Sempre gostei de música ambiente, um gosto que remonta a minha infância, eu estudava semi-interno no Colégio de São Bento, lá no centro de São Paulo e saindo da escola eu ia para a rua XV de Novembro onde ficava o escritório do meu pai, esperar o dia dele terminar para irmos juntos para casa. O escritório era de uma importante corretora da Bolsa de Valores e tudo era muito chique por ali, móveis bacanas, quadros caros nas paredes e um sistema de som interno que tocava música até nos elevadores. O som era tipo jazz ou música brasileira instrumental, tocada de forma calma e descontraída, mais tarde isso passaria a se chamar de Smooth Jazz ou coisa assim, mas na época, diziam que o nome daquilo era Muzak, no popular: música de elevador, por referir-se a um estilo com arranjos instrumentais bem suaves, destinados para tocar em escritórios, lojas de departamento, aeroportos, salas de espera e, obviamente, elevadores e afins. Algumas legais e outras eram, realmente, o que os ingleses costumam chamar de “pain in the ass”, em português seria “um pé no saco”, mas prefiro usar o termo britânico, porque, a meu ver, uma dor no cu incomoda muuuito mais que um pé no saco, é claro que há controvérsias, mas não vamos entrar nessa ceara! Na verdade, não era um som envolvente, somente algo para servir de pano de fundo ao invés do silêncio. Mas isso mudaria a partir do final dos anos 70, quando um maluco genial chamado Brian Eno desenvolveu um projeto experimental voltado para a música ambiental, convenientemente chamado de Ambient. O primeiro dele foi justamente Ambient 1: Music for Airports (1978), seguido por Ambient 2: Plateaux of Mirror (com Harold Budd - 1980); Ambient 3: Day of Radiance (com Laraaji - 1980); Ambient 4: On Land (1982). Creio que, a partir de então, ficou estipulando o nome Ambient para esse tipo de música, embora o próprio Eno já tivesse feito um trabalho neste estilo anteriormente chamado Discreet Music, em 1975. Então, deduzimos que Ambient é a evolução do Muzak, no entanto, contudo e porém, a origem de tudo é bem mais antiga do que isso. Não sou nenhum doutor, professor ou expert da história da música, mas a coisa mais ancestral que ouvi, similar a isso, está na obra de Frédéric Chopin (1810-1849), seus 12 noturnos para piano. Que, por sua vez, devem ter influenciado o grande Erik Satie (1866-1925) na criação de “Gymnopédies” e “Gnossiennes”, duas obras primas da música universal, que arrisco chamar de raízes da Ambient Music. Daí, até chegarmos a Eno, passamos por John Cage (não confundir com John Cale do Velvet Underground), Karlheinz Stockhausen, György Ligeti, John Chowning, o trio Cluster (Hans-Joachim Roedelius, Dieter Moebius a Conny Plank) e outros que me fogem a memória, mas creio que esses são os principais nomes envolvidos no processo de criação deste modo musical. Esses caras, embora de bagagem erudita, foram pioneiros da música eletrônica e tiveram forte influência em Brian Eno, que, para quem ainda não se tocou, ou não sabe, é aquele mesmo Brian Eno do Roxy Music, produtor do Talking Heads, David Bowie, U2 e um dos profissionais mais respeitados e solicitado da atualidade.
