O violinista britânico Nigel Kennedy (28 de dezembro de 1956, Brighton), é um músico de formação erudita e estudou no conceituado Yehudi Menuhin School, na Inglaterra, aonde foi aluno do próprio Yehudi Menuhin, e também na famosa Juilliard School, em New York, sob a tutela de Dorothy DeLay. Ou seja: passou pelas melhores escolas, estudando com os melhores professores da música clássica. Ficou famoso por suas interpretações de Vivaldi, e também por suas incursões em outros estilos musicais como o rock e o jazz. Atitude incentivada pelo amigo e também violinista, o francês Stephane Grappelli. "Ele me deu a esperança de sobreviver do violino, sem ter necessariamente de tocar numa orquestra. Descobri que fazer música pode ser algo divertido e, ainda, que posso ser pago por isso", afirmou Kennedy. Obviamente essas aventuras do violinista são vista com maus olhares pelos puristas e críticos especializados em música clássica. Mas para as pessoas de mente aberta são magníficos exemplos de que a música de um mestre violinista não precisa ser totalmente erudita, chata, cheia de teias de aranha, não carece de rótulos, nem estilos. Ela pode e deve ser moderna, vibrante e sintonizada com o seu tempo e o universo ao seu redor.
O problema é que, muitas vezes, as interpretações de musicistas clássicos para peças do pop, rock e jazz, acabam soando meio piegas e são um tanto quanto chatas. Felizmente este não é o caso de Nigel Kennedy, que no seu disco em homenagem a Jimi Hendrix, The Kennedy Experience, transforma os hits blues-rock psicodélicos do gênio da guitarra em maravilhosas obras de rock sinfônicos, algumas ficaram até mesmo irreconhecíveis, como “Little Wing”, que ao ouvinte menos atento poderia tranqüilamente passar por uma música clássica. Também estou postando aqui a apresentação do Nigel Kennedy Quintet, realizada no Royal Albert Hall de Londres, em 19 de julho deste ano, contando com a participação especial de Jeff Beck. Um trabalho voltado para o jazz, que demonstra bem como Kennedy passeia com maestria por diferentes estilos. A última música desse disco é uma versão um pouco diferente da “Third Stone From The Sun” encontrada no The Kennedy Experience. Interessante ouvir as duas para sentir as diferentes formas de interpretação do mesmo tema.
Abaixo segue a crítica de Arnaldo Cohen, publicada na revista Veja em 5 de setembro, 1999, por ocasião do lançamento de The Kennedy Experience:
"O violinista Nigel Kennedy é um drogado, bêbado, que vomita em quartos de hotéis, trata seus empregados como escravos e vive no meio de tanta sujeira que lesmas caminham pelas paredes de sua cozinha." Essas acusações, publicadas no mês passado pelo tablóide londrino Daily Mail, foram feitas por Emma Jones, uma ex-secretária de Kennedy. "Sou grato por qualquer contribuição que divulgue meu trabalho", respondeu o músico, bem-humorado. Na verdade, o episódio acabou ajudando a publicidade em torno do lançamento do último disco desse enfant terrible da música erudita, pelo selo Sony. Recém-chegado às prateleiras brasileiras, The Kennedy Experience representa mais uma diabrura musical do violinista britânico de 43 anos. Chocando os puristas, Kennedy pega carona no repertório e no universo mágico do célebre guitarrista americano Jimi Hendrix, morto em 1970.
"As pessoas podem dizer, se quiserem, que sou um violinista clássico. Mas eu me considero um artista que faz música e não somente parte dela", disse Kennedy, ao embarcar no projeto The Kennedy Experience. O nome é uma homenagem ao trio The Jimi Hendrix Experience, formado em 1966 por Hendrix, o baixista Noel Redding e o baterista Mitch Mitchell. Refinamento e ingenuidade caminham de mãos dadas nesse CD, que mais parece uma colcha de retalhos musical. Os excelentes instrumentistas, por meio de experiências sonoras nem sempre felizes, alternam momentos de alta tensão musical e rítmica com tramas harmônicas e melódicas que beiram o amadorismo. O caos do mundo hendrixiano foi magnificamente capturado na alucinante Purple Haze, um dos melhores momentos do CD. Esse não é um disco para quem gosta somente de música clássica, mas sobretudo para os interessados na discussão sobre o destino da música, seja ela clássica ou popular.
