domingo, 6 de abril de 2008

Eric Clapton - Legends Flawless [1997]



Depois de postar Jack Bruce e Ginger Baker, tocando jazz entre virtuosos, nada mais justo que completar essa “cremosa” trilogia com Eric Clapton mandando ver um jazz entre feras do gênero. Isso mesmo “Mr. Slowheands” tocando jazz! Se você achava que tal coisa não era possível, então saiba que já aconteceu e o disco está aqui para comprovar o fato. Quem teve a oportunidade de assistir ao DVD Legends Live at Montreux 1997, lançado apenas recentemente, teve uma idéia do que é isso. Na verdade é mais como Clapton tocando jazz, r&b, funk e blues. Foi uma das raras investidas que ele fez no estilo, portanto não espere nada muito aguçado.

A formação foi composta por jazzistas de primeira grandeza, apesar do resultado um tanto quanto modesto: Marcus Miller no baixo, David Sanborn no sax, Joe Sample nos teclados e Steve Gadd na bateria. Na faixa de abertura do disco um, uma levada funk, temos a impressão de que é David Sandorn quem da à deixa para Clapton se soltar e sair solando. Somente em “Ruthie” e “Put It Where You Want It” que se ouve o Clapton de sempre se sobressaindo. É difícil dizer ao certo se quando Clapton formou esse grupo, no verão de 1997, ele tencionava apenas participar dos festivais de jazz ou se ele procurava por novos rumos. O selo bootleg, Mid Valley Records, fez o lançamento de Legends Flawless a partir das gravações dos ensaios que o grupo fez no S.I.R. Rehearsal Studios de Hollywood, Califórnia, por ocasião das apresentações no Montreux Jazz Festival (4 de julho); North Sea Jazz Festival (Holanda, 11 de julho) e no Festival de Jazz de Vitoria-Gasteiz (Espanha, 17 de julho), condensando as horas de ensaios gravados em dois CDs.

Eu peguei esse arquivo no site Guitar 101 e o cara que postou isso lá, baixou o material de um tal de BluesFan. Em suas notas sobre o disco, BluesFan comentou: “Eu não estou bem certo sobre o que essas faixas são realmente. O disco dois soa mesmo como um ensaio, muito bem tocado é verdade. Mas o no disco um, tenho a impressão de que as músicas foram trabalhadas com a intenção de se gravar um álbum. A fofoca que correu entre os “claptonmaníacos”, foi que Roger Forrester (manager do EC na época) foi mortalmente contra a Clapton dividir a sua fama com quem quer que fosse, e assassinou o álbum”.

Realmente acho que as suspeitas do nosso amigo BluesFan, têm lógica, pois as músicas do segundo disco realmente dão à impressão de um grupo de amigos levando um som, enquanto as do primeiro estão bem lapidadas e resolvidas. A repetição de alguns temas prova que eles procuravam diferentes soluções para as faixas. Talvez toda essa impressão se deva pela excelência dos músicos aqui reunidos, mas é possível que os boatos sobre Roger Forrester tenham algum fundamento, afinal eles foram para um estúdio e gravaram uma série de takes.

Se o empresário dele aprova ou não, eu não estou nem aí. Porque a idéia de se ouvir Eric Clapton tocando jazz é boa demais para se deixar passar, fazendo deste primoroso Legends Flawless uma peça imprescindível na coleção de qualquer “claptonmaníaco” que se preze!






Eric Clapton - Legends Flawless


Clapton The Jazzman? Actually, it's more like Eric Clapton plays jazz, R&B, funk and blues. Those who picked up the Legends - Live At Montreux 1997 DVD, which was only released last year, would have an idea of Clapton playing jazz. It's one of those rare jazz forays that Clapton made but don't expect cutting edge jazz here.The lineup is quite stellar, though on the mainstream side - Marcus Miller on bass, David Sanborn on saxophone, Joe Sample on keyboards and piano and Steve Gadd on drums. For example, the opening track on Disc One (of the Rehearsals) is more funky than expected though it is David Sanborn who seems to be giving Clapton a run for his money. It's only on Ruthie and Put It Where You Want It that one hears the "usual" Clapton striking out.