Atmosphères de György Ligeti, serviu de trilha para o filme "2001: Uma Odisseia no Espaço", de Stanley Kubrick, e de inspiração para Brian Eno no desenvolvimento do seu trabalho de música ambiental
O uso da eletrônica foi importante na evolução da Música Ambiental, ao ampliar o espaço sonoro para além dos atributos musicais clássicos (ritmo, melodia e harmonia), destacando o timbre, sobre o qual poderia atuar de forma mais abrangente, graças à possibilidade de multiplicar os sons produzidos pelos instrumentos tradicionais. Por outro lado, esse recurso também foi meio responsável pela banalização da coisa. Praticamente ao mesmo tempo em que surgiu o termo Ambient Music, apareceu o rótulo New Age. O que distingue uma coisa da outra? Eu não saberia dizer ao certo, pois muitas vezes um artista de Ambient é caracterizado como New Age e vice-versa. Mas tenho uma forte teoria: o brega. New Age parece estar ligado mais à meditação, mantras, fadas, cristais e ao mundo espiritual. E muitas vezes, graças aos recursos eletrônicos, a gente chega a duvidar da capacidade musical do intérprete, que parece estar mais apertando botões do que tocando música. Sem falar no ambíguo gosto das capas dos álbuns que, de maneira geral, são sempre as mesmas (cosmos, paisagens surreais, gnomos...) onde só mudam o título. Eu diria que New Age é uma forma comercial de Ambient Music. Pois venhamos e convenhamos que este não é um tipo de música fácil de se vender. Aí, muita gente tende para o lado de fadas, cristais, mantras e naturebas, como apelo comercial, acabam banalizado a coisa e abrindo brechas para um monte de charlatões, ofuscando, pelo preconceito, trabalhos sérios como Ambient 1: Music for Airports, praticamente todo construído com recursos eletrônicos.
Felizmente há quem saiba separar o joio do trigo, o grupo Bang On A Can é um desses. De fato, é muito mais que um grupo, trata-se de uma organização multi-facetada de música clássica, baseada em Nova York. Foi fundada em 1987 por três compositores americanos que continuam como seus diretores artísticos: Julia Wolfe, David Lang e Michael Gordon. É uma força importante na apresentação da nova música de concerto, e apresentou centenas de eventos musicais em todo o mundo. Reconhecendo o valor da Ambient Music, eles resolveram fazer uma homenagem a Brian Eno, em celebração ao vigésimo aniversário de Ambient 1: Music for Airports, recriando a obra e tomando o cuidado para reproduzir os originais de Eno exatamente como são, de forma que cada peça está, precisamente, do mesmo tamanho que a original. Para dar mais peso a este tributo, saíram numa turnê mundial que encantou auditivamente fãs e artistas da música ambiental em todo planeta.
A matéria publicada por André Gomes, no Bodyspace.net, em fevereiro de 2007, por ocasião da apresentação do Bang On A Can, no Porto, em Portugal, ilustra muito bem o efeito causado pela execução da obra.
Quando em 1978 publicou Ambient 1 – Music for Airports, Brian Eno afirmou no booklet do disco que a música ambiental deveria ser capaz de acomodar muitos níveis de atenção auditiva sem forçar nenhum em particular. Disse também que a música ambiental deve ser tão ignorável quanto interessante. De facto, Ambient 1 – Music for Airports, que chegou a ser apresentado como instalação no Marine Air Terminal do aeroporto de LaGuardia, em Nova Iorque, cumpre todos esses requisitos; é cativante mas não aprisiona; é ao mesmo tempo um disco desafiante e de fácil e rápida fruição; belo e inserido numa realidade concreta, num ambiente especifico.
Movido pela admiração ao trabalho de Brian Eno, há alguns anos atrás, o grupo nova-iorquino, Bang on a Can, ligado por cordão umbilical a um festival com o mesmo nome, tratou de transpor Ambient 1 – Music for Airports para ser tocado ao vivo por uma orquestra. O resultado foi uma digressão e um disco lançado em 1997 pela Point Music. O trabalho dos nova-iorquinos levou a o próprio Brian Eno a afirmar que Ambient 1 – Music for Airports tinha crescido e se tornado num ser completo – apesar das vozes que acham que a intervenção do Bang on a Can vai contra a própria idéia da música ambiental.
Movido pela admiração ao trabalho de Brian Eno, há alguns anos atrás, o grupo nova-iorquino, Bang on a Can, ligado por cordão umbilical a um festival com o mesmo nome, tratou de transpor Ambient 1 – Music for Airports para ser tocado ao vivo por uma orquestra. O resultado foi uma digressão e um disco lançado em 1997 pela Point Music. O trabalho dos nova-iorquinos levou a o próprio Brian Eno a afirmar que Ambient 1 – Music for Airports tinha crescido e se tornado num ser completo – apesar das vozes que acham que a intervenção do Bang on a Can vai contra a própria idéia da música ambiental.
