um estúdio e gravaram uma série de takes.

Se o empresário dele aprova ou não, eu não estou nem aí. Porque a idéia de se ouvir Eric Clapton tocando jazz é boa demais para se deixar passar, fazendo deste primoroso Legends Flawless uma peça imprescindível na coleção de qualquer “claptonmaníaco” que se preze!






Eric Clapton - Legends Flawless


Clapton The Jazzman? Actually, it's more like Eric Clapton plays jazz, R&B, funk and blues. Those who picked up the Legends - Live At Montreux 1997 DVD, which was only released last year, would have an idea of Clapton playing jazz. It's one of those rare jazz forays that Clapton made but don't expect cutting edge jazz here.The lineup is quite stellar, though on the mainstream side - Marcus Miller on bass, David Sanborn on saxophone, Joe Sample on keyboards and piano and Steve Gadd on drums. For example, the opening track on Disc One (of the Rehearsals) is more funky than expected though it is David Sanborn who seems to be giving Clapton a run for his money. It's only on Ruthie and Put It Where You Want It that one hears the "usual" Clapton striking out.

Whether Clapton formed the group (in the summer of 1997) specifically to play the jazz festivals or this was a new direction he was trying out is anyone's guess. Mid Valley Records has released Legends Flawless, an eight-CD set that comprises two rehearsal discs and appearances by the group at the Montreux Jazz Festival (July 4, 1997); North Sea Jazz Festival (Netherlands, July 11, 1997) and the Festival de Jazz de Vitoria-Gasteiz (Spain, July 17, 1997).

Thanks to BluesFan for sharing the tracks on the internet. In his notes on these two Rehearsal discs, BluesFan says: "I am somewhat skeptical as to what these tracks really are. Disc Two does sound like rehearsals but pretty darned polished ones. Disc One, on the other hand, could be pretty final takes for an album. The scuttlebutt amongst my Claptonophile cronies is that Roger Forrester (EC's manager at the time) was mortally opposed to anything where Eric had to share the billing with anyone else, and killed the album."

Not exactly drive time jazz, it's still easy listening and fairly entertaining. The idea of Clapton playing jazz is too good to pass by and the pristine sound here makes this set a definite must for Clapton fans.
-> Text of unknown author







Eric Clapton - Legends Flawless 1
Eric Clapton - Legends Flawless 2

sábado, 5 de abril de 2008

Ginger Baker Trio - Going Back Home [1994]



Para o lendário baterista Ginger Baker e seus virtuosos colaboradores, o baixista Charlie Haden e o guitarrista Bill Frisell, a música é uma porta aberta. Energizado pelo espírito de improvisação do jazz, Going Back Home, é uma histórica super-session, uma dançante celebração de diversidade -- um híbrido inovador do jazz, blues, country, rock e raízes étnicas. O disco captura a dinâmica rica e melódica da bateria de Baker e as nuances viscerais do baixo Haden -- porque o ritmo é gravado quase ao fundo, e carrega o peso de cada improvisação. Assim, em "Rambler" e "When We Go," o guitarrista Bill Frisell está livre para flutuar levemente sobre a pulsante batida de fundo deles, incitando aspectos do Tex-Mex blues, segundas linhas de New Orleans e dança havaiana. A pungente canção “Spiritual” de Haden e o bluesy de Monk “Straight No Chaser” apontam para uma articulação country, enquanto “Ramblin” de Ornette Coleman se passa como um balanço “Hendrixiano”. O breve momento do solo trovejante de Baker na agitada “In the Moment” de Haden é uma ascendência ao espírito de Big Sid Catlett (lendário baterista de jazz), já em “Ginger Blues” ele toca com leveza e delicada gradação. Mas o mais surpreendente é a qualidade das composições de Baker. “Ain Temouchant” é toda mistério árabe, enquanto seu tema em “I Lu Kron” sugere uma incitação “Coltrainiana” depurada em apenas 2 min. e 39 seg. Mas é “East Timor”, com suas figuras rítmicas “afrocêntricas”, dramática narrativa falada e improvisação de blues psicodélico (uma sombra de Clapton e Cream), que indica o verdadeiro potencial de arranjador do baterista. Tudo isso fez de Going Back Home uma das grandes surpresas musicais de 1994.
Tradução de Woody -> Going Back Home album notes