Whether Clapton formed the group (in the summer of 1997) specifically to play the jazz festivals or this was a new direction he was trying out is anyone's guess. Mid Valley Records has released Legends Flawless, an eight-CD set that comprises two rehearsal discs and appearances by the group at the Montreux Jazz Festival (July 4, 1997); North Sea Jazz Festival (Netherlands, July 11, 1997) and the Festival de Jazz de Vitoria-Gasteiz (Spain, July 17, 1997).

Thanks to BluesFan for sharing the tracks on the internet. In his notes on these two Rehearsal discs, BluesFan says: "I am somewhat skeptical as to what these tracks really are. Disc Two does sound like rehearsals but pretty darned polished ones. Disc One, on the other hand, could be pretty final takes for an album. The scuttlebutt amongst my Claptonophile cronies is that Roger Forrester (EC's manager at the time) was mortally opposed to anything where Eric had to share the billing with anyone else, and killed the album."

Not exactly drive time jazz, it's still easy listening and fairly entertaining. The idea of Clapton playing jazz is too good to pass by and the pristine sound here makes this set a definite must for Clapton fans.
-> Text of unknown author







Eric Clapton - Legends Flawless 1
Eric Clapton - Legends Flawless 2

16 comentários:

  1. Que é isso? Woody...

    Tenha dó de nós - Clapton tocando jazz?

    Isso é coisa de outro mundo.

    abração.

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  2. Oi Bruno,
    de fato é um momento raro, mas ele se saiu muito bem.

    Abraço,
    WOODY

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  3. Uau!!!

    Valeu, mais uma vez... Cara esse teu blog so tem coisa fina!!!!

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  4. Grande Woody!
    Resolveu abrir o baú? Tá danado, meu camarada! Vamos ver qual dos Cream se sai melhor no jazz...
    Abração.
    ML

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  5. Então Maddy diz vc, ouve e me diga quem se saiu melhor, eu ja tenho o meu palpite, vamos ver se bate.

    abraço,
    WOODY

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  6. Burocrático como o som que deve sair dos auto-falantes de elevadores Shindler de uma repartição pública, Woody. Mas quando mr. Clapton pinçou David Sabornete de Motel já devia saber que a coisa não era pra ser séria. Deu até uma deprêzinha básica, brodi, sério. Tudo bem que não estou num dos meus melhores dias, mas esse 1º disco, nem que eu e a Etelvina, minha nêga, tivéssemos acertado juntos no milhar. Vamos desesperençosos ao dois...

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  7. Bem meu caro Sergio,
    no texto eu já disse que o som era modesto, mas francamente está longe de um Musak (música de elevador), porque se fosse eu ia querer andar direto nesse elevador. É verdade que o David Sanborn tem uns discos ruins, mas também tem bons, eu mesmo tenho dois que me agradam: As We Speak e Backstreet. Também gosto do disco dele com o Bob James (outro cara que não costuma gravar grandes discos). No entanto não é só o Clapton que chama o Sanborn para participar dos seus discos, o próprio Horace Silver, que vc postou recentemente, também teve o Sanbonr na sua banda.
    No mais, não se pode agradar a todos, eu gostei do disco se vc não gostou. Pode descer a lenha mesmo, porque este aqui é um espaço democrático.

    Abraço,
    WOODY

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  8. Clapton é Clapton né Buddy Woody? Rock, blues, elevador, tudo nois encara o q vale é a guitarra inconfundível d Deus!
    Ainda naum baixei, pq tô baixando o DP concerto p orquestra e vai demorar p cacete a conclusão do loaddawn hehehe, mas como sô muito educado tô agradecendo antes d baixar.hehehe

    Só mais um detalhe= tô sem dinheiro.
    Pode por na conta d Morcegão, q faz tempo q acha q tô passando da conta... hehehe
    Obrigado, Miguel, o Claptomaniaco.hehehe

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  9. Pois é, amigo Woody, fiquei tão desapontado que não deu pra segurar.

    Tive um disco do David Saborn "As We Speak" - fui lá no allmusic agora confirmar o nome -, esse mesmo q tbm te agradou. No allmusic tá até mal cotado perto de outros - 3 estrelas. Mas te digo: não tirava aquele élepê da eletrola. Nem sei se recuperasse esse álbum e reouvisse iria gostar. O fato é que a sonoridade do sax do Saborn me incomoda. É muito careta, quadrada, monocromática... Mal que contamina muitos outros saxofonistas como Leo Gandeman, por exemplo. Mas mesmo antes de ouvir o sax do David e dele me incomodar, esse disco do Eric Clapton já estava me dando nos nervos. E te confesso que pensei, a medida que o álbum ia "evoluindo", se descia a lenha ou deixava barato, mas quando começou a tocar uma baladinha senvergonha já lá pelo fim do 1º álbum, não tive dúvida. Afinal, falamos aqui de Deus, né, meu camarada? E dessa vez, já que o divino é da seara do blues, do rock e R&B, ele deveria ter ouvido antes um "New York Stories" do Danny Gatton, por ex., pra ter um parâmetro. Mas, ó: amigo, amigo... Não se estresse comigo.

