Saudações povo da terra! Após um longo período de abstinência estou de volta à ativa. Para coroar o retorno vou postar algumas coisas de um estilo de rock que aprecio bastante: o Pub Rock. Que na velha Inglaterra é considerado como o precursor do punk rock britânico e, porque não dizer, no mundo, afinal ninguém usava o termo punk, até a coisa explodir com o Sex Pistols. Pois é, muita gente diz que o punk nasceu nos EUA através de grupos como Ramones e New York Dolls, de fato, não há como negar a importância desses grupos no processo, mas do outro lado do oceano também haviam precursores como The 101ers, Eddie and the Hot Rods e Dr. Feelgood.
Os motivos que justificam o nascimento do pub rock são exatamente os mesmos do punk rock: uma reação à cena musical da época, dominada por um rock de virtuosismos, em alguns casos até com elementos de música clássica (no caso do rock progressivo) e por bandas super produzidas. Para muitos, isso era inacessível e até um tanto quanto chato. Então foi uma retomada, algo tipo “voltando às raízes”, pregando uma música simples e de fácil assimilação, baseada em rock’n’roll, blues, rhythm and blues, country e até mesmo jazz, que poderia ser apreciada em pequenos pubs e clubes. Há duas grandes diferenças em relação ao punk: a primeira, é que não havia aquela preocupação com a contestação de valores, nem uma atitude agressiva, a coisa estava mais para o “just for fun”, ou seja: só por diversão. E a segunda, é que pub rock, não é um propriamente um estilo musical, mas a definição de um local onde essa música acontece, porque no final das contas Dr. Feelgood, Elvis Costello, Ace, Dave Edmunds, The Stranglers, Kilburn and the High Roads (Ian Dury), são, ou foram, considerados pub rock, mas musicalmente são bem diferentes entre si. O pub rock tem essa diretriz de simplicidade, sem determinar o tipo da sonoridade.
Os motivos que justificam o nascimento do pub rock são exatamente os mesmos do punk rock: uma reação à cena musical da época, dominada por um rock de virtuosismos, em alguns casos até com elementos de música clássica (no caso do rock progressivo) e por bandas super produzidas. Para muitos, isso era inacessível e até um tanto quanto chato. Então foi uma retomada, algo tipo “voltando às raízes”, pregando uma música simples e de fácil assimilação, baseada em rock’n’roll, blues, rhythm and blues, country e até mesmo jazz, que poderia ser apreciada em pequenos pubs e clubes. Há duas grandes diferenças em relação ao punk: a primeira, é que não havia aquela preocupação com a contestação de valores, nem uma atitude agressiva, a coisa estava mais para o “just for fun”, ou seja: só por diversão. E a segunda, é que pub rock, não é um propriamente um estilo musical, mas a definição de um local onde essa música acontece, porque no final das contas Dr. Feelgood, Elvis Costello, Ace, Dave Edmunds, The Stranglers, Kilburn and the High Roads (Ian Dury), são, ou foram, considerados pub rock, mas musicalmente são bem diferentes entre si. O pub rock tem essa diretriz de simplicidade, sem determinar o tipo da sonoridade.
Isto posto, vamos ao que interessa: esta onda surgiu em meados dos anos 70, mais especificamente ao norte de Londres, numa cidade chamada Essex, na Canvey Island, em Southend on Sea. Terra natal do Dr. Feelgood, certamente o maior e mais emblemático grupo deste peculiar rótulo musical. O nome é uma gíria inglesa referente à heroína, também relacionado aos químicos (médicos) que preparam e/ou receitam a droga. Mas o Dr. Feelgood já foi tema de um post deste blog em 2007, e naquela ocasião não entrei em detalhes sobre a história dele, pois a saga já foi contada, e muito bem, pelo site Mofo, se alguém tiver interesse em conhecer a biografia do grupo é só acessar este link. No entanto, falar de pub rock ignorando Dr. Feelgood é o mesmo que ler a bíblia sem mencionar Jesus Cristo. Para não cometer esse disparate, vou focar o assunto em Wilko Jonhson, guitarrista da banda e um figuraça da minha mais alta consideração.
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Was a mid- to late-1970s musical movement, largely centred around North London and South East Essex, particularly Canvey Island and Southend on Sea. Pub rock was largely a reaction to much of the popular music of the era, which tended to be dominated by progressive rock and highly polished, supposedly over-produced American West Coast 'AOR' sounds. Many viewed such music as inaccessible and 'out of touch', while pub rock was very much about getting 'back to basics', tending to be based around live performances in small pubs and clubs, playing unpretentious music, from country rock to rhythm and blues-influenced hard rock. Pub rock was viewed by many as being an immediate precursor to the UK punk rock scene. Indeed, many pub rock acts such as the U.K. Subs and Eddie and the Hot Rods went on to find fame in the first wave of British punk, while groups such as The 101'ers featured Joe Strummer of The Clash, and Kilburn and the High Roads included Ian Dury amongst their members.
Pub rock is usually traced back to the "Tally Ho", a former jazz pub in Kentish Town, where Eggs over Easy started playing in May 1971, and were soon joined by Bees Make Honey, Brinsley Schwarz, Max Merritt and the Meteors, Ducks Deluxe and The Amber Squad. Most of the venues were in large Victorian pubs “north of Regents Park” where there were plenty of suitable pubs. One of the most notable venues was the Hope and Anchor pub on Islington's Upper Street, still a venue (right). Other important pub rock venues included the Pegasus Music Hall - a pub in spite of its name - on Green Lanes, the Dublin Castle in Camden Town, The Pied Bull at The Angel (also gone), Bull and Gate in Kentish Town, the Kensington near Olympia and the George Robey in Finsbury Park (now demolished).
Out of London, venues included the Dagenham Roundhouse, The Grand in Leigh on Sea and the Admiral Jellicoe on Canvey Island. Many of these pub venues, particularly the Hope and Anchor, became notable for hosting punk rock later. Besides the well-known venues, many other London pubs of the time would hire out the large meeting halls, music halls or ex-billiards rooms they often had available as do-it-yourself gigs for aspiring pub or punk rock musicians.
From: WikipediaPub rock is usually traced back to the "Tally Ho", a former jazz pub in Kentish Town, where Eggs over Easy started playing in May 1971, and were soon joined by Bees Make Honey, Brinsley Schwarz, Max Merritt and the Meteors, Ducks Deluxe and The Amber Squad. Most of the venues were in large Victorian pubs “north of Regents Park” where there were plenty of suitable pubs. One of the most notable venues was the Hope and Anchor pub on Islington's Upper Street, still a venue (right). Other important pub rock venues included the Pegasus Music Hall - a pub in spite of its name - on Green Lanes, the Dublin Castle in Camden Town, The Pied Bull at The Angel (also gone), Bull and Gate in Kentish Town, the Kensington near Olympia and the George Robey in Finsbury Park (now demolished).
