Os textos aqui apresentados sob o título de As Dialéticas Negativas das Habilidades do Poodle são de uma tradução do português Pedro Marques para o livro de Ben Watson - The Negative Dialectics of Poodle Play. Na verdade, o título que ele usou foi Dialécticas Negativas das Habilidades do Caniche, mas como muitos brasileiros não iam entender o que é Caniche, fiz a adaptação do título para o português do Brasil. Esta foi a única alteração que fiz trabalho dele, evitando alterar o original. No entanto, só publiquei algumas partes, pois o trabalho é extenso e complexo, portanto não caberia todo aqui. Mas se você leu e gostou, aproveite para ler o resto, visite o blog Fora de Cena e descubra muito mais sobre este artista genial que foi, e ainda é, Frank Zappa!
Woody, ontem eu ouvi um álbum quase completo do Zappa. Digo álbum completo porque, tive dois. Um tinha um motivo infantil, tipo um ursinho personagem de desenho animado, e o disco era narrado pra caramba, muito louco, como tudo que é Zapp, mas isso foi há muuuuuuuitos e muuuuitos anos. O outro era uma coletânea. E foi em formato de compilation que me acostumei a ouvir FZ, porque era tanta oferta que, como nunca dinheiro aqui sobrou, tive preguiça de começar a conhecer melhor a obra. Já na Grande Rede devo ter uns 3 mp3 de faixas na base do aleatório. Então posso dizer com muita justiça que, embora reconheça o estilo FZ ainda não conheço a obra do cara. Mas ontem ouvi o Rot Rats e ao ouvir Peaches En Regalia, desconfiei desse álbum tbm ser compilação! (rs) quem manda ser tão profuso... De modus que, amo o som do Zappa - pelo menos quando ele não está naquela fase totalmente experimental – ‘Crew Slut’ por exemplo é som de se ouvir orando!... Acontece que... disse "quase" ouvi o álbum inteiro, né? Pois é, cumpadi, não consigo ouvir outra coisa que não jazz. Mais uma vez voltei a essa fase e sinto que a porra é viciante MESMO! Como frequentador do Jazzseen, o blog mais fodão sobre jazz que conheço, descobri porque esses caras são tão radicais e não admitem quase nada que não seja jazz. Não, a maioria não admite nada que não seja jazz! Mas, calma, não pense que me transformarei num xiita que nem eles não! Tenho muita música e muitos ritmos do mundo ainda pra conhecer e apreciar... O problema é que tá foda de dar um tempo no jazz a dar atenção a outro estilo... Mesmo que seja Frank Zappa. Daí que, quando estava no meio de The Gumbo Variations do Rot Rats (que nem baixei de você, esse álbum tinha baixado há bem mais tempo e fiquei enrolando pra ouvir) enfim, quando cheguei em The Gumbo Variations cansei e variei pro Sidewinder (Lee Morgan). E voltei praquele lado de lá... Isso tem cura Woody, my friend?
ResponderExcluirMas, cumpadi, nera só disso que queria te falar... Quer dizer, queria bater um particulero contigo. Ainda tens o meu emeio? Pois eu esqueci de te acrescentar à lista e agora, quando tentei, não te achei, nem nenhum emeio teu pra reenviar. Então se vc tiver guardado o meu, me manda alguma coisa preu reenviar o papo, valeu?
Um abraço!
GRACIAS MIL
ResponderExcluirDE VERDAD
EN ZAPPA
CZZ
Woody, voltei aqui pra ver se tinhas respondido e me encafifei com o álbum com motivo infatil na capa que cito ai encima. Tive que ir no allmusic consultar. Não tem nada de ursinho, o álbum é o Studio Tan, não está tão bem cotado quanto muitos no AM, 3 estrelas. E o fato de vc não tê-lo postado aqui tbm não depõe contra o álbum por motivos óbvios. Já estou no soulseek baixando.
ResponderExcluirNão esquece do emeio - se ainda tiver claro.
Valeu!
Sergio,
ResponderExcluirvê-se logo que não entendes mesmo de Frank Zappa, especialmente quando diz que só ouve jazz e exclui o Zappa desta seara. Zappa gravou de tudo erudito, R&B, psicodélico, rock e principalmente JAZZ! Hot Rats, não é uma coletânea, mas mistura gravações de estilos diferentes, porém há jazz ali. Já Studio Tan é um disco muito complicado e o desaconselho aos principiantes de FZ, mas tb há elementos jazzísticos por ali. Para vc que está cada vez mais ligado ao jazz a melhor opção entre os discos postados é o Zappa/Wazoo.