Ginger Baker Trio - Going Back Home

For legendary drummer Ginger Baker and his master collaborators (acoustic bassist Charlie Haden and electric guitarist Bill Frisell), music is an open door. Animated by the spirit of jazz improvisation, GOING BACK HOME is an historic super-session, a dancing celebration of diversity--an innovative hybrid of jazz, blues, country, rock and ethnic sources. GOING BACK HOME captures the rich melodic dynamics of Baker's drums and the gut string nuances of Haden's bass--because the rhythm is recorded out front, and bears the weight of each improvisation. So on the guitarist's "Rambler" and "When We Go," Frisell is free to float weightlessly above their throbbing backbeats, evoking facets of Tex-Mex blues, New Orleans second lines, and Hawaiian dances. And if Haden's poignant hymn "Spiritual" and Monk's bluesy "Straight No Chaser" betray a pronounced country air, well, even Ornette Coleman's "Ramblin" comes off like a Hendrixian hoedown. Baker's brief, thundering solo on Haden's tumultuous "In The Moment" is a nod to the spirit of Big Sid Catlett, yet he plays with airy, nuanced delicacy on "Ginger Blues." But most surprising is the quality of Ginger's writing. "Ain Temouchant" is all Arabic mystery, while his chanting theme on "I Lu Kron" inspires a rousing Coltraneish catharsis in only 2:39. But it's Baker's "East Timor," with its Afrocentric rhythm figures, dramatic spoken narrative and wild psychedelic blues jam (shades of Clapton and Cream), that hints at the drummer's true potential as arranger. Which makes GOING BACK HOME one of the great musical surprises of 1994.
From -> Going Back Home album notes






Ginger Baker Trio - Going Back Home

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Omar Kent Dykes & Jimmie Vaughan - On the Jimmy Reed Highway [2007]



Jimmie Vaughan é o irmão mais velho do saudoso Stevie Ray Vaughan, sendo um dos seus maiores incentivadores e, segundo o próprio Stevie, uma de suas influências na guitarra, apesar do estilo bem mais calmo e modesto do primogênito, em contraste com o virtuosismo nervoso do caçula. Pouco tempo antes do trágico acidente de helicóptero que vitimara o irmão, eles gravaram juntos, como os Vaughan Brothers, um disco chamado Family Style que, embora classificado apenas como mediano pela crítica, para mim é uma obra prima do gênero. No final dos anos 70, Jimmie formou ao lado do vocalista e gaitista Kim Wilson uma das minhas banda favoritas, o Fabulous Thunderbirds, grupo texano que fazia blues, blues-rock e rock’n’roll de primeiríssima qualidade.

Apesar de ter nascido no Mississipi, Omar Kent Dykes é guitarrista e cantor do grupo texano Omar & the Howlers. Depois de concluir os seus estudos ele se mudou com a família para Austin, Texas, aonde conheceu Stevie Ray Vaughan que, segundo a lenda, por um curto espaço de tempo tocou com ele no início do the Howlers. Essa banda, que gravou seu primeiro disco em 1980 (Big Leg Beat), existe até hoje. Não é bem conhecida por aqui, mas é muito querida nos EUA, em especial no Texas, sendo uma espécie de cult em alguns locais da Europa.