A apresentação de Ambient 1 – Music for Airports ... ...começou por volta das 23:00 com a execuçãor “1/1”, tema composto por Brian Eno, por Robert Wyatt e Rhett Davies. Na peça dominam os sons do piano (que se repetem) e toda uma ambiência que é criada respeitando sempre o silêncio e as pausas. A interpretação dos Bang on a Can mostrou-se desde logo respeitosa e sublime. Os seis músicos em palco tinham a matéria bem estudada – não é à toa que o San Francisco Chronicle lhes chamou “o veículo de música contemporânea mais importante do país”... ...A representação dos Bang on a Can da obra fundamental de Brian Eno nunca se limitou a imitações; antes, partiu dela para, como disse e reconheceu Brian Eno, lhe dar uma outra vida, uma outra dimensão, distinta mas não necessariamente contraditória. Mais do que no bis (que não impressionou especialmente), a primeira parte de interpretação de Ambient 1 – Music for Airports teve momentos verdadeiramente sublimes.
Por André Gomes, no Bodyspace.net
Está aí, meus caros, tudo que podia ser dito sobre a obra, seu estilo e sua criação, agora ouçam as duas interpretações e confirmem que a música, diz muito mais por si só, do que mil palavras. Agora, apertem os cintos e boa viagem!
Ambient 1, Music For Airports
Bang On A Can - Brian Eno's Music For Airports [2009]
[*]
When the innovative classical ensemble Bang on a Can All-Stars released its version of Ambient music forefather Brian Eno's seminal Music for Airports (Virgin/Astralwerks, 1978) on POINT Music in 1998, it demonstrated how a composition seemingly far removed from the classical sphere could be absorbed into the legitimate canon. And although the studio version is already ten years old, the suite has remained an active part of the group's repertoire, performed as recently as last year at the Bang on a Can Marathon in New York City. With Music for Airports (Live) this unconventional chamber group has delivered a concert rendition of Eno's masterwork to pair with their studio performance; in doing so, clarinetist Evan Ziporyn and BoaC artistic directors Michael Gordon, David Lang and Julia Wolfe have turned Eno's premeditated artistry into something more interpretive and interactive, albeit in decidedly subtle ways. That Eno created much of this experimental music with loops of varying lengths—the end result being a happy blend of coincidence and confluence—make BoaC's live arrangements all the more intriguing.
Eno's original intent with Music for Airports—and subsequent ambient recordings—was to create music of an almost subliminal nature. It offered listeners a relaxing sonic backdrop, a serene alternative to the stimulating music often played in airports, where stress levels already run high and stimulation is the last thing people need. It was music to be felt, more than heard.
While it's easy to lay back and get lost in BoaC's live performance of the piece's four sections, the group has made the listening experience more actively engaging, especially on Ziporyn's arrangement of "2/2," where there's an improvisational component and a gradual, dramatic build-up that's in understated contrast to Eno's less invasive original. Gordon's painstaking arrangement of the suite's most well-known section, "1/1," combines the ensemble's unorthodox instrumentation—cello, clarinet, guitar, percussion, piano/keyboards and bass—with sampled voices, creating a more expansive (but equally calming) soundscape.
Sampled voices also drive "1/2," but Lang's arrangement introduces the other instruments so gradually that its unhurried unfolding and slowly shifting textures offer surprises without losing the piece's inherently tranquil stasis. Wolfe's reworking of "2/1" make guitar and a variety of chime-like sounds behave in an almost call-and-response fashion.
The differences between BoaC's studio version and this live recording are certainly unobtrusive. With the exception of the improvisatory "2/2," it's more about nuance and delicate interpretation of phrase than vivid, definitive re-creation. But if the studio album proved that Eno's ambient music can could be scored as contemporary chamber music, then Music for Airports (Live) reveals it to be no different than any classical piece that receives multiple readings. The differences in interpretation across the versions may be rarified, but they're genuine differences nonetheless, and make Music for Airports (Live) a worthwhile adjunct to Bang on a Can's fine studio recording.