Depois das loucuras em uma das fases do Mothers, que incluía os cantores do Turtles: Mark Volman e Howard Kaylan. O Zappa resolveu gravar dois discos jazzísticos, estes são: Waka/Jawaka e Grand Wazoo. Para gravar esses álbuns ele reuniu alguns dos melhores músicos de jazz da região da Califórnia e depois fez uma série de apresentações com eles. Zappa/Wazoo é um dos registros de uma dessas apresentações. Ano passado saiu o Imaginary Diseases que também é um registro dessas apresentações com a banda reduzida. Voltando ao Zappa/Wazoo, o disco inclui uma versão instrumental de "Greggery Peccary", que está no disco Studio Tan, mas com muito blá-blá-blá por cima. Se vc ouvir isso verá a grande diferença e notará que é puro jazz.
Não postei Waka/Jawaka, Imaginary Diseases e Grand Wazoo, porque evitei postar discos que podem ser encontrados facilmente na web, mas vc pode baixá-los no blog Studio Tan (tem um link aí na abertura do blog). Lá tem toda a discografia oficial do Zappa, aproveita e pega o Make A Noise Jazz Here, onde o Zappa regrava alguns de seus clássicos em versões jazzísticas. Se vc gostar desses, depois te recomendo outros onde a banda inclui os jazzistas Jean-Luc Ponty e George Duke. Creio que logo, logo estarás entre os fãs de FZ!
Quanto ao meu e-mail vc acha aqui no meu perfil.
Por nada amigo Zerpa!
ResponderExcluirUsted es siempre bienvenido en mi casa.
Saludo,
WOODY
Pois é. Estou ouvindo o Studio Tan. Realmente, não é um disco fácil. E o que baixei no soulseek, acabo de conferir que o tal ursinho aparece na contra-capa. Orgulhei-me de minha memória paquidérmica que tinha esquecido que tinha. Como disse foi um disco que ouvi em muleque, e tbm, não chegou a traumatizar. Provavelmente, estava muito mais aberto a essa experimentação toda.
ResponderExcluirMas, cara, nunca disse que não tinha jazz no Zappa. Não torça as minhas letrinhas, pô! Claro que tem! O próprio Hot Rat que ouvia quando desisti, momentaneamente, pra voltar aos Morgan, estava no seu melhor momento jazzy, quando dei uma cansada, mas era Fusion. Pô, Woody, as melhores bandas da mesma época pra mim são, KCrimson, Gentle, Traffic... Tudo com pézão lá enfiado no jazz, mas jazzrock, fusion. E me amarro no George Duke! Mas a fase minha passa pro um jazz que conheço bem menos e estou curtindo a vera, o mais acústico e tradicional, sacou? Dai a longa história que te contei.
Confessando que não entendo nada de Zappa - até porque entender de Zappa, não é pra qualquer curioso, faço o caminho inverso de muita gente que acha elegante falar com autoridade de Frank Zappa, conhecendo muito menos a obra até do que eu. O negócio, em 1ª ordem, é assumir as limitações pra começar a, humildemente, aprender sobre o assunto. É ou não?
Estou ouvindo agora uma música do Studio Tan, que adorava na época da adolescência: "Let me take You to the beach". Recordar é viver, Woody! As vezes não deixa de ser.
E a história do emeio, tens ou não tem o meu? Acho que perdestes tbm...
Valeu!
Em tempo: o Wazoo já baixei de você. Vou voltar pro pré-primário Zappiano numa boa, sem reclamar.
O anônimo aí de cima soy djô.
ResponderExcluirSergio, é óbvio que o Anônimo ali em cima é vc, né! Nem precisava dizer. E vamos deixa de eu disse que disse porque eu não disse! Estou falando do fato de vc dizer que eu disse que vc não percebeu jazz no Zappa. Primeiro que ouvir Hot Rats e não achar jazz alí é não conhecer jazz, e eu sei que vc conhece bem. Mas o disco passeia por outros estilo como rock e R&B e até erudito (sempre). Já que pegou o Zappa/Wazoo saiba que este é o seu Zappa, pelo menos eu acho. Principalmente por vc estar ligado ao Studio Tan, assim vc poderá fazer as comparações em "Greggery Peccary". Procure ouvir King Kong, em especial a versão do disco do Jean-Luc Ponty tem um link para este disco no blog, veja em Tributos ao Frank Zappa, é so clicar na imagem que tem um link para o blog Never Get Out Of The Boat, que postou esse disco. Acredito que toda essa sua incursão no jazz acústico te deixo muito receptivo para esses sons que estou te indicando.