Out of London, venues included the Dagenham Roundhouse, The Grand in Leigh on Sea and the Admiral Jellicoe on Canvey Island. Many of these pub venues, particularly the Hope and Anchor, became notable for hosting punk rock later. Besides the well-known venues, many other London pubs of the time would hire out the large meeting halls, music halls or ex-billiards rooms they often had available as do-it-yourself gigs for aspiring pub or punk rock musicians.
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Johnson tinha um estilo bem particular: armado de uma Telecaster preta, da qual tirava uns riffs meio cortados, sempre vestindo preto, usando um corte de cabelo em forma de cuia e se movia no palco em movimentos espasmódicos. Sua performance gerou diversos imitadores, tornando-se uma das imagens clássicas do rock. Seu estilo de guitarra era bem simples, mas combinava as funções de solo, ritmo e riffs quase que ao mesmo tempo como o gaguejar de uma metralhadora, alterando as concepções do “guitar hero”. Ainda hoje ele mantém o mesmo estilo, a única diferença é a falta de cabelos, pois o cabra está “carequinha da silva”.
Nascido como John Wilkinson, em 12 de Julho de 1947, Wilko Johnson é natural do berço do pub rock: Canvey Island. Foi educado na Westcliff High School e tocou em diversos grupos locais até se mudar para a Universidade de Newcastle onde estudou Inglês. Retornando a Essex, se juntou a Charlie Pigboy Band, que acabou se tornado Dr. Feelgood em 1971. Apesar da citação que fiz acima, a adoção do nome não é uma alusão direta à heroína, foi inspirada no pianista e cantor de blues norte-americano Willie Perryman (aka Piano Red) que em 1962 gravou uma música de sua própria autoria chamada "Dr. Feel-Good", adotando o pseudônimo de "Dr Feelgood & The Interns". Essa canção se tornou cover para algumas bandas britânicas da época, inclusive Johnny Kidd & The Pirates (uma das influências de Johnson), que usou a música no lado B do single “Always and Ever” em 1964.
Foi no Dr. Feelgood que Wilko ficou famoso, vivendo seu melhor momento e se destacando, também, como compositor. Esse período durou sete anos, de 1971 a 1977, gerando os quatro primeiros álbuns do grupo: Down by the Jetty (1975), Malpractice (1975), Stupidity (1976) e Sneakin' Suspicion (1977). Criando clássicos como “She Does It Right”, “All Through the City”, “Back in the Night”, “Don't Let Your Daddy Know”, “Sneakin' Suspicion”, e outros tantos. O Dr. Feelgood continuou na estrada e mesmo depois da morte do vocalista Lee Brilleaux (em 1994), último membro da formação original, a banda seguiu em frente, o mais recente disco Repeat Prescription, saiu em 2006 contando com músicos que, provavelmente, eram crianças quando a banda apareceu, ou mesmo nem tinham nascido. Não é um disco ruim, mas não chega nem aos pés dos trabalhos lançados na época e Johnson, para muitos, o verdadeiro e único Dr. Feelgood.
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Nunca descobri exatamente por que ele deixou o grupo, reza a lenda que a sua relação com Lee não ia nada bem e que a gota d’água foi uma discussão sobre uma canção que iria entrar no novo disco. Wilko se encheu de Lee e resolveu partir para outra. Mas se o Dr. Feelgood já não era o mesmo sem ele, a recíproca também foi verdadeira. Em 1977 Johnson já estava à frente de uma nova banda o Solid Senders, assinou com a Virgin Records no ano seguinte, lançando um LP homônimo e fazendo uma passagem marcante pelo Front Row Festival que acabou registrada em um disco duplo. Porém, o Solid Senders não decolou e um ano depois ele se juntou ao The Blockheads, de Ian Dury onde permaneceu até 1980. Como eu nunca curti muito esse tal de Ian Dury (nem dury, nem moly), achei que não foi bom negócio, mas foi lá que ele conheceu o baixista Norman Watt-Roy que depois se tornou um colaborador regular na Wilko Johnson Band. Em 1981 ele lançou seu segundo trabalho solo Ice on the Motorway e dois anos depois o EP "Bottle Up and Go!" com Lew Lewis (ex-Eddie & The Hot Rods), na década de 80 ainda rolaram mais alguns LPs, lançados em escala menor e por pequenos selos europeus: Pull the Cover (1984), Watch Out! (1985), Call It What You Want (1987), Barbed Wire Blues (1988) e o EP Back In The Day (1988) em parceria com Steve Hooker.
Dos anos noventa até os dias de hoje, o guitarrista continuou na ativa, mas longe da mídia e do mainstream, as gravações se tornaram mais esporádicas e quando aconteciam muitas vezes traziam releituras de velhos clássicos ou eram de apresentações ao vivo. Em 1992 ele participou do Eurockéennes Music Festival, e no ano seguinte do GuilFest. A oportunidade para um novo álbum surgiu em 1998 quando ele lançou Going Back Home pelo desconhecido selo Mystic. Ao final da década de 90 Johnson passou a evitar aparições em grandes concertos, mas abriu uma exceção para gravar Live in Japan 2000, lançado no ano seguinte. No entanto ele continuou firme e forte no circuito dos pubs, mesmo depois da morte da sua esposa e booking manager (pessoa responsável pelo agendamento dos shows) Irene em 2004. Em abril 2005 sai o CD Red Hot Rocking Blues, seu mais recente lançamento até o momento, o disco traz apenas uma música assinada por ele, todas as outras faixas são interpretações dos seus artistas prediletos como Lowell Fulson (autor da faixa que emprestou o nome ao disco), Leadbelly, Johnny Otis, Van Morrison, Chuck Berry... Na maior parte do ano até o começo de 2006 a Wilko Jonhson Band esteve ao lado do The Hamsters e John Otway na turnê The Mad, the Bad & the Dangerous, que acabou gerando o DVD homônimo lançado em 2007. Em 2008 o aclamado diretor de cinema Julien Temple teve a idéia de fazer um documentário sobre Dr. Feelgood ('Oil City Confidencial', que seria lançado em outubro, no Reino Unido). Ele não imaginava que no decorrer das filmagens conheceria pessoalmente um dos grandes excêntricos da Inglaterra (nas palavras dele): o próprio Wilko Johnson.. Fascinado pelo inusitado encontro, o projeto foi muito além da data de conclusão (e orçamento), a fim de acomodar as muitas facetas desse caráter extraordinário, o herói inesperado do filme. Como resultado de tudo isso, tem havido recentemente um frenesi de interesse renovado em Wilko.
Figurinha carimbada do rock britânico, uma verdadeira lenda viva, Wilko Jonhson continua firme a forte, tocando nos pubs do sul da Inglaterra. Até quando? Só o diabo sabe a resposta. Se eu caísse para aqueles lados, vasculharia todos os cantos para descobrir onde ele estaria se apresentado, pois valeria muito a pena.
