Funk Em Grande Estilo e da Melhor Qualidade
O subtítulo acima já diz do que se trata, mas é até meio surpreendente quando nos damos conta de quem se trata. Ouvindo as primeiras faixas, imaginamos logo um bando de black men mandando ver em algum canto do Harlem, em New York. Ledo engano meu caro! Até porque, eu acho que naquelas bandas o que mais rola hoje em dia é o rap, hip-hop e afins, fincando o funk por conta de uma minoria saudosista. Este som vem do outro lado do Atlântico e é feito por um monte de “branquelos azedos” lá da velha Inglaterra. Como é possível esses caras fazerem algo com um espírito tão negro e ainda conseguirem o mesmo balanço? Encontrei apenas uma explicação: se preto velho baixa em *cavalo branco, porque um orixá funk não pode baixar num músico branco? Só que não se trata um bando de pangarés, é um grupo de puro sangue oriundo da melhor linhagem da cena funk londrina. Um verdadeiro quem é quem nesse metiê, um rol integrado por: James Taylor, não aquele fanho americano de “You've Got A Friend “, mas o tecladista do James Taylor Quartet (JTQ) uma das mais aclamadas bandas de jazz-funk do planeta. Ao seu lado, também nos teclados, está Jim Watson do Incognito, um dos maiores representantes inglês do acid jazz. Nas guitarras temos Mark Van der Gucht do Galliano, outro ótimo grupo de acid jazz, e Eddie Roberts do New Mastersounds, legítimo expoente do movimento new funk inglês e um dos meus favoritos. Nas baquetas estão o baterista do JTQ, Neil Robinson e Simon Lee (Dr. Seuss). Os metais ficam por conta de Mike Smith, saxofonista do Jamiroquai; Andy Ross, saxofonista do Herbaliser, grupo de orientação hip-hop que mistura jazz e funk; o trombonista Nichol Thompson do Brand New Heavies um pioneiro londrino do acid jazz; e o trompetista Dominic Glover (JTQ). O álbum ainda conta com Snowboy lendário percussionista britânico de influência latina, em especial de afro-jazz cubano; sendo que a “baixaria” ficou por conta de Gary Crockett (JTQ); finalmente a voz que aparece em duas faixas (o trabalho é praticamente todo instrumental) é de Noel McKoy, o único realmente negro no meio dos branquelos, cantor pouco conhecido fora da Inglaterra, que teve uma passagem pelo JTQ no início e que segue em carreira solo com quatro álbuns lançados até o momento.
Desde 1997, quando se conheceram no James Taylor Quartet, Gary Crockett e os irmãos Jay e Dominic Glover vinham trabalhando juntos, compondo e gravando algumas músicas. Num belo dia do ano cristão de 2002, resolveram reunir todo aquele material e gravar um álbum para a Bruton library. Opa, pêra aí!! Garvar para uma biblioteca?! Pelo menos, é isso que cosnta no site oficial e, também, no MySpace. A merda é que nos dois locais, está escrito “library” em letras minúsculas o que nos faz traduzir como a biblioteca de Bruton. Como eu nunca soube de alguém que gravasse um álbum exclusivo para uma biblioteca, fui pesquisar que diabo era aquilo e depois de um pequeno suadouro, descobri isso: Bruton Library (também conhecida por seu nome completo, Bruton Music Library), foi fundada em 1977 por Robin Phillips, que na época era empregado da ATV Music. O nome da empresa vem de seu endereço no momento da fundação, ou seja, nº 12 da Rua Bruton, em Londres. A gravadora foi criada como uma subsidiária da ATV Will Young Lyrics, mas neste momento é de propriedade da empresa BMG / Zomba (por Jane Bruton no www.zimbio.com). Bem, resolvido este pequeno dilema, vamos ao resto da história. O grupo foi batizado de Sound Stylistics (Som Estilístico ou algo assim) e o disco de Deep Funk. Mixado, masterizado, cozido e ensopado, era só soltar o bicho. Só que na hora de abrirem as porteiras descobriram que havia uma série de empecilhos contratuais entre os músicos envolvidos e suas respectivas gravadoras que dificultavam a sua liberação, de modo que o trabalho acabou indo parar na gaveta. Mas a história da gravação ganhou as ruas, o álbum virou objeto de desejo por parte dos colecionadores em todo mundo, com prensagens piratas disputadas a tapas, socos e pontapés. A despeito do compartilhamento de músicas na internet (oops tô nessa!), bootlegs e vendedores de rua despejando cópias ilegais das músicas, o status deste lendário álbum perdido nunca enfraqueceu e, em maio de 2007, finalmente recebeu um lançamento oficial pelo selo Freestyle. Na ocasião, foi número um em jazz downloads do iTunes no Japão, recebendo muitos elogios da crítica especializada em todo o planeta. Depois de toda essa novela, em 2009 Gary, Jay e Dominic reuniram o grupo novamente gravando um novo trabalho chamado Greasin’ The Wheels que, embora não tenha toda mítica do primeiro álbum, não deixa a desejar em nada. A propósito, os caras estão bem ativos na cena funk inglesa, participando de festivais e fazendo apresentações regulares no Jazz Cafe de Londres, portanto se alguém for chegar para aquelas bandas, vale a pena conferir a programação dos shows para tentar ver e ouvir de perto esses funkeiros da pesada!