ResponderExcluirBom... Boas audições!
WOODY
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ResponderExcluirOk Sérgio vc não vê assim!
ResponderExcluirUma questão de ótica! Eu ouço jazz desde sempre a para mim isso é muuuuito jazz. De tudo que eu tenho por aqui a maioria é jazz e não rock como muitos freqüentadores do blog possam imaginar. Vc pode até duvidar, mas conheço o departamento e bem. O Sonny Clark e o Lee Morgan, que vc vem ouvindo ultimamente são velhos conhecidos meus, gosto muito do trabalho de ambos, ainda tenho entre os meus favoritos: Chat Baker, Miles Davis (Deus!!), Bill Evans (AMO!!), Dexter Gordon, Charles Mingus, Grant Green, Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Thelonious Monk, Kenny Burrell, Jimmy Smith, John Coltrane (esse era o favorito do Zappa tb), J.J. Johnson, George Benson (os primeiros discos), Herbie Hancock, Barney Kessel, Freddie Hubbard, Ron Carter, McCoy Tyner, Ornette Coleman, Red Garland, Lester Young, Lee Konitz, Sonny Criss, Keith Jarrett, Art Blakey, Benny Golson, Ben Webster, Larry Young, Lou Donaldson, Archie Shepp, Jimmy McGriff, Gene Ammons, Joe Henderson (antes da fase free), Horace Silver, Stanley Turrentine, Sonny Stitt (uma fera de pouco reconhecimento no Brasil), Philly Joe Jones (grande baterista do Miles que gravou poucos, mas ótimos discos), Paul Chambers (mais um da turminha), Donald Byrd (fera dos bons tempos da Blue Note), Johnny Griffin, Freddie Roach, Wes Montgomery, Albert Ayler, Charles Earland (esse é puro groovie), Cannonball Adderley, Coleman Hawkins, Duke Ellington (putz estava esquecendo este!), Count Basie (ooops esse tb não pode faltar!) e mais uns tantos que eu não me lembro agora, mas só para falar da turminha do som acústico que tanto lhe agrada ultimamente. Se formos falar da turma do elétrico aí a lista não acaba mais. Então veja vc, se o fato de ouvir faz alguém entender o que é jazz, acho que eu tenho alguma bagagem. Mas respeito a sua opinião relevando a sua ótica. Por outro lado, deixando a parte do ouvinte de lado e falando em termos técnicos, da construção da pauta, da melodia, das escalas etc e tal. Não tenha a menor dúvida que o fato é inquestionável: Wazoo é jazz sim senhor! Se vc não quer acreditar em mim, pergunte para qualquer maestro ou alguém que tenha estudado música, que a resposta será a mesma. Independente de vc concordar ou não!
Agora, deixando a polêmica de lado, certamente alguns nomes aí de cima chamaram a sua atenção, então meu caro, se te interessar algo, é só pedir, te jogo na mão na boa, afinal não é todo mundo que curte esse tipo de som e, portanto, os discos não são tão fáceis de achar. Tenho pouca coisa do Albert Ayler, mas do resto pelo menos uns três de cada.