Figurinha carimbada do rock britânico, uma verdadeira lenda viva, Wilko Jonhson continua firme a forte, tocando nos pubs do sul da Inglaterra. Até quando? Só o diabo sabe a resposta. Se eu caísse para aqueles lados, vasculharia todos os cantos para descobrir onde ele estaria se apresentado, pois valeria muito a pena.
Fonte: Dr.Feelgood, Wikepedia, Myspace, AMG.
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When rock'n'roll was shaken from its pre-punk complacency by the emergence of Dr. Feelgood, it was their guitarist Wilko Johnson who excited most attention – not only for the startling violence of his stage performance (which was to inspire countless imitators and become one of the classic images of rock'n'roll) but also for his guitar style which combined the roles of lead and rhythm guitar in driving riffs and a stuttering machine gun frenzy which altered conceptions of 'guitar heroics'. As a songwriter too – from early Feelgood favourites like 'Back in the Night' to the power and poetry of 'Dr. Dupree' and 'Sneaking Suspicion' he has proved himself one of the best and most original exponents of rhythm'n'blues styles this side of the Atlantic. The list of '70s New Wave bands who acknowledge the influence of Wilko and the Feelgoods is extensive and includes The Clash, The Sex Pistols, The Jam, The Boomtown Rats, and across the Atlantic The Ramones and Blondie (who spent a whole night at a New York party wearing out their specially imported copy of the Feelgood's first album, 'Down by the Jetty').
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After his abrupt departure from Dr. Feelgood in 1977 Wilko formed his own band, and over the next few years worked with several personnel of varying degrees of musical accomplishment and mixed moral character. In 1980, while continuing to work with his own 3-piece, Wilko entered the ranks of Ian Dury's brilliant Blockheads, co-writing writing several songs with Ian and featuring on the 'Laughter' album. Then in 1985 the Block's sensational and much loved bassist Norman Watt-Roy joined Wilko, and when Monti took over the drums in 1999, the classic Wilko Johnson Band had arrived. They have never been off the road since and have startled and blasted audiences from Helsinki to Madrid, Aberdeen to Istanbul, Toulouse to Tokyo. Monti's stool at the drums has recently been taken by the much revered Dylan Howe, also of the Blockheads, and this has raised the band to an even greater level of musical mastery and manic brilliance.
In 2008 the highly acclaimed film director Julien Temple set out to make a documentary film about the birth and all too brief phenomenon of Dr. Feelgood ('Oil City Confidential', to be launched in October). He could not have imagined that in the course of filming he would meet 'one of the great English eccentrics' (his words) in the person of Wilko. So fascinated was he by this discovery that the project has gone way beyond completion date (and budget) in order to accommodate the many facets of this extraordinary character, the unexpected hero of the film. As a result of all this, there has recently been a renewed frenzy of interest in Wilko: watch out for some surprising developments in the near future.....
In 2008 the highly acclaimed film director Julien Temple set out to make a documentary film about the birth and all too brief phenomenon of Dr. Feelgood ('Oil City Confidential', to be launched in October). He could not have imagined that in the course of filming he would meet 'one of the great English eccentrics' (his words) in the person of Wilko. So fascinated was he by this discovery that the project has gone way beyond completion date (and budget) in order to accommodate the many facets of this extraordinary character, the unexpected hero of the film. As a result of all this, there has recently been a renewed frenzy of interest in Wilko: watch out for some surprising developments in the near future.....
Wilko Johnson - Red Hot Rocking Blues [2004]
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Natural de Londres, este grupo iniciou sua carreira musical em 1959, como Johnny Kidd and the Pirates, é claro que ainda não existia o termo pub rock, era tudo simplesmente rock’n’roll. Jonhnny Kidd, na verdade, Frederick Heath, foi um promissor cantor e compositor que se apresentava caracterizado de pirata (tinha até um tapa-olho) e vinha despontando nas paradas da época prometendo ser tão grande quanto Eric Burdon, Beatles, Yardbirds e outros nomes famosos da época. Seu primeiro single , "Please Don't Touch" alcançou 25º lugar nas paradas britânicas. Mais tarde, essa música acabou ganhando versões de inúmeros grupos, creio que a mais notória tenha sido do Motörhead que aparece no disco No Remorse (1984). Em 1960 eles emplacam outro hit com "Shakin' All Over", outra que acabou virando cover para muitos grupos como Guess Who, The Who, Humble Pie, Suzi Quatro, Dee Dee Ramone, MC5, cara até Iggy Pop gravou essa! Depois de uma série de singles bem sucedidos já estava mais que na hora de gravar o primeiro LP e alcançar o estrelato em definitivo, mas o destino não quis assim e, em 7 de outubro de 1966, os Piratas perderam seu e capitão em um acidente de carro nas proximidades Bury, Lancashire.
Johnny Kidd & The Pirates - The Best Of [2008]
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Apesar da carreira curta, sem ao menos um álbum lançado, o grupo marcou época influenciando muita gente boa, a ponto de um dos "bootlegs" mais famosos do Led Zeppelin se chamar "A Tribute To Johnny Kidd & The Pirates", gravação de um ensaio de 1973, onde tocaram clássicos do rock’n’roll, entre os quais "Shakin' All Over”. The Who também foi influenciado por eles e até chegaram a dividir o palco na época em que Townshend & Cia ainda se chamavam The Detours, no início da década de 60. Creio que um dos maiores influenciados pela banda foi Wilko Johnson cujo estilo de guitarra lembra muuuuito a pegada de Mick Green, guitarrista do The Pirates, aliás, ele nunca escondeu essa admiração e influência.
Foi justamente Mick Green quem assumiu o papel de Fênix no The Pirates, fazendo o grupo renascer das cinzas em 1976, com ele na guitarra, Johnny Spence no baixo e vocal, e Frank Farley na bateria. Todos da formação original. De volta à estrada eles surpreendem com seu poderoso de R & B no "Front Row Festival", realizado na Inglaterra, no final de novembro e início de dezembro de 1977, o mesmo em que Wilko Johnson esteve com o Solid Senders. Esta volta triunfal valeu para o grupo um registro ao lado de Wilko Johnson, The Only Ones, The Saints, The Stranglers, X-Ray Spex, e XTC, na gravação de um álbum duplo do festival chamado The Hope & Anchor Front Row Festival lançado em março de 1978, alcançando a 28ª colocação na parada de álbuns britânicos.