Mathis James Reed, mais conhecido como Jimmy Reed, nasceu em 6 de setembro de 1925, em Dunleith, no Mississipi. Aprendeu a tocar gaita e violão com seu amigo Eddie Taylor, igualmente um renomado bluesman. Na década de 1950, Reed tinha se estabelecido como um popular músico local e freqüentemente tocava na banda de John Brim, "The Gary Kings" e nas ruas, ao lado de Willie Joe Duncan. Ele tentou, mas não conseguiu um contrato com a Chess Records, principal selo de blues naquele tempo, assinando em seguida com a Vee-Jay Records, graças à ajuda do então baterista Albert King. Nessa época ele se encontrou novamente com Eddie Taylor, que passou a tocar com Reed até a sua morte em 1976, na Califórnia. O alcoolismo foi um empecilho para que sua carreira alcançasse vôos mais altos, mesma assim ele se tornou uma verdadeira lenda entre os bluesmans e suas músicas foram gravadas por gente grande do naipe dos Rolling Stones, John Mayall, Eric Clapton, Johnny Winter... Mais detalhes sobre a vida e obra de Jimmy Reed, você vai encontrar no blog Blues Everyday, de onde eu retirei as informações deste parágrafo.



Feita a apresentação dos personagens principais desta postagem, deixo vocês com o texto de Joe Nick Patoski, feito para a Ruf Records por ocasião do lançamento de On the Jimmy Reed Highway, geltimente traduzido aqui pelo meu amigo, baterista, músico, poeta e maluco por opção Bernardo Gregori:

A Jimmy Reed Highway é uma via imaginária de acesso bastante trafegada e rica em lendas por todo o sul dos Estados Unidos, assim como o mítico cruzamento (Crossroads) de Robert Johnson. Ela flui dentro das mentes de homens e mulheres de certa idade, cor de pele e local que cresceram durante uma era de segregação desfiando seus pais, a lei e todas as refinadas propriedades e etiquetas da época, respondendo ao convite de um bluesman para cruzar a barreira da cor, e juntar-se a ele, se tornado mal-educados e sujos enquanto ele cantava. Para eles, o som gutural e incompreensível vindo de um espertalhão cantando “cale-se, cale-se!” – "Hush, Hush," – maldizendo “o chefão” – "Big Boss Man" – ou aconselhando os seus ouvintes a “conseguir um seguro” –"Take Out Some Insurance" – antes de ver as fortes luzes da cidade grande – "Bright Lights, Big City" era um forte chamado ao qual não poderiam se negar a respondê-lo. Mesmo se eles tentassem, não conseguiriam resistir ao firme e sujo ritmo pontuado pela vibrante e perfurante nota de uma guitarra elétrica acompanhada pelo doce lamento da gaita. E quando o público se colocava bem próximo, podia ouvir até a quase imperceptível voz de uma *mulher sussurrando nos seus ouvidos as letras, quando quer que fossem esquecidas.

Ninguém é capaz de fazer o que Jimmy Reed fazia, da forma como Jimmy Reed fazia. Mas neste percurso ao longo da Jimmy Reed Highway, conduzido por Jimmie Vaughan e Kent "Omar" Dykes, na companhia de caras como Kim Wilson, Miss Lou Ann Barton, James Cotton, Delbert McClinton, e Gary Clark, Jr., chegaram bem perto. Quando Omar dá a partida, cantando pneu nesta via asfaltada de duas faixas, forrada de mulheres não muito católicas, garrafas de whisky vazias, bitucas de cigarro em excesso e más intenções, ele deixa **John Law tentando segui-lo, mas comendo poeira.

* Devido ao alcoolismo, muitas vezes Jimmy esquecia as letras das músicas que ele mesmo escrevera, sua mulher ficava perto dele durante as apresentações e sussurrava as letras ao seu ouvido.

** John Law (João da Lei) = polícia rodoviária.






Omar Kent Dykes & Jimmie Vaughan - On the Jimmy Reed Highway

The Jimmy Reed Highway is a well-traveled thoroughfare as storied and rich in legend throughout the southern United States as Robert Johnson's mythical Crossroads. It runs through the minds of men and women of a certain age, complexion, and place who grew up during the era of segregation and who defied their parents, the law, and all genteel propriety and custom by answering one bluesman's invitation to cross the color line and join him getting lowdown and dirty as he serenaded a generation from the bandstand, on jukeboxes, and through the radio.