Numa sociedade com muita informação e, paradoxalmente, pouco autocrítica, o popular parece confundir-se com o clássico. Não é crime um grande cantor lírico usar esporadicamente o Sole Mio para engordar sua conta bancária. O problema só existe quando a qualidade artística desaba. É o caso de muitos instrumentistas e cantores de segunda, explorados por cafetões culturais e endeusados pela mídia. Quem são eles? A violinista cingapuriana Vanessa Mae é um exemplo clássico: pernas bonitas e técnica medíocre. Se perguntarmos a um adolescente quem é o melhor violinista do mundo, a resposta será certamente Vanessa Mae, e não o israelense Itzhak Perlman. Isso porque Vanessa já esteve no Domingão do Faustão. Itzhak, não.
Fontes: Arnaldocohen.com, Wikepedia.
Kennedy's birth father, John Kennedy, was a member of Sir Thomas Beecham's Royal Philharmonic Orchestra, and John's father was the Australian cellist Lauri Kennedy, who played with Fritz Kreisler, amongst many others.[1]He has about 30 close relatives in Australia, whom he visits whenever he tours Australia. A boy prodigy, as a 10-year-old Kennedy would pick out Fats Waller tunes on the piano after hearing his stepfather's jazz records. A pupil at the Yehudi Menuhin School under Yehudi Menuhin himself, Kennedy later studied at the Juilliard School in New York under Dorothy DeLay.
At the age of 16, Stéphane Grappelli invited Kennedy to appear with him at New York's Carnegie Hall, under the threat from his teachers at the Juilliard that it would ruin his classical career. He made his recording debut in 1984 with the Elgar Violin Concerto, but most know Kennedy through the version of Vivaldi's The Four Seasons which he recorded in 1989 with the English Chamber Orchestra. The release sold over 2 million copies and earned a place in the Guinness Book of Records as the then best-selling classical work ever. The album remained top of the UK classical charts for over a year with sales equivalent to one copy sold every 30 seconds of every day time. He has also performed and recorded most of the major violin concerti.
After numerous performances for The Prince's Trust, the Royal Variety Performance and private performances at St James Palace and Buckingham Palace, he released his biography Always Playing in 1991. He then took the controversial and highly publicised decision to withdraw completely from public performance, but made a triumphant return to the international concert platform to critical acclaim five years later. In 1997, Kennedy received an award for Outstanding Contribution to British Music at the BRIT Awards, and in 2001 received the 'Male Artist of the Year' award.
In 1999 Sony Classical released The Kennedy Experience, which featured improvisational recordings of Jimi Hendrix compositions. According to a BBC interview with Kennedy, the violinist stated that the recording is "an album of music inspired by Jimi Hendrix. It is an extended instrumental work in six movements, each movement a classical interpretation of a Hendrix song". On the recording, Kennedy is accompanied by seven other musicians, and the lineup includes two cellos, an oboe, two guitars, a Dobro, flute, and double bass. With cellist Lynn Harrell, he has recorded an album of duets.
In late 2005, Kennedy went to New York to record his first 'proper' jazz album for the jazz label Blue Note Records. Other musicians on the album were the Miles Davis alumnus Ron Carter on double bass, Jack DeJohnette on drums; and saxophonist Joe Lovano. Kennedy has since stated that "from now on, at least 50 per cent of my endeavour is going to be in the jazz field". He has also recorded The Doors Concerto (with Jaz Coleman), a violin based orchestral version of many Doors songs, including Strange Days, LA Woman, The End, and Riders On The Storm. He has recently been exploring Polish music with the Polish jazz band Kroke.