The Pirates - Shakin' at the Beeb, BBC Sessions 1976-1978 [2007]
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O retorno dos Pirates não foi aquela coisa de super banda, grandes turnês internacionais e coisa e tal, na verdade foi um tanto quanto discreto e se limitou a aparições em festivais e apresentações em casas noturnas, caracterizando-os como pub rock, no entanto, foi festejado pelos amantes do rock’n’roll no mundo afora, valendo shows pela Europa, Japão e outras paragens. A banda sofreu algumas alterações no decorrer dos anos sendo Mick Green e Johnny Spence os mais constantes. Nessa nova trajetória eles lançaram mais de 20 discos, a grande maioria deles por pequenas e desconhecidas gravadoras, muitos são de gravações ao vivo e mesmo naqueles gravados em estúdio são comuns a presença de antigos hits da era Johnny Kid com nova roupagem. Seus últimos lançamentos datam de 2006, desconheço o conteúdo e a formação do grupo nestes trabalhos, mas se for para recomendar algum disco indico Out of Their Skulls (1977) e Shakin' at the Beeb: The Complete BBC Sessions 1976-1978 (2007), realmente matadores! Até o ano passado, The Pirates ainda se apresentava nos pubs ingleses, mas Green teve alguns problemas de saúde e o grupo precisou dar um tempo. Contudo, Johnny Spence não ficou parado e juntou forças com os filandeses do Doctor’s Order, com os quais já havia tocando antes, inclusive com Green, e que tem basicamente a mesma sonoridade do Pirates. Curiosidade: Doctor's Orders foi o nome de um disco do Dr. Feelgood, lançado em outubro 1984, sinal que o Dr. também fez nome na Finlândia.
Em toda esta história de pub rock Mick Green, batizado como Michael Robert Green (nascido em 22 fevereiro de 1944, em Matlock, Derbyshire, na Inglaterra), é mesmo uma figura importante, além de ser considerado precursor de um estilo áspero de R&B e influenciar a guitarra de Wilko Jonhson, seu nome aparece no primeiro disco do Dr. Feelgood (Down by the Jetty), onde ele assina a faixa "Oyeh!", e também no álbum seguinte (Malpractice - 1975), com a faixa "Going Back Home", em co-autoria com Johnson. Uns três anos depois de ressuscitar o The Pirates, Green formou um grupo chamado Shanghai, que existiu entre 1974 e 1976, tentando a sorte abrindo os shows da turnê Blue for You, do Status Quo. Chegaram a gravar dois discos que passaram despercebidos pela crítica e público, sumindo na poeira do tempo. Quando não está com o Pirates, Green acompanha nomes importantes do rock, entre suas participações marcantes estão a no Pyramid Stage, do Festival de Glastonbury em 2005, com Van Morrison e no show “Live in the Cavern Club” que Paul McCartney fez em 14 de dezembro 1999, transmitido ao vivo pela internet e registrado no álbum Run Devil Run. Curiosamente ele próprio nunca lançou um álbum solo.
Em toda esta história de pub rock Mick Green, batizado como Michael Robert Green (nascido em 22 fevereiro de 1944, em Matlock, Derbyshire, na Inglaterra), é mesmo uma figura importante, além de ser considerado precursor de um estilo áspero de R&B e influenciar a guitarra de Wilko Jonhson, seu nome aparece no primeiro disco do Dr. Feelgood (Down by the Jetty), onde ele assina a faixa "Oyeh!", e também no álbum seguinte (Malpractice - 1975), com a faixa "Going Back Home", em co-autoria com Johnson. Uns três anos depois de ressuscitar o The Pirates, Green formou um grupo chamado Shanghai, que existiu entre 1974 e 1976, tentando a sorte abrindo os shows da turnê Blue for You, do Status Quo. Chegaram a gravar dois discos que passaram despercebidos pela crítica e público, sumindo na poeira do tempo. Quando não está com o Pirates, Green acompanha nomes importantes do rock, entre suas participações marcantes estão a no Pyramid Stage, do Festival de Glastonbury em 2005, com Van Morrison e no show “Live in the Cavern Club” que Paul McCartney fez em 14 de dezembro 1999, transmitido ao vivo pela internet e registrado no álbum Run Devil Run. Curiosamente ele próprio nunca lançou um álbum solo.
O The Pirates é um verdadeiro mito do rock underground britânico, e conseqüentemente do pub rock. Espero, para o bem da música e dos fãs do bom e velho rock, que esta lenda continue viva por mais alguns anos. A boa nova é que, segundo o site oficial do guitarrista, Mike Green já está recuperado dos problemas de saúde e deve voltar à ativa em breve. Vida longa ao pub rock!
Fonte: The Pirates, Wikipedia, Myspace.
Fonte: The Pirates, Wikipedia, Myspace.
The Pirates story really begins back in the mid 1950's with a skiffle band known as Bats Heath and The Vampires featuring a certain Frederick Heath on vocals and guitar. In time and through various line-ups as The Five Nutters and The Fred Heath Band this formed the nucleus of what was to become Johnny Kidd and the Pirates. The new name was reputedly given to them by a sound engineer during a recording test at Abbey Road Studios in 1959. They recorded "Please don't touch / Growl;" with Frederick Heath (aka Johnny Kidd ) on vocals, Alan Caddy and Tony Doherty on guitars and Ken McKay and Don Toy sharing the drumming. In early 1960 Brian Gregg took over on bass, Clem Cattini occupied the drum stool and Alan Caddy became the solo lead guitar in this new trio - although it's now known that Joe Moretti was actually drafted in to play lead guitar for the recording of their most famous number "Shakin all over". Just 18 months later (Aug 1961) all three, Caddy , Gregg and Cattini jumped ship, left Johnny Kidd and after a couple of changes went on to become The Tornados. January 1962 saw another new line up with Johnny Spence ( bass), Frank Farley ( drums ) and Johnny Patto ( lead guitar ). But by March 1962 Johnny Patto had left on the grounds of ill-health and Spence and Farley recruited a long time friend from their schooldays Mick Green. This trio was the partnership who were still working together under the Pirates banner 43years later until Frank Farley's enforced retirement in 2005.
The Pirates - Skull Wars [1978]
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Back in the 60's they played with Johnny Kidd at all the popular venues including The Cavern ( Liverpool ), The Oasis ( Manchester ), The Star Club ( Hamburg ) and on the Liverpool Riverboat Shuffle they were supported by the then little known Beatles. They went on to record a number of tracks including "A shot of Rhythm and Blues", "I can tell", "Some other guy", "I'll never get over you", "Hungry for love", "Ecstasy", "My Babe", "casting my spell", "Always and Forever", "Dr Feelgood". They recruited organist Vic Cooper and the hits just kept coming - "Please don't touch", "Jealous Girl", "shop around", "I know", "Where are you" and more. In August 1964 after two and a half years with the band Mick Green moved on to back Billie J Kramer as part of The Dakotas and his spot behind Johnny Kidd was filled in turn by Stuart Taylor, John Weider, Barry Hammett and John Morshead. They released some more vinyl including "whole lotta woman", "your cheatin heart", "the birds and the bees", "can't turn you loose" and an attempt to capture the old magic with "Shaking all over '65".