To them, the slurred guttural sound of a wise man singing "Hush, Hush," putting down the "Big Boss Man" or advising the listener to "Take Out Some Insurance" before they behold the "Bright Lights, Big City" was a siren's call they had no choice but to answer. Even if they tried, they couldn't resist the steady, dirty rhythm punctuated by the twanging sting of an electric guitar note and the sweet wail of a harmonica. And when they leaned in close, they could even hear the barely perceptible sound of a woman's voice whispering forgotten lyrics
into an ear.

Ain't nobody can do Jimmy Reed like Jimmy Reed could. But this drive down Jimmy Reed Highway with fellow Mississippian Kent "Omar" Dykes at the wheel with Jimmie Vaughan riding shotgun and folks like, Kim Wilson, Miss Lou Ann Barton, James Cotton, Delbert McClinton, and Gary Clark, Jr., joining the duo, comes mighty close. As Omar guns the engine and peels rubber on the two-lane blacktop lined with no-good women, empty whiskey bottles, too many cigarette butts and bad intentions, he leaves John Law trailing behind eating his dust. Hop in for a ride and turn up the volume. The electric bluesman who shaped the minds and moves of a musical generation is alive and well.

by Joe Nick Patoski, release notes at Ruf Records






Omar Kent Dykes & Jimmie Vaughan - On the Jimmy Reed Highway
levente

quinta-feira, 3 de abril de 2008

ZZ Top - Beards Gettin´ Rhythm [1980]



O ZZ Top já é bastante conhecido por aqui, ali e acolá, portanto não vou me alongar nessa história. Em resumo, a banda surgiu no início dos anos 70 em Houston, Texas, EUA a partir de dois grupos rivais, o Moving Sidewalks, do guitarrista Billy Gibbons e o American Blues aonde tocavam o baixista Dusty Hill e o baterista Frank Beard. A marca registrada deles é o rock blues (em levada boogie) com a guitarra carregada de distorção e o visual de Gibbons e Hill com suas longas barbas e óculos escuros. Em 1979 eles gravaram aquele que foi considerado até hoje, o seu melhor disco: Degüello, embora o álbum de maior sucesso fosse Eliminator (1983), com a impressionante marca de 11 milhões de cópias vendidas.

O bootleg aqui postado é da apresentação realizada no Capital Theatre, de Passaic-NJ, em 1980. Portanto, a maioria das faixas vem do álbum Degüello e a performance demonstra que os caras estavam mesmo em grande fase. Trata-se de mais um daqueles bootlegs com qualidade do som acima da média, feito a partir de uma transmissão radiofônica. Mas o fato é que essa transmissão acabou por gerar uma confusão histórica com a data da apresentação que, verdadeiramente, aconteceu em 30 de maio e, no entanto, só foi ao ar em 15 de junho, fazendo com que muitos confundissem as datas. Em alguns lugares, este show está registrado como se tivesse acontecido no dia da transmissão. Confusão à parte, o que mais importa mesmo, é que a apresentação foi “do veneno”!






ZZ Top - Beards Gettin´ Rhythm

This is the #1 most common bootleg ZZ concert which is surrounded by the most confusion of any in history. It is often listed with the correct date of May 30th, 1980 which is the actual date of the concert, yet it was not broadcast complete until June 15th, 1980 which causes considerable confusion with the dates.