The Polish jazz band consists of musicians "who have been knocking around with Kennedy for five years. I ask how he selected them. As with most things in his life, what seems on the surface to be random turns out to be carefully considered. 'I met them all separately at jam sessions in the jazz club near where I live in Cracow,' he says. "I thought: that’s the drummer I want, that’s the bass player, and so on. They’ve all got their own projects. On 27 November 2000, Kennedy joined rock group The Who at the Royal Albert Hall to play the violin solo on the classic song "Baba O'Riley". The recording can be found on the album Live at the Royal Albert Hall, which was released three years later. Kennedy has played on several tracks by British singer/songwriter Kate Bush, who was a guest on Kennedy's episode of This Is Your Life. Kennedy recently performed Elgar's Violin Concerto at the 2008 BBC Proms, after a 21 year absence, on 19 July 2008. He also plays the viola, and has recorded Sir William Walton's Viola Concerto
From: Wikepedia.
Esse eu não conhecia, mas pelos comentários merece imediato download.
ResponderExcluirGracias woody
Meu caro Ed-Fusion,
ResponderExcluirse eu tivesse que apostar em alguém, entre os freqüentadores da casa, que vai gostar bastante desse som, colocaria todas as minhas fichas em você, pois conhecendo o seu gosto musical será muito difícil você torcer o nariz para esse som. Os dois discos são bem diferentes entre si, o do Hendrix é totalmente voltado para o erudito enquanto o outro, com o Jeff Beck, é jazz fusion. Dobro a aposta acreditando que você vai curtir os dois e não será pouco não!
Abraço,
WOODY
Moó coincidência, rapá! Tinha acabado de vir aqui e baixado o Kennedy-Hendrix!
ResponderExcluirBem, a pergunta q te deixei lá, deixote aqui por dúvida das via:
Já tinha visto o vídeo de streetwalker q tá postado no sônico?
PAPA FÍ-NÍS-SIMAMIGO!!! Se não viu, vá, veja e baixe (do youtube pq acho q do blog não dá pá baixá).
Já tinha visto sim o Streetwalker, e creio que foi lá no seu blog mesmo. Da hora! Mas não tenho o costume de baixar vídeos, mas valeu o toque assim mesmo.
ResponderExcluirAbraço,
WOODY
You are welcome Munju.
ResponderExcluirThanks, for the comment.
Cheers,
Woody
hi woody,
ResponderExcluirHelp others discover PNF Blogwatch, Spread the word!
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Thanks in advance!
:)
Adoro o som de Nigel Kennedy!
ResponderExcluirAconselho as pessoas que curtem música erudita, verem as apresentações dele tocando as 4 estações de Vivaldi. É lindo demais!
Realmente, é um êxtase musical além do concebível!
Adorei seu blog! Parabéns por passar adiante tais informações como essas que postou... O mundo está tão carente disso;o Brasil principalmente.
Abraços, Denise.
Denise,
ResponderExcluiras Quatro Estações por Nigel Kennedy é considerada uma das melhores interpretações gravadas até hoje, conheço a obra e também recomendo a todos. Nigel é mesmo uma exceção no meio erudito, pois para ele não tem essa de clássico, pop, jazz ou rock. É tudo música! Tem música boa e tem música ruim.
Não sou um grande fã de clássicos, mas tenho aqui os meus discos e CDs de Mozart, Liszt, Ludwig, Chopin e Cia. com suas óperas sinfonias, noturnos e afins.
Apesar de não me considerar um grande admirador, penso um pouco como o Nigel, em todos os estilos musicais vamos encontrar boas músicas, principalmente quando elas são feitas com o coração e não pensando nos cifrões.
Abraço,
WOODY
Do not miss Nigel 's latest album, " Shhh ! " Done with the heart , indeed , like all his music.
ResponderExcluirHey, Elsie Stockdale!
ResponderExcluirThanks buddy, I will try to listen.
Best Wishes,
WOODY