By John Kelman (All About Jazz - published: February 10, 2008)Eno's original intent with Music for Airports—and subsequent ambient recordings—was to create music of an almost subliminal nature. It offered listeners a relaxing sonic backdrop, a serene alternative to the stimulating music often played in airports, where stress levels already run high and stimulation is the last thing people need. It was music to be felt, more than heard.
While it's easy to lay back and get lost in BoaC's live performance of the piece's four sections, the group has made the listening experience more actively engaging, especially on Ziporyn's arrangement of "2/2," where there's an improvisational component and a gradual, dramatic build-up that's in understated contrast to Eno's less invasive original. Gordon's painstaking arrangement of the suite's most well-known section, "1/1," combines the ensemble's unorthodox instrumentation—cello, clarinet, guitar, percussion, piano/keyboards and bass—with sampled voices, creating a more expansive (but equally calming) soundscape.
Sampled voices also drive "1/2," but Lang's arrangement introduces the other instruments so gradually that its unhurried unfolding and slowly shifting textures offer surprises without losing the piece's inherently tranquil stasis. Wolfe's reworking of "2/1" make guitar and a variety of chime-like sounds behave in an almost call-and-response fashion.
The differences between BoaC's studio version and this live recording are certainly unobtrusive. With the exception of the improvisatory "2/2," it's more about nuance and delicate interpretation of phrase than vivid, definitive re-creation. But if the studio album proved that Eno's ambient music can could be scored as contemporary chamber music, then Music for Airports (Live) reveals it to be no different than any classical piece that receives multiple readings. The differences in interpretation across the versions may be rarified, but they're genuine differences nonetheless, and make Music for Airports (Live) a worthwhile adjunct to Bang on a Can's fine studio recording.
Brian Eno - Ambient 1: Music For Airports [1978]
Uma amostragem da maravilhosa Gymnopédie No. 1 de Erik Satie, precursor da Ambient Music e um dos compositores mais influentes da música de vanguarda.
Pô, Woody, não sei que elevadores andastes frequentando mas aqui na Wonderful City o que dominava era a Rádio Tupi AM com coisas do tipo Ray Conniff, James Last e todas aquelas orquestras chatas bagarai. Meu velho era Ortodontista e em seu consultório só rolava r&b, soft rock e smooth jazz fornecidos através de K7s exclusivamente gravados pelo DJ Monostéreo que, por um acaso, era seu próprio filho, hehehehe.
ResponderExcluirFoi uma tristeza qdo, após seu falecimento há 4 anos, descobri que ele ainda mantinha aquelas centenas de velhos tapes já completamente mofados cuidadosamente acondicionados em caixas de sapatos.
Conheço estes trabalhos do genial Sal de Frutas mas, hoje, é dificílimo pra mim parar pra ouvir o gênero. Não tenho mais a paz necessária para me esticar no chão com um fone de ouvido e uma morra na boca e curtí-lo como deveria.
[]ões
Gran Edson,
ResponderExcluiro tal elevador era da Witaker Corretora, e tb rolava muito, Ray Conniff, Paul Mauriat e outras merdas, mas tb rolava Tommy Dorsey, Harry James, Les Brown, Benny Goodman, Count Basie, Artie Shaw, Duke Ellington, George Benson, Tom Jobim e outros grupos de instrumental brasileiro que desconhecia, é claro que era minoria, mas quando rolava era legal. A bem da verdade, o que eu curtia mesmo era o conceito, porém certas músicas eram de se lamentar.
Não me lembro bem se era uma rádio, acredito que sim, só que não sei o nome.
Aí, não frequentei o consultório do seu pai, mas certamente devereia ter um seleção bem mais interessante do que a grande maioria.