ZZ Top - Beards Gettin´ Rhythm

Jimmy Page - Outrider USA Tour 1988



Taí um disco para quem leva Led Zeppelin e Cia. a sério. Este maravilhoso bootleg reúne faixas de duas apresentações do Jimmy Page e sua banda, durante a turnê americana de lançamento do disco Outrider em 1988. Uma dessas apresentações aconteceu no Madison Square Garden, de Nova Iorque, em 22 de outubro. O local e a data da outra gravação são desconhecidos, mas eu desconfio que foi no mesmo lugar, porque a qualidade do áudio é tão similar que não se nota diferença entra as faixas. Por falar em qualidade sonora, podem ficar tranqüilos porque é das melhores: FM Stereo-Soundboard, Radiobroadcast. Nos shows, além das músicas que fizeram parte do álbum estão, também, alguns clássicos do Led como “Over The Hills And Far Away”, “Custard Pie” e uma versão instrumental de “Stairway To Heaven”. Dos dois vocalistas que estiveram da gravação de Outrider, só John Miles participou da turnê, o que é uma pena, porque isso excluiu algumas músicas do disco como a interpretação que Chris Farlow fez da clássica “Hummingbird” de Leon Russell. Em compensação, Miles se saiu muito bem cantando as canções do Led Zeppelin. No line-up, ainda temos Jason Bonham na bateria e Durban Laverde no baixo.







Jimmy Page - Outrider USA Tour

This bootleg is about the American tour that Jimmy Page made in 1988 to promote the Outrider album. In the band was Jimmy Page, John Miles, vocals, Jason Bonham, drums and Durban Laverde on bass. In the show they play musics from the album and, also, some Led Zeppelin classics as “Over The Hills And Far Away”, “Custard Pie” and a instrumental version of “Stairway To Heaven”. The quality of audio is excellent: FM Stereo-Soundboard, Radiobroadcast.






Jimmy Page - Outrider USA Tour 1988 1
Jimmy Page - Outrider USA Tour 1988 2

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Surman, Bruce & Hiseman - Jazz in Britain 1971-78


Lamentavelmente não encontrei muita informação sobre este trio jazzístico formado pelo baixista Jack Bruce, o saxofonista John Surman e o baterista Jon Hiseman. Tudo que sei é que o encontro ocorreu para a transmissão do programa Jazz in Britain, da BBC, e foi gravado em 10 de agosto, de 1971, no Maida Vale Studios de Londres, na Inglaterra, indo ao ar no dia 31 do mesmo mês. O segundo disco registra o re-encontro deles para o mesmo programa de rádio, gravado em 24 de junho, de 1978, no estúdio Third Stroke e transmitido dia 4 de setembro. Aparentemente o único motivo para o encontro foi mesmo o programa de rádio, pois não houve nenhuma série de shows ou qualquer outra gravação na intenção de se lançar um disco oficialmente.

Mas o disco acabou saindo trinta anos depois com o nome de Jack Bruce: Spirit – Live at the BBC 1971-1978. Lançado pela Polydor (UK) em 17 de março deste ano. Nesse lançamento oficial há o registro de outros encontros ocorridos, respectivamente em 1975 e 77. Se o disco da Polydor traz mais músicas, esses dois bootlegs não deixam a desejar, porque neles encontramos faixas que não foram incluídas no oficial. É realmente uma agradável surpresa a desenvoltura de Jack Bruce tocando jazz com o baixo acústico, eu já tinha ouvido algo assim no disco Things We Like (1970), aonde ele toca com o guitarrista John McLaughlin, mas eu tenho a impressão que nestas gravações Bruce está bem mais relax, talvez porque não existia nenhuma pretensão maior do que uma jazz session para um programa de rádio.





Surman, Bruce & Hiseman - Jazz in Britain

Jack Bruce joined drummer Jon Hiseman and saxophonist John Surman to record a session for BBC Radio Three’s Jazz in Britain series on the 10th August 1971. This session featured a number of specially recorded works, including Jack’s “Gone”, “Clearway” and the earliest recording of a piece that would feature as part of Jack’s live set both with his own band and with West, Bruce and Laing - the excellent “Powerhouse Sod”. In 1978 Jack Bruce reunited with Jon Hiseman and John Surman to record a new session for BBC Radio Three in June 1978 for the programme ‘At the Third Stroke’, part of the Jazz in Britain series. Three improvisational works were recorded, “Fifteen Minutes Past Three”, “Ten to Four” and “Twenty Past Four”, and the session was an interesting musical exercise.







Surman, Bruce & Hiseman - Jazz in Britain 1971
Surman, Bruce & Hiseman - Jazz in Britain 1978