Abraço,
WOODY
Woody, em princípio, duas coisas: estou embasbacado - pq, posso não entender tanto de música em geral, só me orgulho do meu gosto... Mas que memória, my friend! Sei que tudo foi de memória pq sinto que tu escreveu todos esses nomes, sem ficar ali consultando a discoteca pra lembrar... Foi vapt vupt, lembrou digitou "tomaticamente”. E isso é sinal, não só de bom gosto e conhecimento, mas de saúde mental. Coisa que importa muito - eu invejo. A outra coisa diz respeito a outro orgulho todo meu: conheço praticamente todos os citados. E, não mais SÓ de nome, como há alguns anos. Perdão pq agora eu vou ter que, da sua lista, consultar: Barney Kessel e Red Garland são os 2 únicos que não conheço. E isso, brodi, é o que é legal: esse meu upgrade informativo e experimentado no gênero se deu há coisa de 2 anos pra cá. Muito devido ao Blog Jazzseen, do qual vivo falando pq sou muito grato a eles! Me aplicaram no vero jazz – e a redundância aqui cabe bem - vero de verdade! Eu, até 2 anos atrás, não conhecia nem a metade dos nomes por vc citados. Os que conhecia, conhecia pq não sou ignorante, graças a Deus! São nomes importantes! E, tá explicado lá no SS pq apaguei o comentário q gerou este seu acima, o que vc tem que... “tem que”, não. Há de convir comigo é que Frank Zappa não é dos artistas mais simplezinhos de se ouvir entendendo (o "entendendo" vc entendeu, né?). Lee Morgan, por exemplo, é muito mais fácil. Embora o som do cara seja sofisticado pacarái! É como se te dissesse que, entre os clássicos, nesse momento, estou mais para Billy Wilder e Hitchcock(não é a cara daquela capa do Sonny Clark/Cool Sttrutin’?) do que para Bergman e Pasolini. Ou mesmo, Cidadão Kane do Welles, que também é puro solo em jazz - coisa de gênio, mas uma pedreira a se escalar... Comparei bem comparado?
ResponderExcluirOutra coisa da mais máxima importância Woody. Estou em campanha. Não incomodei vc pq, já te incomodei demais te sugerindo audições, quando podes estar ocupadérrimo com outros estilos, assim como acontece comigo, aliás. Mas vc viu que interrompi as postagens Jazzy, por causa de um papo q tive com Maddy sobre progressivo e quis mostrar-lhe, embora, não o tenha dito nessas palavras aqui, do que seria, pra mim, o futuro do rock progressivo que me agradaria se por "aquele" caminho evoluísse. Ouça, e por favor, comente lá no Sergio Sônico, sobre Helium e Mary Timony. Quando der, claro. Mas faça isso. Brodi esses dois exemplos de álbuns postados lá, não são considerados prog. Claro que não. Mas pra mim é o que mais se aproxima de uma boa solução de evolução do estilo.
ResponderExcluirPra rimar: Abração!
Barney Kessel é um ótimo guitarrista começou tocando em orquetras e gravou com a fantástica e inesquecível Billie Holiday e Lester Young, mas tarde teve duas parcerias de igual grandesa: uma com mestre do Hammond B3, Jimmy Smith, e outra com o saxofonista John Coltrane. Já Red Garland foi pianista do magico quintedo de Miles Davis ao lado de Paul Chambers, Philly Joe Jones e o já citado John Coltrane. Como vc já deve ter percebido são estrelas de primeira grandesa e audição obrigatória para qualquer fã de jazz que se preze!
ResponderExcluirTá bom. Não precisa brigar, já tou colando os nomes e pondo na busca do soulseek - modo mais rápido que conheço de encontrar algo assim, não muito blogável...
ResponderExcluirAgora q já li o quanto, no passado, te impressionou o Helium "Dirt Luck", fiquei mais curioso com suas impressões dobre o "Magic City" (Helium) e Ex Hex Mary Timony, lider do Helium...
Valeu!
Tive que interromper meus afazeres só pra te dizer que Red Garland é bótimo! Até outro dia, pra mim se Red Garland fosse alguém, bem poderia ser o irmão bastardo e pele vermelha da Judy. Hoje tenho os álbuns: Dig it! (já ouvido de cabo a rabo), Moodsville vol.2, idem idem... Red In Bluesville (ouvindo agora), e ainda por ouvir Red Garland Quintet 'High Pressure'. Dica tão boa essa tua q estou inclinado a postar em homenagem ao bom uso que podemos fazer da informação. É um bom tema.
ResponderExcluirValeu!
Sign the Aggressive Action by the Zappa Family Trust Petition
ResponderExcluirIf you haven’t already, we still urge you to sign the petition
http://www.petitiononline.com/mod_perl/signed.cgi?ZFT
regarding the ZFT’s recent “Aggressive Actions”. 1208 signatures at this time of writing — not too shabby for a petition that’s been online for 4 days, but the more the merrier, obviously. You’ll find yourself in the company of such illustrious names as Jon Naurin, Robert Kevorkian, Don Preston, Jimmy Carl Black, Nigey Lennon and Candy Zappa.For those of you who wish to be kept abreast (now there’s a wonderful expression): there’s a direct link to the petition page at the right of this page. See that little banner with Dr Sharl’s hand waving at you? Indeed.
Thanks for tell me about. I stow there and signed the petition.
ResponderExcluirCheers
WOODY