Desculpe a demora em responder o comentário, é que estou fora de SP. Estou no lugar errado, na hora errada. Mais precisamente em Teresóplis, entre o Caleme e o Parque do Imbuí. A coisa aqui foi feia, mas felizmente comigo, minha mãe e minha casa, está tudo bem. Graças a Deus! A gente fica triste pelos outros, tem gente que perdeu, casa, carro, e família. Muito triste mesmo!
Abraço,
woody
Definitivamente, não era a mesma rádio, Woody.
ResponderExcluirMas, cara, estás em Terê, é? Caraca, a coisa foi muito sinistra. Tenho apê em Correias, distrito de Petrópolis e muito próximo a Itaipava, em um condomínio do tipo 'mini-Quitandinha' e fiquei por dias tentando me comunicar com a administração e já imaginava o pior. Felizmente, não ocorreu nada por ser a uns 500m acima da estrada União-Industria.
Aqui, organizei um mutirão de doações na empresa mas a adesão tá fraquinha.
Semana que vem, se nada de pior acontecer, vou dar uma passada a trabalho em Petrópolis e esticar no Condomínio.
[]ões
É meu caro, a coisa foi mesmo feia.
ResponderExcluirPorém, se nos basearmos pelo noticiário parece que foi pior. Não estou amenisando nada, onde o bicho pegou, pegou mesmo. Um horror!! Mas no mesmo dia da tragédia eu passei na praça da igreja e lá pude ver os aposentados sob a sombra dos quiosques jogando cartas como se nada tivesse acontecido, atrevessando a rua o bilhar estava bombando e um monte de gente se acotovelava na padaria da Calçada da Fama (ou Rua da Fama) para um cafezinho e comentar a tragédia do dia. Um paradoxo que os noticiários não mostraram. As pessoas estavam tristes, é obvio, mas a vida continua e a cidade não foi tão afetada quanto queria mostrar a tv. Eu mesmo estva entre o Caleme, Posse e Parque do Imbuí, no olho do furacão, pode se dizer, mas alí no meu condomínio a luz, faltou por algumas horas, a água em momento algum, o telefone ficou mudo por dois dias e o celular estava ruim, mas vez em quando funcionava. Realmente, fomos afortunados. É verdade que o condomínio está instalado há muitos anos naquela região e que foi planejado e construido sabendo que alí é uma serra, que chove, venta, etc... Por isso, houve um planejamento prévio. O único pedaço que teve problema foi justamente uma área nova, onde não haviam casas até uns 15 anos atrás. Um pedaço beira de rio que fora uma horta no passado, até que resolveram ampliar o condomínio e construiram mais umas cinco casas alí. Naquele pedaço o rio encheu além da conta e a água invadiu as casas, mas sem derrubar nada. Se não fosse a ganância do homem, a horta seria inundada e ninguém perderia grande coisa. Então, numa coisa o noticiário está certo. O principal vilão dessa história foi a ocupação indevida de áreas de riscos, não só pelos pobres, que não têm muita escolha, mas também pela especulação imobiliária que descartou a Lei de Murfy, sabendo que o risco era mínimo, não considerou que aquilo ia acontecer. Na verdade, vou a Teresópolis a mais de 40 anos e nunca na minha vida presenciei uma chuva daquelas, mas o tal Murphy é implacavel e se há a possibilidade de acontecer, acontecerá um dia. Não é pessimismo, apenas matemática, probabilidade, estatística, enfim, algo certo como 2 + 2 são 4!
Abraço
woody
Hi Woddy,
ResponderExcluirJust an update for your blogroll. Never Get Out Of The Boat REDUX is over here these days.
http://ngootbredux.blogspot.com/
Thanks for all your kind support.
Willard
Graaaaaaaaaaaande Woody!
ResponderExcluirAfora qualidade e genialidade óbvias de Mr Eno, além do conceito do trabalho em si, esse trabalho nunca me inspirou, por assim dizer, a classificá-lo como nada a mais que interessante.