1966 again saw Johnny Kidd without his support band when Vic Cooper left, Frank Farley went to join his old mate Mick Green in The Dakotas and Johnny Spence took his bass guitar over to Julian Covey and the Machine . However, Spence and Farley legally retained the rights to the name of "The Pirates". As John explains "Maybe I can lay all the infighting to rest as I was one of JK's closest friends and just of interest his best man at his wedding to Jean. JK always employed musicians as session men rather than part of the whole group - that was the way things were done in those days. "The Pirates" as an entity on their own only came about when we recorded "my babe" and "casting my spell", this naming was holy endorsed by JK. The thinking behind it was that JK's management at the time were building up to him going out as a solo artist". This was further re-enforced when Johnny Kidd then put together another new backing band ....they had to be billed as "The New Pirates", as only Spence, Green & Farley were entitled to use the name of "The Pirates". "The New Pirates" included Nick Simper, Roger Truth and Ray Soaper. But it was all very short lived as on Friday 7th October 1966 Johnny Kidd was killed in a car crash just outside of Bury ( Lancashire ).
1966 again saw Johnny Kidd without his support band when Vic Cooper left, Frank Farley went to join his old mate Mick Green in The Dakotas and Johnny Spence took his bass guitar over to Julian Covey and the Machine . However, Spence and Farley legally retained the rights to the name of "The Pirates". As John explains "Maybe I can lay all the infighting to rest as I was one of JK's closest friends and just of interest his best man at his wedding to Jean. JK always employed musicians as session men rather than part of the whole group - that was the way things were done in those days. "The Pirates" as an entity on their own only came about when we recorded "my babe" and "casting my spell", this naming was holy endorsed by JK. The thinking behind it was that JK's management at the time were building up to him going out as a solo artist". This was further re-enforced when Johnny Kidd then put together another new backing band ....they had to be billed as "The New Pirates", as only Spence, Green & Farley were entitled to use the name of "The Pirates". "The New Pirates" included Nick Simper, Roger Truth and Ray Soaper. But it was all very short lived as on Friday 7th October 1966 Johnny Kidd was killed in a car crash just outside of Bury ( Lancashire ).
Johnny Spence & Doctor's Order - Full Throttle No Brakes [2009]
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The memory of Johnny Kidd and his many Pirates goes on with the definitive line up of Mick Green with Johnny Spence ( still co-owner of the title ) still touring the UK and abroad but sadly Frank Farley is unable to play now and retired in 2005. In 2006 Green and Spence released an album of brand new recordings and even some new numbers recently penned by the two of them. Teh album's called "Skullduggery" and it's available on the Prism label. Various incarnations are also still performing under The Pirates flag as well as many tribute bands such as The Pirate Pirates. Whilst this site is dedicated to the Green, Spence and Farley crew, we fully acknowledge the part played by everyone both in their own rights, then and now, as being backing bands for the late great Johnny Kidd. But in truth, as you see above, only Mick Green, Johnny Spence & Frank Farley can legally claim the title of The Pirates.
From: The Pirates
Aqui está mais uma banda do berço do pub rock, Essex. Contemporâneos de Dr. Feelgood e Cia., este grupo atuava praticamente no mesmo circuito e tinha como diferencial um jeito de tocar mais rápido e pesado, com uma pegada mais rock do que R&B. Por isso mesmo, quando o punk o explodiu eles foram facilmente assimilados pelo movimento, muito embora eles próprios não se vissem como tal.
Eddie and The Hot Rods surgiu em Southend, na primavera de 1975 com Barrie Masters no vocal, Dave Higgs e Pete Wall na guitarra, Rob Steel no baixo e Steve Nichols na bateria. A essa altura alguém deve estar se perguntado: se esses eram os integrantes, quem diabos é o Eddie? Segundo a lenda Eddie era um idiota qualquer em quem eles deram uma surra durante uma das primeiras apresentações, o que explica a tradução: Eddie e os Varas Quentes. E olha que eles não se achavam punks! Se bem que, na Inglaterra, no meio proletário, uma boa briga sempre foi um entretenimento usual. Wall e Steel deixaram o grupo ao final do ano, para achar um novo baixista a banda fez um anúncio num jornal local e quem apareceu foi um colegial de 15 anos, chamado Paul Gray. Dave Higgs perguntou a ele: "Você sabe tocar rápido?". "Sim", respondeu na lata, sem nunca ter tocado em banda nenhuma! "Então você está na banda", disse Dave. Nesse meio tempo apareceu, Lew Lewis que se juntou a eles como gaitista. O grupo ganhou reputação devido as suas enérgicas apresentações e, também em parte, graças ao empresário deles, Ed Hollis, que posicionou o grupo na direção da cena rock’n’roll de Detroit, na linha de The Stooges e MC5.
No início de 1976, o grupo lançou seu primeiro single, "Writing on the Wall", pela Island Records. Não muito tempo depois, Lewis deixa a banda devido ao seu comportamento fora de controle, ele viria a formar a Lew Lewis & Reformer. Na primavera daquele ano eles se tornaram a banda mais popular do circuito pub rock, quebrando os recordes de público no Marquee Club (uma das mais conhecidas casas noturnas de Londres) no verão. Um EP foi gravado durante essas apresentações e lançado no outono. Live at the Marquee chegou perto dos Top 40 da parada britânica, e o grupo começou a ascender. No final do ano "Teenage Depression" tornou-se primeiro hit single da banda, alcançando o número 35 nas paradas e o álbum do mesmo nome, lançado a seguir, se tornou um relativo sucesso, saindo inclusive no Brasil, aliás, foi o único disco deles lançado por aqui, mesmo assim conseguiu influenciar muita gente daquela geração como Legião Urbana, por exemplo. Ainda naquele ano, o guitarrista Graeme Douglas (ex Kursaal Flyers) se juntou ao Hot Rods e com a sua adição, o grupo se tornou um pouco mais comercial (radio-friendly) e menus cru. "Do Anything You Wanna Do," um poderoso single pop rock lançado por eles, ilustra bem essa nova sonoridade da banda e se tornou o primeiro e único hit do grupo a alcançar o Top Ten (as 10 mais) no verão de 1977.