Fonte: MySpace e The Sound Stylistics web page.
Desde 1997, quando se conheceram no James Taylor Quartet, Gary Crockett e os irmãos Jay e Dominic Glover vinham trabalhando juntos, compondo e gravando algumas músicas. Num belo dia do ano cristão de 2002, resolveram reunir todo aquele material e gravar um álbum para a Bruton library. Opa, pêra aí!! Garvar para uma biblioteca?! Pelo menos, é isso que cosnta no site oficial e, também, no MySpace. A merda é que nos dois locais, está escrito “library” em letras minúsculas o que nos faz traduzir como a biblioteca de Bruton. Como eu nunca soube de alguém que gravasse um álbum exclusivo para uma biblioteca, fui pesquisar que diabo era aquilo e depois de um pequeno suadouro, descobri isso: Bruton Library (também conhecida por seu nome completo, Bruton Music Library), foi fundada em 1977 por Robin Phillips, que na época era empregado da ATV Music. O nome da empresa vem de seu endereço no momento da fundação, ou seja, nº 12 da Rua Bruton, em Londres. A gravadora foi criada como uma subsidiária da ATV Will Young Lyrics, mas neste momento é de propriedade da empresa BMG / Zomba (por Jane Bruton no www.zimbio.com). Bem, resolvido este pequeno dilema, vamos ao resto da história. O grupo foi batizado de Sound Stylistics (Som Estilístico ou algo assim) e o disco de Deep Funk. Mixado, masterizado, cozido e ensopado, era só soltar o bicho. Só que na hora de abrirem as porteiras descobriram que havia uma série de empecilhos contratuais entre os músicos envolvidos e suas respectivas gravadoras que dificultavam a sua liberação, de modo que o trabalho acabou indo parar na gaveta. Mas a história da gravação ganhou as ruas, o álbum virou objeto de desejo por parte dos colecionadores em todo mundo, com prensagens piratas disputadas a tapas, socos e pontapés. A despeito do compartilhamento de músicas na internet (oops tô nessa!), bootlegs e vendedores de rua despejando cópias ilegais das músicas, o status deste lendário álbum perdido nunca enfraqueceu e, em maio de 2007, finalmente recebeu um lançamento oficial pelo selo Freestyle. Na ocasião, foi número um em jazz downloads do iTunes no Japão, recebendo muitos elogios da crítica especializada em todo o planeta. Depois de toda essa novela, em 2009 Gary, Jay e Dominic reuniram o grupo novamente gravando um novo trabalho chamado Greasin’ The Wheels que, embora não tenha toda mítica do primeiro álbum, não deixa a desejar em nada. A propósito, os caras estão bem ativos na cena funk inglesa, participando de festivais e fazendo apresentações regulares no Jazz Cafe de Londres, portanto se alguém for chegar para aquelas bandas, vale a pena conferir a programação dos shows para tentar ver e ouvir de perto esses funkeiros da pesada!
Fonte: MySpace e The Sound Stylistics web page.
*No candomblé cavalo é um apelido dado ao médium que recebe o santo.