Interessante, também, é uma história que ouvi (ou li, sei lá), sobre o Brian Eno. Ele sofreu um acidente e ficou um porrilhão de tempo restrito ao leito, quase sem se movimentar. Foi nessas condições que ele começou a perceber que os sons também tinham cores (fico me perguntando quantos tarjas pretas ele tava tomando... hehehe) e o quanto tudo isso influenciava e era influenciado pelo ambiente em que se encontrava. Ao que parece, essa foi a gênese de todo os trabalhos que ele produziu sobre a tal música ambiente.
Acho que entre a música ambiente e o que se convencionou chamar de 'muzak' há uma distância gigantesca; afinal, nem dá pa comparar a reciclagem 'bigbandística', de figuras como o já citado Ray Conniff, com o que o BE criou.
É isso.
Aquele abraço.
ML
Veja só meu caro Maddy,
ResponderExcluireu não sabia dessa história do acidente do Eno e que isso tenha influenciado na criação do projeto Ambient. Mas essa coisa de música ter cor me parece ser uma tese antiga e anterior ao próprio Eno, mas posso estar enganado.
Cara, eu gostaria de deixar claro que quando eu disse que achava o Muzak interessante, me referia muito mais ao conceito do que a seleção musical dos elevadores. Tanto que no texto a minha ênfase se baseda em
Chopin, Erik Satie, John Cage, Stockhausen e György Ligeti como precursores desse estilo, nada haver com Ray Conniff e Cia. Que acreditavam fazer jazz e nunca tiveram uma proposta explícita de Muzak, Ambient ou coisa parecida.
Já que vc achou apenas interessante o projeto do nosso amigo que empresta o nome ao sal de frutas. Recomendo a versão do Bang On A Can de Music For Airports, transcrição do eletrônico para o orgânico, transformando a peça em música de câmera deve agradá-lo mais que a versão original.
Abraço,
woody
aló!!
ResponderExcluirentao cá é que está o post novo...é cá eu tinha de voltar,
adoro esta música conceitual em geral..! O Brian Eno é sempre a guinda no topo do bolo. Ele e os outros nomes todos sao mt sublimes, deixam-lá às bandinhas de hoje a 'jogarem' a compor qq coisinha..
Aliás, a cena do aeroporto é uma grande seca, o non-sitecompilar aos que estiveram lá perto do ceú, do espaço lá fora, por excelencia, nao acha? música experimental que nao responde a lôgica, nenhuma nao tem forma, harmonia convencional normas.. Os aeroportos aliás fazem-me lembrar àquela joia "La jetee" do Chris Marker, inesquecível..
fico com muita vontade de ouvir calmamente,
Entao até já, até a prôxima (vai ser cedo, tenho aquela boa sensaçao vai dar prá trocas a acontecerem cá e lá mt legáis)
cumprimentos desde a Espanha..!!!
JÑA TENHO O SEU LINK CÁ NO MEU BLOG, PRÁ NAO ME ESQUECER..
mais uma coisá: vocé tem muita rañçao a dizer SATIÉ foi percursor do ambient, totalmente. eu adoro, e o Gonçalves e o Stephanne Poumpugnac também, se calhar o Amon Tobim até..
ResponderExcluirROCK GRATIS
ResponderExcluirwww.rockgratis.tk
Parceria amigo, adicione meu link que eu estarei te adicionando tambem, OK
Abraço
ROCK GRATIS
www.rockgratis.tk
Lapor,
ResponderExcluirnão conheço La jetee" do Chris Marker, fui procurar e descobri que é um filme e não uma música. Mas a abertura com a imagem do aeroporto e aquela música de fundo me remeteu imidiatamente ao "Ambient 1: Music For Airports". Faz todo sentido a sua associação.
Agora vou terminar de assistir o La Jetee.
Au revoir!
woody
Graaaaaaaaaaaaande Woooooooooooody!
ResponderExcluirVéi, valeu pela indicação da versão do Bang On A Can, já vou procurar por aí pra expeimentar devidamente.
Tô inaugurando o Plano Z.
Passa lá n’O Pântano Elétrico pra conferir.
Aquele abraço!
ML