Eddie And The Hot Rods - Teenage Depression [1976 - 2000 Remaster]No início de 1976, o grupo lançou seu primeiro single, "Writing on the Wall", pela Island Records. Não muito tempo depois, Lewis deixa a banda devido ao seu comportamento fora de controle, ele viria a formar a Lew Lewis & Reformer. Na primavera daquele ano eles se tornaram a banda mais popular do circuito pub rock, quebrando os recordes de público no Marquee Club (uma das mais conhecidas casas noturnas de Londres) no verão. Um EP foi gravado durante essas apresentações e lançado no outono. Live at the Marquee chegou perto dos Top 40 da parada britânica, e o grupo começou a ascender. No final do ano "Teenage Depression" tornou-se primeiro hit single da banda, alcançando o número 35 nas paradas e o álbum do mesmo nome, lançado a seguir, se tornou um relativo sucesso, saindo inclusive no Brasil, aliás, foi o único disco deles lançado por aqui, mesmo assim conseguiu influenciar muita gente daquela geração como Legião Urbana, por exemplo. Ainda naquele ano, o guitarrista Graeme Douglas (ex Kursaal Flyers) se juntou ao Hot Rods e com a sua adição, o grupo se tornou um pouco mais comercial (radio-friendly) e menus cru. "Do Anything You Wanna Do," um poderoso single pop rock lançado por eles, ilustra bem essa nova sonoridade da banda e se tornou o primeiro e único hit do grupo a alcançar o Top Ten (as 10 mais) no verão de 1977.
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Apesar do encorajador sucesso de “Do Anything You Wanna Do” o disco que trazia a música Life on the Line, chegou no alvorecer da era punk, que se mostrava consideravelmente mais crua e agressiva, justamente um perfil que os Hot Rods, tinham abandonado. A banda continuou a se apresentar regularmente, mas o seu público estava começando a diminuir acentuadamente. O disco Thriller, lançado em 1979, foi praticamente ignorado pelo público e pela mídia em geral, fazendo com que a Island Records os demitisse e eles foram para a EMI.
No começo de 1980, Graeme Douglas deixa o grupo e, pouco depois, Paul Gray troca os Hot Rods pelo The Damned. O baixista foi substituído por Tony Cranney. No ínterim dessa troca de integrantes, eles lançaram, em abril de 1981, Fish 'N' Chips. O fracasso desse disco acabou resultando na dissolução da banda. Com isso, Barrie Masters se juntou aos Inmates e Steve Nichol entrou para o One The Juggler. Acontece que nenhuma dessas bandas causou o impacto desejado, então Masters e Nichol reformularam o Hot Rods com Warren Kennedy na guitarra e Tony Cranney no baixo e com essa formação gravaram um EP chamado One Story Town, mas o grupo se desfez em seguida. Em 1985, ao mesmo tempo em que o EP saia pela independente Waterfront Records, a banda é novamente reformulada com Masters, Nichol, Kennedy e Russell Strutter, no baixo.
No começo de 1980, Graeme Douglas deixa o grupo e, pouco depois, Paul Gray troca os Hot Rods pelo The Damned. O baixista foi substituído por Tony Cranney. No ínterim dessa troca de integrantes, eles lançaram, em abril de 1981, Fish 'N' Chips. O fracasso desse disco acabou resultando na dissolução da banda. Com isso, Barrie Masters se juntou aos Inmates e Steve Nichol entrou para o One The Juggler. Acontece que nenhuma dessas bandas causou o impacto desejado, então Masters e Nichol reformularam o Hot Rods com Warren Kennedy na guitarra e Tony Cranney no baixo e com essa formação gravaram um EP chamado One Story Town, mas o grupo se desfez em seguida. Em 1985, ao mesmo tempo em que o EP saia pela independente Waterfront Records, a banda é novamente reformulada com Masters, Nichol, Kennedy e Russell Strutter, no baixo.
The Inmates - Shot in the Dark [1980]
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De lá para cá, foram vários retornos e dissoluções de acordo com a conveniência do momento. A formação clássica com Masters, Nichol, Higgs, Gray foi reunida em 1992 para uma turnê pela Europa, ao final desta Higgs deixa o grupo e o trio remanescente chamou o guitarrista Steve Walwyn que estava de licença do Dr. Feelgood devido a uma doença contraída pelo vocalista Lee Brilleaux. Pouco tempo depois outro ex membro do Feelgood Gordon Russell se junta a eles, também por um breve momento, cedendo seu lugar para Mick Rodgers (Manfred Mann's Earthband). Finalmente em 1994, é oferecido para o Eddie and the Hot Rods um curto contrato com o selo japonês Creative Man Records para a gravação do um novo álbum em 16 anos: Gasoline Days. O disco é lançado no Reino Unido e Japão em 1996. No ano seguinte, Rodgers retorna para o Manfred Mann’s, com Madman Keyo ocupando a sua vaga. Ainda naquele ano, Nichol sofre um acidente de carro e, enquanto ele se recuperava, Jess Phillips o substitui na baterista. E nesse entra e sai, a banda segue seu caminho, em 2002 lançaram um disco ao vivo muito bom chamado Get Your Rocks Off e em janeiro de 2004 eles gravaram o disco, “Better Late Than Never”, com 12 faixas e design gráfico por Simon Thorpe, uma espécie de preparação para a turnê de aniversário de 30 anos, cuja festa está registrada num DVD gravado em 2005 no Astoria de Londres. Da formação original, creio que somente Barrie Masters permanece, o que não impede que um velho membro retorne a qualquer momento. Pois é, eles estão por aí, tocando aqui e acolá e quiçá um dia no Brasil. Mas para não ficar na esperança, recomendo antenção na programação dos pubs londrinos, onde volta e meia eles ainda botam para quebrar relembrando os velhos tempos.
Fonte: AMG, Portal do Rock, Eddie and the Hot Rods, Wikipedia.
A Brief history... Eddie and the Hot Rods began life in 1976, when four teenagers from Southend on Sea got together and playing their own style of fast energetic rock and roll / r'n'b, were soon a big hit on the London pubrock scene. Catching the eyes and ears of the music press and the major record companies, they were soon signed up by the legendary Island Records and went on to have three hit albums and four top forty UK singles including the Top Ten hit 'Do Anything You Wanna Do'. There have been numerous TV appearances worldwide and they have filled almost every major venue in the UK. A success in the USA too, they have toured alongside The Ramones, Tom Petty, The Police, Squeeze and Talking Heads. After over a decade of touring, and with various members of the band involved in other projects (Paul Gray - UFO/The Damned: Barrie Masters - The Inmates: Graeme Douglas - The Kursaal Flyers: Steve Nichol - One the Juggler...), the Hot Rods slowly ground a halt and for a few years there were only occasional reformations involving several line-ups.
Eddie and The Hot Rods - Curse of the Hot rods [1979]
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However, throughout the changes, one man remained a constant - the 'very RocknRoll' Barrie Masters and in 2000 the band were asked to take part in a 76 date tour of the UK alongside Dr. Feelgood, John Otway and The Hamsters. Barrie reconditioned his Hot Rods and the tour was a great success. The band have been back in demand ever since, touring all over the world including France, Germany, Spain, Italy, Norway, Sweden, Czech Republic and Poland, as well as three successful tours of the USA in 2006, 2008 and 2009. They have found time to record two albums of brand new songs, "Better Late Than Never" in 2004 and the aptly titled, "Been There, Done That...".in 2006. There is also a full concert DVD, "Live in London - 2005", recorded at London Astoria as well as a Live CD compilation "Right for the Night". The band is now busy writing for a third album in it's present form and is shortly to release "Live in New York" - a CD of their show at Brooklyn's Southpaw venue, recorded during the 2009 tour.