    Voltando ao "Sanbornete", pelo que li sobre Horace Silver, ele deve ter tido bons motivos pra pinçar Sanborn e encaixar num álbum dele. Fiquei até curioso pra ouvir. Herbie Hancock tbm fez um disco muito bom com participações cheias de Possibilities com Christhina Aguilera e John Mayer. Aliás, Christina Aguilera vale bem mais uma boa polêmica sobre os caminhos ou os "des" da música do que David Sanborn. Mas essa é minha humilde opinião. Na certa vc não compactuará com ela.

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  10. Bem, vou baixar por desencargo de consciência, até porque a galera que tá com o cara, apesar de ferôncios, são irregulares e paus pra toda obra. Mas Steve Gadd é sempre genial.
    Acredito que a linha desse trabalho seja o smooth mesmo mas tem alguma coisa nessa vertente que gosto, como os álbuns lançados pela CTI Rec. do Creed Taylor, por exemplo. Tem um álbum postado no G&B, ripado com qualidade AAA direto do meu vinil pois dificílimo de encontrar, chamado 'Benson & Farrell', pelo qual sou completamente apaixonado.
    []ões

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  11. Edson,
    Benson & Farrell é um baita dum discaço, esse disco do Clapton não chega a tanto, tem umas músicas ruins e outras boas, acho a faixa 10 muito boa. Não é nehum álbum 5 estrelas, mas é um sonzinho maneiro.

    Abraço,
    WOODY

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  12. Nossa, com este seu post posso ir dormir tranquila: ganhei o dia. E com seu blog tambem.Grande abraço e muito obrigada: vou baixar correndo!

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  13. Milu,
    espero que o disco corresponda a sua expectativa.

    Abraço,
    WOODY

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  14. muito legal esse teu blog. Vou colocar nos meus preferidos. Ainda não peguei a manha dos down mas já aprendo. Sugestão: deêm um pulo em www.tantra.art.br e ouçam o trabalho "Eles não eram nada"
    É possivel fazer download do trabalho inteiro. Esse "Eles não eram nada" acho que é de 1996, e tem uma pegada muito legal! Tem uma versão de Tropicália de arrasar!

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  15. Caro Heminio,
    as manhas dos down não requer prática nem habilidade, qualquer criança brinca e se diverte! Ao final de cada post, abaixo da foto da contra-capa (em alguns casos a capa), aparece o nome do artista e do disco. Clique ali que a mágica acontece. Se o nome aparecer mais de uma vez é porque o arquivo está dividido em partes.
    Obrigado pelo seu comentário e pela dica do tantra.art.br, vou lá conferir essa tropicália.

    Abraço,
    WOODY

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  16. º

    O conceito desta Banda veio de Marcus que era responsável para reunir os músicos e a excursão inteira cobriu só onze datas, só os principais Festivais de Jazz Europeus.
    Tanto que os Creditos da Banda ou dos bootlegs são feitos a Marcus Miller e não a Clapton!

    Este são alguns bootlegs que se encontram por aí na NET:

    - European Jazz Festival Tour Rehearsal (é este album aqui afixado)

    - 31º Montreux Jazz Festival – Auditorium Stravinsky, Montreux, Switzerland, 04 Jul '97

    - North Sea Jazz Festival – Statenhal, Den Haag, Netherlands, 11 Jul '97

    - Gasteiz Jazz Festival – Polideportiro de Mendizorroza, Vitoria, Spain, 17 Jul '97

    Marcus Miller e Steve Gadd fazem uma seção de ritmo Funky, bem sólida que cria um fundo incrível para Sanborn e Clapton se esticarem por cima do tema.

    Alguns anos depois desta excursão, Clapton revelou a revista Guitar Player que este projeto restabeleceu-lhe a confiança na sua intuição musical.

    ...portanto amigos...!!!

    º

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