The Sound Stylistics - Play Deep Funk [2007]
Jay Glover, brother Dominic Glover, and Gary Crockett have worked together as a writing and recording team since 1997, when they met whilst touring as members of the James Taylor Quartet. Recorded in 2002 as a Bruton library album, the Sound Stylistics ‘Deep Funk’ album has weaved its way into funk folklore for collectors the world over, becoming a word of mouth phenomena and a collectors dream, due to its failure to ever get a proper release. Despite file-sharers, bootleggers and back-street dealers pushing illegitimate copies of the tracks, the legendary status of this lost album has not waned one bit. In May 2007 it finally received an official release on the Freestyle label. The album was the number one jazz download on iTunes Japan on it’s release, and has received rave reviews worldwide from all the specialist soul and funk record dealers.
Performed by some of the best musicians on the planet, and a veritable who’s who on the London funk scene, the album features the classic JTQ rhythm section of James Taylor (organ), Gary Crockett (bass) and Neil Robinson (drums) alongside guitarists Eddie Roberts (New Mastersounds) and Mark Van der Gucht (Galliano). They are joined by Fender Rhodes phenomenon Jim Watson (Brand New Heavies, Incognito and Zero 7) and the heavyweight horns of Dominic Glover (trumpet - Brand New Heavies & Incognito), Andy Ross (sax - The Herbaliser), Mike Smith (Sax - Jamiroquai) and Nichol Thompson (trombone - Brand New Heavies & Incognito). The album also has percussion from the legendary Snowboy, additional drums from Simon Lee (Dr. Seuss) and guest vocals from Noel McKoy.Collectively they make up The Sound Stylistics, a jam band of the highest order.
The band have recently played several gigs at London’s Jazz Cafe to sell out crowds and played at the first Beachdown festival. The live line-up of six horns and five rhythm is explosive and has taken the funk scene to a new level!
From: MySpacePerformed by some of the best musicians on the planet, and a veritable who’s who on the London funk scene, the album features the classic JTQ rhythm section of James Taylor (organ), Gary Crockett (bass) and Neil Robinson (drums) alongside guitarists Eddie Roberts (New Mastersounds) and Mark Van der Gucht (Galliano). They are joined by Fender Rhodes phenomenon Jim Watson (Brand New Heavies, Incognito and Zero 7) and the heavyweight horns of Dominic Glover (trumpet - Brand New Heavies & Incognito), Andy Ross (sax - The Herbaliser), Mike Smith (Sax - Jamiroquai) and Nichol Thompson (trombone - Brand New Heavies & Incognito). The album also has percussion from the legendary Snowboy, additional drums from Simon Lee (Dr. Seuss) and guest vocals from Noel McKoy.Collectively they make up The Sound Stylistics, a jam band of the highest order.
The band have recently played several gigs at London’s Jazz Cafe to sell out crowds and played at the first Beachdown festival. The live line-up of six horns and five rhythm is explosive and has taken the funk scene to a new level!
UHUUUUUUU!!!!
ResponderExcluir[]ões
Grande Edson.
ResponderExcluirPô cara, vc está rápido no gatilho, acabei de postar e já achei um comentário seu!!! Creio que você já conhece este disco, mas se não conhecer, com certeza vai gostar bastante, pelo que andamos conversando por aí, o funk é uma paixão que temos em comum.
Grande abraço,
WOODY
Faaaaaaaaaaaala, El Al!
ResponderExcluirVéi, baixei meio que na pressa e ainda nem ouvi - tô esperando esse fimde pra me atualizar com vários sons que andei baixando dos blogs amigos.
Ri bagarái com teus comentários no post da Detroit Cobras! rsrs
Faça um test drive com os primeiros discos e depois me diga, OK?
Abração!
ML
Então Mr. Lee, não sei o que seria dos comentários desse blog se não fosse por você e o velho berloteiro. Vcs me fazem me sentir prestigiado! Hahaha, é brincadeira, mas também é sério. Na verdade estou rindo para não chorar. Buaaa!
ResponderExcluirNão, agora é sério mesmo, nunca comentei nado com você a respeito de funk, mas se vc tb é um apreciador do gênero certamente vai gosta do Sound Stylistics. Ouve com calma e depois me conta.
Eu ainda não ouvi as diabinhas suecas do Detroit Cobras, mas o farei e deixarei meu comentário na lama elétrica do pântano.
Abraço,
WOODY