From: Eddie and the Hot Rods.
From: Eddie and the Hot Rods.
Esta foi uma banda importante, muito mais por aquilo em que seu cantor e guitarrista se tornou do que pelo que era. No entanto o 101ers (lê-se "the one o oners") tinha uma sonoridade bem legal, o que só pode ser constatado, por quem não viveu aquele momento, anos mais tarde quando finalmente saiu seu único disco, embora o grupo já estivesse extinto. Tratava-se da banda de John Graham Mellor cidadão britânico nascido em Ankara, na Turquia, em 21 agosto de 1952 e falecido em 22 dezembro de 2002. Se você ainda não sacou, saiba que estou me referindo a Joe Strummer, na minha modesta opinião líder da melhor banda de punk rock de todos os tempos: The Clash. Lá em 1973 ele se autodenominava "Woody" Mellor e tocava num grupo do País de Gales chamado The Vultures. Depois de algumas apresentações, ele achou que aquilo não tinha futuro e resolveu partir para outra, se mudou para Londres formando uma nova banda e começou a escrever canções.
Sua estréia aconteceu em 1974, no Telegraph Pub em Brixton, sob a alcunha de El Huaso and the 101 All Stars, mais tarde encurtado para 101 All Stars até finalmente se firmar como 101ers. Segundo a lenda, o nome vem do prédio abandonado em que moravam juntos os integrantes da banda. O endereço era 101 Walterton Road, Maida Vale. Entretanto, alguns rumores diziam que o nome se referia à sala 101 do romance 1984 de George Orwell. Sei lá mil coisas! Em 1975 ele adotou o nome artístico de Joe Strummer, e insistiu para que seus amigos o chamassem assim. "Strummer" aparentemente se referindo de maneira auto-depreciativa ao seu papel como guitarrista. É que, apesar de canhoto, ele foi ensinado a tocar com a mão direita o que dificultou as coisas, restringindo-o a dedilhar acordes (strumming chords que também pode ser entendido como: acordes desafinados). O grupo conseguiu uma boa fama no circuito pub, tendo gravado um compacto, “Keys To Your Heart”, pelo selo Chiswick, e parecia que tereia algum futuro até que, em 3 de Abril de 1976, no Nashville Room, eles se apresentaram juntos com o Sex Pistols. “Bastaram cinco segundos da primeira música deles e descobri que soávamos como um jornal de ontem”. Comentou Strummer no documentário Westway to the World, de Don Letts.
Sua estréia aconteceu em 1974, no Telegraph Pub em Brixton, sob a alcunha de El Huaso and the 101 All Stars, mais tarde encurtado para 101 All Stars até finalmente se firmar como 101ers. Segundo a lenda, o nome vem do prédio abandonado em que moravam juntos os integrantes da banda. O endereço era 101 Walterton Road, Maida Vale. Entretanto, alguns rumores diziam que o nome se referia à sala 101 do romance 1984 de George Orwell. Sei lá mil coisas! Em 1975 ele adotou o nome artístico de Joe Strummer, e insistiu para que seus amigos o chamassem assim. "Strummer" aparentemente se referindo de maneira auto-depreciativa ao seu papel como guitarrista. É que, apesar de canhoto, ele foi ensinado a tocar com a mão direita o que dificultou as coisas, restringindo-o a dedilhar acordes (strumming chords que também pode ser entendido como: acordes desafinados). O grupo conseguiu uma boa fama no circuito pub, tendo gravado um compacto, “Keys To Your Heart”, pelo selo Chiswick, e parecia que tereia algum futuro até que, em 3 de Abril de 1976, no Nashville Room, eles se apresentaram juntos com o Sex Pistols. “Bastaram cinco segundos da primeira música deles e descobri que soávamos como um jornal de ontem”. Comentou Strummer no documentário Westway to the World, de Don Letts.
The 101ers - Elgin Avenue Breakdown Revisited [2005]
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Aquele momento foi o fim do The 101ers. Em 1981, quando The Clash era já uma banda conhecida, o álbum Elgin Avenue Breakdown do 101ers, foi lançado. E em 2002, até antes de sua morte, Strummer estava trabalhando em uma reedição deste álbum com todas as músicas já gravadas pela banda. Infelizmente ele não viveu o suficiente para terminar. Mas o fato dele pensar em relançar esse disco tanto tempo depois, é prova que ele reconhecia o seu valor musical e, quem sabe, poderia até ter acontecido um pequeno revival num desses pubs por aí. Mas o destino não quis assim e o disco foi finalizado pela viúva de Strummer, Lucinda Tait, junto com o Richard Dudanski (ex-baterista do 101ers), sendo lançado como Elgin Avenue Breakdown Revisited em 2005.
Fonte: Wikipédia, The 101ers.
The 101'ers were a pub rock band from the 1970s, notable only as being the band that gave Joe Strummer (later of The Clash) his initial start as a musician. Formed in London in May 1974, the 101'ers made their performing debut on 6 September at the Telegraph pub in Brixton under the name El Huaso and the 101 All Stars. The name would later be shortened to the 101 All Stars and finally just the 101'ers. The group established itself on the London pub rock circuit prior to the advent of punk. The group was named for the squat where they lived together: 101 Walterton Road, Maida Vale, although it was for a time rumoured that they were named for "Room 101", the infamous torture room in George Orwell's novel 1984. The novel was later to become something of a manifesto for the political element of the punk rock movement. The 101'ers were supported by the Sex Pistols at the Nashville Room on 3 April 1976, and this is when Strummer claimed he "saw the light" and got involved in the punk scene.
The 101ers - Five Star Rock'n'Roll [1993]
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By the time their debut single was released, Joe Strummer was in The Clash and the band were no more. Clive Timperley later joined The Passions, Dan Kelleher went to The Derelicts and Richard Dudanski went on to work with The Raincoats and Public Image Limited. Tymon Dogg worked with Strummer briefly in The Clash (playing on one track on Sandinista!) and later, in The Mescaleros. Before his death in 2002, Joe Strummer had been planning to re-release the band's long out-of-print full-length, Elgin Avenue Breakdown, complete with previously unreleased tracks that would encompass everything the band ever recorded. The project was completed with the help of Strummer's widow Lucinda Tait and former drummer Richard Dudanski, and released on June 14, 2005 via EMI.
From: Myspace
De todos os grupos comentados até agora, talvez o mais desconhecido seja mesmo o Count Bishops, até porque não me lembro de nenhum disco deles lançado no Brasil e se isso aconteceu, passou despercebido para muita gente, mas o fato é que eles faziam um som muito bacana mesmo, aquele enérgico R&B característico do pub rock, bem ao estilo Dr. Feelgood e Cia.
The Count Bishops surigiu em julho de 1975 depois que o guitarrista Zenon Hierowski (depois mudaria para Zenon de Fleur) deixou o Chrome para formar uma nova banda com o cantor Mike Spenser, que acabara de chegar na Inglaterra vindo dos Estados Unidos. Através de um anúncio na revista Melody Makers, eles encontraram o baterista australiano Paul Balbi (ex- Buffalo) e o baixista Stevie Lewins. A banda foi completada com a chegada de um amigo de Mike, o guitarrista Johnny Guitar, também vindo dos EUA.
The Count Bishops surigiu em julho de 1975 depois que o guitarrista Zenon Hierowski (depois mudaria para Zenon de Fleur) deixou o Chrome para formar uma nova banda com o cantor Mike Spenser, que acabara de chegar na Inglaterra vindo dos Estados Unidos. Através de um anúncio na revista Melody Makers, eles encontraram o baterista australiano Paul Balbi (ex- Buffalo) e o baixista Stevie Lewins. A banda foi completada com a chegada de um amigo de Mike, o guitarrista Johnny Guitar, também vindo dos EUA.
The Count Bishops - The Count Bishops [1977]
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Em 28 de agosto daquele mesmo ano, eles produziram a primeira gravação, um EP de quarto faixas intitulado Speedball, realizado no pequeno Pathway Studio. Foi o primeiro lançamento da Chiswick Records e saiu em dezembro. Mike Spenser deixou a banda logo depois e eles continuaram como quarteto. Um novo single foi gravado no Pathway, em março de 1976 para o selo independente holandês Dynamo. A bolachinha de 45 rpm trazia a música “Train Train”, não foi exatamente um hit, mas teve uma boa aceitação e a Chiswick logo se apressou em lançar no Reino Unido. A gravadora sentiu que os Bishops tinham potencial e acabou acertando um contrato de exclusividade com eles, pouco antes de irem para o Jackson’s Studio acompanhados do vocalista Dave Tice, que também vinha do grupo australiano Buffalo, para gravar o álbum de estréia. O disco lançado como "The Bishops" foi muito tocado na rádio por de John Peel e Jensen Kid, dois dos maiores radialistas da época e vendeu bem para uma banda praticamente desconhecida. Os Bishops começaram a excursionar extensivamente. Steve deixou para se juntar nova banda Wilco Johnson (Solid Senders) e foi substituído por Pat McMullen.
Em fevereiro de 1978, gravaram um excelente álbum ao vivo no Roundhouse, que foi lançado dois meses depois. O single "I Want Candy” passa no Top Of The Pops da TV BBC, mas novamente eles são ignorados pela parada de sucessos. Em 10 de março de 1979 após um show, o Zen foi gravemente ferido quando seu amado Aston Martin bateu numa árvore, ele morreu uma semana depois no hospital. Um segundo álbum de estúdio, Crosscuts, foi concluído antes da morte do Zen e por isso a banda decidiu continuar. O disco foi lançado em maio, mas um mês mais tarde, voltando de uma excursão pela Espanha, Paul Balbi é detido pela imigração do Reino Unido e deportado para a Austrália. A perda de dois membros-chave significou o fim, eles se separaram no final de 1979, com Johnny Guitar indo para Dr. Feelgood.
Em fevereiro de 1978, gravaram um excelente álbum ao vivo no Roundhouse, que foi lançado dois meses depois. O single "I Want Candy” passa no Top Of The Pops da TV BBC, mas novamente eles são ignorados pela parada de sucessos. Em 10 de março de 1979 após um show, o Zen foi gravemente ferido quando seu amado Aston Martin bateu numa árvore, ele morreu uma semana depois no hospital. Um segundo álbum de estúdio, Crosscuts, foi concluído antes da morte do Zen e por isso a banda decidiu continuar. O disco foi lançado em maio, mas um mês mais tarde, voltando de uma excursão pela Espanha, Paul Balbi é detido pela imigração do Reino Unido e deportado para a Austrália. A perda de dois membros-chave significou o fim, eles se separaram no final de 1979, com Johnny Guitar indo para Dr. Feelgood.
The Count Bishops were formed in the summer of 1975 when guitarist Zenon Hieroski left his previous band Chrome to put a new band together with singer Mike Spenser, who had just arrived from New York. They advertised in Melody Maker and found Australian drummer Paul Balbi and bass player Stevie Lewins and the band was completed when Mike’s friend, guitarist Johnny Guitar, arrived from New York. On 28 August they cut their first record, a 4 track EP entitled “Speedball”, in the tiny Pathway studio with Roger Armstrong. This was the very first release on Chiswick Records and issued in early December 1975. Mike Spenser soon departed so the band continued as a four piece. A new single was recorded in Pathway in March 1976 for the Dutch indy Dynamo. This was the classic 45 ‘Train Train’, rush released by Chiswick. It picked up good airplay but was not a hit.
Chiswick then signed the band to an exclusive deal and just before they went into Jackson’s Studio to record an album with engineer Vic Maile, they were joined by vocalist Dave Tice. The album released as “The Bishops” got heavy airplay from John Peel and Kid Jensen and sold well for a virtually unknown band. The Bishops toured extensively. Steve left to join Wilco Johnson’s new band and was replaced by Pat McMullen. In February 1978, The Bishops recorded a superb live album at the Roundhouse and this was released two months later, in both 10” & 12” formats. A new Alan Winstanley-produced single ‘I Want Candy’ saw them on ‘Top Of The Pops’ but again a chart position evaded them.
Chiswick then signed the band to an exclusive deal and just before they went into Jackson’s Studio to record an album with engineer Vic Maile, they were joined by vocalist Dave Tice. The album released as “The Bishops” got heavy airplay from John Peel and Kid Jensen and sold well for a virtually unknown band. The Bishops toured extensively. Steve left to join Wilco Johnson’s new band and was replaced by Pat McMullen. In February 1978, The Bishops recorded a superb live album at the Roundhouse and this was released two months later, in both 10” & 12” formats. A new Alan Winstanley-produced single ‘I Want Candy’ saw them on ‘Top Of The Pops’ but again a chart position evaded them.
The Count Bishops - Speedball Plus 11 [1996]
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On 10 March 1979 after a gig, Zen was seriously injured when his beloved Aston Martin hit a tree and he died a week later in hospital. A second studio album, “Crosscuts”, had been completed before Zen’s death and so the band decided to carry on. It was released in May but a month later, returning from a Bishops tour of Spain Paul Balbi was detained by UK immigration and deported back to Australia. The loss of two key members spelt the end and they eventually split at the end of 1979. 26 years later the original line up of the Bishops reformed to play Ace Records 30th Birthday bash (2005) in London (with a large blow-up photo of Zen as a stage backdrop).
From: Ace Records.
Will continue (Soon Pub Rock part II)